Governo realça que salários até subiram mais do que acordado na Concertação
Salário médio praticado no privado subiu mais de 7% em 2023. Ora, estava fixado um referencial de 5%, o que significa que se superou o que tinha sido acordado na Concertação, destaca o Governo.
Tinha sido acordado um referencial de 5,1% para os aumentos salariais do setor privado, mas, afinal, os ordenados acabaram por subir até mais do que isso. Esta quinta-feira, o Instituto Nacional de Estatística (INE) indicou que a remuneração média no privado cresceu 7,2% em 2023, daí que o Ministério do Trabalho venha realçar que se superou, assim, o que tinha sido acordado entre o Governo, as confederações patronais e a UGT.
“De acordo com os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística, no mesmo período, a remuneração média no setor privado cresceu 7,2%, ou seja, mais 94 euros mensais, subindo para 1.396 euros. Este valor superou o referencial de aumento dos salários de 5,1% previsto no acordo de médio prazo para a melhoria dos rendimentos, dos salários e da competitividade”, sublinha o gabinete de Ana Mendes Godinho, numa nota enviada às redações.
O Ministério que tem morada na Praça de Londres, em Lisboa, faz questão de notar também que desde 2015 a remuneração média global melhorou em 27,7%, “o que corresponde a uma valorização real de 8,4%”. “No setor privado, a valorização da remuneração bruta total mensal média, neste período, foi de 31,8%, o que corresponde a uma valorização real de 12,0%”, detalha o Governo.
Conforme escreveu o ECO recentemente, apesar destas melhorias, os salários portugueses continuam longe dos melhores ordenados da Europeia e até estão, atualmente, mais longe destes.
Para este ano, está previsto um referencial de 5% para os aumentos dos salários do privado, segundo o reforço do acordo de rendimentos assinado em outubro por três das quatro confederações patronais e pela UGT. Importa notar que o referencial é meramente — e como o nome indica — uma orientação, não tendo qualquer efeito vinculativo nas negociações entre empregadores e trabalhadores.
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