Bolieiro diz que vai governar nos Açores com “uma maioria relativa”
O líder da coligação AD, José Manuel Bolieiro, afirmou que quer governar com "uma maioria relativa", salientando que "uma vitória nunca é uma minoria".
O presidente do PSD/Açores e líder da coligação PSD/CDS-PP/PPM, José Manuel Bolieiro, disse no domingo que irá governar com “uma maioria relativa”, salientando que “uma vitória nunca é uma minoria”. “Eu governarei com uma maioria relativa. E não se trata de uma minoria, uma vitória nunca é uma minoria, é uma maioria de votos e de mandatos“, disse aos jornalistas após o seu discurso de vitória, na sede do PSD/Açores, em Ponta Delgada, ao lado do líder social-democrata, Luís Montenegro.
José Manuel Bolieiro disse ainda que não irá “esmagar ninguém”, mas sim “governar os Açores” nos próximos quatro anos. Questionado como é que se aprovam orçamentos sem maioria no parlamento, respondeu: “Como sempre na democracia europeia e ocidental, desde logo, não se pode colocar as maiorias relativas em crise com coligações negativas na oposição“. “E, se o fizerem, cada um assume a sua responsabilidade. Foi assim que aconteceu com a rejeição do Plano e Orçamento [para 2024]”, acrescentou.
A direita parlamentar conquistou a maioria dos deputados da Assembleia Legislativa dos Açores nas eleições de domingo, com a coligação PSD/CDS-PP/PPM, o Chega e a IL a ocupar 31 dos 57 lugares do parlamento.
A coligação PSD/CDS-PP/PPM garantiu 26 deputados, o Chega cinco e a IL um parlamentar, ou seja, mais dois assentos do que os 29 necessários para assegurar uma maioria absoluta.
Nas eleições de 2020, PSD, CDS-PP e PPM, que então concorreram separados, também conseguiram eleger 26 deputados (PSD 21, CDS-PP três e o PPM dois).
O Chega agora mais do que duplicou o número de deputados, passando de dois para cinco parlamentares, enquanto a IL manteve o lugar que tinha conquistado pela primeira vez em 2020.
À esquerda, o PS conquistou no domingo 23 lugares no parlamento, menos dois que nas últimas regionais, e o BE perdeu um dos dois parlamentares que tinha conseguido eleger em 25 de outubro de 2020.
O PAN voltou a assegurar um assento no parlamento regional.
Estas três forças políticas juntas têm apenas 25 deputados, ficando a quatro da maioria absoluta.
Em novembro, a abstenção do Chega e do PAN e os votos contra de PS, IL e BE levaram ao chumbo do Orçamento dos Açores para este ano e, no mês seguinte, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, anunciou a dissolução da Assembleia Legislativa e a marcação de eleições.
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