Macron pede que se evite alargar o conflito entre Israel e Hamas
Em Israel, Presidente francês diz que país não está sozinho "na guerra contra o terrorismo". Macron deverá viajar depois para a Cisjordânia para se reunir com o Presidente da Autoridade Palestiniana.
O Presidente francês, Emmanuel Macron, pediu esta terça-feira em Telavive que se evite o alargamento da guerra entre Israel e o grupo islamita palestiniano Hamas, e considerou prioritária a libertação dos reféns detidos em Gaza.
“Penso que é nosso dever lutar contra estes grupos terroristas, sem confusão, e diria mesmo, sem alargar o conflito“, declarou Macron durante um encontro com o homólogo israelita, Isaac Herzog. “O primeiro objetivo que devemos ter hoje é a libertação de todos os reféns, sem qualquer distinção”, afirmou, citado pela agência francesa AFP.
Macron disse a Herzog que Israel não está sozinho na “guerra contra o terrorismo”, mas que é necessário “organizar operações específicas”.
O Chefe de Estado chegou esta terça-feira a Telavive para se solidarizar com Israel após o ataque do Hamas de 7 de outubro, que matou mais de 1.400 pessoas, incluindo três dezenas de franceses, segundo as autoridades israelitas.
O Hamas também raptou mais de duas centenas de israelitas e estrangeiros que mantém como reféns na Faixa de Gaza, quatro dos quais foram entretanto libertados.
Na sequência do ataque sem precedentes, Israel declarou guerra ao Hamas e mantém a Faixa de Gaza cercada e sujeita a bombardeamentos constantes que já provocaram mais de cinco mil mortos, de acordo com as autoridades locais.
O Hamas anunciou esta terça-feira que os ataques de Israel mataram mais 140 pessoas durante a noite, enquanto o exército israelita disse ter matado três dirigentes do grupo islamita nas últimas 24 horas.
“Quero que saibam que estamos ao vosso lado e que faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para trazer paz, segurança e estabilidade ao vosso país e a toda a região”, disse Macron a Herzog.
“O que aconteceu nunca será esquecido e nós estaremos lá, hoje, amanhã e depois de amanhã, a apoiar a paz e a estabilidade, porque estas pessoas foram mortas apenas porque eram judias e queriam viver em paz”, acrescentou.
Macron vai reunir-se também com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, e os líderes da oposição Benny Gantz e Yair Lapid. Pelas 13 horas locais (11 horas em Lisboa), está prevista uma declaração à imprensa de Macron e Netanyahu, segundo a AFP.
Depois dos encontros em Israel, Macron deverá viajar para Ramallah, na Cisjordânia, para se reunir com o Presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas. O gabinete do líder palestiniano disse que o encontro está previsto para as 17 horas locais (15h30 em Lisboa).
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