“Deve ser um compromisso do país ter contas certas” diz José Luís Carneiro
O candidato à liderança do PS José Luís Carneiro elogiou hoje o ministro das Finanças, Fernando Medina, pelas “contas certas” do país, salientando que as dívidas são para pagar.
O Partido Socialista dá hoje o primeiro passo para escolher o seu próximo líder numa reunião da Comissão Nacional que visa formalizar as decisões de realizar o congresso a 6 e 7 de janeiro e as eleições diretas para o cargo de secretário-geral a 15 e 16 de dezembro.
À entrada para a Comissão Nacional do PS, José Luís Carneiro elogiou o ministro das Finanças, Fernando Medina, seu apoiante na corrida à liderança dos socialistas, pelas “contas certas” do país, salientando que as dívidas são para pagar.
“Quero felicitar o ministro das Finanças, porque a notação financeira do país é muito positiva e representa um sinal de confiança dos investidores no país. Esse sinal de confiança é fundamental, quer para financiar as condições de desenvolvimento, quer para manter o estatuto de Portugal como um país que honra os seus compromissos internacionais. Isso é essencial para valorizarmos salários e rendimentos”, declarou o ainda ministro da Administração Interna.
Recorde-se que esta sexta-feira, a agência norte-americana Moody’s decidiu subir o rating da dívida soberana em dois níveis, por conta das perspetivas de médio prazo para o país apoiadas em “significativos investimentos privados e públicos, como a implementação de novas reformas estruturais, ambas ligadas ao PRR” e com o caminho feito a nível económico e orçamental, a “desalavancagem do setor privado e fortalecimento contínuo do setor bancário”.
Nas suas declarações aos jornalistas, José Luís Carneiro nunca se referiu ao seu principal adversário na corrida à liderança do PS, Pedro Nuno Santos, que, enquanto vice-presidente da bancada socialista, em 2012, quando António José Seguro liderava este partido e durante o período da Troika, admitiu que Portugal não pagasse a sua dívida externa.
“Desde criança sempre aprendi que pagar aquilo que devemos é mesmo essencial. O país ser hoje reconhecido no plano internacional como de grande credibilidade nas contas públicas é crucial para enfrentar o quadro exigente que vamos ter de enfrentar no futuro”, realçou.
José Luís Carneiro estendeu também o elogio que tinha feito a Fernando Medina ao primeiro-ministro, António Costa, sustentando que a consolidação orçamental é “um desafio coletivo”. “Deve ser um compromisso do país ter contas certas. Esse é um compromisso essencial para o bem-estar e coesão do país”, acrescentou.
O outro candidato à liderança do PS é Pedro Nuno Santos que não estará presente na reunião da Comissão Nacional do PS porque não faz parte da mesa nacional do partido. Porém, está presente Alexandra Leitão que coordena a moção de Pedro Nuno Santos.
À chegada da reunião dos socialistas, Alexandra Leitão rejeitou a ideia de que esta campanha esteja ganha por Pedro Nuno Santos mesmo antes de ter arrancado, como muitos antecipam. “Nunca há campanhas que são um passeio no parque. Temos sempre que respeitar os adversários”, referiu a ex-ministra da Modernização do Estado e da Administração Pública.
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