Finanças garantem que “Fatura da Sorte” será retomada em breve

Sem indicar data, a Autoridade Tributária garante que o concurso será reposto a curto prazo e que serão "realizadas todas as extrações previstas para este ano".

O concurso “Fatura da sorte”, que se encontra temporariamente suspenso, vai ser retomado em breve e nessa altura serão feitos os sorteios relativos aos meses que estiverem em falta, adiantou ao ECO esta sexta-feira fonte oficial da Autoridade Tributária (AT). O último sorteio, que atribui todas as semanas 35 mil euros em Certificados do Tesouro a consumidores que inserem o seu NIF nas faturas, foi realizado a 28 de dezembro.

“O sorteio será retomado logo que possível e serão realizadas todas as extrações previstas para este ano”, garante a AT, esclarecendo que a suspensão “decorre da necessidade de serem cumpridos todos os requisitos legais necessários para a sua realização”. Tal como o ECO noticiou, é necessária a renovação anual do protocolo entre a Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) e a Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública – IGCP, com a autorização de despesa a realizar com o concurso.

No ano passado, o sorteio deixou de funcionar a 27 de janeiro. Na altura, as Finanças explicaram que, “havendo protocolos que têm de ser renovados com alguma regularidade e, estando neste momento em curso essa renovação, brevemente será retomado o concurso”.

O concurso só foi retomado dois meses depois, a 30 de março, ainda que tenham sido assegurados os sorteios relativos ao mês de janeiro com os cupões correspondentes às faturas desde o início do ano. Por isso, houve semanas em que foram realizados dois sorteios deste concurso que atribui aos contribuintes Certificados do Tesouro no valor de 35 mil euros.

A renovação do protocolo no ano passado permitiu que as Finanças assumissem um encargo orçamental de mais de 3,26 milhões de euros, incluindo imposto, segundo um despacho assinado pelo secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Nuno Félix.

A “Fatura da Sorte” distribuiu quase 18,7 milhões de euros em prémios desde a sua criação, em 2014, até dezembro de 2022.

O concurso foi criado em 2014 pelo governo PSD/CDS-PP de Pedro Passos Coelho para premiar “a cidadania fiscal dos contribuintes” e combater a economia paralela, anunciou então o executivo.

Para serem elegíveis, os consumidores têm de pedir para que o seu NIF seja inserido nas faturas das suas compras, sendo o valor destas depois fracionado em cupões.

De início eram sorteados carros de alto valor e, em 2016, o governo socialista de António Costa manteve o sorteio, mas deixou de oferecer carros e passou a distribuir Certificados do Tesouro Poupança Mais, no valor de 35 mil euros.

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