Organismo anticorrupção preocupado com falta de controlo interno da despesa pública em Portugal

Transparência Internacional Portugal considera "grave" que 160 mil milhões de euros de despesa pública relativa a 2022 não tenham sido alvo de controlo interno. Pede maior rigor às entidades públicas.

A Transparência Internacional (TI) Portugal considera “grave que cerca de 160 mil milhões de euros de despesa pública relativa a 2022 não tenha sido alvo de controlo interno”. Organismo anticorrupção reage à notícia do ECO escrita com base no exame feito pelo Tribunal de Contas sobre a fiabilidade das contas da Administração Pública Central e da Segurança Social.

“Isto significa que mais de 72% dos gastos totais, de 219.823 milhões de euros, passaram sem a certificação legal de contas (CLC), “o que indicia a existência de fragilidades” e “uma baixa taxa de cobertura deste tipo de ação de controlo”, realça em comunicado a entidade liderada por Margarida Mano.

Para a TI Portugal é igualmente inquietante notar que “nenhuma entidade do Ministério da Administração Interna prestou contas em 2022, com a respetiva CLC, contrariamente aos restantes Ministérios que apresentaram pelo menos duas ou mais contas com as suas CLC”.

A mesma entidade diz que “os custos de um investimento ou serviço público pouco transparentes são incalculáveis, no presente e no futuro”. Por isso, considera que “toda a sociedade civil contribuir para que as instituições públicas zelem pelas suas responsabilidades de controlo interno e de reporte, promovendo o escrutínio e apoiando a prevenção da fraude e corrupção”.

“A qualidade da prestação de contas é um aspeto fundamental para uma governança saudável”, acrescenta na mesma nota, em que resume que “um dos principais fatores de evidência de transparência na boa governação pública é o cumprimento tempestivo com clareza e completude da prestação de contas das entidades públicas, permitido o escrutínio da sua atividade e gestão, não só pelas entidades de supervisão, como por qualquer cidadão consciente e interessado”.

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Comissão Europeia autoriza uso do herbicida glifosato por mais dez anos

  • Lusa
  • 16 Novembro 2023

Decisão baseou-se num relatório da Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos, que não identificou áreas críticas de preocupação, embora tenha apontado riscos elevados a longo prazo.

A Comissão Europeia decidiu esta quinta-feira renovar por dez anos a aprovação do herbicida glifosato na União Europeia (UE), sob novas condições e restrições, como a proibição do uso antes da colheita.

Os Estados-membros falharam, mais uma vez, uma maioria qualificada contra ou a favor da renovação, por dez anos, do uso do herbicida, pelo que coube ao Executivo comunitário decidir.

Para esta decisão, a Comissão baseou-se num relatório da Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos, que não identificou áreas críticas de preocupação, embora tenha apontado riscos elevados a longo prazo, nomeadamente para os mamíferos, recomendando a adoção de medidas restritivas. A agência concluiu também não haver qualquer prova de que o herbicida mais utilizado é cancerígeno.

Estas restrições, adotadas por Bruxelas, incluem a proibição da utilização do herbicida como dessecante (pulverização para secar uma cultura antes da colheita) e a necessidade de determinadas medidas para proteger os organismos não visados.

Bruxelas garante que, “se surgirem provas que indiquem que os critérios de aprovação deixaram de ser cumpridos, pode ser iniciada a qualquer momento uma revisão da aprovação a nível da UE e a Comissão tomará imediatamente medidas para alterar ou retirar a aprovação, se tal se justificar do ponto de vista científico”.

A autorização vigente de comercialização do glifosato na UE terminava a 15 de dezembro e, de acordo com a decisão desta quinta-feira, se os Estados-membros quiserem usá-lo após 2033 terão de fazer um pedido de renovação em 2030.

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Horta Osório defende Centeno. “Equacionar” ser primeiro-ministro não põe em causa a independência do governador

Ex-banqueiro considera que o governador do Banco de Portugal continua a reunir as condições para se manter no cargo e até diz que Mário Centeno seria uma boa solução para liderar o Governo.

“Absolutamente”. O antigo banqueiro António Horta Osório considera que Mário Centeno continua a reunir condições para se manter como governador do Banco de Portugal, não perspetivando que “o convite e equacionar” ser primeiro-ministro “ponha em causa a sua independência” à frente do supervisor.

“Mário Centeno tem um profundo sentido de Estado. Quando é abordado sobre a disponibilidade para ter um trabalho de serviço público adicional, não vejo que essa pergunta e equacionar essa situação ponha em causa a independência do governador do Banco de Portugal”, referiu o antigo banqueiro, à margem da conferência Banca do Futuro, organizada pelo Jornal de Negócios.

“O governador é uma pessoa da máxima independência”, frisou, lembrando o caso de Mario Draghi, antigo presidente do Banco Central Europeu (BCE) que se tornou primeiro-ministro do governo italiano.

Horta Osório, que liderou o Lloyds Bank na última década e teve uma passagem fugaz pelo Credit Suisse, afirmou ainda que Mário Centeno seria uma boa escolha caso o Presidente da República não tivesse optado por convocar eleições antecipadas para 10 de março do próximo ano.

Pelo trabalho que fez como ministro das Finanças, como presidente do Eurogrupo e pelo prestígio internacional que tem, [Centeno] teria todas as condições para fazer um bom lugar, desde que tivesse uma maioria clara e estável a nível parlamentar.

António Horta Osório

“O Presidente da República tomou a decisão que achou que era melhor para o interesse dos portugueses. Poderia perfeitamente ter seguido outra opção e, dentro dessa segunda opção, Mário Centeno, pelo trabalho que fez como ministro das Finanças, como presidente do Eurogrupo e pelo prestígio internacional que tem, teria todas as condições para fazer um bom lugar, desde que tivesse uma maioria clara e estável a nível parlamentar”, referiu.

A comissão de ética do Banco de Portugal concluiu que o governador “cumpriu os deveres gerais de conduta” no caso do convite para liderar o governo. Mário Centeno esteve sob pressão nos últimos dias não só por causa de António Costa ter proposto o seu nome para primeiro-ministro, levantando questões em relação à independência do banco central, mas também depois de ter sido desmentido pelo Presidente sobre as declarações que fez ao Financial Times.

O que aconteceu é “muito grave”

Em relação à situação política em que se encontra o país, após a demissão do primeiro-ministro na semana passada na sequência das investigações envolvendo altos cargos do governo por suspeitas de corrupção em grandes projetos de investimento, Horta Osório considera que “o que aconteceu é muito grave” e atirou Portugal para “um quadro de grande instabilidade”.

“A primeira instabilidade é que não vamos ter um governo nos próximos cinco meses. Isso é um custo grande em termos de instabilidade e incerteza para o país”, referiu o antigo banqueiro.

Para Horta Osório, “o que aconteceu não pode deixar de levantar questões e de ser discutido ao mais alto nível no país e na sociedade”.

“Cai um governo, cai uma maioria, temos uma situação de instabilidade. Quem é responsável? Qual a transparência com que estes processos são feitos? Estão a ser conduzidos de forma adequado, o grau de profundidade está a ser adequado?”, questionou.

(Notícia atualizada às 12h03)

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Correio da Manhã e CMTV elegem primeiro Conselho de Redação conjunto

  • Lusa
  • 16 Novembro 2023

A eleição aconteceu no mesmo dia em que a nova Comissão Executiva da Cofina Media se apresentou aos jornalistas e deu a conhecer o processo que levou ao êxito da oferta do MBO à aquisição da empresa.

O Correio da Manhã e a CMTV elegeram o seu primeiro Conselho de Redação conjunto, depois de uma eleição em que participaram 114 jornalistas, segundo um comunicado a que a Lusa teve acesso.

Na nota, o Correio da Manhã e a CMTV indicaram que elegeram “o seu primeiro Conselho de Redação conjunto”, tendo participado na eleição “114 jornalistas profissionais que escolheram a Lista A composta por Paulo Fonte (Carteira Profissional nº 808), Miguel Alexandre Ganhão (Carteira Profissional nº 1562), Octávio Lopes (Carteira Profissional nº 1064), Vítor Mota (Carteira Profissional nº 4890) e Raquel Oliveira (Carteira Profissional nº 799), como elementos efetivos”.

A lista inclui ainda “Sérgio Almeida Vitorino (Carteira Profissional nº 3377), Rui Pedro Vieira (Carteira Profissional nº 4413) e Duarte Faria (Carteira Profissional nº 6208)”.

Este Conselho de Redação “irá marcar brevemente a sua primeira reunião, onde serão discutidas todas as questões relevantes da área editorial, e expressa um vivo reconhecimento e agradecimento a todos os jornalistas que participaram nesta importante escolha“, de acordo com a mesma informação.

O Conselho de Redação eleito destacou ainda a defesa do “valor absoluto da notícia, como componente essencial da transparência democrática, e a necessária independência da atividade jornalística perante todas as formas de poder, sejam elas políticas, económicas, religiosas ou outras”.

Esta eleição aconteceu no mesmo dia em que “a nova Comissão Executiva da Cofina Media, liderada por Luís Santana, a que pertencem também Octávio Ribeiro, Isabel Rodrigues e Ana Dias se apresentou a todos os jornalistas” e deu a conhecer o processo que levou ao êxito da oferta do MBO (quadros da empresa e investidores) à aquisição da empresa.

Segundo o comunicado, foram ainda “apresentadas as grandes linhas de orientação para o futuro do grupo, reiterando a independência editorial e o profissionalismo de todos os trabalhadores”.

Os acionistas da Cofina aprovaram no final de outubro a venda da Cofina Media, dona do Correio da Manhã, CMTV e Negócios, entre outros, aos quadros da empresa (MBO), recomendação que tinha sido feita pelo Conselho de Administração.

A proposta do MBO integra a equipa de gestão da Cofina Media, quadros da empresa e um conjunto de investidores, entre os quais Luís Santana, Ana Dias, Octávio Ribeiro, Isabel Rodrigues, Carlos Rodrigues, Luís Ferreira, Carlos Cruz, Cristiano Ronaldo, Domingos Vieira de Matos, Paulo Fernandes e João Borges de Oliveira, através da sociedade veículo Expressão Livre SGPS.

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Mestrado em Gestão Internacional lecionado pela Nova SBE alcança 11.º lugar em ranking mundial

Mestrado em Gestão Internacional da aliança que inclui várias escolas de negócio (incluindo Nova SBE) está entre os 5,5% melhores do mundo, segundo o ranking Quacquarelli Symonds.

O mestrado em Gestão Internacional da Aliança CEMS — que junta 33 das melhores escolas de negócios do mundo, incluindo a portuguesa Nova SBE — foi distinguido recentemente no ranking mundial Quacquarelli Symonds (QS), ao ocupar o 11.º dos 201 lugares dessa tabela.

“A Aliança CEMS, da qual a Nova SBE é membro, foi recentemente distinguida no ranking mundial QS 2024. A distinção atribuiu ao mestrado em Gestão Internacional CEMS o 11.º lugar mundial (entre 201), colocando-o entre os 5,5% melhores do mundo“, realça a Nova SBE, numa nota enviada esta quinta-feira às redações.

O mestrado em causa atingiu uma pontuação de 86,4 em 100 pontos, tendo conseguido um “desempenho particularmente forte no grupo de indicadores value for money [relação qualidade-preço, numa tradução livre], obtendo uma pontuação de 96,8 em 100 pontos“.

A Nova SBE destaca, além disso, que este mestrado obteve pontuações superiores às médias globais em todos os grupos de indicadores. Por exemplo, no que diz respeito à diversidade dos estudantes, conseguiu 84,7 em 100 pontos, quando a média situa-se em 63,9 pontos. Na liderança, atingiu 82,9 pontos em 100, o que compara com a média de 51,9 pontos. E na empregabilidade, obteve 82,6 pontos em 100, o que contrasta com os 49,6 pontos da média global.

“A Nova SBE trabalha com as melhores escolas de negócios do mundo para preparar a próxima geração de líderes empresariais responsáveis. Com o programa MIM CEMS, oferecemos em Portugal um ensino de alta qualidade e uma empregabilidade excecional nas melhores empresas internacionais”, sublinha Catherine da Silveira, diretora académica do programa CEMS na Nova SBE.

Em Portugal, a Nova SBE é a única escola de negócios a lecionar o Mestrado em Gestão Internacional CEMS.

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Escassez de mãos, estafetas e semana de quatro dias. Ouça o podcast “Ao trabalho!”

O podcast "Ao trabalho!" leva até si, todas as quintas-feiras, tudo o que precisa de saber sobre o que está a fazer mexer o mercado de trabalho nessa semana.

O que está a fazer mexer o mercado de trabalho? Todas as quintas-feiras, o podcast “Ao trabalho” conta-lhe tudo o que precisa de saber. Esta semana falamos sobre a escassez de mão de obra (sobretudo qualificada), as ações já desencadeadas para o reconhecimento de estafetas como trabalhadores das plataformas digitais, sobre a eventual continuação da semana de quatro dias nas empresas que estão a testar esse modelo inovador e ainda sobre igualdade salarial entre géneros.

Ouça o episódio no leitor abaixo ou aqui.

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Contratar trabalhadores adequados está a demorar cada vez mais tempo. O retrato é feito pela empresa de recursos humanos Randstad, que foi ouvir as empresas portuguesas. A escassez de mão de obra é um dos principais problemas do mercado de trabalho português, afetando tanto a produtividade como a competitividade dos empregadores nacionais.

Por outro lado, esta semana a ministra do Trabalho avançou numa audição parlamentar que já foram desencadeadas mil ações para o reconhecimento de estafetas como trabalhadores das plataformas digitais. Essas empresas poderão, contudo, ainda contestar. Desde maio que a lei permite que os estafetas sejam considerados trabalhadores das plataformas, desde que haja indícios de subordinação nessa relação de trabalho.

Das plataformas para a semana de quatro dias, já há empresas a admitir manter a semana de trabalho mais curta, mesmo depois do projeto-piloto terminar, o que acontecerá no final deste mês. O ECO falou com cinco empresas que estão a testar a semana de quatro dias e nenhum rejeita essa possibilidade, por agora.

Por fim, a igualdade salarial entre elas e eles. Esta semana, a Comissão para a Igualdade no Trabalho e Emprego atribuiu o selo da igualdade salarial a 14.114 empresas portuguesas. Em causa estão empregadores que se distinguem pelas boas práticas de promoção da igualdade remuneratória entre elas e eles.

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Dono dos VidaMar abre hotel de 28 milhões com 70 empregos no centro do Porto

Localizado junto à Torre dos Clérigos, o Wine & Books Hotels Porto é uma unidade de cinco estrelas e conta com 70 quartos, um spa com piscina aquecida, ginásio e tratamentos de bem-estar.

O Grupo PBH, que detém os hotéis VidaMar Hotels & Resorts na Madeira e no Algarve, os Wine & Books Hotels em Lisboa e Sintra e unidades de alojamento local, como o Montargil Monte Novo no Alentejo e o São Rafael Holidays e Salgados Beach Villas, no Algarve, acaba de abrir um novo hotel de cinco estrelas na baixa do Porto, o Wine & Books Hotels Porto. O empreendimento representou um investimento de 28 milhões de euros e criou 70 novos postos de trabalho.

Localizado junto à Torre dos Clérigos e à Livraria Lello, o Wine & Books Hotels Porto conta com 70 quartos, um spa com piscina aquecida, um ginásio e tratamentos de bem-estar. A unidade hoteleira dispõe ainda de três espaços de restauração sob a supervisão do chefe italiano VittorioColleoni, distinguido com uma estrela Michelin: o Wine & Books Café, o Wine & Books Restaurante e o Wine & BooksRooftop.

“O Porto serviu de inspiração quando decidimos criar a marca Wine & Books. A hospitalidade das gentes do Norte, os vinhos de alta qualidade e a rica cultura da região e do país são a base e o foco das unidades Wine & Books. Queremos proporcionar experiências únicas aos nossos hóspedes, unindo cultura e gastronomia, autenticidade e modernidade, inovação e o melhor das tradições portuguesas”, diz Joana Saraiva, administradora do Grupo PBH.

Em comunicado, a responsável realça ainda que o Wine & Books Hotels Porto vai apostar no mercado nacional e nos mercados internacionais, com destaque para os europeus, para os Estados Unidos e o Brasil. “O investimento realizado permitiu-nos criar uma unidade única e sustentável, numa localização premium ideal para quem visita Portugal e o Porto, seja para férias ou negócios”, conclui Joana Saraiva.

Além das unidades hoteleiras, o Grupo PBH está também presente no setor da restauração, com vários restaurantes, como o Mamma Mia, na Madeira, o Primadonna, no Algarve, ou o Tasca da Memória, em Lisboa, sob orientação do chefe Vittorio Colleoni, distinguido com estrela Michelin.

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Taxas Euribor descem a seis meses e sobem a três e 12 meses

  • Lusa
  • 16 Novembro 2023

Esta quinta-feira, as taxas Euribor subiram para 4,002% a três meses e para 4,033% a 12 meses. No prazo de seis meses, pelo contrário, desceram para 4,071%.

As taxas Euribor desceram esta quinta-feira a seis meses e subiram a três e a 12 meses, face a quarta-feira.

  • A taxa Euribor a 12 meses, atualmente a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, subiu esta quinta-feira para 4,033% (+0,005 pontos), face a quarta-feira, depois de ter aumentado em 29 de setembro para 4,228%, um novo máximo desde novembro de 2008. Segundo dados do Banco de Portugal referentes a setembro de 2023, a Euribor a 12 meses representava 38,1% do stock de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a seis e a três meses representava 35,7% e 23,4%, respetivamente.
  • No prazo de seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo em 6 de junho de 2022, desceu esta quinta-feira para 4,071%, menos 0,005 pontos que na sessão anterior e contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,143%, registado em 18 de outubro.
  • Em sentido inverso, a Euribor a três meses subiu esta quinta-feira face à sessão de quarta-feira, ao ser fixada em 4,002%, mais 0,008 pontos, depois de ter subido em 19 de outubro para 4,002%, um novo máximo desde novembro de 2008.

As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 4 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na Zona Euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.

Na mais recente reunião de política monetária, em 26 de outubro, em Atenas, o BCE manteve as taxas de juro de referência pela primeira vez desde 21 de julho de 2022, após 10 subidas consecutivas. A próxima reunião de política monetária do BCE, que será a última deste ano, realiza-se em 14 de dezembro.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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UBS antecipa cortes das taxas de juro do BCE em meados de 2024

Banco de Inglaterra deverá ser o primeiro banco central a cortar as taxas, logo no primeiro trimestre de 2024. Em meados do próximo ano será a vez do BCE e da Fed, segundo antevê o UBS.

Jerome Powell, presidente da Fed, e Christine Lagarde, presidente do BCE, no Fórum do BCE, em Sintra, este ano.@BCE 28 de junho de 2023

O UBS antecipa uma queda das taxas de juro nos principais mercados no próximo ano. Paul Donovan, economista-chefe do UBS Global Wealth Management (GWM), antecipa que os primeiros cortes poderão ocorrer já no primeiro trimestre pela mão do Banco de Inglaterra, por “a economia do Reino Unido ser mais sensível às taxas de juro que a economia europeia e norte-americana”.

Seguir-se-ão o Banco Central Europeu (BCE) e a Reserva Federal norte-americana (Fed) que, segundo o UBS, deverão realizar os primeiros cortes em meados do próximo ano. “Até acho que haverá uma espécie de competição entre os dois para ver qual será o primeiro a cortar as taxas”, referiu Paul Donovan, esta quinta-feira, numa videoconferência com jornalistas a propósito da apresentação do outlook do banco para 2024.

Entre as expectativas do UBS para o próximo ano está um mar de desafios para os investidores. De acordo com as previsões do banco suíço, divulgadas esta quinta-feira, a economia dos EUA deverá apresentar um crescimento mais lento no próximo ano, “uma vez que os consumidores enfrentam ventos contrários cada vez mais fortes”, refere o banco no relatório.

Além da diversificação da sua carteira, a UBS recomenda os investidores a recorrerem a ativos alternativos ou a tomarem posições em ouro e petróleo para protegerem o seu capital contra os riscos do mercado do próximo ano.

Para a Europa, o UBS antecipa que a economia mantenha um crescimento moderado e que “a China entre numa ‘nova normalidade’ de crescimento mais baixo, mas potencialmente de maior qualidade”.

Com este cenário como pano de fundo, Mark Haefele, diretor de investimentos do UBS GWM, antevê um bom ano para portefólios de ações de qualidade, “incluindo no setor da tecnologia, que podem proporcionar um crescimento dos lucros mesmo num contexto de abrandamento do crescimento global.”

Entre os segmentos acionistas, Themis Themistocleous, responsável de investimento do banco para a região EMEA, refere ainda que “há boas oportunidades no segmento das pequenas e médias empresas”.

Como resultado de um ambiente generalizado de queda das taxas de juro, os analistas do UBS antecipam uma queda das yields das obrigações soberanas no próximo ano, cabendo aos investidores limitar as suas alocações em tesouraria e preferirem a aposta em obrigações de qualidade.

Por fim, no cenário central do banco suíço para 2024, está o sempre incerto impacto das tensões geopolíticas que, no próximo ano, “terão um papel de grande dimensão”, nota Mark Haefele.

Os analistas do banco suíço referem que as eleições presidenciais nos EUA, as guerras entre Israel e Hamas e entre a Rússia e a Ucrânia, e a atual rivalidade entre os EUA e a China poderão ter repercussões nos mercados mundiais. “Além disso, as decisões políticas no sentido de aumentar as despesas orçamentais avultadas e não financiadas criam riscos de investimento, tanto ascendentes como descendentes, para as previsões económicas de base.

Nesse sentido, o UBS recomenda os investidores a tomarem estratégias de preservação de capital, com destaque para fundos de cobertura de risco, para o petróleo e para o ouro como ativos capazes de protegerem as carteiras dos riscos políticos que se vislumbram em 2024.

Para navegar no próximo ano, os analistas do UBS acreditam que os investidores devem concentrar os seus investimentos e as suas estratégias em cinco ideias gerais:

  1. Liquidez: Com a previsão da UBS de queda das taxas de juro em 2024, os seus analistas recomendam os investidores a limitarem a exposição em “cash” e aproveitarem as oportunidades geradas pelo mercado para melhorarem a rendibilidade da sua carteira recorrendo, por exemplo, a depósitos a prazos com prazo fixo, a um portefólio de obrigações com diferentes maturidades (bond ladder) ou a soluções estruturadas.
  2. Qualidade: O foco dos investidores em 2024 deverá concentrar-se em comprar qualidade. Para a UBS, as obrigações de qualidade devem proporcionar rendimento e valorização do capital, enquanto “as ações com balanços estáveis e margens de lucro sustentáveis estão provavelmente melhor posicionadas para gerar lucros, apesar de um crescimento económico mais fraco.”
  3. Forex e commodities: A UBS antecipa que o dólar americano permaneça apoiado em torno dos níveis atuais e o petróleo seja negociado na faixa de preços entre 90 a 100 dólares por barril. Nesse sentido, o banco suíço sugere os investidores a seguirem estratégias de geração de rendimento, ou estratégias que permitem aos investidores comprar sistematicamente divisas abaixo dos níveis atuais.
  4. Proteção: A incerteza geopolítica que deverá marcar presença em 2024 significa que os investidores precisam de se preparar para a volatilidade que se avizinha. Além da diversificação da sua carteira, a UBS recomenda os investidores a recorrerem a ativos alternativos ou a tomarem posições em ouro e petróleo para protegerem o seu capital contra os riscos do mercado no próximo ano, e não interromperem as suas atuais estratégias de investimento.
  5. Crédito alternativo: O cenário de taxas de juro mais baixas e a elevada volatilidade dos preços e dos spreads causada pelos elevados saldos de dívida global são, segundo a UBS, “favoráveis a várias estratégias de crédito, incluindo a arbitragem de crédito e a dívida em dificuldades.”

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Costa ainda pode ir para a Europa? “Reputação permanece intacta”, responde líder do Partido Socialista Europeu

Secretário-geral do Partido Socialista Europeu diz que investigação em Portugal “tem sido conduzida com um pouco de superficialidade" e que Costa continua a ter “a reputação de um político honesto".

António Costa era há muito apontado para um cargo europeu, mas essa hipótese parecia ter caído por terra quando se demitiu depois de ser visado numa investigação judicial, na sequência de um caso que envolve o seu “melhor amigo” e o chefe de gabinete. Porém, a hipótese continua em cima da mesa, pelo menos para os socialistas europeus. O secretário-geral do Partido Socialista Europeu (PSE) assegura que a reputação de Costa “permanece intacta”.

Giacomo Filibeck, secretário-geral do PSE, refere ao jornal Politico que o primeiro-ministro português tem “a reputação de um político honesto que coloca sempre acima de si a integridade das instituições”.

Para Filibeck, o facto de terem sido retiradas algumas das acusações contra os aliados de Costa mostra que a investigação “tem sido conduzida com um pouco de superficialidade tendo em conta o enorme impacto que teve no Governo”.

Desta forma, entre o Partido dos Socialistas Europeus ainda existe a esperança de que o primeiro-ministro demissionário de Portugal possa estar na corrida por um cargo importante na União Europeia depois das eleições para o Parlamento Europeu, agendadas para junho do próximo ano.

Estes timings podem funcionar para António Costa, já que o Governo se irá manter em funções, ainda que em gestão, até ser empossado o novo Executivo que vier a sair das eleições legislativas antecipadas de 10 de março. Na declaração feita no sábado à noite, o líder socialista afirmou que “com grande probabilidade” não voltaria a “exercer cargos públicos”.

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“A transformação digital pode reduzir o Protection Gap”

  • Conteúdo Patrocinado
  • 16 Novembro 2023

Saiba como as seguradoras podem superar o Protection Gap com uma abordagem centrada no cliente e suportada por uma transformação digital e organizacional.

É de conhecimento público que Portugal está muito vulnerável às alterações climáticas, porque, para além da geografia, tem um Protection Gap bastante superior ao da média europeia. Ou seja, a maioria dos ativos e atividades económicas e sociais não têm cobertura para os fenómenos climáticos que decorrem dessas alterações.

Os episódios recentes de cheias, incêndios e seca extrema podem, por isso, dar origem a grandes encargos sociais e económicos, que impactam a vida e as economias dos cidadãos, mas também das entidades públicas.

Nesse sentido, na última Conferência Nacional de Seguros, Nuno Albuquerque e Castro, Partner, Head of Insurance Practice da NTT DATA Portugal, chamou a atenção para esta situação e demonstrou como a transformação digital pode ajudar as seguradoras a alargarem as coberturas para esta área, reduzindo o Protection Gap e dando mais confiança às populações e à economia para fazer face às alterações climáticas.

A antecipação do perigo e a rapidez na resposta ao incidente são, logo à partida, dois fatores nos quais a tecnologia pode ajudar e que, por razões óbvias, são do interesse de todas as companhias de seguro que pretendem garantir a eficácia da sua oferta.

Em entrevista ao ECO, o responsável da NTT DATA Portugal, destacou as vantagens das soluções digitais para garantir eficácia e qualidade nos serviços das seguradoras, mas também como ferramenta para diminuir o Protection Gap.

De que forma a aposta em ferramentas digitais e na IA pode ser vantajosa para as seguradoras e respetivos clientes?

A transformação digital não é uma realidade nova, está a acontecer e a mudar hábitos de consumo, comportamentos, expectativas e decisões, ou seja, está a mudar as rotinas da sociedade e, como tal, também a atividade seguradora tem de acompanhar esta transformação para melhor servir os seus públicos: colaboradores, clientes, parceiros, etc.

Para além de ser parceira de transformação das grandes seguradoras internacionais e das maiores a operar em Portugal, a NTT DATA acompanha de muito perto a evolução tecnológica e o que vai acontecendo no mercado das insurtechs, o que nos permite antecipar o que será o futuro da atividade seguradora. O que constatamos é que as soluções digitais já estão a mudar a forma como as pessoas se relacionam com as seguradoras e como elas gerem o risco dos segurados.

Para além de proporcionarem mais proximidade entre as partes – hoje em dia, uma seguradora está à distância de um clique – as soluções digitais, entre as quais a IA, facilitam a subscrição de apólices, a personalização dos seguros, a partilha e tratamento de informação, mas, acima de tudo, permitem às seguradoras aproveitar o desenvolvimento tecnológico, dos gadgets, wearables e sensores, assim como a existência e conjugação de múltiplas fontes de dados para, em instantes, fazer avaliações de risco ou espoletar uma resposta instantânea a um incidente. Assim se vê o potencial que reside no digital para transformar a atividade seguradora e melhorar o serviço que as empresas do setor prestam à sociedade.

Nuno Albuquerque e Castro, Partner, Head of Insurance Practice da NTT DATA Portugal
Na última Conferência Nacional de Seguros, falou sobre a utilização de sensores que alertam em casos de seca, inundações ou outros desastres naturais como uma boa ferramenta. Mas, na prática, que benefícios traz para as seguradoras?

O caso de uso apresentado na Conferência é apenas um exemplo de como a transformação digital pode reduzir o Protection Gap em matéria de alterações climáticas e que mostra como a sociedade pode tirar partido da tecnologia para aumentar a cobertura de atividades e ativos segurados numa área sensível e cada vez mais relevante para todos nós.

Existem mais exemplos para além da utilização de sensores e o cruzamento de dados de satélite, com bases de dados contextuais para determinar os danos causados por períodos de seca intensa. Os anos recentes têm-nos mostrado como as catástrofes e fenómenos naturais podem ter graves consequências sociais e económicas. Refiro-me aos incêndios florestais, às inundações e à seca extrema, para dar três exemplos e, como tal, é importante percebermos de que forma podemos mitigar estes riscos e reduzir os seus impactos negativos.

O que sabemos é que a tecnologia atualmente disponível já oferece às organizações e às seguradoras, em particular, a possibilidade de alargarem as suas áreas de cobertura, melhorando as avaliações de risco e acelerando a capacidade de resposta junto dos clientes. O exemplo hipotético que apresentei mostra que já existem soluções para as seguradoras estabelecidas reinventarem a jornada dos seus clientes, protegendo-os de inundações e fenómenos de seca, com recurso a tecnologia de dados e sensorização. Em escala, este exemplo tem o potencial de alavancar o negócio das seguradoras, ao mesmo tempo que reduz os efeitos sociais e económicos dos fenómenos climáticos, aumentando também a reputação do setor.

A transformação digital pode, por isso, reduzir o Protection Gap e aproximar os indicadores de Portugal da média europeia (96% vs 78%). O que os dados nos dizem é que a sociedade e a economia portuguesas estão mais vulneráveis às alterações climáticas, não só por razões geográficas, mas também porque em Portugal temos menos atividade e ativos cobertos por apólices relacionadas com fenómenos climáticos. Isto pode explicar-se por uma eventual falta de literacia em seguros e aspetos macroeconómicos, mas eu atrevo-me a dizer que a falta de sensibilização para o tema, a reduzida oferta e a falta de incentivos também contribuem para a situação. Por tudo isto, creio que as seguradoras devem utilizar a transformação digital como alavanca para alargarem a sua oferta de serviços, aumentando as coberturas para fenómenos climáticos, ao mesmo tempo que promovem uma experiência de cliente diferencial.

Qual é, então, o papel que as seguradoras devem ter dentro deste tema?

Numa altura em que a sociedade portuguesa está cada vez mais consciente para os efeitos das alterações climáticas, creio que as seguradoras e todos os agentes do setor deverão procurar continuar a cooperar para reduzir o Protection Gap nesta área. Até porque isto é uma oportunidade de negócio. Para isso, deverão continuar a reforçar a sensibilização para o tema, promover a literacia financeira, defender a introdução de incentivos fiscais e contribuir para a constituição de fundos, ao mesmo tempo que desenvolvem e apresentam serviços diferenciais dedicados à cobertura deste tipo de riscos. Por outro lado, e sendo este um tema cada vez mais prioritário, não será de surpreender se os próprios clientes começarem a desafiar as seguradoras a desenvolverem produtos à medida desta problemática.

Que soluções a NTT Data oferece para apoiar as seguradoras nesse caminho?

A NTT DATA é uma consultora global de negócio e tecnologia, que reinventa e transforma as organizações pela inovação. Como tal, as seguradoras encontram em nós um parceiro de consultoria estratégica que as ajuda a enfrentar os desafios do negócio e a aproveitar as oportunidades do mercado. Somos um parceiro de inovação, com o qual as seguradoras contam para navegar as tendências do mercado e os ecossistemas que se vão formando. No fundo, transformamos o negócio segurador do core à experiência do cliente, passando pelo desenvolvimento de produtos e serviços, bem como pela reinvenção dos modelos de trabalho. Acompanhamos de perto a inovação tecnológica e estamos muito atentos ao que o mercado insurtech vai fazendo, o que nos permite rapidamente desenhar cenários e soluções de vanguarda para os nossos clientes.

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“Não apenas o Banco de Portugal”. Centeno diz que todo o país deve “refletir” sobre o momento atual

Sem mencionar o polémica em torno do convite para ocupar o cargo de primeiro-ministro, o governador citou um poema de David Mourão Ferreira: "Por teu livre pensamento, foram-te longe encerrar".

Mário Centeno, que ao justificar o polémico convite para ocupar o cargo de primeiro-ministro disse ao Financial Times que “refletiu” sobre o tema, considerou esta quinta-feira que todo o país, e não apenas do Banco de Portugal, deve ser convidado a refletir num momento em que está “concitado”.

“Reunimo-nos aqui num momento em que o país é concitado, refletido, pensado. Devem todos – e não apenas o Banco de Portugal – ser convidados a refletir”, referiu o governador na conferência Banca do Futuro, organizada pelo Jornal de Negócios.

Logo depois, sem mencionar a polémica em que se viu envolto por conta da proposta feita por António Costa para liderar o Governo, Centeno citou um poema de David Mourão Ferreira, celebrizado num fado de Amália Rodrigues.

“Por teu livre pensamento,
foram-te longe encerrar
Tão longe que o meu lamento
Não te consegue alcançar”.

A comissão de ética do Banco de Portugal concluiu que o governador “cumpriu os deveres gerais de conduta” no caso do convite para liderar o governo. Mário Centeno esteve sob pressão nos últimos dias não só por causa de António Costa ter proposto o seu nome para primeiro-ministro, levantando questões em relação à independência do banco central, mas também depois de ter sido desmentido pelo Presidente sobre as declarações que fez ao Financial Times.

Fugindo a esta polémica, Centeno abordou o “desafio” que se coloca à economia nacional nos próximos anos devido à deterioração das condições externas.

“Os próximos três anos são mais desafiantes do que qualquer período anterior na sua dimensão externa. Temos um momento de desaceleração da economia. A economia cresce menos do que antes da pandemia. Esta desaceleração tem a ver com a dimensão externa”, apontou.

Ainda assim, apesar da desaceleração, continuará a haver “um forte contributo das exportações e investimento para o crescimento da atividade económica, mas a um ritmo muito inferior ao que observámos na pandemia”.

Além das guerras, Centeno apontou a normalização da política monetária que foi mais rápida do que seria desejado, mas está a ser bem-sucedida na queda da inflação. “Teria sido desejável que isto fosse feito num período mais longo, não foi isso que aconteceu”, apontou. Acredita que a Zona Euro “terá chegado ao nível máximo das taxas de juro nominal”, mas a taxa de juro real irá continuar a subir, o que significa que “o aperto financeiro vai continuar connosco durante mais tempo”.

O governador estima que a taxa de juro neutral deverá situar-se entre os 2% e os 2,5%, pelo que deverá descer dos atuais níveis.

Em relação aos resultados dos bancos, Centeno recusou que sejam “extraordinários e excessivos”, mas resultam antes de uma “dimensão cíclica muito significativa”. “Os resultados são merecidos e devem representar a maior fatia da preparação de futuro que a banca nos pode oferecer”, frisou. O governador disse que os bancos estão a responder ao desafio da remuneração das poupanças, enquanto “milhares de créditos redesenhados face às novas condições”. “É esse o sinal que aprecio, os números mostram uma preocupação permanente”, disse.

(Notícia atualizada às 10h50)

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