Trabalhadores do Público exigem à administração proposta de aumentos salariais
Os trabalhadores exigem que a empresa "desenvolva com urgência um horizonte de valorização profissional que responda de forma efetiva à prolongada ausência de aumentos remuneratórios".
Os trabalhadores do jornal Público, reunidos em plenário na quarta-feira, consideram essencial que a empresa garanta aumentos salariais este ano face “à prolongada ausência” de atualizações remuneratórias e à subida do custo de vida.
“Perante o forte sinal de descontentamento que acreditamos sairá da greve [geral de jornalistas] de 14 de março de 2024, o plenário de trabalhadores convida o Conselho de Administração a apresentar uma proposta de aumentos salariais, para apreciar num próximo plenário”, pode ler-se num documento com a posição coletiva dos trabalhadores do Público a que a Lusa teve acesso.
No documento, entregue esta tarde à administração presidida por Ângelo Paupério, os trabalhadores exigem que a empresa garanta atualizações gerais do salário-base e “desenvolva com urgência um horizonte de valorização profissional que responda de forma efetiva à prolongada ausência de aumentos remuneratórios”.
“O Conselho de Administração não pode ignorar situações de precariedade, algumas das quais perduram há décadas, salários próximos da retribuição mínima em pessoas que trabalham no Público quase desde a sua fundação, e não só, as disparidades entre trabalhadores que desempenham as mesmas funções e a estagnação de há décadas”, realçam.
Os trabalhadores referem ainda que a elevada inflação nos últimos três anos, de 13,4%, “torna urgente” que o Conselho de Administração do jornal “tome medidas duradouras, capazes de inverter a perda real remuneratória das últimas décadas”.
“Tendo em conta a responsabilidade social da Sonae [acionista do Público] e as ameaças que se colocam hoje às democracias, a invocação sucessiva de resultados negativos da empresa não pode justificar, como tem justificado nos últimos 20 anos, a ausência de uma estratégia de aposta na valorização dos jornalistas, que devem ser respeitados e são, indiscutivelmente, parte da solução e não a origem do problema”, afirmam os trabalhadores.
Em 19 de fevereiro, o Sindicato dos Jornalistas (SJ) marcou uma greve geral para 14 de março contra os baixos salários, precariedade e degradação das condições de trabalho do setor, a primeira em mais de 40 anos.
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