Framedrop.ai ajuda a escolher melhores momentos vídeo e aponta mira a EUA e Reino Unido

Plataforma da startup de Coimbra usa a IA para ajudar criadores na edição e pós-produção de videocasts e podcasts. Estados Unidos já representa 60% dos atuais utilizadores.

A Framedrop.ai quer ajudar os criadores na edição e pós-produção de videocasts e podcasts e aponta mira aos Estados Unidos, Reino Unido e Europa. O mercado norte-americano e britânico já representa 60% e 10% dos utilizadores da solução da startup de Coimbra.

De momento, ainda não temos planeada a abertura de escritório ou filial em qualquer outro mercado. A nossa estratégia de internacionalização centra-se na aproximação aos mercados dos EUA e do Reino Unido, e isso manifesta-se, por exemplo, através de visitas de campo a ambos os países e um estreitar de relações com potenciais clientes nestes territórios muito ligados com o nosso público-alvo”, adianta Mário Tarouca, COO da Framedrop.ai, ao ECO.

Vamos visitar os EUA, em particular Hollywood, morada da indústria de criação de conteúdo, e o Reino Unido, no final de abril e maio, respetivamente. Estaremos presentes em eventos como o Startup Grind Global (Silicon Valley, EUA) e o The Podcast Show (Londres, Reino Unido) — um dos maiores eventos da indústria de podcasts a nível global. Vamos aproveitar estas oportunidades para nos encontrarmos com vários intervenientes, como potenciais clientes e futuros investidores”, diz o também cofundador, juntamente com João Diogo Costa, da startup nascida em 2023 em Coimbra.

Uma ambição de crescimento alimentada pelos 1,1 milhões de euros captados na fase pre-seed em novembro de 2022, junto de investidores como as portuguesas Indico, Shilling, Banco Português de Fomento, Clever Advertising e Subvisual, e a norte-americana Accel.

“É com este reforço financeiro que vamos expandir a operação e o modelo de negócio, melhorar e criar novos produtos e impulsionar o atual plano de internacionalização para mercados estratégicos. Sobretudo, é nesse sentido que, nos próximos meses, vamos investir na comunicação e posicionamento da marca nos EUA, prevendo obter novos utilizadores norte-americanos, principalmente agências de podcasts“, adianta.

A plataforma da Framedrop.ai tem a sua origem no mundo do gaming e dos streamers do Twitch, numa perspetiva B2B, mas está a focar-se no mundo dos conteúdos de videocasts e podcasts — indústria que, no ano passado, atingiu a marca de 464,7 milhões de ouvintes em todo o mundo e que este ano prevê-se que cresça, pelo menos, 40 milhões — propondo uma solução para ajudar na edição e pós-produção deste tipo de conteúdos.

Através da Inteligência Artificial (IA), a plataforma Framedrop.ai gera “excertos dos melhores momentos de vídeo e de transmissões em direto, em poucos minutos, baseando-se em dois vetores: imagem e áudio. A partir desse momento, basta cortar, escolher um formato (vertical ou horizontal), lettering e exportar ou mesmo partilhar diretamente nas redes sociais”, descreve a empresa.

Nos próximos meses, vamos investir na comunicação e posicionamento da marca nos EUA, prevendo obter novos utilizadores norte-americanos, principalmente agências de podcasts.

Mário Tarouca

Cofundador e COO da Framedrop.ai

A solução permite ainda adicionar legendas automáticas — disponíveis em 25 línguas — e os “editores de imagem podem também descarregar os clipes-highlights da plataforma para produzir e editar os mais diversos conteúdos, desde pequenos resumos, peças noticiosas e filmes com os momentos mais icónicos ou tensos, mapeados por inteligência artificial”, refere ainda startup.

Desde o seu lançamento, em junho do ano passado, a ferramenta já processou 3 milhões de minutos, 16 mil vídeos, 304 mil destaques, contando com 10 mil utilizadores na plataforma. No ano passado a plataforma esteve acessível gratuitamente.

“O nosso objetivo era eliminar quaisquer barreiras à utilização e, assim, melhorar o produto com base no feedback que recebíamos dos utilizadores. No início deste ano, alcançámos uma estabilidade que nos permitiu começar a monetizar. Estamos muito satisfeitos com o feedback dos utilizadores, que se traduz na conversão de cada vez mais utilizadores em contas pagas”, adianta Mário Tarouca.

O Pro Plan — no valor de 19 euros — permite processar 40h por mês; enquanto a Free permite que se processem 8h por mês de conteúdo gratuitamente, com marca de água da Framedrop.ai. Novas funcionalidades, como a “Camera Speaker Detection” — deteção dos oradores através da câmara — as legendas geradas em tempo real — modo karaoke — estão a ser desenvolvidas.

A plataforma visa acelerar o tempo de produção, bem como evitar desperdício de conteúdos. Segundo a empresa, “das horas de vídeo produzidas por um criador de conteúdo de dimensão média, apenas cerca de 6% é partilhado com a sua audiência, o que pode equivaler a mais de 100 horas de conteúdo desperdiçadas mensalmente”.

“Para já, a nossa empresa tem uma carteira de clientes B2C muito forte em criadores de conteúdo, mas a aposta é chegarmos cada vez mais a um target B2B, especialmente a grupos de media e agências de podcast. Atualmente, o mercado externo represente a grande fatia dos nossos clientes, sendo que os EUA representam 60% dos utilizadores e o Reino Unido 10%”, revela o cofundador.

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