“Não tenciono ser uma voz ativa na oposição”, diz Costa

António Costa congratulou Luís Montenegro por ter sido indigitado primeiro-ministro, desejando que tenha “os maiores sucessos”, e assegura que não tenciona ter “uma voz ativa” na oposição.

Há um novo Governo com políticas diferentes, mas não há nenhuma razão para antecipar qualquer risco desde que as coisas sejam bem geridas”, afirmou António Costa, em declarações aos jornalistas, a partir de Bruxelas, onde participou na sua última reunião do Conselho Europeu. O primeiro-ministro em gestão aproveitou ainda para desejar, agora publicamente, “os maiores sucessos” ao líder do PSD, referindo que isso “é bom para Portugal” e para “os portugueses”.

Questionado sobre se teria uma voz na politica nacional, Costa foi taxativo: “Não tenciono ter nenhuma vez ativa na oposição”, garantiu, poucas horas depois de o Presidente da República ter indigitado Montenegro como primeiro-ministro, depois de serem conhecidos os votos da emigração que acabaram por confirmar a vantagem de dois deputados da AD sobre o PS nos resultados globais.

Costa fez ainda um balanço dos seus oito anos à frente do Executivo português e sobre o papel de Portugal na Europa. “A vida faz-se com futuro, não propriamente com o passado”, afirmou, notando que foram anos onde “aprendeu muito” e diz estar satisfeito, porque, apesar de no final de 2015 ter havido “muita gente desconfiada”, nomeadamente devido ao acordo do PS com o Bloco de Esquerda e PCP, ao fim destes anos “ninguém tem dúvidas” de que “apesar das formações” em que os seus Governos acentuaram “foram sempre parceiros leais e ativos quer na NATO quer na UE”.