Insolvências em Portugal sobem pelo quinto mês seguido, com novo aumento de 7,3% em setembro
Nos primeiros nove meses do ano, os setores mais fustigados por encerramentos foram a indústria transformadora, a construção e o comércio a retalho. Criação de empresas também baixou em setembro.
As insolvências em Portugal aumentaram 7,3% em setembro, face a igual mês do ano passado, consolidando a tendência de subida que se regista desde maio. No último mês, confirmam os dados da Iberinform, encerraram 411 empresas, elevando para 2.791 o número de ações de insolvência no acumulado dos nove primeiros meses do ano (-0,7% em termos homólogos).
Embora os distritos de Lisboa (638) e do Porto (628) liderem o ranking em termos absolutos, viram o número de insolvências baixar 16% e 2% entre janeiro e setembro. No “vermelho”, em relação a 2022, estão já as regiões de Leiria (34%); Beja (29%); Madeira (28%); Braga (26%); Angra do Heroísmo e Horta (ambas com 25%); Vila Real (24%); Coimbra (20%); Faro (18%); Aveiro (9,9%) e Viana do Castelo (9,3%).
A análise por setores de atividade, disponibilizada esta sexta-feira pela consultora, mostra, igualmente em termos acumulados, até setembro, uma subida mais expressiva no número de insolvências nas áreas da indústria transformadora (22%), da construção e obras públicas (16%), do comércio a retalho (11%) e do comércio por grosso (10%).
Por tipologia de ações, a Iberinform regista que as declarações de insolvência requeridas por terceiros estão a aumentar face a 2022 (mais 51 pedidos, +11%), assim como as declarações apresentadas pelas próprias empresas (+10%). Por outro lado, os encerramentos com plano de insolvência diminuíram até setembro (-9,1%), assim como os processos encerrados: 1.679 em 2023 contra 1.799 em 2022 (-6,7%).
A mesma tendência verifica-se ao nível da constituição de empresas no país. No comparativo dos primeiros nove meses do ano, nasceram mais empresas (5,5%, num total de 38.628 constituições), mas também este indicador de empreendedorismo tem vindo a quebrar nos últimos meses. Em setembro voltou a baixar 18%, o equivalente a menos 755 empresas criadas no país do que há um ano.
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