Há quase 800 mil estrangeiros em Portugal. 30% são brasileiros

  • Joana Abrantes Gomes
  • 18 Dezembro 2023

A maioria dos estrangeiros a viver em Portugal é proveniente de países fora da União Europeia (UE). Os brasileiros são os mais numerosos, seguidos dos britânicos, cabo-verdianos, italianos e indianos.

A população estrangeira residente em Portugal aumentou em 2022 pelo sétimo ano consecutivo. Segundo a Pordata, 798.480 cidadãos estrangeiros residiam no país no final do ano passado, mais 12,4% do que em 2021, quando viviam em território nacional 710.469.

O aumento da população estrangeira é um fenómeno que se verifica desde 2016, altura em que os números estavam abaixo das 400 mil pessoas. No espaço de uma década, a população estrangeira em Portugal quase duplicou, destacando-se o crescimento de mais de 110 mil estrangeiros entre 2018 e 2019.

O relatório divulgado esta segunda-feira pela Pordata, a base de dados estatísticos da Fundação Francisco Manuel dos Santos (FFMS), revela que 76% dos estrangeiros residentes em Portugal são provenientes de países fora da União Europeia (UE): em cada dez estrangeiros a viver em Portugal, apenas dois são oriundos de um Estado-membro da UE e oito são provenientes de fora do bloco comunitário.

Entre os estrangeiros em Portugal, há mais homens e jovens: 6 em cada 10 têm entre 15 e 44 anos. Comparando com a idade mediana dos portugueses, que é de 48 anos, a idade mediana da população estrangeira é menor 11 anos, fixando-se nos 37 anos.

Em relação aos restantes Estados-membros, Portugal é o 10.º país da União com menor proporção de estrangeiros. A Pordata cita dados do Eurostat, que indicam que Luxemburgo (47%) e Malta (21%) estão no topo dos países da UE com mais estrangeiros, enquanto a Roménia, Croácia, Eslováquia, Polónia, Lituânia e Bulgária têm uma população estrangeira inferior a 2%.

Segundo o relatório, as nacionalidades mais representadas são as oriundas do Brasil (29,3%), seguido de Reino Unido (6%), Cabo Verde (4,9%), Itália (4,4%) e Índia (4,3%). No ano passado, foram concedidas 143 mil novas autorizações de residência, o valor mais elevado desde 2008.

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Metade das emitentes resiste a dar poderes a independentes nas nomeações

A existência de uma comissão de nomeação pretende garantir que são cumpridos critérios de independência, nomeadamente na escolha dos administradores independentes.

As empresas emitentes da bolsa portuguesa continuam a revelar resistência para designar uma comissão de nomeações dos órgãos sociais e quadros dirigentes, composta por uma maioria de não executivos independentes. Apenas metade das cotadas do PSI cumpre esta recomendação, com as empresas a continuarem a mostrar-se pouco disponíveis para permitir a intrusão de independentes na tomada de decisões.

Só 49% das emitentes da bolsa portuguesa tinham, no final de 2022, uma comissão com competências em matéria de nomeações relativamente a membros dos órgãos sociais. No PSI, o número de empresas que cumpre a recomendação sobe para 87%, mas quando se olha para a composição desta comissão, as empresas falham noutra recomendação: inclusão de uma maioria de membros não executivos independentes.

Apenas metade das cotadas do índice de referência da bolsa de Lisboa concedem em dar poder a estas figuras, segundo conclui o Relatório Anual de Monitorização do Código de Governo das Sociedades do Instituto Português de Corporate Governance (IPCG) de 2022, revelado esta segunda-feira, 18 de dezembro.

Ainda em matéria de comissões, o código do governo das sociedades recomenda a criação de uma entidade com poderes em matéria de governo societário. Uma recomendação acolhida por pouco mais de metade (54%) das 36 empresas emitentes consideradas neste relatório, uma percentagem que sobe para 87% considerando apenas as 16 empresas que compõem o PSI.

A existência de uma comissão de nomeações, um perfil predefinido com base no qual se vão escolher os independentes, a percentagem dos independentes no conselho e um coordenador que represente os independentes no conselho são áreas onde temos que crescer.

João Moreira Rato

Presidente do IPCG

Se em matéria de nomeações, os números não são famosos, noutras rubricas relacionadas com independentes as empresas portuguesas também estão longe dos níveis de acolhimento desejados. Apenas 44% (80% no PSI) das emitentes acolheu a designação, pelos administradores independentes, de um coordenador.

Por outro lado, apenas 62% das empresas emitentes acolhe a inclusão de, pelo menos, um terço de administradores independentes no órgão de administração, subindo o acolhimento para 86% no universo das empresas do PSI.

“A existência de uma comissão de nomeações, um perfil predefinido com base no qual se vão escolher os independentes, a percentagem dos independentes no conselho e um coordenador que represente os independentes no conselho são áreas onde temos que crescer”, explica ao ECO João Moreira Rato, Presidente do IPCG.

O mesmo responsável nota que “à medida que se vai construindo o edifício da corporate governance, a importância das funções de controlo e dos órgãos de fiscalização e importância dos independentes e a forma como são escolhidos são no fundo as últimas evoluções do corporate governance”, adiantando que estas são áreas onde o “nível de adesão é bastante fraco”.

As empresas que resistem a haver um coordenador dos independentes estão a resistir aos independentes terem uma voz.

João Moreira Rato

Presidente do IPCG

Para Moreira Rato, a resistência das empresas em aceitar a presença de administradores independentes é “sinal do subdesenvolvimento do nosso tecido empresarial”, acrescentando que o reduzido número de independentes no conselho e a inexistência de uma comissão de nomeações é uma das principais críticas apontadas pelos representantes de grandes investidores externos nas empresas portuguesas.

“As empresas que resistem a haver um coordenador dos independentes estão a resistir aos independentes terem uma voz”, realça Moreira Rato, acrescentando que a “comissão de nomeações e ter uma maioria de independentes é muito importante” para garantir a independência dos independentes.

“Para atrair investidores, estes aspetos têm que ser melhorados, mas provavelmente não o são porque as empresas não sentem essa necessidade”, refere o presidente do IPCG, lembrando a urgência de incentivar uma redução da dependência do financiamento à banca.

Órgão de fiscalização sem poderes

Outra das orientações do código do governo das sociedades com menor grau de acolhimento tem que ver com os poderes concedidos ao órgão de fiscalização. As recomendações do código apontam para uma maior interligação entre o órgão de fiscalização e a administração, prevendo-se que haja uma avaliação e pronúncia por parte do órgão de fiscalização sobre as linhas estratégicas e sobre a política de risco definidas pelo órgão de administração, ainda antes da sua aprovação final.

Em ambas as recomendações (fiscalização sobre as linhas estratégicas e política de risco) foi observado um nível de cumprimento de 60%, com estes números a subirem para 93% e 87%, respetivamente, nas empresas do PSI.

Em termos globais, o grau médio de acolhimento das 53 recomendações do código do IPCG – desdobradas em 74 subrecomendações – foi de 83%, em 2022. Considerando apenas as empresas do PSI, esse número sobe para 95%.

Sustentabilidade ganha capítulo próprio

No exercício de monitorização de 2023 serão incluídas algumas modificações no código, naquela que é a segunda revisão desde que foi lançado em 2018, ano em que o IPCG assumiu a elaboração do Código de Governo das Sociedades (CGS) e a sua monitorização, substituindo a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) nesta função, numa lógica de autorregulação.

Segundo Mariana Fontes da Costa, Diretora Executiva da Comissão Executiva de Acompanhamento e Monitorização, o código revisto inclui “a introdução de um capítulo primeiro que tem por tema a sustentabilidade”, onde será abordada a relação da comunidade com o acionista e as partes interessadas, assim como outros temas que têm vindo a assumir maior relevância, como a inteligência artificial.

O código vai, por exemplo, levar em consideração a possibilidade de haver mecanismos de IA em matérias de decisão e haver necessidade de reporte, caso isso aconteça.

Além desta alteração, o código introduz pequenos ajustes em algumas recomendações, que têm como objetivo manter estas recomendações dinâmicas e atualizadas.

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📹 Como é que a erva pode tornar o café mais sustentável?

  • ECO
  • 17 Dezembro 2023

Papel produzido a partir de erva requer menos água do que o feito à base de madeira, consome menos 98% de energia e produz menos 95% de emissões de CO2.

O papel continua a ser muito procurado. Todos os anos, são produzidas cerca de 400 milhões de toneladas de papel em todo o mundo, sendo que metade deste valor provém da pasta de madeira. Mas a produção de papel pode contribuir para a desflorestação, prejudicando a biodiversidade, libertando dióxido de carbono para a atmosfera e perturbando os ecossistemas.

Neste contexto, o projeto “Grasspaper”, financiado pela União Europeia, desenvolveu uma nova matéria-prima feita a partir de fibras de relva, com o objetivo de tornar a indústria europeia do papel mais sustentável. Este processo inovador atua como substituto dos plásticos de utilização única, como os copos de café, ajudando a reduzir o impacto nas árvores.

http://videos.sapo.pt/nKoJ8C2qg7HsaBH24KYj

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Pedro Nuno Santos abre porta complementar à Segurança Social

  • ECO Seguros
  • 17 Dezembro 2023

O recém-eleito líder do PS admite um mecanismo de poupança, complementar à Segurança Social, apoiado e executado pelo Estado que envolva trabalhadores e empregadores.

O novo secretário-geral do Partido Socialista, Pedro Nuno Santos, admitiu em entrevista ao ECO e na sua moção de estratégia que, “em complemento à pensão em sistema de repartição, todos os trabalhadores devem poder beneficiar de um patamar de proteção que melhore os seus rendimentos através de um mecanismo de poupança apoiado pelo Estado, constituído por esforço conjunto dos trabalhadores e dos empregadores, privilegiadamente obtido na negociação coletiva e executado por um sistema público”, disse.

O novo secretário-geral do PS promete conseguir que o SNS torne desnecessário o recurso a seguros de saúde.Lusa

Abrindo desta forma a porta ao 2º pilar da Segurança Social, diretamente ligado aos planos e fundos de pensões de empresas, Pedro Nuno Santos conclui que o PS passa a defender “a criação de sistemas complementares de acesso alargado, a definir no âmbito da contratação coletiva, acompanhando a generalidade dos países, que dispõem já destes sistemas”.

Segundo o novo líder do PS, o mecanismo agora proposto “deve ser, privilegiadamente, obtido na negociação coletiva e executado por um sistema público. A proteção complementar na reforma deve deixar de ser um privilégio de trabalhadores de salários elevados e com poder negocial individual”, afirmou.

Insistência na sustentabilidade da Segurança Social

Esta abertura não impede Pedro Nuno Santos de garantir que irá “reafirmar o sistema público de Segurança Social, assente em contribuições e no regime de repartição, assegurando assim a sua solidez e estabilidade financeira, o melhor antídoto para evitar as derivas de privatização ou plafonamento”.

No entanto, o secretário-geral eleito este sábado, insiste que a criação de emprego, registada nos últimos anos, “permitiu melhorar, de forma muito significativa, a sustentabilidade financeira da Segurança Social, mitigando o efeito do fator demográfico e deitando por terra as teses de insustentabilidade do sistema e de necessidade incontornável da sua privatização”.

Quer SNS a tornar desnecessários os seguros de saúde

“Há sinais de uma crescente concorrência entre setores e de uma dependência cada vez maior do SNS em relação ao privado”, afirma Pedro Nuno Santos, acrescentado que “os instrumentos de regulação das relações entre o setor público e o setor privado devem ser reforçados e a participação dos privados no sistema nacional de saúde deverá ter por base um quadro operacional com critérios claros”.

Assim, na área da Saúde, Pedro Nuno Santos recusa uma maior complementaridade do Serviço Nacional de Saúde (SNS) com os setores social e privado. O candidato tem “consciência de que uma parte da população tem recorrido de forma crescente aos seguros privados de saúde, confia menos no SNS e recorre cada vez mais aos seguros privados de saúde.”

A promessa de Pedro Nuno Santos é “conseguir que o SNS torne desnecessário esse recurso (a seguros de saúde)”.

Veja aqui a entrevista de Pedro Nuno Santos ao ECO.

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Sistema de seguro de saúde da China perdeu 19 milhões de subscritores em 2022

  • ECO Seguros
  • 17 Dezembro 2023

A redução da população segurada pode representar um "sério risco para a saúde" nas áreas rurais, onde a população tende a ser mais velha.

No meio de uma crise económica no país, o sistema estatal de seguro de saúde da China perdeu 19 milhões de subscritores em 2022 e ainda se prevêem dados pouco animadores para este ano, com sete das oito províncias que disponibilizaram dados sobre as apólices de seguro contratualizadas registaram quebras relativamente ao ano passado, avança o jornal americano Financial Times.

De acordo com os especialistas que falaram com o jornal, a receita para a perda de apólices foi a combinação entre o aumento dos valor dos prémios, o receio das clientes com o futuro da economia chinesa, o perder de compra dos consumidores, copagamentos (isto é, a seguradora cobrir apenas parte das despesas médicas e não o total), a limitação dos serviços cobertos pelas seguradoras.

O resultado desta conjuntura foi o afastamento dos clientes, principalmente devido ao agravamento das dificuldades financeiras da população que bateu em julho o recorde de desemprego juvenil de 21,3% em junho, a partir dessa data, as autoridades chinesas deixaram de tornar públicos dados relativos a esta matéria. Após o encerramento de negócios e aumento de desemprego durante a pandemia da COVID-19, o número de pessoas na “lista negra” das autoridades por não terem pago dívidas a serviços públicos aumentou para 8,54 milhões de pessoas, de 5,7 milhões em 2020, estão proibidas de efetuar pagamentos com meios digitais (similares ao MBway) e comprar um bilhete de avião, por exemplo.

Enquanto o menor prémio da principal apólice de seguro ter duplicado desde 2018, o rendimento de um trabalhador migrante apenas aumentou 24% no mesmo período de tempo, deixando esta comunidade vulnerável à subida dos preços das apólices, escreve o Financial Times, citando dados do órgão estatístico chinês.

Os antigos segurados justificaram as suas decisões de terminar ou não renovar o contrato com a seguradora com a necessidade de utilizar esse dinheiro para cobrir despesas essenciais, investindo numa alimentação mais saudável que acreditam evitar futuros problemas de saúde e até poupando para despesas médicas, visto que há planos mais baratos que apenas requerem que o segurado pague parte da despesa médica.

Uma fonte próxima do ministério das finanças confessou ao jornal de economia americano que o aumento dos cancelamentos do seguro de saúde coloca um “sério risco de saúde” para as comunidades nas áreas menos desenvolvidas, onde caso ocorra um acidente sem que haja seguro de saúde, a família pode chegar à bancarrota.

Se há problemas sentidos pela população e analisados pelos especialistas, os últimos também apontam para o caminho para resolver o problema: o governo chinês deve investir nas coberturas de seguro. Assim as coberturas de seguro iam ficar mais baratas e, por isso, mais acessíveis à população chinesa, estimulando, para além da saúde dos cidadãos, a economia do país.

Aos mesmo tempo que lançam possível soluções, os especialistas reconhecem possíveis entraves à recetividade do governo de Pequim em aumentar a despesa pública, numa altura em que a está a tentar reduzir para enfrentar uma possível recessão económica. Acredita-se que a recuperação económica da segunda maior economia do mundo esteja a ser ameaçada por ter falhado em recuperar a confiança dos consumidores, por sentir um abrandamento do setor imobiliário e conta com exportações mais fracas.

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Seguro Direto apela à condução defensiva na época de festejos

  • ECO Seguros
  • 17 Dezembro 2023

A marca do Grupo Ageas Portugal relembra, face ao aumento de acidentes de 2023, que "a segurança começa com a prevenção e por cada acidente evitado são mais vidas preservadas e famílias protegidas”.

A Seguro Direto, a marca do Grupo Ageas Portugal, apela pela prática de condução segura na época de celebrações do Natal e do Ano Novo alertando para os acidentes rodoviários que se registaram nesse período no ano passado, através de um comunicado.

Hugo Julião, Responsável de Marketing Canal e Digital do Grupo Ageas Portugal: “Na Seguro Directo acreditamos que a segurança começa com a prevenção e por cada acidente evitado são mais vidas preservadas e famílias protegidas”.

Com a intensificação do fluxo rodoviário, característico nesta época que as pessoas reúnem-se com os entes queridos ao longo do país, a marca relembra os acidentes registados pela Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária entre 19 de dezembro de 2022 e 2 de janeiro de 2023: registaram-se de 5745 acidentes, mais 797 do que no mesmo período em 2021, e 22 mortes, mais seis.

“Seguindo esta premissa, a Seguro Directo pretende alertar o condutor, sobre os perigos adicionais que poderá enfrentar”, lê-se no comunicado.

“Perante o aumento alarmante no último Natal de mais 797 acidentes e 6 mortes, face ao ano anterior, é urgente reforçar a adoção de medidas preventivas ao volante. Queremos transformar estas estatísticas assustadoras em histórias de viagens seguras e celebrações memoráveis, assegurando que o espírito festivo é celebrado com responsabilidade”, avisa Hugo Julião, Responsável de Marketing Canal e Digital do Grupo Ageas Portugal. “Na Seguro Directo acreditamos que a segurança começa com a prevenção e por cada acidente evitado são mais vidas preservadas e famílias protegidas”, conclui.

Segundo o comunicado, a marca reconhece que ainda há um longo caminho a percorrer para que a prevenção rodoviária alcance e seja praticada por todos, mas acredita “estar na direção certa”, relembrando que os cuidados a ter na estrada não são exclusivos “durante este período crítico, mas também durante o ano todo”.

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Seguradora de saúde Cigna recua na fusão com Humana

A seguradora Cigna prevê recomprar as suas ações em 10 mil milhões de dólares para aumentar o seu valor, reduzindo a sua liquidez em bolsa.

A seguradora de saúde norte-americana Cigna recuou na aquisição da seguradora Humana por não terem chegado a acordo sobre o valor de compra, mas permanece a possibilidade das empresas cooperarem no futuro, avança a agência Reuters.

Segundo a Reuters, as ações da Cigna caíram 10% em novembro após ter sido anunciado as negociações com a Humana, totalizando uma queda de 22% este ano. Já as ações da Humana valorização 2.3% em thin trading, isto é, compra de ações com poucos investidores durante determinado período de tempo.

Para aumentar o seu valor, a CIGNA pretende recomprar cerca de 10 mil milhões de dólares (cerca de 9 mil milhões de euros) das suas ações, assim reduzindo as que estão disponíveis na Bolsa de Valores. Segundo o chairman e Chief Executive Officer da Cigna, David Cordani, a empresa está a considerar efetuar aquisições que se alinhem com a sua estratégia, assim como “alienações que aumentem o seu valor”.

Fusão para competir

A fusão entre as duas seguradoras teria criado uma empresa com valor de mercado de 140 mil milhões de dólares (cerca de 128 mil milhões de euros), com a junção entre o valor de mercado da Cigna de 77 mil milhões (cerca de 71 mil milhões de euros) e da Humana de 59 mil milhões de dólares (54 mil milhões de euros). O que teria resultado na criação de uma companhia de maior escala para competir com as principais seguradoras de saúde americanas: UnitedHealth Group e CVS Health.

No entanto, previa-se um forte escrutínio no âmbito da legislação antimonopolista. As discussões acerca da junção das seguradoras surgiu seis anos após a autoridade reguladora ter bloqueado acordos de aquisição mercado de seguradoras de saúde dos EUA. Entre esses acordos está a compra da Cigna pela seguradora Anthem, agora Elevance Health por 48 mil milhões de dólares (cerca de 44 mil milhões de euros), que foi impedida pelo tribunal dos Estados Unidos da América, escreve a agência.

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Insurance Europe procura reduzir a lacuna de proteção de fenómenos climáticos

  • ECO Seguros
  • 17 Dezembro 2023

A diretora-geral da federação considera que é sobre as entidades públicas que caem as principais responsabilidades no combate às alterações climáticas. Mas o setor não está de braços cruzados.

No dia em que nações chegaram a um acordo para o combate às alterações climáticas na COP28, a federação europeia de seguros e resseguros, Insurance Europe, reafirmou o seu comprometimento em combater as alterações climáticas e os seus efeitos, através da procura de mecanismo para reduzir os custos das apólices relacionadas com as alterações climáticas, de maneira a reduzir a lacuna de proteção relacionada com fenómenos climáticos. Por lacuna de proteção entende-se como a diferença a cobertura de seguros que seria benéfica para a comunidade e aquela que, efetivamente, existe.

Michaela Koller, diretora-geral da Insurance Europe, acredita que são as autoridades públicas as principais que devem ter mais responsabilidades no combate às alterações climáticas, mas que o setor segurador já está a agir para mitigar os efeitos dos fenómenos naturais cada vez mais frequentes e catastróficos.

Esta informação foi avançada esta quarta-feira pela Insurance Europe através de um comunicado disponível no seu site.

A diretora-geral da Insurance Europe, Michaela Koller, considera que cabe principalmente às entidades públicas implementar medidas para reduzir as emissões de gases com efeito de estufa e contornar os efeitos das alterações climáticas.

Ainda assim, Michaela Koller afirma que o setor segurador não está de braços cruzados: “o setor dos seguros está empenhado em desempenhar o seu papel e muitas seguradoras e associações de seguros já estão, de facto, envolvidas numa série de iniciativas para acelerar a adaptação”.

Entre as ações de adaptação e combate às alterações climáticas encontra-se a crescente sensibilização para a necessidade de aumentar a capacidade de resistência às catástrofes, a partilha de conhecimentos especializados em matéria de riscos relacionados com as alterações climáticas e trabalhar com os governos para maximizar a cobertura dos seguros, por exemplo, através da criação de parcerias público-privadas eficazes.

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Job hopping. Emprego para a vida está morto, mas nem tudo são rosas<span class='tag--premium'>premium</span>

Saltar de emprego em emprego é uma tendência entre os mais jovens, mas pode prejudicar as empresas. Planos de carreira bem definidos e salários atrativos ajudam a contrariar.

Este artigo integra a primeira edição do ECO magazine, que pode comprar aqui.Em cinco anos, quatro empregos. Não é que Catarina tenha sido despedida desses postos de trabalho. Mas a fraca perspetiva de desenvolvimento de carreirae a cultura tóxicalevaram-na a saltar voluntariamente, vez após a vez. E não é caso único. O job hopping– tendência que se refere aos profissionais que mudam de emprego por iniciativa própria a cada ano ou, no limite, a cada dois anos – está atualmente a marcar o mercado de trabalho. Essa rotatividade pode, contudo, prejudicar as empresas, que devem, em reação, prevenir-se oferecendo “ planos de carreira bem definidos e oportunidades de formação contínua”. Mas voltemos à Catarina. Quando saiu da faculdade, encontrou numa pequena empresa portuguesa o seu

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Benfica e FC Porto confirmados pela FIFA no Mundial de clubes de 2025

  • Lusa
  • 17 Dezembro 2023

A FIFA confirmou a participação dos dois clubes lusos, em função do ranking da UEFA dos últimos quatro anos.

Benfica e FC Porto vão participar na primeira edição do novo Mundial de clubes de futebol, que se realiza de 15 de junho a 13 de julho de 2025, nos Estados Unidos, anunciou hoje o Conselho da FIFA.

Em reunião à margem do Mundial de clubes de 2023, em Jeddah, na Arábia Saudita, antes das meias-finais de segunda e terça-feira, a FIFA confirmou a participação dos dois clubes lusos, em função do ranking da UEFA dos últimos quatro anos.

Pela mesma via, mais seis equipas europeias vão marcar presença, estando já certos os alemães do Bayern Munique, os franceses do Paris Saint-Germain e os italianos do Inter Milão.

A Europa terá um total de 12 representantes, pois também participarão os últimos quatro campeões, os ingleses do Chelsea (2020/21) e do Manchester City (2022/23) e os espanhóis do Real Madrid (2021/22), faltando conhecer o vencedor de 2023/24.

A FIFA também confirmou dois de cinco representantes de África, o Al Ahly e o Wydad, dois de cinco da Ásia, o Al Hilal e o Urawa Red Diamonds, três de quatro da CONCACAF, o Monterrey, o Seattle Souunders e o Léon, e a equipa da Oceânia, o Auckland City.

Quanto à América do Sul, serão seis as equipas, com três brasileiras já certos, o Palmeiras, de Abel Ferreira, o Flamengo e o Fluminense, sendo que, para completar o lote de 32 equipas, ainda será escolhida uma equipa do país anfitrião.

A prova contará com uma primeira fase de grupos, com oito grupos de quatro equipas, qualificando-se para a fase a eliminar (oitavos de final, quartos de final, meias-finais e final), a um só jogo, os dois primeiros de cada agrupamento.

Os clubes têm um papel fundamental no mundo do futebol e o Mundial de clubes de 2025 vai ser um marco importante, ao proporcionar aos emblemas de todas as confederações um palco adequado para brilhar ao mais alto nível“, disse o presidente da FIFA, Gianni Infantino.

De acordo o líder máximo da organização que superintende o futebol mundial, esta nova prova “será aberta e baseada no mérito desportivo”, com o objetivo de “tornar o futebol verdadeiramente global”.

O Conselho da FIFA anunciou ainda a realização, anualmente, a partir de 2024, de uma Taça Intercontinental FIFA, que oporá, em campo neutro, o vencedor da ‘Champions’ da UEFA ao vencedor de um ‘play-off’ entre os campeões das outras confederações.

A primeira final será em 18 de dezembro de 2024.

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Redação do JN garante que vai recorrer “a todos os meios legais e judiciais para fazer valer os direitos”

  • + M
  • 17 Dezembro 2023

"A vida está transformada num calvário, apesar de, diariamente e com enorme empenho, fazerem um jornal que é economicamente sustentável", diz a redação do JN.

Não, não há memória de um ataque tão violento à identidade do JN. Não, o JN não precisa de
quem, todos os dias, desvaloriza o seu potencial. Não, o JN não carece de criativos que conhecem muita gente, como se auto intitula José Paulo Fafe. Precisa de pessoas dedicadas e laboriosas que aportem valor ao título. E precisa que os seus acionistas avaliem o prejuízo reputacional e económico causado pelas repetidas declarações públicas de José Paulo Fafe, em que coloca o GMG próximo da falência”. Este é um dos 11 pontos do manifesto “A administração e Nós”, divulgado este domingo pela redação do Jornal de Notícias.

Nós somos os jornalistas do Jornal de Notícias (JN), instituição com 135 anos de história que
merece respeito e que, por isso mesmo, está obrigada a dar-se ao respeito. A administração do
Global Media Group (GMG), a que o JN pertence, é composta por oito pessoas. Quatro
administradores não executivos: Marco Galinha, chairman a quem cabe, por definição do cargo,
fazer a ponte para os acionistas, Kevin Ho, Victor Ferreira e António Menezes. E quatro elementos
da Comissão Executiva (CE): José Paulo Fafe, que preside, Filipe Nascimento, Diogo Agostinho e
Paulo Lima de Carvalho“, começam por distinguir os jornalistas, nomeando todos os administradores.

Entre “a administração e Nós há múltiplas divergências“, prossegue, “resultado da política de terra queimada a que José Paulo Fafe tem dado voz e conteúdo”, personalizam os jornalistas.

“O “ambicioso projeto estratégico” anunciado por José Paulo Fafe morreu. Uma de duas: ou não conhecia a realidade do GMG quando o gizou, o que é grave; ou conhecia e aceitou o repto, o que é ainda mais grave, uma vez que a concretização do projeto implicaria um corte brutal nos recursos humanos, matéria que ocultou aos trabalhadores do Grupo”, dizem referindo o que consideram ser as contradições do gestor nomeado pelo fundo que controla o grupo.

O tempo encarregou-se rapidamente de mostrar ao que vinha José Paulo Fafe. Vinha para,
seguindo à risca o que está nos livros, acentuar o peso da realidade herdada, arranjar um bode
expiatório e, finalmente, proclamar: ou isto ou o caos”. E, prossegue o manifesto, o “isto” é “um permanente clima de guerra psicológica sobre todas as estruturas do JN, sustentada em declarações públicas que desvalorizam os títulos históricos da GMG, em particular o JN“.

As demissões de 12 diretores na última semana ou a greve de dois dias que fez com que o diário não saísse durante dois dias são também relembradas. “Fizemos greve porque nos damos ao respeito e porque respeitamos o JN. Os largos milhares de mensagens que recebemos de leitores e figuras de todos os quadrantes políticos, económicos, culturais e sociais são a melhor prova da justiça da nossa luta e da importância do JN no panorama nacional da Comunicação Social”, dizem, garantindo que as manifestações de apoio que têm recebido “reforçam-nos o ânimo e a vontade para usar todas as nossas forças contra agendas que o tempo irá aclarar”.

Sim, o JN dá lucro, apesar das absurdas dúvidas de José Paulo Fafe. Sim, o JN continua a ser mais lido do que alguns títulos de referência, como mostram os mais recentes dados do Bareme
(379 mil leitores). Sim, o JN vende, em média, 23 mil exemplares por dia (dados de outubro), acima dos números erradamente apregoados em público pelo CEO. Sim, o JN tem um orgulhoso e
vitorioso trajeto no digital (2,8 milhões de leitores, segundo o Net Audience da Marktest), que lhe valeram a liderança nacional em novembro. Sim, o JN é viável”, enumeram, garantindo que recorrerão “a todos os meios legais e judiciais para fazer valer os direitos dos seus trabalhadores, cuja vida está transformada num calvário, apesar de, diariamente e com enorme empenho, fazerem um jornal que é economicamente sustentável”.

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Moedas questiona ideias de Pedro Nuno Santos face à “estagnação do país”

  • Lusa
  • 17 Dezembro 2023

"O que é que ele, na prática, vai fazer? O que é que o PS tem a oferecer nesta altura, depois de tantos anos? O que é que vai oferecer aos cidadãos?", questionou Carlos Moedas".

O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, questionou quais são as ideias na do novo secretário-geral do PS face à estagnação que o país vive devido aos oito anos de governação socialista.

Qualquer novo líder vem com força, mas quais são as ideias desse líder? O que é que ele, na prática, vai fazer? O que é que o PS tem a oferecer nesta altura, depois de tantos anos? O que é que vai oferecer aos cidadãos?“, questionou Carlos Moedas, em declarações aos jornalistas, à margem de uma visita à festa de natal da Comunidade Vida e Paz, na Cantina da Universidade de Lisboa.

O também dirigente social-democrata considerou que “as pessoas veem muito essa energia de alguns políticos, mas depois não é seguida por ações“.

“Como presidente da câmara, só desejo democraticamente que tudo corra bem nestas eleições que temos pela frente. O país vive um momento difícil, em que o país está estagnado“, considerou, acrescentando: “um momento em que há tantos anos somos governados pelo PS e uma governação que mostra muitas falhas”.

As declarações de Carlos Moedas ocorrem depois de no sábado à noite Pedro Nuno Santos ter sido eleito secretário-geral do PS, ao vencer as eleições diretas de sexta-feira e sábado com 62% dos votos.

Ainda assim, o social-democrata desejou “as maiores felicidades a todos os partidos em Portugal” para a campanha das legislativas de 10 março.

“Ontem [sábado] houve a eleição do novo líder, do novo secretário-geral do PS. Desejo o melhor para um partido que é muito importante na nossa democracia”, disse.

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