Pilar González, vencedora da décima edição do Prémio Literário Amazon Storyteller com o seu romance ‘Palavras de cinzas’

  • Servimedia
  • 27 Outubro 2023

O romance foi selecionado entre mais de 5.000 títulos de mais de 60 países, autopublicados através do Kindle Direct Publishing.

Pilar González tornou-se a vencedora da décima edição do Prémio Literário Amazon Storyteller 2023 para autores de língua espanhola com a sua obra ‘Palavras de cinzas’, o terceiro volume da trilogia ‘A detetive’, um thriller policial totalmente viciante, repleto de suspense e ação, que brinca com a mente do leitor e explora profundamente os relacionamentos familiares e a psique da protagonista carismática.

Além de escritora, Pilar González é terapeuta e colabora com o programa ‘Viver melhor é possível’ da Solúcar Radio na secção ‘Livros para viver melhor’. Ela autopublicou mais de 10 obras no KDP, sendo os géneros de suspense e mistério predominantes.

O nome da vencedora foi anunciado ontem em um evento realizado na Fundação Ortega-Marañón, durante o Festival Eñe, um dos eventos literários e culturais mais importantes da Espanha, no qual os participantes puderam desfrutar de uma conversa conduzida por Jesús Ruiz Mantilla, escritor e diretor artístico do Festival Eñe, com alguns membros do júri desta edição.

O júri, composto por Federico Buyolo, Diretor Cultural da Fundação Ortega-Marañón; Juan Gómez-Jurado, autor de romances de grande sucesso; Raquel Ortega, vencedora da edição anterior do Prémio Literário Amazon Storyteller; a escritora Kristel Ralston, finalista da segunda edição do prémio; e a jornalista cultural Nuria Azancot, selecionou a obra entre mais de 5.000 títulos apresentados de mais de 60 países e autopublicados através do Kindle Direct Publishing (KDP).

Durante a cerimónia, Federico Buyolo, Juan Gómez-Jurado e Raquel Ortega compartilharam suas visões sobre o papel da autopublicação no campo literário, a importância de prêmios como o Prémio Literário Amazon Storyteller para destacar os escritores autopublicados, o talento atual na literatura e o futuro do setor, entre outras questões.

O evento também contou com a presença de Lucía Sala, diretora-geral da Fundação Ortega-Marañón; Luis Posada, diretor do Festival Eñe; e Andrea Pasino, responsável do Amazon KDP na Espanha.

Andrea Pasino afirmou que estão “muito felizes por o Prémio Literário Amazon Storyteller completar uma década e por poder celebrar esse marco ao lado da Fundação Ortega-Marañón e do Festival Eñe. Na Amazon, temos apostado há muito tempo na autopublicação, um fenómeno que nos últimos anos ganhou uma relevância extraordinária graças à tecnologia e, sem dúvida, às vantagens que oferece aos autores. Essa relevância é evidente no crescimento exponencial que este prémio experimentou desde a sua primeira edição, já faz uma década”.

O Prémio Literário Amazon Storyteller foi criado em 2014 com o objetivo de promover a criação literária em língua espanhola e incentivar a publicação de obras de autores novos. Desde então, ele se estabeleceu como um concurso literário de referência para autores autopublicados e não parou de crescer, acumulando no seu catálogo de participantes mais de 30.000 títulos de autores de mais de 60 países.

Na cerimónia de prémios, Pilar González afirmou que “o KDP oferece uma oportunidade única para todos os escritores autopublicados, colocando à nossa disposição uma ferramenta tão útil que nos permite realizar o sonho de ver nossa obra publicada” e acrescentou que “é um orgulho para mim me tornar a décima vencedora do Prémio Literário Amazon Storyteller, um concurso que nos ajuda a quebrar barreiras e preconceitos sobre a qualidade das obras autopublicadas”. A autora recebeu um prémio em dinheiro no valor de 10.000 euros, uma campanha de marketing para promover sua obra na Amazon avaliada em 20.000 euros, e a possibilidade de assinar um contrato com a Amazon Audible para produzir seu livro em formato de audiolivro.

BIBLIOTECA DE AUTOPUBLICAÇÃO

No seu compromisso como agente cultural e no apoio à criação literária e ao impulso da cultura, a Amazon lançou, em parceria com a Fundação Ortega-Marañón, a Biblioteca de Autopublicação Amazon KDP, a primeira biblioteca de autopublicação da Espanha, localizada na sede da fundação.

Este novo espaço começa com um acervo inicial de mais de 200 exemplares doados pela Amazon, incluindo o título vencedor e os finalistas desta décima edição do Prémio Literário Amazon Storyteller, bem como as obras finalistas e vencedoras das edições anteriores do concurso.

A parceria entre a Amazon e a Fundação Ortega-Marañón teve início com o objetivo comum de promover a criação literária em língua espanhola, incentivar a publicação de autores novos e gerar um maior conhecimento sobre as possibilidades da autopublicação, um formato cada vez mais popular, como mostram os resultados do estudo ‘Leitura, Escrita e Criação literária na Espanha’, realizado pela Beruby para a Amazon.es. Esse estudo ressaltou a importância que a autopublicação pode ter no nosso país e os benefícios tanto para os autores quanto para os leitores.

Entre outros dados sobre o setor, a pesquisa apontou que mais de um terço dos entrevistados (35%) considera que a autopublicação facilita aos leitores a possibilidade de conhecer novos autores, enquanto 34% afirmam também que gostam de descobrir novos autores através desse formato.

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O dia em direto nos mercados e na economia – 27 de outubro

  • ECO
  • 27 Outubro 2023

Ao longo desta sexta-feira, 27 de outubro, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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Hoje nas notícias: Altice, Provedoria e Novobanco

  • ECO
  • 27 Outubro 2023

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

A Altice Portugal está a preparar o processo de rescisão de quadros de topo com funções suspensas na sequência da Operação Picoas. O Ministério da Defesa cobrou à Provedoria de Justiça o dobro do valor proposto pelas Finanças para se mudar de instalações. O Novobanco está em risco de não conseguir vender todos os imóveis que compõem o projeto “Eleanor”, devido às condições para os processos de licenciamento. Conheça estas e outras notícias em destaque na imprensa nacional.

Altice prepara saída de quadros suspensos

A Altice Portugal está a preparar o processo de rescisão de quadros de topo com funções suspensas na sequência da Operação Picoas. De acordo com o Expresso, estão em causa cerca de uma dezena de funcionários, a maioria deles diretores ligados à área de compras. Em julho, Alexandre Fonseca, na altura co-CEO do grupo Altice a nível internacional, e ex-CEO da Altice Portugal, decidiu suspender funções executivas e não-executivas na empresa. Também foi conhecida a suspensão do seu chefe de gabinete André Figueiredo e do administrador para a área corporate da operação portuguesa, João Zúquete da Silva.

Leia a notícia completa no Expresso (acesso pago).

Defesa cobra à Provedoria o dobro do valor proposto pelas Finanças

A Provedoria de Justiça vai deixar, a 15 de novembro, as instalações que utiliza há 50 anos no bairro da Lapa, para se mudar para o Palácio Vilalva. A transferência sairá 14,4 milhões de euros mais cara aos cofres do Estado, uma vez que o Ministério da Defesa Nacional (MDN) cedeu o edifício pelo valor de mercado. Uma nota técnica da Direção-Geral do Tesouro e Finanças (DGTF) propunha menos de metade do valor cobrado.

Leia a notícia completa no Expresso (acesso pago).

Incerteza no imobiliário deixa venda de imóveis do Novobanco em risco

O Novobanco está em risco de não conseguir vender todos os imóveis que compõem o projeto “Eleanor”, dado que as ofertas vinculativas têm condições muito exigentes no que respeita ao licenciamento, nomeadamente a venda do terreno das Amoreiras, cujo preço, segundo o Jornal Económico, está sujeito à obtenção do licenciamento.

Leia a notícia completa no Jornal Económico (acesso pago).

Greves na Função Pública mais do que duplicam em 2023

Desde janeiro até agora, a Direção-Geral da Administração e do Emprego Público (DGAEP) registou 764 pré-avisos de greve, isto é, um aumento de 123% face ao total registado em todo o ano de 2022. Trata-se de um número recorde desde 2011, ano em que se começou a recolher esta informação. Apesar de algumas destas greves não se terem realizado, os números deste ano, são muito superiores aos 342 pré-avisos registados no ano passado ou aos 377 de 2021 e superam largamente as 404 greves marcadas em 2019.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago).

Cerca de 40 mil desempregados vão poder acumular salário com subsídio

A medida que permite que os desempregados de longa duração acumulem, no máximo, 65% do subsídio com salário já foi aprovada pelo Governo, mas tem algumas alterações. Ao Negócios, a ministra do Trabalho e da Segurança Social explica que o salário elegível não terá um teto universal de cerca de 3 mil euros, variando consoante a situação, e que a medida vai dirigir-se apenas aos que cumpram as condições à entrada em vigor do diploma, num universo potencial que é atualmente de cerca de 40 mil pessoas.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

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EDP vende metade do grupo de centrais a carvão Aboño ao seu segundo maior acionista

Metade do grupo de centrais Aboño será vendido ao segundo maior acionista da EDP, com Aboño I a ser encerrada e a Aboño II convertida para gás. EDP quer ainda fechar as centrais Soto 3 e Los Barrios.

A EDP EDP 0,00% vai vender metade do grupo de centrais Aboño, perto de Gijón e do porto de Musel, à Corporación Masaveu, grupo industrial sediado nas Astúrias. Segundo o Expresso, este grupo controla a Oppidum, que é o segundo maior acionista da EDP, com uma posição de 6,82%.

Num comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a EDP anuncia também que a conversão de carvão para gás da central térmica Aboño II, em Espanha, ocorrerá “expectavelmente em meados de 2025”, e avançou ter pedido à Red Eléctrica para encerrar as restantes centrais a carvão que tem no país vizinho, nomeadamente a Aboño I, Soto 3 e Los Barrios.

A venda de parte do grupo de centrais Aboño reflete um enterprise value de cerca de 350 milhões de euros e um equity value do ativo de 60 milhões de euros, refere na nota. Esta parceria, explica a elétrica, “prevê o controlo conjunto na gestão da Aboño e a transferência do passivo das centrais”.

Após esta transação, que ainda depende de “autorizações e condições suspensivas habituais”, a EDP manterá a totalidade da gestão e desenvolvimento dos projetos de transição justa a decorrer em Aboño, nomeadamente de hidrogénio e energias renováveis. Este grupo de centrais, que atualmente tem uma capacidade instalada total de 904 MW, “desempenha um papel importante no apoio à segurança do fornecimento de eletricidade à região das Astúrias”, acrescenta a empresa.

Ainda segundo a EDP, a conversão de carvão para gás representa “um investimento de mid double-digit de milhões de euros, continuando a operar na combustão de gás de alto forno, um caso de estudo de economia circular na Europa, através da valorização deste subproduto, evitando a emissão de um milhão de toneladas de CO2 por ano”.

A companhia liderada por Miguel Stilwell d’Andrade explica que estas três decisões — conversão da central, venda de metade do grupo de centrais e encerramento das restantes centrais a carvão em Espanha — representam “passos importantes” para garantir que a EDP deixa de consumir carvão até 2025.

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“Konecta e Genesys unem-se para ajudar as empresas a transformar as operações de gestão de clientes com IA Generativa

  • Servimedia
  • 27 Outubro 2023

Konecta, multinacional espanhola de prestação de serviços e soluções tecnológicas de CX, une-se à Genesys, 'cloud global' na orquestração de experiências impulsionadas por IA.

Esta empresa promove, por meio da IA, a transformação das operações de gestão de clientes com base em três eixos: a globalização, aceder ao melhor talento de forma competitiva; a digitalização para adaptar os serviços ao novo modelo de cliente; e a automação através da inteligência artificial para melhorar significativamente a qualidade e a eficiência.

O acordo expande o modelo de colaboração iniciado há mais de três anos, por meio do qual a Konecta implementou as soluções Genesys Cloud CX em mais de 30 grandes empresas dos setores de varejo, transporte, telecomunicações, serviços públicos, bancos e seguros, onde operam mais de 6.000 agentes simultaneamente na EMEA e nas Américas.

Com base nesse modelo, que permitiu aos clientes aproveitar as vantagens económicas dos serviços globais offshore e do trabalho remoto seguro, a Konecta e a Genesys agora incorporam ao projeto importantes regiões como França, Itália, Alemanha e Reino Unido, o que permitirá à Konecta expandir seu modelo para novas geografias e fortalecer sua capacidade tecnológica e proposta de valor em mais mercados.

Além disso, como resultado dessa colaboração, as capacidades conjuntas serão ampliadas para permitir que a Konecta ofereça às grandes empresas de todo o mundo uma transição para um modelo ‘altamente eficiente, onde a inteligência artificial e as pessoas trabalham de forma integrada e personalizada e a um ritmo que se adapta a todas as suas necessidades empresariais’.

Também, os consumidores finais poderão escolher o canal com o qual se sentem mais confortáveis para realizar suas operações, melhorando assim sua experiência e aproveitando as enormes eficiências que o modelo digital com inteligência artificial oferece.

Associado a este acordo, a Konecta também lançou um programa global de centros de excelência em omnichannel, hiperautomação (orquestração e gestão de fluxos digitais), inteligência artificial generativa (GenAI) e gestão de dados, com especialistas em diferentes países que apoiarão as operações com as melhores práticas nos processos de transformação, sempre focados em melhorar a experiência, a qualidade e a eficiência.

Sobre essa aliança, Jorge del Río, CIO da Konecta, declarou que ‘soluções tecnológicas como Genesys Cloud CX, escaláveis, seguras e integráveis, são a base desse movimento, mas o elemento importante adicionado é apoiar nossos clientes com serviços profissionais multidisciplinares que aconselhem, projetem, implementem e operem os novos serviços digitais baseados em inteligência artificial. A tecnologia é o habilitador, mas são nossas pessoas, além disso, que alcançarão os objetivos procurados pelos nossos clientes empresariais’.

Esse acordo permite à Konecta oferecer a tecnologia como parte dos seus serviços de terceirização (BPO) ou oferecê-la diretamente como serviço tecnológico. Isso é fundamental, pois amplia o sucesso atual da Konecta em diversas regiões, como Itália e Brasil, como fornecedora convergente de serviços de terceirização de tecnologia e processos.

Massimo Canturi, CEO do mercado italiano e líder da equipe de IA Generativa, destaca que parceiros globais como a Genesys ‘fazem parte do ecossistema de soluções e serviços que permitirão à Konecta liderar a implementação de soluções de nova geração, onde canais digitais e inteligência artificial generativa são as chaves para melhorar a experiência do cliente, bem como a eficiência e a qualidade dos nossos serviços’.”

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Grupo Gallo define as chaves para amenizar os efeitos da seca na cadeia de produção de massas

  • Servimedia
  • 27 Outubro 2023

O responsável pelo trigo do Grupo Gallo, José Chacón, participou do Agri Data Green Summit abordando a estratégia da empresa.

Cerca de cem especialistas do setor agroalimentar reuniram-se em Madrid para analisar o futuro da agricultura espanhola na terceira edição do Agri Data Green Summit, que pela primeira vez foi realizado na Espanha e contou com a participação de marcas destacadas do setor de alimentos, como o Grupo Gallo.

O objetivo era desenvolver novas estratégias e aplicar a tecnologia adequada para lidar com o impacto da seca na cadeia de suprimentos. Nesta terceira edição, o Agri Data Green Summit focou nas perspetivas futuras para a agricultura ibérica e mundial, enfatizando o desenvolvimento tecnológico como uma solução para amenizar os efeitos das mudanças climáticas no setor agroalimentar.

O responsável pelo Trigo do Grupo Gallo, José Chacón, participou do painel “Garantir a qualidade das cadeias de suprimentos agroalimentares: experiências da Europa e da América Latina”, no qual foram exploradas soluções para manter a qualidade dos processos e produtos em toda a cadeia de valor.

Para lidar com a heterogeneidade de qualidades de trigo recebidas pelo Grupo Gallo durante a recente colheita, altamente condicionada pela seca, a empresa implementou um acompanhamento dos processos de cultivo para garantir a qualidade do produto final, a massa.

“Tradicionalmente, na Gallo, recebemos mais de vinte mil toneladas de trigo duro, este ano não chegamos a nove mil. Felizmente, no Grupo Gallo, conseguimos garantir a estabilidade da qualidade em nossos produtos finais graças a um bom acompanhamento das condições de cultivo ao longo do ano”, comentou o responsável pelo trigo do Grupo Gallo.

Chacón explicou no painel o apoio que o Grupo Gallo oferece a todos os seus agricultores andaluzes de trigo duro nas suas decisões, desde o início do ciclo produtivo até o final, sendo esse um dos segredos para garantir a qualidade na cadeia de suprimentos do trigo. “Os agricultores são a base da qualidade da Gallo. Graças ao acompanhamento do agricultor, quando chegamos à parte do abastecimento, somos capazes de saber com que quantidade e com que qualidade contamos no campo e podemos fazer um planejamento mais certeiro do que precisamos”, acrescentou.

As cadeias de suprimentos agrícolas estão cada vez mais exigentes para se adaptar ao contexto atual de crescente incerteza, derivada das mudanças climáticas e, especialmente, da seca. Portanto, o Grupo Gallo indicou que tem colaborado nos últimos anos com projetos andaluzes que contribuem para o desenvolvimento de variedades resistentes às condições climáticas adversas. “O Grupo Gallo participa de todo o processo, desde a seleção de variedades, em parceria com iniciativas como Agrovegetal, com acordos exclusivos de compra de trigo duro com várias cooperativas da Andaluzia. E a posterior fabricação da semolina em moinhos próprios, onde são gerenciadas as mais altas qualidades para a produção e distribuição de massa da marca Gallo”, relatou Chacón.

Além de apoiar o setor agrícola em uma colheita atípica marcada pela seca, o Grupo Gallo fez um esforço técnico para garantir a qualidade dos seus produtos. “Consideramos”, explicou, “que nossa obrigação era garantir a segurança de compra aos agricultores para que pudessem gerenciar suas produções no mercado e, por isso, o Gallo abriu suas portas para todo o trigo entregue durante os meses da safra de cereais. O Grupo Gallo fez um esforço técnico para manter a qualidade do produto nos padrões que caracterizam nossas massas, de modo que o consumidor não perceba o stress ao qual o campo tem sido submetido”.

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Prosegur Cash alcança vendas de 1.498 milhões de euros nos primeiros nove meses de 2023, um aumento de 5,7%

  • Servimedia
  • 27 Outubro 2023

Também registou um forte crescimento orgânico, superior a 38%, com aumentos de dois dígitos em todas as regiões, conforme indicado pela empresa em um comunicado.

Os Novos Produtos, que têm sido muito aceitos pelos seus clientes, alcançaram vendas de 445 milhões de euros, um aumento de 27% em relação ao mesmo período do ano anterior, e possuem uma participação nas vendas totais de 29,7%. Nesse contexto, o negócio Forex teve um bom desempenho, reforçado pelo crescimento do Cash Today e Corban.

Por sua vez, o Ebitda nos primeiros nove meses do ano atingiu 206 milhões de euros, um aumento de 5,7% em relação ao mesmo período do exercício anterior, com uma margem de 13,7%. Já o lucro líquido, que foi de 63 milhões de euros, sofreu os efeitos do aumento dos custos financeiros, embora com um impacto limitado no fluxo de caixa.

Quanto à criação de receita, o Free Cash Flow foi de 88 milhões de euros, e a relação de alavancagem financeira ficou em 2,2 vezes a dívida financeira líquida em relação ao Ebitda.

No que diz respeito às diferentes áreas geográficas, a América Latina faturou 941 milhões de euros, o que representa 63% do faturamento total da Prosegur Cash, com um crescimento orgânico de 50,9%. Já a Europa registou vendas de 451 milhões de euros, com uma participação de 30% no faturamento total da Prosegur Cash nesse período, e um crescimento orgânico de 11,1%. Por sua vez, a região da Ásia-Pacífico, que contribui com 7% do negócio, alcançou vendas de 106 milhões de euros e um crescimento orgânico de 18,6%.

Essas regiões também registaram um forte crescimento nas vendas de Novos Produtos. Na América Latina, a faturação cresceu 9%, atingindo 286 milhões de euros, com uma participação nas vendas totais de 30,4%. Na Europa, o crescimento das vendas de Novos Produtos foi de 100%, com um volume de 135 milhões de euros, representando 29,9% do total de receitas na região. Na Ásia-Pacífico, a faturação cresceu 15%, com um valor de 24 milhões de euros, representando 22,8% das vendas totais.

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FisioExpo reúne marcas como Doctoralia, The Beemine Lab e Biotecna na sua nova edição que está a ser realizada em Madrid

  • Servimedia
  • 27 Outubro 2023

FisioExpo, a feira profissional de fisioterapia para Espanha e Portugal, que acontece em Madrid, reúne as principais marcas do setor para divulgar seus produtos e serviços, avanços tecnológicos.

Desde esta sexta-feira até domingo, a FisioExpo espera receber mais de 8.000 visitantes que poderão ver mais de 170 expositores, apresentações e oficinas de formação nas quais serão apresentadas novas técnicas e abordagens para melhorar a saúde e o bem-estar dos pacientes, bem como soluções para os desafios que o mercado apresenta atualmente. Entre os participantes estão profissionais de saúde, várias empresas estabelecidas no mercado e empresas jovens tanto da Espanha e Portugal quanto de outros países europeus.

Dados recentemente publicados pelo Eurostat indicam que a Espanha possui menos fisioterapeutas que a média da União Europeia. De acordo com o Escritório de Estatísticas da União Europeia, a Espanha tem 132,2 especialistas para cada 100.000 habitantes, em comparação com a média de 136,7 na União Europeia. Apesar disso, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), em 2022 havia 66.178 fisioterapeutas licenciados na Espanha, quase 6% a mais em relação a 2021, com 62.691 profissionais licenciados.

Nesse sentido, o evento busca se tornar uma oportunidade para que os profissionais espanhóis possam conhecer diferentes stakeholders e marcas participantes que possuam expositores, como é o caso de empresas como Doctoralia, The Beemine Lab ou Biotecna, entre outras.

A Doctoralia, plataforma online de busca de especialistas médicos com presença internacional, participa mais um ano para apresentar suas novidades e criar novas sinergias com profissionais de saúde. Assim, a plataforma que permite localizar profissionais de saúde por especialidade ou localização busca se consolidar no mercado como empresa referência em auxílio ao paciente.

Também está presente na FisioExpo a marca espanhola de produtos de CBD The Beemine Lab, marca focada no bem-estar das pessoas de uma “maneira natural”, que possui uma linha de cremes de massagem à base de canabidiol e mel. A marca, que busca entrar no mercado da fisioterapia, estará realizando atividades ao vivo, como sessões de fisioterapia, nas quais os participantes podem descobrir os benefícios do CBD.

As suas soluções são compostas por mais de 95% de ingredientes naturais resultantes de sinergias que conectam o potencial do CBD, a apicultura e diferentes princípios ativos, sempre livres de toxinas e pesticidas, como é o caso do seu creme voltado para a recuperação física ALIVIUM CBD FORTE, que só pode ser adquirido em estabelecimentos especializados, como farmácias. De acordo com um teste de eficácia realizado pela própria marca, 95% dos entrevistados experimentam uma sensação calmante e reconfortante após a aplicação.

Por sua vez, a empresa Biotecna Medical Technology participa mais um ano para apresentar os tratamentos “mais inovadores” que realizam. Assim, a empresa dedicada à formação e desenvolvimento de todos os tipos de tratamentos médico fisioterapêuticos, reabilitação e podologia por meio da aplicação de correntes bioeletromagnéticas, tem como objetivo conhecer as últimas tendências em reabilitação e apresentar aos diferentes profissionais de saúde suas propostas tecnológicas no campo terapêutico.

Em suma, as empresas que participam da FisioExpo também podem desfrutar de várias oficinas e apresentações para descobrir novas técnicas, tecnologias e inovações ministradas por profissionais do setor de fisioterapia.

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Grandes companhias europeias “avaliam” TAP em 2,83 mil milhões

Só o capital próprio da TAP já soma 1.323 milhões, se for incluído o montante em falta da injeção do Estado. Crise no Médio Oriente não deverá afetar interesse das grandes empresas pela privatização.

O preço será “o último critério” para a escolha do comprador da TAP, como afirmou em entrevista ao ECO o ministro das Finanças, Fernando Medina. O Governo não deixará, no entanto, de tentar maximizar o encaixe para o Estado. Usando como paralelo a avaliação das três grandes companhias europeias, a transportadora portuguesa podia valer 2,15 mil milhões. Mas há também quem coloque a fasquia nos mil milhões.

Uma forma de chegar ao valor de uma empresa é compará-la com outras do mesmo setor, usando um rácio como bitola. Um dos mais usados é o chamado enterprise value (capitalização bolsista + dívida) sobre o EBITDA (resultados antes de juros, impostos, depreciações e amortizações).

A Luftansa, o IAG e a Air France-KLM – os três gigantes europeus e que já manifestaram interesse na transportadora nacional – estão a transacionar em bolsa com um enterprise value que é, em média, de 2,83 vezes o EBITDA. Aplicando este rácio aos resultados da TAP chega-se a um valor de 2,83 mil milhões, tendo em conta que a companhia portuguesa registou um EBITDA recorrente de mil milhões de euros nos últimos quatro trimestres.

É preciso levar em consideração que o preço a pagar pelo comprador não incluirá a dívida da companhia. Deduzindo o endividamento líquido da TAP, que era de 670,7 milhões no final de setembro, chega-se a um valor de 2,15 milhões. Por 100% da empresa.

Este montante pode pecar por excesso. Yi Zhong, analista da empresa de research francesa Alphavalue, considera que é preciso aplicar um desconto de escala, tendo em conta que as outras companhias têm uma dimensão muito superior à da TAP.

Por outro lado, aquele rácio não tem em conta o prémio de controlo da transportadora portuguesa, que estará sempre assegurado tendo em conta que o Governo aprovou a venda de mais de 51% da TAP, ou as sinergias que poderão ser criadas. A Parpública pediu uma avaliação à EY e ao Banco Finantia, que não foi tornada pública, mas que o Governo tem desvalorizado justamente por ela não refletir nem um prémio de controlo nem a criação de valor que resulta da integração do negócio do comprador com o alvo.

Outra forma de tentar chegar a uma avaliação é recorrer justamente ao rácio usado noutras operações de consolidação. O grupo IAG acordou em 2022 comprar 80% da Air Europa por 400 milhões de euros. Uma operação que, segundo a Reuters, foi feita com um múltiplo de 4,6 vezes o EBITDA. Aplicado à TAP, daria 4,63 mil milhões, um número muito superior aos 2,46 mil milhões. Já a compra de 41% da italiana ITA pela Lufthansa este ano, através de um aumento de capital de 325 milhões, teve implícito um rácio de 2,26 vezes. Transposto para as contas da transportadora portuguesa, seriam 2,26 mil milhões. A disparidade dos números torna difícil tirar conclusões.

Múltiplo do mercado europeu faria valor disparar

Quando a Atlantic Gateway, o então acionista privado, quis levar a TAP para bolsa em 2019, pediu uma avaliação ao Deutsche Bank. Na altura, o banco de investimento alemão usou um rácio entre 5 e 5,5 vezes, chegando a um preço entre 637 e 1.035 milhões, tendo em conta os resultados da empresa na altura. O EBITDA era então inferior (778 milhões) e a dívida líquida muito mais elevada (1.790 milhões). Esse é também o rácio (5,56 vezes) a que negoceia atualmente a indústria de aviação europeia, segundo a Reuters. Atiraria o valor da TAP para os 5,56 mil milhões de euros.

Neil Glynn, diretor da Air Control Tower, uma empresa de research especializada na indústria, aponta para um número muito mais baixo. “Com a Air France-KLM, IAG e Luftahnsa a terem capitalizações bolsistas entre 4,4 e 11 mil milhões, pensamos que é difícil para cada uma delas justificar o pagamento de mais de mil milhões [excluindo dívida] por uma transportadora com receitas pouco superiores a 10% das suas“, refere numa nota de research de agosto, antes ainda de serem conhecidos os resultados da TAP no terceiro trimestre.

No mesmo relatório aponta que as aquisições bem-sucedidas no setor foram feitas com um rácio entre 0,1 e 0,7 vezes as vendas. Tendo em conta as receitas de 4,2 mil milhões da TAP nos últimos 12 meses, o ponto mais elevado do intervalo apontaria para os 2,95 milhões.

Há um dado adicional a ter em conta. Só o capital próprio da TAP já soma 1.323 milhões, se juntarmos aos 635,4 milhões registados no final de setembro os 688 milhões que o Estado ainda vai injetar este ano e no próximo.

Crise no Médio Oriente pode penalizar?

As companhias aéreas chegaram a acumular uma valorização de 37% este ano, segundo o Stoxx Europe Airlines, mas inverteram o rumo a partir do verão e já só somam 4,4%. Um desempenho abalado também nas últimas semanas pela guerra entre Israel e o Hamas e o receio de uma escalada.

Todas as três companhias farão ofertas e não creio que o atual clima político irá afetar a venda, uma vez que elas estão a olhar para o longo prazo.

Stephen Furlong

Analista sénior da Davy Capital Markets

Pode este contexto penalizar a venda da TAP? Os analistas acreditam que o interesse já manifestado por Air France – KLM, IAG e Lufthansa não deverá esmorecer. “Todas as três companhias farão ofertas e não creio que o atual clima político irá afetar a venda, uma vez que elas estão a olhar para o longo prazo”, considera Stephen Furlong, analista sénior da Davy Capital Markets.

Yi Zhong também não acredita que a crise no Médio Oriente afete a privatização. “O interesse na aquisição da TAP é consolidar os slots e rotas da companhia (sobretudo o mercado da América do Sul), mas também tirar partido das vantagens de uma aliança entre companhias, como o code-sharing”, afirma a analista da Alphavalue. A TAP faz parte da Star Alliance, onde já está a Lufthansa.

O impacto do conflito no Médio Oriente nos custos de combustível das companhias aéreas europeias foi surpreendentemente fraco, uma vez que o querosene subiu menos do que o petróleo bruto. As companhias aéreas europeias seguram o preço do combustível, o que também atrasa e suaviza a volatilidade dos preços dos combustíveis”, observa Andrew Lobbenberg, o analista responsável pelo setor dos transportes no Barclays.

Se o conflito escalar, existe o risco de o aumento do preço dos combustíveis ser mais extremo e de a procura de viagens ser mais afetada. A rentabilidade das companhias aéreas ficaria ameaçada e todas seriam mais cautelosas ao gastar dinheiro.

Andrew Lobbenberg

Analista do Barclays

Lobbenberg nota que a guerra na Ucrânia não penalizou o transporte aéreo no verão e que a procura por viagens não parece estar a ser afetada, mas deixa um alerta: “Se o conflito escalar, existe o risco de o aumento do preço dos combustíveis ser mais extremo e de a procura de viagens ser mais afetada”.

A rentabilidade das companhias aéreas ficaria ameaçada e todas seriam mais cautelosas ao gastar dinheiro, uma vez que a liquidez se torna muito importante quando o mercado se deteriora”, acrescenta o analista do Barclays. Ou seja, a disponibilidade para pagar pela TAP poderia sair penalizada.

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Carlos Moreira da Silva e família Silva Domingues compram grupo industrial italiano do setor do vidro

Sócios na BA Glass e Cerealis fecham acordo com private equity para ficar com fabricante italiana de portas de vidro para máquinas de lavar, que tem 900 trabalhadores e controla fábrica na China.

O empresário Carlos Moreira da Silva e a família Silva Domingues, que controlam a vidreira BA Glass e há dois anos compraram o grupo alimentar Cerealis, acabam de fechar a aquisição conjunta de 100% do grupo industrial italiano Vetrerie Riunite (VR), que reclama a liderança mundial no fabrico de portas de vidro para máquinas de lavar e secar, e também produz moldes para vidro prensado e injeção de plástico, sobretudo para o setor da iluminação automóvel.

A aquisição do grupo fundado em 1968, que emprega um total de 900 trabalhadores e vende para 42 países, foi feita através da Teak Capital, holding pessoal de Carlos Moreira da Silva, e pela Tangor Capital, da família Silva Domingues. O negócio, concluído por um valor não divulgado pelas partes, foi acertado com a sociedade de private equity Sun European Partners, que tinha investido no grupo transalpino em 2019.

No complexo industrial com 140 mil metros quadrados em Colognola ai Colli, na província de Verona (região de Veneto), a multinacional produz perto de 43 milhões de peças por ano. Além disso, em 2021 entrou no capital (70%) da fabricante chinesa Suizhong Minghui Industrial Technology, sediada em Huludao (província de Liaoning), no nordeste do país asiático, equipada com seis fornos e 12 linhas de produção que ocupam uma área superior a 43 mil metros quadrados e que produzem anualmente mais oito milhões de peças de vidro prensado.

É um produto de nicho, mas com uma posição de quota de mercado mundial de mais de 50%. Parece-nos que, com o investimento que fez recentemente na China, poderá ter um crescimento significativo.

Carlos Moreira da Silva

Fundador e diretor da Teak Capital

“Avançámos para esta aquisição porque é uma empresa industrial, que é aquilo de que mais gostamos e em que temos mais conhecimento, por um lado. Por outro, é um produto de nicho, mas com uma posição de quota de mercado mundial de mais de 50%. Parece-nos que, com o investimento que fez recentemente na China, poderá ter um crescimento significativo”, explicou ao ECO o diretor da Teak Capital, Carlos Moreira da Silva, situando o volume de negócios da adquirida “entre os 100 e os 200 milhões de euros”.

A Vetrerie Riunite, a principal empresa do grupo, produz 400 toneladas de vidro por dia e tem como clientes as principais marcas mundiais de eletrodomésticos: LG, WhirIpool, Miele, Candy, Electrolux e Bosch. Já a Borromini (moldes) tem na lista de clientes grandes empresas de componentes para a indústria automóvel, como a Marelli, Valeo, Farba, ZKW, Koito, Elba, Magna, Optrel, Wideye ou Hella. De fora do perímetro da transação, que está sujeita a aprovação pelas autoridades regulatórias, ficou a divisão Novaref (rolos refratários e peças especiais para edifícios).

A holding de Moreira da Silva agrega mais de 40 investimentos nos setores industrial, financeiro, imobiliário, educação, saúde e de private equity. O mais recente, notificado há duas semanas à Autoridade da Concorrência, foi a compra de 50% da histórica Quinta do Vallado, produtora de vinho no Douro. No portefólio industrial, além da BA Glass e Ceralis, soma desde novembro de 2021 uma participação minoritária na Sonae Indústria.

O empresário salienta estar “alinhado” com a gestão do grupo VR, a cargo de Davide Vassena, que se irá manter em funções. Carlos Moreira da Silva indica ao ECO que “a oportunidade surgiu já há bastante tempo, ainda antes da crise energética”. “Durante a crise energética [a operação] ficou em suspenso. E fomos contactados novamente, analisámos e achámos que era uma boa oportunidade”, completa. O foco estará “sobretudo no crescimento na Ásia e em manter a inovação em produto para manter a liderança mundial”.

Estamos confiantes que a nossa experiência e recursos irão contribuir significativamente para o desenvolvimento do Grupo VR. Queremos impulsionar [este negócio] para novos patamares de sucesso.

Rita Domingues

Diretora-geral da Tangor Capital

Os compradores portugueses contaram com a assessoria da EY e da Morais Leitão & Associados. Já a Sun European Partners, liderada por Paul Daccus – o diretor-geral fala num “marco significativo para o grupo VR e para os investidores” da firma de private equity e diz estar “confiante na prosperidade do grupo VR com os novos investidores” –, foi assessorada pela Rothschild, EY, Giliberti Triscornia e Associati, e Weil, Gotshal & Manges LLP.

“Estamos confiantes que a nossa experiência e recursos irão contribuir significativamente para o desenvolvimento do Grupo VR, posicionando-nos como os parceiros ideais para enfrentar os desafios e oportunidades que tem pela frente. Juntamente com a equipa de gestão, queremos impulsionar [este negócio] para novos patamares de sucesso”, resume Rita Domingues, diretora-geral da Tangor Capital, o family office da família Silva Domingues, que tem igualmente investimentos nos setores industrial, imobiliário e financeiro.

(Notícia atualizada às 11h50 com declarações de Carlos Moreira da Silva)

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Maioria dos países europeus aposta nos benefícios fiscais e só aumenta impostos indiretos

Segundo as propostas orçamentais para 2024, há vários países que alargam as deduções fiscais. Os que optaram por um aumento dos impostos, fazem-no principalmente em produtos como álcool e açúcar.

A maioria dos países da Zona Euro está a avançar com um alargamento dos benefícios fiscais no próximo ano, nomeadamente nas deduções, e alguns avançam também com reduções de impostos, segundo as propostas orçamentais para 2024 enviadas à Comissão Europeia e já disponíveis. Entre os países mais endividados, a exceção é Espanha. Por outro lado, há alguns países que optam por aumentar impostos, mas sobretudo nos indiretos.

Apesar do arrefecimento na economia da Zona Euro, no rescaldo da guerra na Ucrânia e com o impacto das medidas para combater a inflação (ainda elevada), são vários os países que preveem um alargamento dos benefícios fiscais. Isto numa altura em que a inflação acabou por também impulsionar as receitas fiscais dos Estados.

Começando pela Grécia, que apesar de prever uma grande redução do endividamento continua a ter o maior rácio da dívida pública, a proposta de Orçamento enviada à Comissão indica que vai avançar um aumento do “desconto” para os contribuintes com crianças, uma medida que vai custar 135 milhões de euros. Também avança com a redução do imposto da propriedade para lares que têm seguro contra desastres naturais.

O país assume que vai ter uma “evolução fiscal positiva” que é “impulsionada principalmente pelo aumento das receitas fiscais e das contribuições para a Segurança Social, assentes no fortalecimento do crescimento económico”.

Já em Itália, o país tinha já anunciado um grande corte de impostos que terá um impacto orçamental de cerca de 20 mil milhões de euros. A primeira fase da reforma tributária prevê a redução do IRS, também através da redução de taxas e dos escalões. Por outro lado, também suspende até 1 de julho de 2024 o Imposto sobre Plásticos e do Imposto sobre o açúcar, enquanto alarga o benefício fiscal para investimentos no Sul.

Em França vão continuar a avançar com reduções de impostos que “contribuem para a proteção das famílias e das empresas”, nomeadamente a baixa do imposto sobre empresas.

Entre os mais endividados, Espanha é o que mais destoa com a introdução de novos impostos, como o Imposto Especial sobre embalagens de plástico não reutilizáveis ​​e a Taxa Temporária de Solidariedade de Grandes fortunas.

Em Portugal, a escolha foi de reduzir o IRS, através de uma atualização dos escalões e a redução das taxas. Por outro lado, avançou também um aumento de vários impostos indiretos, com destaque para o IUC, medida que tem levantado bastante polémica, bem como para as bebidas alcoólicas e o tabaco.

Já a Irlanda, que atualmente já não se encontra entre os países mais endividados apesar de ter atingido um rácio elevado na crise das dívidas soberanas, vai reduzir os impostos ao aumentar o limite superior dos rendimentos a qual é aplicada a taxa de 2% e baixando a taxa seguinte de 4,5% para 4%.

Aumentos de impostos concentrados nos indiretos

Alargando a análise aos restantes países da Zona Euro, é possível perceber que alguns aumentam os impostos, mas sobretudo os indiretos. Na Finlândia, por exemplo, o IRS vai ser reduzido mas há um aumento dos impostos sobre o vinho e bebidas espirituosas, estando também prevista a introdução de impostos sobre os pacotes de nicotina.

Já a Estónia prevê um aumento da taxa do IVA, avançando também com a criação de novos impostos, nomeadamente o imposto sobre veículos ligeiros de passageiros e o imposto sobre bebidas açucaradas. Fizeram também um acordo com a banca, que levou a um aumento do imposto sobre os dividendos extraordinários.

Pelo Chipre, há a introdução de “taxação verde”, com impostos sobre o carbono e aterros sanitários, mas que deverá ser “neutra” ao prever compensações por exemplo na redução de impostos alternativos.

Nos Países Baixos estão previstos impostos mais elevados sobre rendimentos mais altos, bem como uma subida dos impostos sobre o álcool e o tabaco. “A partir de 2024, serão angariados 1,5 mil milhões de euros para rendimentos de cerca de 75.000 euros ou mais por ano, através da indexação apenas parcial dos limites das faixas fiscais”, indica o Governo holandês na proposta de Orçamento.

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Estado poderá apoiar até 71% do aumento da renda em 2024

Para 2024, as famílias mais vulneráveis poderão contar com um acréscimo do apoio à renda por parte do Estado, que poderá atingir um valor equivalente a 200 euros mais 71% da atualização da renda.

O Governo anunciou na quinta-feira um apoio adicional à atualização das rendas a vigorar para o próximo ano. Segundo cálculos do ECO, este reforço poderá suportar até 71% do aumento da renda em 2024, considerando a atualização máxima permitida por lei para o próximo ano (6,94%) — o valor mais elevado dos últimos 30 anos.

“O Estado vai comparticipar mais de dois terços (4,94%) do aumento da renda dos agregados até ao 6.º escalão de IRS, com taxas de esforço superiores a 35%”, refere o Governo em comunicado, destacando ainda que “estes inquilinos suportarão, assim, apenas 2% do acréscimo, face ao aumento previsto de 6,94% que decorre da fórmula legal e automática de atualização das rendas.”

Desta forma, os inquilinos terão sempre de encaixar no seu orçamento familiar um aumento até 2% do acréscimo proposto pelos senhorios. Daí em diante e até ao limite máximo definido por lei (6,94%), o aumento da renda em 2024 será totalmente suportado pelo Estado, sem limite de valor máximo.

Com esta medida, o Governo não impõe qualquer travão ao aumento das rendas, mas garante a subsidiação do aumento da renda acima dos 2% para as famílias mais vulneráveis (que apresentam uma taxa de esforço acima dos 35% e apresentem rendimentos até ao 6.º escalão do IRS).

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Este apoio é dirigido aos agregados com rendimentos até ao 6.º escalão de IRS, ou seja, até 38.632 euros anuais (cerca de 2,760 euros líquidos por mês) e que tenham uma taxa de esforço superior a 35% para o pagamento da renda. Além disso, são apenas considerados os contratos assinados até 15 de março de 2023 registados na Autoridade Tributária e Aduaneira.

A medida acresce ao apoio extraordinário em vigor desde maio deste ano que passa pelo pagamento de um subsídio com um valor que flutua entre 20 e 200 euros mensais para ajudar as 185 mil famílias com taxas de esforço superiores a 35% com baixos rendimentos. Medida que representa uma despesa de 250 milhões de euros.

O Governo esclarece ainda que tanto o apoio em vigor como o reforço da bonificação sobre o aumento das rendas em 2024 estarão em vigor durante os próximos cinco anos.

Isto significa que, considerando um agregado familiar com rendimentos líquidos mensais de 2000 euros e uma renda em 2023 de 900 euros, o reforço do apoio à renda em 2024 pode atingir 25,4% do valor total da mensalidade no próximo ano, tendo por base um aumento da renda de 6,94% no próximo ano. Ou seja, dos 962,46 euros do valor da nova renda, o Estado comparticipará com 244,46 euros e o inquilino terá de pagar os restantes 718 euros.

O apoio do Estado é assim composto por 200 euros da anterior bonificação e 44,46 euros de 71% do aumento global de 62,46 euros da renda a vigorar em 2024.

O Governo esclarece ainda que tanto o apoio extraordinário em vigor como o reforço do apoio à atualização sobre o aumento das rendas em 2024 estarão em vigor durante os próximos cinco anos.

De acordo com a ministra da Habitação, Marina Gonçalves, as 185 mil famílias que já beneficiam do apoio à renda serão abrangidas com este reforço de forma automática. Mas o universo de inquilinos apoiados pelo Estado pode subir, porque a atualização da renda em 2024 pode originar um aumento de famílias que fiquem com uma taxa de esforço acima de 35% — um dos critérios exigidos para aceder ao apoio.

Fora desta medida estão as rendas para os imóveis comerciais (lojas, armazéns, escritórios, hipermercados, centros comerciais, hotéis, etc.) que este ano foram sujeitas ao travão de 2% e, a partir de janeiro de 2024, vão ver subir o valor da renda até 6,94%.

Estão excluídas ainda as rendas antigas, anteriores a 1990, que têm regras diferentes, com a atualização a resultar de um processo de negociação entre senhorio e inquilino.

Também os novos contratos vão ficar fora desta atualização. Isto porque, com o pacote Mais Habitação, em vigor desde 7 de outubro, os novos contratos de arrendamento dos imóveis que estiveram no mercado nos últimos cinco anos, ficam impedidos de subir o valor das rendas mais de 2%. Regra que vai vigorar durante sete anos.

A exceção ao travão nos novos contratos é em casos que não tenham sido aplicados os respetivos coeficientes de atualização. Nessa situação, ao valor podem ser somados os coeficientes dos três anos anteriores, sendo considerado 5,43% em relação a 2023.

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