Já foram entregues 3,5 milhões de declarações de IRS

Em cerca de dois meses, Fisco já recebeu mais de 3,5 milhões de declarações do IRS. É mais de metade do total entregue no ano passado.

Os contribuintes já entregaram mais de 3,5 milhões de declarações de IRS na campanha deste ano, que arrancou a 1 de abril e se prolonga até 30 de junho. Número representa mais de metade das declarações entregues no ano passado, próximo de seis milhões, valor que inclui também substituições.

Até ao momento, a Autoridade Tributária já recebeu então 3.517.411 declarações, de acordo com as estatísticas disponíveis no Portal das Finanças. Assim, em cerca de dois meses foram entregues, em média, aproximadamente 52 mil declarações por dia.

Quem já entregou pode já ter recebido os montantes a que tinha direito, se fosse esse o caso, já que os primeiros reembolsos começaram a chegar à conta dos contribuintes a 13 de abril, segundo indicou o Ministério das Finanças. Até 27 de abril “foram emitidas mais de 724 mil ordens de pagamento, a que corresponde um valor total de reembolsos de cerca de 570 milhões de euros”, avançou o gabinete de Fernando Medina ao Correio da Manhã, em resposta à notícia de que este ano os reembolsos estão a ser processados com maior lentidão, superando em alguns casos o prazo de 17 dias estipulado pelo próprio Executivo

O último balanço das Finanças indicava ainda que até dia 12 de abril, 46% das declarações foram submetidas através do IRS automático. É de recordar que para os contribuintes abrangidos por este regime, não apresentar qualquer declaração implica que a proposta provisória passa a definitiva no final deste mês, ou seja, o Fisco assume que “entregou” a declaração que estava preenchida automaticamente.

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Da filigrana aos Tabuleiros, câmaras tentam integrar património cultural imaterial

Entre as romarias estão a Procissão de Nossa Senhora dos Navegantes, a Festa dos Tabuleiros e a Romaria de Nossa Senhora dos Remédios. Mas a Arte da Filigrana também quer a classificação.

Quatro municípios querem inscrever as festas e tradições no Inventário Nacional do Património Cultural. Entre as romarias estão a Procissão de Nossa Senhora dos Navegantes de Cascais, a Festa dos Tabuleiros em Tomar, a Romaria de Nossa Senhora dos Remédios do Arco de Baúlhe em Cabeceiras de Basto. Mas, a Arte da Filigrana da Póvoa de Lanhoso, também procura integrar a lista, de acordo com os vários decretos publicados em Diário da República esta segunda-feira.

As quatros tradições querem fazer parte do Património Cultural Imaterial. A salvaguarda do património cultural imaterial, o respeito pelo património cultural imaterial das comunidades, dos grupos e dos indivíduos, a sensibilização, a nível local, nacional e internacional, para a importância do património cultural imaterial e do seu reconhecimento mútuo e a cooperação e o auxílio internacionais são alguns dos objetivos da Convenção para a Salvaguarda do Património Cultural Imaterial, de acordo com a Uneso.

O Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial (PCI) constitui-se como medida fundamental para a salvaguarda do Património Cultural Imaterial em Portugal, e a sua utilização para fins de inscrição de manifestações imateriais representa condição indispensável para sua eventual candidatura à Lista Representativa do Património Cultural Imaterial da Humanidade ou à Lista do Património Cultural Imaterial que Necessita de Salvaguarda Urgente, de acordo com o site do sistema de informação de suporte ao Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial.

A procissão em honra de Nossa Senhora dos Navegantes é um dos eventos religiosos mais importantes de Cascais e realiza-se em agosto. A procissão decorre por terra e por mar em honra de Nossa Senhora dos Navegantes.

A Festa dos Tabuleiros realiza-se em Tomar de 1 a 10 de julho de 2023 e é uma tradição que acontece de quatro em quatro anos. Já a Festa em Honra de Nossa Senhora dos Remédios realiza-se na Vila do Arco de Baúlhe, no primeiro fim de semana de setembro. Decorre de sexta-feira a domingo e tem como pontos altos a procissão de velas.

A “Arte da Filigrana da Póvoa de Lanhoso”, no distrito de Braga, foi inscrita no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial, anunciou a semana passada a Direção-Geral do Património Cultural (DGPC). A técnica da filigrana no concelho de Póvoa de Lanhoso regista uma atividade muito significativa desde o século XIX, apesar da presença de ourives no seu território se encontrar documentada a partir do século XVIII.

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Escola de verão para jovens empreendedores? Candidaturas estão abertas

Programa, que decorre em julho em Lisboa, dirige-se a estudantes do secundário e tem 20 vagas.

A Unicorn Factory Lisboa e a Startup Lisboa acabam de lançar a Innovation Summer School, uma escola de verão para os jovens aprenderem a desenvolver uma ideia de negócio. O programa, que decorre de 17 a 28 de julho, já tem as candidaturas a decorrer. Há 20 vagas.

“Lançamos este programa para que os jovens possam aprender competências de inovação e empreendedorismo que não são lecionadas nas escolas. Convidamos alunos do secundário que queiram desafiar-se e juntar-se a outros jovens nesta experiência de aprendizagem prática e lúdica conduzida em parceria com uma equipa de especialistas dos Estados Unidos, que trazemos especialmente para este projeto a Lisboa”, explica Gil Azevedo, diretor executivo da Unicorn Factory Lisboa e da Startup Lisboa, citado em comunicado.

Criado em parceria com a americana Co-Created — que assim traz para Portugal o seu programa para jovens em Nova Iorque –, o programa dirige-se a estudantes do ensino secundário, entre os 15 e os 18 anos, que “queiram criar impacto real através da inovação” e, em simultâneo, desenvolver “a sua criatividade e capacidade de trabalhar em equipa”.

Jovens terão, em equipa, oportunidade de desenvolver uma ideia para um produto ou serviço — que resolva um problema do mundo real ou um desafio atual para uma empresa — criar um modelo de negócio que será apresentado no final do programa.

A primeira edição decorre em Lisboa — o local está ainda a ser fechado — na segunda quinzena de julho, de 17 a 28 de julho, será presencial das 9h30 às 17h00, de segunda a sexta, e lecionada em inglês. O programa tem um custo de 360 euros (incluindo refeições).

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Euribor a três meses sobe para um novo máximo desde novembro de 2008

  • Lusa
  • 8 Maio 2023

A taxa Euribor subiu esta segunda-feira a três, a seis e a 12 meses face a sexta-feira, no prazo mais curto para um novo máximo desde novembro de 2008.

A taxa Euribor subiu esta segunda-feira a três, a seis e a 12 meses face a sexta-feira, no prazo mais curto para um novo máximo desde novembro de 2008.

  • A taxa Euribor a 12 meses, que atualmente é a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, avançou esta segunda-feira, ao ser fixada em 3,790%, mais 0,020 pontos e contra o máximo desde novembro de 2008, de 3,978%, verificado em 9 de março. Segundo o Banco de Portugal, a Euribor a 12 meses já representa 43% do stock de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável, enquanto a Euribor a seis meses representa 32%. Após ter disparado em 12 de abril de 2022 para 0,005%, pela primeira vez positiva desde 5 de fevereiro de 2016, a Euribor a 12 meses está em terreno positivo desde 21 de abril de 2022. A média da taxa Euribor a 12 meses avançou de 3,647% em março para 3,757% em abril, mais 0,110 pontos.
  • No prazo de seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo em 6 de junho de 2022, também subiu esta segunda-feira, para 3,605%, mais 0,030 pontos e contra o máximo desde novembro de 2008, de 3,651%, verificado em 4 de maio. A Euribor a seis meses esteve negativa durante seis anos e sete meses (entre 06 de novembro de 2015 e 03 de junho de 2022). A média da Euribor a seis meses subiu de 3,267% em março para 3,516% em abril, mais 0,249 pontos.
  • No mesmo sentido, a Euribor a três meses, que entrou em 14 de julho em terreno positivo pela primeira vez desde abril de 2015, subiu esta segunda-feira, para 3,312%, mais 0,032 pontos e um novo máximo desde novembro de 2008. A taxa Euribor a três meses esteve negativa entre 21 de abril de 2015 e 13 de julho último (sete anos e dois meses). A média da Euribor a três meses subiu de 2,911% em março para 3,179% em abril, ou seja, um acréscimo de 0,268 pontos percentuais.

As Euribor começaram a subir mais significativamente desde 4 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras este ano devido ao aumento da inflação na Zona Euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.

Na mais recente reunião de política monetária, em 4 de maio, o BCE voltou a subir, pela sétima vez consecutiva, mas apenas em 25 pontos base, as taxas de juro diretoras, acréscimo inferior ao efetuado em 16 de março, em 2 de fevereiro e em 15 de dezembro, quando começou a desacelerar o ritmo das subidas em relação às duas registadas anteriormente, que foram de 75 pontos base, respetivamente em 27 de outubro e em 8 de setembro. Em 21 de julho de 2022, o BCE aumentou, pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro diretoras.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021. As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Novo Verde lança projeto inovador: “Negócios com mais valor”

  • ECO
  • 8 Maio 2023

O projeto piloto arrancou no dia 3 de maio na loja Recheio Cash & Carry de Loures

A Novo Verde, entidade gestora de resíduos de embalagens, no âmbito da sua área de atuação em Investigação e Desenvolvimento (I&D), lançou ”Negócios com Mais Valor”, um projeto inovador em colaboração com a cadeia de retalho Recheio Cash & Carry.

Sob o mote “Negócios com Mais Valor”, este programa, dedicado aos clientes do canal HORECA, tem como objetivo promover a separação de resíduos de embalagens provenientes deste setor, que presta serviço a um elevado número de consumidores finais. Pretende-se avaliar a adesão deste canal, com base na quantidade e no número de vezes que entrega resíduos de embalagens, recebendo um valor de incentivo.

O equipamento disponível é um contentor com características especiais, que permite associar o peso de resíduos de cada cliente, e atribuir o valor correspondente em nota de crédito. São aceites embalagens de plástico e metal. Por agora, o projeto piloto está disponível na loja Recheio de Loures.

 

Por cada quilograma de embalagens depositadas no ponto de recolha, os clientes Recheio Cash & Carry recebem 0,35€ de desconto, que pode ser utilizado a partir do dia seguinte ao da colocação dos resíduos de embalagens no equipamento. O valor fica associado ao cartão de cliente, obrigatório para aceder a este sistema.

"Estamos muito satisfeitos por ter a Recheio Cash & Carry de Loures como parceira nesta iniciativa inovadora e acreditamos que “Negócios com mais valor” é um projeto que poderá trazer resultados muito positivos, para o ambiente e para os negócios dos clientes Recheio. Graças à procura sistemática pelo desenvolvimento de novas e de melhores soluções, um sistema logístico bem desenhado, e uma campanha de sensibilização que incentiva o correto descarte, e a valorização dos resíduos de embalagens, este é um projeto promissor e alinhado com as melhores práticas europeias. Continuamos a incentivar e apoiar as empresas na adoção de práticas mais sustentáveis e responsáveis, ao mesmo tempo que promovemos a economia circular e a redução do impacte ambiental provocado pelos resíduos de embalagens.”

Ricardo Neto, presidente da Novo Verde

 

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CReSAP repete concurso para cargo de subdiretor-geral das Autarquias Locais

  • Ana Petronilho
  • 8 Maio 2023

O primeiro concurso para subdiretor-geral das Autarquias Locais decorreu entre 15 de fevereiro e 1 de março. Todos os dirigentes da DGAL estão em regime de substituição.

A Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública (CReSAP), que gere o recrutamento de dirigentes da Administração Pública, vai repetir o concurso para selecionar um dos subdiretores-gerais da Direção-Geral das Autarquias Locais.

De acordo com o aviso publicado esta segunda-feira em Diário da República, o concurso vai arrancar com um “prazo de dez dias úteis a contar da publicitação no seu sítio eletrónico” sendo que os “requisitos formais” do perfil pretendido, da composição do júri e dos métodos de seleção serão publicitados na Bolsa de Emprego Público (BEP).

O primeiro concurso para o cargo decorreu entre 15 de fevereiro e 1 de março deste ano, segundo a página da CReSAP, presidida por Damasceno Dias. O procedimento que tinha caráter “urgente” foi solicitado pelo secretário de Estado da Descentralização e da Administração Local.

A Direção-Geral das Autarquias Locais é dirigida por Paula Costa que está em regime de substituição desde março de 2023, depois de Sónia Ramalhinho ter pedido para sair do cargo. A diretora-geral é coadjuvada por três subdiretores-gerais: Luís Antunes, Joaquim Muxagata e Filipa Fonseca, também todos em regime de substituição, de acordo com os despachos publicados em Diário da República.

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Governo aprova calendário do concurso nacional de acesso ao Ensino Superior. Candidaturas arrancam a 24 de julho

  • Joana Abrantes Gomes
  • 8 Maio 2023

Despacho confirma antecipação do calendário do concurso nacional de acesso ao Ensino Superior. Candidaturas arrancam a 24 de julho, com a 1.ª fase, e terminam a 25 de setembro, com a 3.ª fase.

O despacho que aprova o calendário nacional de acesso e ingresso no Ensino Superior público para o ano letivo de 2023/2024 foi publicado esta segunda-feira em Diário da República.

De acordo com o calendário, até dia 31 de maio decorre a submissão do pedido de admissão ao contingente prioritário para candidatos com deficiência pelos estudantes que não sejam titulares de atestado de incapacidade multiúso, que avalie incapacidade igual ou superior a 60%.

A candidatura à 1.ª fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior relativo ao próximo ano letivo acontece entre 24 de julho e 7 de agosto, sendo que terminam a 31 de julho no caso dos candidatos ao contingente prioritário para emigrantes, familiares que com eles residam e lusodescendentes e candidatos com pedido de substituição de provas de ingresso por exames estrangeiros.

Já os resultados da 1.ª fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior do próximo ano vão ser conhecidos a 26 de agosto, cerca de duas semanas mais cedo do que é habitual, como o Governo já adiantara anteriormente.

As candidaturas à 2.ª fase acontecem no período de 28 de agosto a 5 de setembro, sendo os resultados divulgados a 17 de setembro, enquanto o prazo de candidaturas à 3.ª fase decorre entre os dias 22 e 25 de setembro.

A antecipação da divulgação dos resultados do concurso nacional de acesso ao Ensino Superior foi introduzida no Orçamento do Estado para 2023 (OE2023), por proposta da Iniciativa Liberal, aprovada por unanimidade.

A medida constava também dos “termos de referência” apresentados pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES) aos parceiros do setor em outubro, na primeira ronda de discussão sobre as alterações ao regime de ingresso nas universidades e politécnicos públicos.

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Taxa de segurança alimentar permanece nos sete euros/m2 pelo 11.º ano consecutivo

Desde 2013 que a taxa cobrada às grandes superfícies permanece nos sete euros. Nesse ano registou um aumento face aos 4,08 euros cobrados em 2012.

A taxa de segurança alimentar, cobrada a grandes superfícies de comércio alimentar para financiar custos de controlos oficiais de cariz fitossanitário, de salvaguarda da saúde dos animais, e de segurança dos alimentos, permanece nos sete euros por metro quadrado, pelo 11.º ano consecutivo.

“O valor da taxa sanitária e de segurança alimentar mais para o ano de 2023 é de sete euros por metro quadrado de área de venda do estabelecimento comercial”, pode ler-se na portaria publicada esta segunda-feira em Diário da República, que produz efeitos a partir de 1 de janeiro deste ano.

Desde 2013 que a taxa cobrada às grandes superfícies permanece nos sete euros. Nesse ano registou um aumento face aos 4,08 euros cobrados em 2012.

A portaria conjunta do Ministério das Finanças e da Agricultura explica que o valor foi calculado “atendendo ao plano estratégico definido para o ano de 2023, que inclui um conjunto de ações nomeadamente as relativas aos controlos oficiais de cariz fitossanitário, de salvaguarda da saúde dos animais e de segurança dos alimentos, apurou-se um valor previsional de despesa que assegure no aspeto financeiro a execução das mesmas”.

Recorde-se que tanto a Jerónimo Martins como a Sonae têm contestado em tribunal o pagamento desta taxa que, em dez anos, arrecadou 73 milhões de euros para os cofres do Estado. A Jerónimo Martins nunca pagou a taxa desde que foi criada, devendo já, 30 milhões de euros, como o ECO avançou. Já a Sonae optou sempre por pagar, apesar de a contestar judicialmente.

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Campos de golfe algarvios querem ligação a ETAR para reduzir consumos

  • Lusa
  • 8 Maio 2023

Os campos de golfe no Algarve querem ficar rapidamente ligados às ETAR e consumir apenas águas residuais, uma medida para reduzir o consumo da rede pública.

Os campos de golfe no Algarve querem ficar rapidamente ligados às ETAR e consumir apenas águas residuais, uma medida para reduzir o consumo da rede pública que os responsáveis do setor lamentam que tarde em ser executada.

A agência Lusa falou com responsáveis dos dois maiores grupos com campos de golfe no Sul do país que sublinham já ter tomado medidas para reduzir o consumo, mas que ainda falta passarem a receber mais água das Estações de Tratamento de Águas Residuais (ETAR).

O sotavento (leste) do Algarve encontra-se numa situação de seca severa, mas o barlavento (oeste) também sofre com o agravamento da falta de chuva e escassez de água, o que levou as autoridades a procurar medidas que minimizem os efeitos da seca sem prejudicar o principal setor da região, o Turismo.

“Invistam o mais depressa possível. Há dois anos que estamos a falar em investir, mas foram dados muito poucos passos concretos no terreno”, afirmou o administrador do Grupo Pestana para o Algarve, Pedro Lopes.

O responsável lamentou a existência de uma série de investimentos que estão previstos há vários anos e que continuam sem sair do papel, como os previstos na construção de uma dessalinizadora, nas redes de água, nos esgotos para as ETAR ou nas fugas da rede, entre outros.

O administrador do grupo que tem cinco dos cerca de 40 campos do Algarve assegura que, nos últimos anos, a redução de água utilizada na rega dos cinco campos de golfe é de “um terço a 40%”, tendo sido tomadas uma série de medidas, como a utilização de novas variedades de relva que necessitam de menos água.

“Aqui podem ver [os relvados]. [Algumas partes] até estão nalguns locais um pouco acastanhadas, precisamente porque recebem menos água e menos adubos”, disse Pedro Lopes, apontando para o campo de golfe do Gramacho, no Carvoeiro, município de Lagoa.

O administrador do Grupo Pestana assegurou que estão a usar “bastante menos água” do que há três anos, insistindo que agora “é essencial” ligar os campos de golfe às ETAR.

Pedro Lopes não tem dúvidas que “a água [das ETAR] que hoje é desperdiçada, indo para os rios e para o mar, […] pode ser utilizada nos campos de golfe precisamente no verão, que é quando eles precisam” mais.

O administrador do Grupo Pestana sublinhou que os 40 campos de golfe na região sul do país “estão sempre atentos às novas tecnologias e à forma de poupar água. Não só pelo seu custo como, também por ser um recurso muito escasso”, sublinhou.

“Já há três [campos] ligados [a ETAR] no Algarve, mas muitos mais têm que fazer isso”, sublinhou Pedro Lopes, insistindo na falta que faz que essas estações disponibilizem águas residuais.

O Grupo Pestana vai começar no próximo verão a usar a água de ETAR em dois dos campos de golfe que tem no Algarve, numa altura que estão mais turistas na região e as estações de tratamento têm uma maior produção.

Por seu lado, Rui Grave, diretor da manutenção dos campos de golfe do Grupo D. Pedro (Vilamoura), que também tem cinco campos no Sul do país, sublinhou o esforço feito pela sua empresa nos últimos anos no sentido da redução da quantidade de água utilizada para regar.

“Nós estamos, ano após ano, sempre no sistema de utilizar o mínimo necessário e só o que é necessário. Por isso não se trata de termos mudado o ‘chip’ [comportamento], o ‘chip’ nunca saiu da escassez”, disse o responsável pela manutenção de campos que, no caso deste grupo, utiliza águas subterrâneas através de furos.

Cada hectare de campo de golfe consome em média por ano 8.000 metros cúbicos (m3) de água, com variações que dependem da tecnologia e dos sistemas de rega instalados, segundo Rui Grave.

O responsável pela manutenção no Grupo D. Pedro deu o exemplo do campo Laguna e do investimento feito nos últimos anos, que permitiu reduzir o consumo de água em 50%.

“Toda a utilização inteligente da água passa por um conjunto de medidas. Neste caso, falamos de relvas adaptadas à escassez de água, falando de sistemas de rega que rega o estritamente necessário e na quantidade necessária, ou seja, que sejam muito versáteis, sistemas de bombagem que consigam manter um caudal e uma pressão adequados”, disse.

Quanto à utilização de água residual na rega destes campos de golfe, Rui Grave revelou que o projeto “está numa fase quase final” e em 2025 espera que “pelo menos dois ou três campos sejam regados na sua totalidade com águas residuais”.

“Há um grande esforço por parte da Águas de Portugal, por parte da Águas do Algarve, por parte da APA [Agência Portuguesa do Ambiente], por parte dos campos de golfe para que a água venha das ETAR com qualidade suficiente para manter os nossos relvados em condições, sem nunca por em causa a saúde pública”, afirmou.

O responsável também defendeu que não há razão para as críticas no sentido de que os campos de golfe desperdiçam muita água, lamentando que a criação dessa ideia seja “difícil de desmontar” e defendendo que a água no setor do golfe é utilizada com inteligência e eficácia.

“O que eu posso dizer é que, dos campos de golfe em Portugal que eu vou visitando, e que eu vou vendo, todos eles têm esta preocupação e todos eles estão a remar e a ir nesta direção de gerir a água com a maior racionalidade possível e utilizar o mínimo possível”, afirmou Rui Grave.

Os responsáveis da indústria do golfe algarvia citaram estudos que apontam para um consumo de água de 05 a 06% por parte dos seus relvados, de 60 a 65% da agricultura, aproximadamente 25% no consumo urbano e cerca de 05% de pequenas indústrias.

Os campos de golfe asseguram um fluxo de turismo voltado para este setor durante todo o ano, conseguindo contrariar a vinda de estrangeiros à região apenas na época do verão.

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“Portugal tem um problema de ambição”, diz Horta Osório

Horta Osório foi o convidado do jantar YEC, organização que tem como objetivo fomentar e cultivar a curiosidade dos jovens, proporcionando-lhes o acesso ao conhecimento.

António Horta Osório, atual presidente do conselho de administração da BIAL, foi o gestor convidado ao encontro do Youth Economic Circle (YEC), organismo que assinala o primeiro ano da chegada a Lisboa. O ex-banqueiro português partilhou com os jovens participantes alguns dos conhecimentos que adquiriu ao longo da sua carreira. Roberta Medina (Rock in Rio), Madalena Cascais Tomé (SIBS) ou António Lobo Xavier (Morais Leitão) são algumas das personalidades que já participaram em encontros promovidos pelo YEC.

“Portugal tem um problema de ambição. Falta o querer crescer, o querer fazer mais e melhor, essencial para mudarmos o nosso destino. Por isso, foi para mim muito interessante ver nestes jovens uma grande vontade de mudança. Foi com gosto que partilhei a minha experiência e o desejo que ambicionem mais e melhor para Portugal”, afirma Horta Osório, citado em comunicado.

Com um passado ligado à banca, desde o Goldman Sachs ao Citibank, passando pelo Grupo Santander e, mais recentemente, o Grupo Credit Suisse, o agora presidente do conselho de administração da BIAL, com funções não executivas na José de Mello, Fundação Champalimaud e Impresa, teve a oportunidade de partilhar com um grupo restrito de jovens associados do YEC os ensinamentos obtidos durante a sua carreira.

“Foi com grande satisfação que contámos com António Horta Osório no primeiro aniversário do YEC em Portugal. É alguém que nas últimas décadas trilhou uma carreira de excelência e que trouxe importantes ensinamentos para transmitir aos jovens de hoje que serão os líderes de amanhã”, afirma Gonçalo Veiga Martins, presidente do YEC Portugal, em comunicado.

Madalena Cascais Tomé, CEO da SIBS, João Noronha Lopes, ex-vice-presidente global da McDonald’s e CEO & cofundador do Vira Frangos, Isabel Jonet, presidente da Confederação dos Bancos Alimentares Portugueses, António Lobo Xavier, sócio da Morais Leitão e conselheiro de Estado, Paulo Morgado, sócio na Antas da Cunha ECIJA e cofundador da Bridgewhat, e Roberta Medina, vice-presidente do Rock in Rio, são algumas das personalidades que já marcaram também presença nos jantares organizados pelo YEC.

O principal objetivo é fomentar e cultivar a curiosidade dos jovens, proporcionando-lhes o acesso ao conhecimento através daqueles que o acumularam ao longo das suas vidas.

O Youth Economic Circle é uma associação sem fins lucrativos fundada em 2012 em Barcelona, Espanha, por um grupo de amigos com o objetivo de promover o desenvolvimento dos conhecimentos empresariais, económicos, sociais e políticos dos jovens, aproximando-os de líderes através da realização de eventos, nomeadamente jantares.

Desde a sua fundação, o YEC expandiu-se para a capital espanhola, Madrid, em 2015, e mais recentemente, em abril de 2022, deu-se a internacionalização do conceito com a chegada a Lisboa, estando prevista no curto prazo a chegada a novos países.

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Lucros da Corticeira Amorim sobem 18,2% no primeiro trimestre com poupanças nos custos operacionais

  • Lusa
  • 8 Maio 2023

A Corticeira Amorim vai pagar um dividendo bruto de 0,20 euros por ação, a 15 de maio.

O resultado líquido da Corticeira Amorim subiu 18,2% no primeiro trimestre do ano, chegando aos 23,8 milhões de euros, um crescimento em parte devido às poupanças conseguidas nos custos operacionais como a energia e transportes.

A informação comunicada esta segunda-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) indica também que a empresa vai pagar um dividendo bruto de 0,20 euros por ação, no dia 15 de maio.

A Corticeira Amorim lembra que, apesar dos impactos negativos dos maiores preços de consumo de cortiça e do aumento dos custos com pessoal, registaram-se neste período “poupanças significativas ao nível dos custos operacionais”, nomeadamente decorrentes de menores preços de energia e transportes.

O EBITDA (resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações) consolidado subiu para 47,9 milhões de euros nos primeiros três meses do ano, o que compara com 44,1 milhões de euros no período homólogo.

Os resultados da atividade da empresa relativos ao primeiro trimestre do ano indicam que as vendas consolidadas atingiram 259,9 milhões de euros, um decréscimo de 1,4% face ao período homólogo do ano anterior.

“A queda das vendas da Unidade de Negócio (UN) Revestimentos foi determinante na evolução das vendas consolidadas, salientando-se o crescimento de 5,9% das vendas da UN Rolhas”, refere a empresa.

Recorda ainda que, em termos globais, em 2022, “o primeiro trimestre foi o mais elevado em termos de crescimento de vendas, condicionando o comparativo para o período homólogo de 2023”.

No final de março, a dívida remunerada líquida ascendia a 166 milhões de euros (46 milhões de euros no primeiro trimestre de 2022 e 122 milhões de euros no final do ano). A empresa justifica o crescimento da dívida com o acréscimo das necessidades de fundo de maneio (59 milhões de euros) e o aumento do investimento em ativo fixo (20 milhões de euros).

A Corticeira Amorim é um grupo de transformação de cortiça, com presença em vários países.

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Cerca de oito mil imóveis foram a leilão em 2022

  • ECO
  • 8 Maio 2023

Foram a leilão 7.945 imóveis no âmbito de processos de execução de dívidas, cerca de 60% do total de 13.372 bens penhorados. O edifício com o valor mais alto foi um hotel por 16 milhões.

Em 2022, foram a leilão 7.945 imóveis no âmbito de processos de execução de dívidas. O número corresponde a quase 60% do total de 13.372 bens penhorados que foram publicitados em 2022 no portal eletrónico e-leilões gerido pela Ordem dos Solicitadores e dos Agentes de Execução (OSAE), avança esta segunda-feira o Dinheiro Vivo (acesso livre).

A principal razão que conduz à venda em leilão eletrónico prende-se com o incumprimento das obrigações bancárias. Além de imóveis, foram ainda leiloados direitos, mobiliário, equipamentos e veículos e o ativo mais caro colocado em licitação no ano passado foi um hotel de cinco estrelas, por um valor de 16 milhões de euros. O mais barato foi uma marca por 1,23 euros.

O presidente do Conselho Profissional do Colégio dos Agentes de Execução da OSAE, Duarte Pinto, disse ao Dinheiro Vivo que, em 2022, o e-leilões terá gerado um volume de transações da ordem dos 530 milhões de euros, o que corresponde a um crescimento de 18,1% face aos 448,5 milhões contabilizados em 2021. Esta subida é acompanhada por um aumento do número de bens inscritos nos leilões, com mais 407 do que em 2021.

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