Exclusivo Sonae Capital entra com hotel na Madeira e soma unidade turística no Algarve em 2025
Atividade hoteleira da Sonae Capital alargada à Madeira com unidade no Funchal e reforçada no Algarve com segundo projeto em Lagos, num total de 300 quartos. Receita de alojamento chega a 30 milhões.
A Sonae Capital vai avançar com dois novos hotéis de cinco estrelas na Madeira e no Algarve, com aberturas previstas para o primeiro trimestre do próximo ano, de acordo com as informações recolhidas pelo ECO. Estes novos projetos vão acrescentar 300 camas à oferta turística do grupo, que tem atualmente perto de 1.300 quartos num total de dez unidades espalhadas pelo Porto, Lisboa, Troia e Lagos.
A estreia na Madeira está marcada para fevereiro de 2025 com uma unidade de luxo de 98 quartos no Lugar da Ajuda, na zona do Lido, que vai permitir a criação de 30 postos de trabalho diretos. A Sonae Capital vai ficar com a exploração hoteleira do The Editory By The Sea Funchal, cujas obras arrancaram em dezembro e que resulta da reabilitação de um edifício que estava abandonado e que no passado chegou a ser ocupado por alojamento turístico.
“A Madeira está com uma performance muito boa do ponto de vista comercial e é um destino muito procurado e ao longo de todo o ano. Surgiu esta oportunidade e tomámos a decisão em tempo recorde. Já estávamos à procura há algum tempo e não tivemos grandes dúvidas de que gostaríamos de operar lá. Estamos com muita expectativa para este projeto”, justifica Isabel Tavares, diretora de marketing e vendas da The Editory Collection.
No Algarve, onde já detém o Aqualuz Lagos (aparthotel familiar de quatro estrelas), vai explorar na mesma cidade o empreendimento que há dois anos está a ser construído de raiz pelo grupo Ferreira Building Power. Além de um hotel de luxo com 204 quartos, terá também uma vertente residence. Os apartamentos estão em fase final de construção e 72% já comercializados pelo promotor, com a opção de serem colocados à exploração turística.
Situado sobre a falésia na Ponta da Piedade, o futuro The Editory By The Sea Lagos vai empregar diretamente cerca de 50 pessoas e tem data de abertura prevista para março de 2025. Até lá, o grupo liderado por Miguel Mata Gil – tem investimentos também na área industrial (Adira), da energia (Capwatt) ou do fitness (Solinca) – vai ficar responsável por aspetos como a decoração, os equipamentos hoteleiros ou as licenças de utilização.
Do ponto de vista do projeto de expansão, estamos a analisar vários destinos. O aumento do portefólio vai dando mais solidez para avaliar outro tipo de localizações. Ainda há espaço para a abertura de mais unidades hoteleiras em Portugal.
Isabel Tavares sublinha que “do ponto de vista do projeto de expansão [está] a analisar vários destinos” e que “o aumento do portefólio vai dando mais solidez para avaliar outro tipo de localizações”, além das cinco em que passará a estar presentes: Porto, Lisboa, Troia, Algarve e Madeira. A porta-voz diz que a Sonae Capital está “preparada para enfrentar a forte concorrência” e acredita que “ainda há espaço para a abertura de mais unidades hoteleiras em Portugal”.
Quando arrancou com esta área de negócio há mais de 35 anos, com a abertura do Porto Palácio, a operação estava associada à Solinca Eventos. Mais tarde, os hotéis passaram a integrar a Sonae Turismo, que acabou por desaparecer. Pelo meio surgiu a S.Hotels Collection como marca interna de comercialização, até que em 2021 adotou a marca agregadora The Editory Collection Hotels. No ano passado, as receitas de alojamento ascenderam a 30 milhões de euros, prevendo chegar aos 33 milhões de euros no final deste ano.
A projeção de crescimento para 2024 assenta no melhor resultado alcançado no primeiro trimestre face ao período homólogo, na plena recuperação no segmento dos grandes grupos e dos eventos corporativos (reuniões e congressos) para o nível anterior a pandemia, e na consolidação no objetivo de vendas do The Editory Garden Baixa, um boutique hotel de 48 quartos que abriu em abril do ano passado na Rua da Firmeza (Porto) e no qual investiu dez milhões de euros.
No ano anterior, a Sonae Capital tinha inaugurado em maio o TheEditory Boulevard Aliados, com 68 quartos na avenida mais conhecida da cidade Invicta, num investimento de 20 milhões de euros. Três meses anos, o grupo nortenho tinha assinalado a chegada à capital com a abertura ao público dos 126 quartos do TheEditory Riverside Lisboa, que representou um investimento de 12 milhões de euros e reabilitou parte da estação ferroviária e pintou de bordeaux a fachada de Santa Apolónia.
Sem inaugurações previstas para este ano, a diretora de marketing e vendas conta ao ECO que o grupo vai continuar a requalificar algumas unidades existentes. É o caso do histórico Porto Palácio, na avenida da Boavista, em que está a terminar a remodelação das salas de reuniões e do centro de congressos antes de avançar para a intervenção nos cerca de 220 quartos. Operação semelhante está a ser concluída no Aqualuz Lagos, que tem uma operação sazonal e que vai reabrir em maio com apartamentos mais modernos e um acréscimo de suítes no inventário.
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