Inflação desacelera para 2,2% em abril
Variação do índice relativo aos produtos energéticos aumentou para 7,9% (4,8% no mês precedente), em consequência do efeito de base associado à redução de preços registada em abril de 2023.
A taxa de inflação em Portugal desacelerou ligeiramente em abril: passou de 2,3% em março para 2,2% em abril, avançou esta terça-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE), numa estimativa rápida.
“A taxa de variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) terá diminuído para 2,2% em abril de 2024, taxa inferior em 0,1 pontos percentuais (p.p.) à observada no mês anterior”, avança o INE, remetendo para 13 de maio os dados definitivos relativos à inflação de abril.
Já o indicador de inflação subjacente, que excluí produtos alimentares não transformados e energéticos, terá registado uma variação de 2%, uma desaceleração de 0,5 décimas face a março.
“A variação do índice relativo aos produtos energéticos aumentou para 7,9% (4,8% no mês precedente), em consequência do efeito de base associado à redução de preços registada em abril de 2023 (variação mensal de -3,2%)”, explica o INE. Já o índice referente aos produtos alimentares não transformados registou uma taxa de variação nula (-0,5% em março).
Quando a análise do comportamento dos preços é feita em termos mensais e não homólogos, então a variação do Índice de Preços no Consumidor terá sido de 0,5%, ou seja, menos pronunciada face aos 2% em março e quase idêntica aos 0,6% de abril de 2023. O INE estima que a variação média nos últimos 12 meses foi de 2,6%, contra os 2,9% no mês anterior.
Já o Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) português, o indicador que será utilizado para fazer a comparação com os restantes países europeus, terá registado uma variação homóloga de 2,3%, uma desaceleração face aos 2,6% do mês anterior.
O desempenho da inflação “está enquadrado com a nossa visão de uma normalização muito gradual até ao objetivo de 2%”, avança o departamento de estudos do BPI, numa nota de comentário, reconhecendo porém que o indicador ficou abaixo do que antecipavam. “A redução da inflação foi muito ligeira e neste mês foi também dificultada pelo efeito de base nos produtos energéticos”, uma vez que “tinha ocorrido uma redução significativa de preços em abril de 2023, mais concretamente, uma variação mensal de -3,2%”.
“A notícia mais favorável do índice em abril decorre do retorno à trajetória de descida da inflação subjacente após a interrupção de março”, acrescentam os economistas do BPI. “Não obstante, a dinâmica mensal da inflação subjacente ainda foi mais forte do que a média dos últimos anos anteriores à pandemia, sinalizando o arrastamento do processo e possivelmente confirmando que a inflação dos serviços ainda se mantém forte”, acrescentando, sublinhando, contudo, que “não descartam novamente subidas da inflação”.
(Notícia atualizada com mais informação)
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