Zurich mudou imagem, quer corretores e PME, e passa ao ataque

No primeiro ano de Helene Westerlind como CEO em Portugal, a seguradora conseguiu uma imagem mais próxima dos segurados. Agora tem novos produtos e quer reforçar os canais de venda.

A seguradora Zurich mudou a sua atitude e tem ambição de ser a 4ª maior marca de seguros em Portugal. “É um top 5 muito congestionado, mas podemos trabalhar muito bem nessa arena e crescer em quota de mercado”, afirmou Helene Westerlind, CEO da Zurich em Portugal há um ano, em declarações exclusivas a ECOseguros.

Helene Westerlind, CEO da Zurich Portugal, em entrevista ao ECO Seguros - 20OUT23
Ao fim do primeiro ano a gerir a Zurich em Portugal, Helene Westerlind revela as novas ambições da seguradora suíça.Hugo Amaral/ECO

Se esse crescimento pode ser acelerado por aquisições de seguradoras em Portugal, Helene Westerlind comentou: “Estamos sempre a ver oportunidades, faz parte do nosso trabalho, vermos oportunidades, e se forem interessante avançamos”.

A CEO revelou que existiu uma necessária mudança de imagem. “O primeiro ano em Portugal, foi muito rápido, há agora muitas oportunidades para sermos centrados no consumidor, temos produtos e propostas para cada momento do seu ciclo de vida” e considera a recente campanha de comunicação “Seguros a favor”, por oposição a seguros “contra”, a ideia chave do novo posicionamento da marca: “queremos comunicar otimismo, não queremos o fator medo a mover o consumidor, mas antes de que estaremos lá quando for preciso e as coisas vão correr bem”, afirma Helene Westerlind.

A abordagem ao mercado foi ampliada. Em 2022, a Zurich tinha 43% do seu negócio na ramo Vida, com foco em produtos financeiros. 42% da carteira eram ramo automóvel e acidentes de trabalho, 11% em multirriscos habitação e apenas 2% em saúde. “A Zurich não é uma seguradora de saúde”, explica a CEO, “fornecemos seguros de saúde aos nossos clientes, mas através de um parceiro de saúde”.

No entanto, a Zurich já está a diversificar o portfolio, quer em produtos quer em canais de distribuição. “Temos estado focados em seguro automóvel e tem corrido muito bem, mas ao ir para a nova abordagem centrada no cliente, o negócio não é só automóvel, é também ramo vida, habitação e acidentes pessoais”, adianta Helene Westerlind que diz já está a ver resultados da diversificação em 2023.

Quanto ao regresso a produtos Vida financeiros com rendimento garantido, afirma “estamos a pensar nisso, mas é difícil o mercado, devemos focar mais em produtos de poupança e unit linked, mas estamos sempre a rever o portfolio de produtos”.

Satisfeita com a rede de 800 agentes com quem a Zurich trabalha, comenta “temos uma boa história conjunta e são 80% do seu negócio”, a CEO confessa que a seguradora não esteve no espaço de corretores durante um grande período de tempo”, situação em mudança diz: “Os corretores estão a chamar-nos, temos especialização, temos capacidade e interessa-nos aprofundar as relações com pequenas e médias empresas”.

Em canal de distribuição bancassurance destaca a relação com o Abanca mas “estamos a ver outras oportunidades”, porque “Bancassurance não é a única via, agentes são muito importantes, e estamos a diversificar os produtos para crescer em corretores e PME”, reforça.

Outra ambição de Helene Westerlind é que a Zurich seja uma Top employer em Portugal. Esse objetivo “não é só compensação e remuneração, mas criar um ambiente preparado para trabalho híbrido e assim criar um melhor equilíbrio entre vida profissional e privada e estar atento aos colaboradores sobre como manter saúde mental e saúde em geral”. Também é importante criar condições para “desenvolver as pessoas nas suas áreas de especialização ou criar oportunidades para irem para outras áreas e aprenderem mais”.

E aí o mundo Zurich são 65 mil colaboradores em mais de 200 países e territórios em todo o Mundo. Com 52 mil milhões de prémios em 2021 é o 5º maior grupo segurador da Europa e 17º do mundo. Em Portugal é o 6º maior grupo segurador com 590 milhões de euros de prémios emitidos em 2022. Regista os seguros do ramo na companhia portuguesa Zurich Vida e os Não Vida através da Zurich Insurance, com sede na Irlanda, mas em mudança para a Alemanha.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Grandes gestoras de ativos admitem nova subida de juros pelo BCE

  • ECO
  • 22 Outubro 2023

Taxas de juro na Zona Euro podem ainda não ter atingido o pico. Responsáveis da Vanguard, Legal & General Investment Management e Robeco admitem nova subida.

O BCE realiza na próxima quinta-feira mais uma reunião de política monetária e o mercado espera que o banco central deixe as taxas de referência inalteradas. Responsáveis de três grandes gestoras de ativos admitem, no entanto, à Bloomberg que a entidade liderada por Christine Lagarde pode ter de voltar a aumentar o preço do dinheiro.

A autoridade monetária do euro aumentou em setembro a taxa dos depósitos para um recorde de 4% e a taxa principal de operações de refinanciamento para os 4,5%. Na altura, Christine Lagarde sinalizou o fim do ciclo de subidas, embora dizendo que o BCE iria continuar a olhar atentamente para a evolução dos dados económicos.

Os contratos swap no mercado dão como garantida uma pausa na reunião deste mês e uma probabilidade de apenas 10% na seguinte. Mas a guerra entre Israel e o Hamas pode alterar o cenário nos próximos meses, sobretudo se o conflito se alargar ao Líbano, onde está a base do Hezbollah, que é apoiado pelo Irão. Nessa eventualidade, os preços da energia subiriam ainda mais, sobretudo na Europa que é mais dependente do fornecimento externo, agravando a inflação.

“A Europa é mais vulnerável [à crise no Médio Oriente] do que qualquer outro bloco dos mercados desenvolvidos”, afirmou Christopher Jeffrey, responsável da Legal & General Investment Management, que tem 1,3 biliões de libras em ativos sob gestão. “O BCE é o banco central que pode sentir necessidade de ultrapassar os limites”, acrescentou em declarações à Bloomberg.

Ales Koutny, da Vanguard, que tem 1,8 biliões em ativos de taxa fixa sob gestão, considera que os investidores estão a ser muito complacentes com a possibilidade de um novo aperto monetário. “O mercado está a subestimar a possibilidade de outro aumento por parte do BCE”, afirmou Koutny à agência.

Colin Graham, diretor de estratégias multi-ativos da Robeco, que gere 181 mil milhões de euros em ativos, concorda: “Pensamos definitivamente que o BCE deveria aumentar mais as taxas. A inflação ainda não está sob controlo”.

A inflação na Zona Euro travou para 4,3% em setembro, recuando 0,9 pontos percentuais face a agosto. A taxa subjacente, que exclui energia e alimentos, fixou-se em 4,5%, o nível mais baixo desde agosto. Nas projeções avançadas em setembro, o BCE previa que a inflação se situe nos 3,2% em 2024, aproximando-se do objetivo de 2% apenas em 2025.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Revisão do zonamento para efeitos de IMI será desencadeada “brevemente”

  • ECO
  • 22 Outubro 2023

Secretário dos Assuntos Fiscais considera que existe "um desalinhamento do Valor Patrimonial Tributário dos imóveis face àquilo que é a realidade do mercado". Novo zonamento pode ditar aumento do IMI.

Um dos elementos para calcular o Valor Patrimonial Tributário (VPT) dos imóveis, que serve de base ao IMI, é o coeficiente de localização, que reflete a o valor da zona onde está situado. O Governo pretende atualizar “brevemente” este indicador, de forma a refletir a valorização do mercado, afirma o Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais em entrevista ao Jornal de Negócios e à Antena 1. O que pode resultar num aumento do imposto a pagar.

Nuno Félix considera que o valor fiscal dos imóveis está desatualizado. “De facto, temos um desalinhamento do VPT dos imóveis face àquilo que é a realidade do mercado“, afirma o secretário de Estado.

“Existe uma comissão a este nível, que é a CNAPU, a Comissão Nacional para a Avaliação dos Prédios Urbanos, que reúne a AT, que reúne representantes dos municípios, dos avaliadores, dos mais diversos “stakeholders”, que têm agora um trabalho a fazer neste domínio ao nível daquilo que é o redesenho do zonamento, mas também ao nível daquilo que é olhar para o valor médio do construção”, acrescenta Nuno Félix. “Um trabalho que a CNAPU desencadeará brevemente”.

Reforma do património rústico deverá estar pronta até ao final do ano. Só depois disso serão reavaliados.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Ministra ucraniana quer Seguros para impulsionar o crescimento económico

  • ECO Seguros
  • 22 Outubro 2023

Para enfrentar a "tentativa russa de levar o país à falência", a ministra da economia ucraniana sugere a criação de um "fundo de investimentos para criar seguros e resseguros contra riscos de guerra".

Com a invasão russa, a economia ucraniana está fragilizada, com empresas a serem atacadas e os portos bloqueados, no que Yulia Svyrydenko, a primeira vice-primeira-ministra e ministra da economia da Ucrânia, diz ser “uma tentativa de levar o país à falência”. De acordo com a governante, para contra-atacar a ofensiva económica, é essencial “uma cobertura de seguro eficaz que reflita os riscos criados pela atual invasão russa, que pode potencialmente desbloquear dezenas de milhares de milhões de euros em investimentos”, nacionais e estrangeiros, escreve Svyrydenko para o Atlantic Council.

No seu LinkedIn, Svyrydenko escreve que o “principal objetivo do governo ucraniano é mudar a perceção da Ucrânia, aos olhos das seguradoras internacionais, de ‘zona vermelha’ com numerosos riscos para uma região atrativa para investimentos”. Afirma ver o futuro com otimismo e que a criação do “seguro contra riscos de guerra vai agora além da proteção dos investimentos; é uma parte vital dos esforços de criação de resiliência da Ucrânia”.

Atualmente, milhares de milhões de euros estão a ser investidos para alargar a cobertura de seguros para as empresas a operar na Ucrânia. Entre eles está o projeto do parque industrial M10 na região de Lviv, que receberá um pacote de seguros de 9,1 milhões de dólares (cerca de 8,5 milhões de euros) a dez anos, acordados com a Agência Multilateral de Garantia dos Investimentos (MIGA) e parcialmente financiado pelos países doadores através do fundo ‘Support for Ukrainian Reconstruction and Economic Enhancement’, supervisionado pela MIGA . O M10 irá cobrir 23,5 hectares e servirá como espaço de instalação de armazenamento profissional para garantir as atividades operacionais e prevê-se que, após a sua construção, irá gerar “3 mil postos de trabalho, dando um impulso económico significativo à região circundante”, afirma a ministra.

O apoio à economia ucraniana não é enviado apenas por organizações internacionais, mas também por países e agências. Como é o caso do Bpifrance Assurance Export que está a “oferecer cobertura de seguro às empresas francesas que investem na Ucrânia” e do governo americano que está a preparar pedidos de seguros contra riscos de guerra para a Ucrânia no valor de centenas de milhões de euros, lê-se no Atlantic Council.

Além disso, a Polónia adotou uma legislação que “tornará possível fornecer cobertura de seguros às sucursais polacas de empresas internacionais” a operarem na Ucrânia, para que participem na reconstrução e recuperação da Ucrânia.

"A expansão do seguro de investimento contra riscos de guerra na Ucrânia foi apoiada publicamente pelos líderes do G7, pela Comissão Europeia e por várias agências nacionais de crédito à exportação. As agências de crédito à exportação alemã, francesa, italiana, britânica, sueca e japonesa já se comprometeram a participar em seguros de risco político para as suas empresas que operam na Ucrânia”

Yulia Svyrydenko, a primeira vice-primeira-ministra e ministra da economia da Ucrânia

Atlantic Council

A ministra afirma que o principal objetivo é “reativar o mercado internacional de resseguros na Ucrânia”, sugerindo a criação de um fundo de investimentos especial para criar seguros e resseguros contra riscos de guerra a nível global, que seria gerido pelos governos de países parceiros, em conjunto com a Ucrânia.

Svyrydenko exalta a resiliência económica ucraniana, ressalvando que milhares de empresas puderam continuar ou retomar as suas atividades, devido aos esforços dos militares. E as perspetivas de crescimento económico são otimistas. O Fundo Monetário Internacional (FMI) apontar para um crescimento PIB ucraniano de 2% neste ano. Já o ministério da economia ucraniano acredita que o crescimento será maior alcançara os 4% em 2023 e os 5% em 2024.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Ageas Seguros junta 30 industriais do setor têxtil

  • ECO Seguros
  • 22 Outubro 2023

Os têxteis deram início às Conversas Ageas Seguros. Baseadas num modelo de conhecimento regional são encontros com a participação de empresas e de associações empresariais locais.

Com o objetivo de estreitar os laços com a “realidade empresarial a nível setorial”, a Ageas Seguros realizou o “primeiro encontro de empresários de um setor de atividade” – o setor têxtil – ao qual denominou de ‘Conversas Ageas Seguros’. No evento, realizado no Edifício Ageas ICON Douro, no Porto, na passada quinta-feira, foram abordados “temas relacionados com os desafios e novas oportunidades do setor”, avança a seguradora num comunicado.

Debatendo o futuro do setor têxtil: Gustavo Barreto, membro da Comissão Executiva do Grupo Ageas Portugal, António Braz Costa , Diretor Geral do Citeve, , Ana Dinis, Diretora Executiva da ATP, José Gomes membro da Comissão Executiva do Grupo Ageas Portugal e Beatriz Tavares, Relações Públicas, Marketing e CSR da Twintex.

De acordo com a Ageas Seguros, “as Conversas Ageas Seguros baseiam-se num modelo de conhecimento regional, uma vez que contam com a participação de Empresas e de Associações Empresariais locais do setor”. Participaram no encontro trinta empresários da indústria têxtil e vestuário.

Em linha com a estratégia da Ageas para o segmento das empresas, a seguradora procurou aproximar-se da realidade empresarial abordando “temas relevantes e de interesse comum”, que foram os seguintes: “Prevenção e a gestão do risco como chave da eficiência do negócio no setor”; “Enquadramento, estratégia e competitividade do setor”; “Desafios/oportunidades do setor”, lê-se no site da empresa.

Entre o painel de representantes do setor que abordaram o “panorama atual” da indústria têxtil, encontrava-se “Ana Dinis, Diretora Executiva da ATP – Associação Têxtil e Vestuário de Portugal; António Braz Costa, Diretor Geral do CITEVE e Beatriz Tavares, Relações Públicas, Marketing e CSR da Twintex – empresa vencedora da 3.ª edição do Prémio Inovação em Prevenção na categoria de Pessoas”, dá conta a seguradora.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Generali italiana registou perdas superiores às previstas devido a catástrofes naturais

  • ECO Seguros
  • 22 Outubro 2023

A seguradora perdeu 840 milhões de euros líquidos até setembro, um prejuízo superior em 167 milhões de euros ao período homólogo do ano passado, devido a catástrofes naturais.

A impossibilidade de previsão das catástrofes naturais não permitiu à Generali italiana antever o quão frequentes se iam tornar e a força de impactos que iriam ter. Em apenas 9 meses, foram ultrapassadas as perdas financeiras previstas para o ano todo relacionadas com catástrofes naturais, afirmou quinta-feira passada o Diretor Financeiro da seguradora, Cristiano Borean, num evento em Munique, na Alemanha, avançou a Reuters.

O diretor financeiro não revelou qual era o orçamento anual, mas confirmou que nos primeiros seis meses do ano, as catástrofes naturais afetaram o rácio da seguradora líder em Itália em 1,2 pontos percentuais. Quanto aos dados relativos aos primeiros nove meses do ano, esses serão publicados a 17 de novembro, escreve a Reuters.

O que sabemos até agora é que perdeu 840 milhões de euros líquidos (após as operações de resseguro) até setembro, perfazendo um prejuízo superior em 167 milhões de euros do que no período homólogo, devido a catástrofes naturais. Entre os eventos catastróficos, “as inundações no Norte de Itália, em maio” tiveram um impacto significativo, informa a Reuters citando o diretor financeiro.

Ainda segundo a Reuters, Borean refere que a abordagem de governação ambiental, social e corporativa, que avalia o compromisso das empresas em trabalhar em prol de objetivos sociais, ambientais e diversidade no local de trabalho, alterou significativamente “a forma como as companhias de seguros subscrevem os riscos e gerem os seus investimentos”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

🎥 Quem joga raspadinhas em Portugal

  • ECO
  • 22 Outubro 2023

Perfil do jogador de raspadinha com maior risco de desenvolver doenças associadas às “raspadinhas” são pessoas com menos rendimentos, menos instrução escolar.

Em Portugal, os problemas de jogo com “raspadinhas” podem afetar 1,21% da população adulta, ou seja, cerca de 100 mil cidadãos, segundo um estudo “Quem Paga a Raspadinha?”, sobre o perfil de utilizadores e níveis de doenças associadas a este tipo de jogo.

Pessoas com rendimentos entre 400 e 664 euros têm três vezes mais probabilidades de serem jogadores frequentes da raspadinha em comparação com quem aufere 1.500 euros por mês, revela o estudo feito em parceria pelo Conselho Económico e Social (CES) e a Universidade do Minho.

Veja o vídeo.

http://videos.sapo.pt/eNZ0azuu79WcCLFdYb9H

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Washington avisa que não hesitará em agir militarmente contra quem expandir conflito

  • Lusa
  • 22 Outubro 2023

O secretário da Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin deixou uma mensagem na ABC News "àqueles que procurem alargar o conflito". "O nosso conselho é: 'Não façam isso".

O secretário da Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, avisou este domingo que Washington “não hesitará em agir” militarmente contra qualquer organização ou país que se sentisse tentado a expandir o conflito no Médio Oriente entre Israel e o Hamas.

Poucas horas depois de o Pentágono ter anunciado o reforço da sua presença militar na região face às “recentes escaladas do Irão e das suas forças afiliadas”, Austin deixou uma mensagem na ABC News “àqueles que procurem alargar o conflito”. “O nosso conselho é: ‘Não façam isso’. Preservamos o nosso direito de nos defendermos e não hesitaremos em agir em conformidade”, declarou.

Os Estados Unidos anunciaram no sábado à noite um reforço militar no Médio Oriente em resposta às “recentes escaladas do Irão e das suas filiais” na região.

Um sistema de defesa antimíssil de alta altitude e várias baterias de mísseis terra-ar Patriot serão instalados “em toda a região”, e mais meios militares foram colocados em estado de “pré-implantação”, anunciou Lloyd Austin em comunicado.

Por sua vez, o ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão avisou hoje os Estados Unidos e Israel que a situação “pode tornar-se incontrolável” no Médio Oriente se não puserem “imediatamente fim aos crimes contra a humanidade e ao genocídio em Gaza”.

“Hoje, a região é como um barril de pólvora (…). Gostaria de alertar os Estados Unidos e o regime fantoche israelita que se não puserem imediatamente fim aos crimes contra a humanidade e ao genocídio em Gaza, tudo é possível a qualquer momento e a região pode tornar-se incontrolável”, afirmou Hossein Amir-Abdollahian, numa declaração em Teerão com a sua homóloga sul-africana, Naledi Pandor.

A comunidade internacional receia um alastramento da guerra entre o movimento islamita Hamas e Israel e um maior envolvimento do Hezbollah libanês, aliado do Hamas apoiado pelo Irão.

O grupo islamita Hamas lançou em 07 de outubro um ataque surpresa contra o sul de Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados, fazendo duas centenas de reféns.

Em resposta, Israel declarou guerra ao Hamas, movimento que controla a Faixa de Gaza desde 2007 e que é classificado como terrorista pela União Europeia e Estados Unidos, bombardeando várias infraestruturas do grupo na Faixa de Gaza e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.

O terminal de Rafah, no sul de Gaza e a única passagem para o Egito, vai permitir que a ajuda humanitária chegue ao território palestiniano. O conflito já provocou milhares de mortos e feridos, entre militares e civis, nos dois territórios.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

China investiga fornecedora taiwanesa da Apple

  • Lusa
  • 22 Outubro 2023

Investigações abrangem instalações da Foxconn, que fabrica aparelhos da Apple, em várias províncias chinesas. Motivo que levou a auditoria fiscal não é conhecido.

As autoridades chinesas estão a investigar a tecnológica taiwanesa Foxconn, que fornece a Apple, tendo lançado uma auditoria a várias filiais do grupo na China, de acordo com o jornal estatal Global Times.

Segundo o periódico, citado pela agência AFP, várias filiais do grupo na China estão a ser alvo de uma auditoria fiscal, sendo que as instalações em causa se situam nas províncias chinesas de Guangdong (sul) e Jiangsu (leste).

As autoridades de Pequim estão ainda a investigar o uso de terrenos pela Foxconn, em filiais nas províncias centrais de Hunan e Hubei. Não é claro qual o motivo que levou a estas investigações.

O cumprimento da lei é um princípio básico para o nosso grupo em todo o mundo”, disse a Foxconn num comunicado, acrescentando que está “a cooperar ativamente com as [autoridades] competentes para as operações em causa”, acrescentou a empresa sem fornecer mais pormenores.

A Foxconn é um grande grupo que fornece muitas marcas internacionais, incluindo a Apple e conta com mais de um milhão de trabalhadores na China e várias fábricas e institutos de investigação.

Estas investigações ocorrem dois meses e meio antes das eleições presidenciais em Taiwan, um território insular com uma população de 23 milhões de habitantes que Pequim considera parte da China.

O fundador da Foxconn, Terry Gou, anunciou uma candidatura oficial às eleições presidenciais de Taiwan, previstas em janeiro do próximo ano, como independente.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Perfil técnico, juventude e experiência internacional são os “trunfos” de Rita Sá Machado, a nova diretora-geral da Saúde

Francisco George realça formação e experiência nacional e internacional "notáveis" de Rita Sá Machado. Já Miguel Guimarães diz que o facto de ser jovem "pode valorizar a capacidade de intervenção".

A nomeação de Rita Sá Machado para a liderança da Direção-Geral da Saúde (DGS) apanhou (quase) todos de surpresa, não só pela candidatura ter sido guardada em segredo, mas também por ser um rosto pouco conhecido do público em geral.

Bastante críticos da “lentidão” do processo, as personalidades ligadas ao setor da Saúde ouvidas pelo ECO realçam que o perfil “técnico”, a formação na área de saúde pública e a “experiência acumulada”, nomeadamente a nível internacional, bem como a juventude da médica são “tudo trunfos” para dar um novo fôlego à instituição criada em 1899, que vive atualmente um período conturbado com a perda de competências.

“A formação médica e a especialização nacional e no estrangeiro da nova diretora-geral da Saúde são notáveis”, afirma Francisco George, referindo-se à passagem de Rita Sá Machado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como conselheira na área da Saúde e Migrações, depois de ter sido conselheira de Migração e Assuntos Humanitários no Ministério dos Negócios Estrangeiros e chefe de divisão de Epidemiologia e Estatística do organismo que vai agora liderar, a partir de 1 de novembro, durante cinco anos.

Foi precisamente na instituição sediada na Alameda D. Afonso Henriques, em Lisboa, que os percursos de ambos se cruzaram, quando Francisco George era diretor-geral da Saúde. “Posso testemunhar a sua distinção e clareza de opiniões”, afiança o médico de saúde pública, sublinhando que “a escolha de Rita Sá Machado está fundamentada no mérito”.

É tecnicamente muito capaz”, acrescenta Gustavo Tato Borges, que admite que “não estava à espera” que fosse nomeada, dado que “desconhecia por completo” a candidatura” e dos nomes que vieram a público André Peralta Santos “era visto como a natural sucessão“, uma vez que foi nomeado subdiretor-geral da Saúde na sequência da demissão de Rui Portugal e, posteriormente, com a aposentação de Graças Freitas, tinha sido escolhido para liderar a DGS em regime de substituição.

É importante dar uma palavra de agradecimento à Dra. Graça Freitas por todo o trabalhado que desenvolveu, em especial na pandemia, mas também ao Dr. André Peralta Santos pelo facto de ter passado, pelo menos, uma boa parte de 2023 como a única cabeça da DGS fazendo três funções numa só”.

Gustavo Tato Borges

Presidente da Associação Nacional de Médicos de Saúde Pública (ANMSP)

“Ficávamos muito bem servidos com qualquer um”, aponta o presidente Associação Nacional de Médicos de Saúde Pública (ANMSP), aproveitando para agradecer a Peralta Saltos todo o “esforço e dedicação” por ter passado “uma boa parte de 2023 como a única cabeça da DGS fazendo três funções numa só”. Tato Borges espera que os dois possam “trabalhar em conjunto em prol da saúde pública”, defendendo que isso “seria uma grande mais-valia”. O ECO tentou contactar André Peralta Santos e Rui Portugal, antigo diretor-geral da Saúde que chegou também a admitir candidatar-se à liderança da DGS antes de se demitir, mas ambos não quiseram prestar declarações.

Rita Sá Machado, nova diretora-geral da SaúdeLUSA/MÁRIO CRUZ

À semelhança de Francisco George, também Gustavo Tato Borges e Miguel Guimarães dizem-se “satisfeitos” com a escolha. O perfil “jovem e moderno” de Rita Sá Machado, bem como o “background” da saúde pública na DGS e na OMS são “tudo trunfos que pode colocar ao serviço da saúde pública portuguesa”, sintetiza o presidente da ANMSP. “A experiência no terreno ainda é pequena”, admite o ex-bastonário da Ordem dos Médicos, mas o facto de ser jovem “pode valorizar a sua capacidade de intervenção e a sua capacidade de entender a saúde pública de forma diferente”, assim como a formação diversificada.

Entre a sua vasta formação académica, Rita Sá Machado consta com um mestrado integrado em Medicina pela Nova Medical School e é mestre em Saúde Pública pela London School of Hygiene and Tropical Medicine. A nova diretora-geral da Saúde iniciou funções no Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho e no currículo “carimba” ainda passagens pela ARS Norte e pela ARS de Lisboa e Vale do Tejo, nomeadamente no agrupamento de centros de Saúde Almada Seixal.

Críticas cerradas à “lentidão” do processo e à “falta de transparência”

Apesar das boas expectativas sobre a nomeação, certo é que a longa demora no processo merece fortes críticas pelas personalidades ouvidas pelo ECO. “A Dra. Graça Freitas anunciou a sua saída atempadamente, este concurso demorou bastante tempo”, lamenta a antiga ministra da saúde Maria de Belém. “Foi lento, demasiado lento”, o que “mostra bem que a Administração Pública não é rápida a decidir”, corrobora Francisco George.

De notar que apesar de Graça Freitas ter comunicado ao Governo no final do ano passado que tinha a intenção de deixar a liderança da DGS — não renovando o mandato, que terminou a 31 de dezembro — só seis meses depois a CReSAP, a pedido do Governo, abriu o respetivo concurso para escolher o próximo líder da DGS. Contudo, o concurso falhou por não ter sido possível encontrar “três candidatos aptos a integrar a shortlist a apresentar ao membro do Governo”, o que levou à repetição do mesmo, segundo revelou, na altura, fonte oficial da CReSAP, ao ECO.

É totalmente inaceitável o Ministério da Saúde demorar quase um ano” a escolher o próximo líder da DGS, defende Miguel Guimarães, lembrando que os atrasos não se limitam a este processo em particular. “ É exatamente a mesma coisa que aconteceu quando foi criada a Direção Executiva do SNS (DE-SNS), em que se disse que iam ser criados os estatutos e estes só apareceram quase um ano depois”, afirma, ao ECO, sinalizando ainda que também as nomeações de vários diretores clínicos têm sido “frequentes”. “Parecemos um país de terceiro mundo. Isto não dá credibilidade às instituições”, remata.

Uma outra fonte ouvida pelo ECO, que pediu para não ser identificada, é ainda mais crítica, referindo o “processo foi conduzido com total falta de transparência”, considerando ser “indistribuível” ter-se “arrastado” quase um ano para “afastarem o candidato mais prestigiado que era Rui Portugal”. [Depois] “afastam o atual diretor geral que tem muito mais experiência que a Dra. Rita Machado“, acrescenta a mesma fonte, levantando dúvidas sobre os “critérios da CReSAP no processo de seleção.

O ECO questionou a CReSAP sobre os nomes dos três candidatos que integraram a short-list apresentada ao Governo neste último concurso, bem como o qual o número total de candidatos ao concurso público, mas não foi possível obter uma resposta até ao fecho do artigo. Antes de a nomeação ter sido conhecida, o ECO também tinha vindo a questionar a entidade que gere o recrutamento de dirigentes da Administração Pública, mas esta escudou-se no “dever de sigilo”, nos termos da lei, que “comporta, designadamente, a obrigação de não divulgação pública dos factos, circunstâncias e critérios do júri, bem como da identidade dos candidatos até à decisão final de designação”.

De acordo com o anúncio publicado, a nova diretora-geral terá que seguir uma lista de e 12 atribuições e competências, sendo que pode esperar um vencimento base de 3.854,55 euros, a que acrescem 803,13 euros de despesas de representação.

Rita Sá Machado deve defender com “unhas e dentes” competências exclusivas da DGS

Em maio deste ano, o Fórum Médico de Saúde Pública, constituído pela Ordem dos Médicos, Federação Nacional dos Médicos, Sindicato Independente dos Médicos e a ANMSP, manifestou-se apreensivo com o “esvaziamento progressivo” das competências da DGS, lamentando que após ter tido um papel fundamental” na resposta à Covid-19, esteja agora a ser desvalorizada.

No espaço de pouco tempo, a autoridade nacional de saúde perdeu a liderança das relações internacio­nais, da saúde sazonal, da saúde mental, do envelhecimento ativo e saudável. Agora, com a publicação dos estatutos da DE-SNS, prepara-se para também perder a gestão da Doença Crónica e a Gestão da Qualidade em Saúde e Segurança do Utente, ficando cada vez mais confinada ao papel técnico-normativo. Com o esvaziamento de competências e a falta de atratividade, vão saindo também os profissionais, tal como escreveu o Expresso.

A situação é vista com “preocupação” por parte das personalidades ligadas ao setor ouvidas pelo ECO, dado o papel “absolutamente insubstituível” e de “prestígio” que o organismo com 124 de existência tem. Por isso, a esperança está agora na nova diretora-geral da Saúde.

A nova diretora-geral tem que defender com unhas e dentes aquilo que é da competência exclusiva da DGS”.

Miguel Guimarães

Ex-bastonário da Ordem dos Médicos

“A DGS é absolutamente importante não só nas questões relacionadas com a qualidade, como é o caso da definição de mapas de orientação clínica, mas também nas questões relacionadas com a prevenção das doenças, como a promoção da saúde, e as relacionadas com a saúde global, de modo a prevenir ou a estarmos preparados para responder a futuras pandemias”, realça Miguel Guimarães.

O ex-bastonário aponta que a “interceção de competências” não se passa apenas com a DGS, estando também a verificar-se na ACSS e nos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde. Mas insta Rita Sá Machado a “deixar totalmente esclarecida esta matéria e defender com unhas e dentes aquilo que é da competência exclusiva da DGS”. “Não e só a questão da perda de competências, é uma questão de recursos que têm de ser atraídos para a DGS”, acrescenta Francisco George, ao ECO.

Também o presidente da ANMSP considera premente “devolver à DGS as competências que lhe tiraram”, mas também preparar o organismo “para os próximos 30 anos”, tornando a instituição “mais funcional” e menos burocrática, de modo a que possa responder “rapidamente às necessidades da população”. “A DGS está muito bloqueada em termos de autorizações seja para o que for e rege-se por princípios burocráticos muito pesados, o que faz com que a máquina seja lenta e não responda no tempo que seria desejável. Essa mudança é imperativa“, destaca.

Por outro lado, o Gustavo Tato Borges pede ainda “melhorias no funcionamento da vigilância epidemiológica” para uma melhor atuação em casos de surtos e na preparação de planos de contingência para futuras pandemias, defendendo uma aposta “mais generalizada” ainda na integração da inteligência artificial e na digitalização na saúde.

Por fim, em linhas gerais e sublinhando que desconhece os “objetivos traçados para esta nova diretora-geral”, Maria de Belém lembra que a autoridade nacional de saúde “não funciona apenas para o SNS”, mas para “garantir a qualidade do que se faz de saúde em Portugal”, bem como contribui para a definição das políticas de saúde. A ex-ministra da saúde do governo de António Guterres realça que deve haver uma “coerência sistémica” para que “todos os instrumentos” remem “no mesmo sentido”. No seu tempo, “tudo funcionava como um puzzle”. “Quando começo a tirar um bocado de um lado para acrescentar outro”, deve haver “uma preocupação muito grande em termos de coerência sistémica global”, avisa.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Presidente da IL diz que PS e Costa estão alheados da realidade

  • Lusa
  • 22 Outubro 2023

"Temos um Governo incompetente, que se arrasta há oito anos na governação, e um primeiro-ministro incompetente e incapaz de resolver os problemas", afirmou Rui Rocha num encontro da Juventude Liberal.

O presidente da Iniciativa Liberal (IL) disse hoje, em Peniche, que o Partido Socialista e o Governo de António Costa estão “alheados da realidade” e são “incapazes” de resolver os problemas dos portugueses.

O Partido Socialista converteu-se numa enorme máquina de incompetência, por um lado, e de propaganda, por outro, que têm como consequência o facto de os governantes ficarem cada vez mais alheados da realidade, perceberem cada vez menos do que se passa no país”, afirmou Rui Rocha no 2.º Encontro Nacional da Juventude Liberal, que termina hoje em Peniche.

Para o presidente liberal, “temos um Governo incompetente, que se arrasta há oito anos na governação, e um primeiro-ministro incompetente e incapaz de resolver os problemas concretos e dar soluções concretas aos problemas”.

Rui Rocha apontou problemas nas áreas da Educação e da Saúde, falando, por exemplo, de urgências lotadas por serem “a única porta aberta” na saúde, quando existe falta de médicos e os cuidados primários de saúde não dão resposta.

O previsível aumento do Imposto Único de Circulação (IUC) para viaturas anteriores a 2007 foi outro dos exemplos que deu, defendendo que, ao contrário do incentivo à renovação de veículos sustentado pelo ministro das Finanças, a medida penaliza os cidadãos com menos recursos, por não conseguirem trocar de veículo.

Em contraponto, disse o presidente da IL, o “Governo aposta cada vez mais na propaganda”, criticando o aumento dos custos com os gabinetes ministeriais, para quase 70 milhões de euros em 2024, como noticiou hoje o Correio da Manhã, “para ter mais pessoas para criar mais narrativas para enganar os portugueses”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Netanyahu avisa Hezbollah para o risco de entrar na guerra: “Será devastador para o Estado do Líbano”

  • Lusa
  • 22 Outubro 2023

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, avisou hoje o grupo xiita libanês Hezbollah que "cometeria o erro da sua vida" se decidisse entrar em guerra contra Israel.

“Faremos com que se arrependam da segunda guerra do Líbano [em 2006]… atacaremos com um poder que não podem imaginar e que será devastador para o Estado do Líbano”, declarou este domingo o primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu, durante uma visita às tropas israelitas no norte do país, num aviso ao grupo xiita libanês Hezbollah.

Netanyahu insistiu que o Hezbollah “cometeria o erro da sua vida” e que Israel “irá ripostar com uma força tal que não podem imaginar, ao ponto de ter consequências devastadoras tanto para o Hezbollah como para o país”.

Aos militares israelitas, o primeiro-ministro israelita disse-lhes que estão perante “a batalha” das suas vidas. “É matar ou ser morto e vocês têm de os matar”, afirmou o governante numa mensagem dirigida a todo o exército, no âmbito da guerra contra o Hamas.

Estas declarações surgem no dia seguinte ao anúncio do Hezbollah de que já tem militares na fronteira e que Israel pagará um preço alto sempre que iniciar uma ofensiva terrestre na Faixa de Gaza.

As palavras do vice-líder do grupo xiita libanês, Naim Kassem, ocorreram quando Israel bombardeava e fazia ataques com drones no sul do Líbano, enquanto o Hezbollah disparava foguetes e mísseis contra Israel. “Estamos a tentar enfraquecer o inimigo israelita e fazê-los saber que estamos prontos”, disse.

O ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão avisou hoje os Estados Unidos e Israel que a situação “pode tornar-se incontrolável” no Médio Oriente se não puserem “imediatamente fim aos crimes contra a humanidade e ao genocídio em Gaza”.

“Hoje, a região é como um barril de pólvora (…). Gostaria de alertar os Estados Unidos e o regime fantoche israelita que se não puserem imediatamente fim aos crimes contra a humanidade e ao genocídio em Gaza, tudo é possível a qualquer momento e a região pode tornar-se incontrolável”, afirmou Hossein Amir-Abdollahian, numa declaração em Teerão com a sua homóloga sul-africana, Naledi Pandor.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.