Ministra da Justiça desmarca reunião negocial com guardas prisionais
"Neste momento é preocupante a desmarcação da reunião porque começamos uma ronda negocial onde íamos criar a valorização salarial do corpo da guarda prisional", diz o sindicato.
A ministra da Justiça desmarcou na segunda-feira a reunião com os sindicatos dos guardas prisionais agendada para quarta-feira para apresentação de contrapropostas para a criação de um suplemento de missão, não havendo ainda nova data agendada.
O aviso de desmarcação da reunião foi comunicado esta terça-feira pelo Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional (SNCGP) aos seus associados, num ofício a que a Lusa teve acesso, no qual se refere que a reunião de dia 8 será reagendada e se mantém marcada a reunião de dia 16, pré-agendada no encontro da passada semana entre a ministra da Justiça Rita Alarcão Júdice e os representantes sindicais dos guardas prisionais na semana passada.
“Neste momento é preocupante a desmarcação da reunião porque começamos uma ronda negocial onde íamos criar a valorização salarial do corpo da guarda prisional através do suplemento de missão e a senhora ministra desmarcou a reunião sem avisar a data”, disse à Lusa o dirigente do SNCGP Frederico Morais.
No encontro da passada semana, tinha ficado agendada reunião para quarta-feira ao final da tarde, para que os três sindicatos representativos da classe – SNCGP, Associação Sindical de Chefias do Corpo da Guarda Prisional, e Sindicato Independente do Corpo da Guarda Prisional – pudessem apresentar a sua contraproposta para a criação de um suplemento de risco, depois de terem classificado a proposta da tutela como “humilhante” para os guardas, chegando mesmo a representar perda salarial.
A ministra Rita Alarcão Júdice apresentou na sexta-feira a estes sindicatos a mesma proposta que já na quinta-feira havia sido feita aos sindicatos da GNR e da PSP pelo Ministério da Administração Interna, e que prevê um suplemento de 12% para comissários, de 9% para chefias e de 7% para os guardas.
“Como a senhora ministra disse, é urgente e emergente resolver o problema do corpo da guarda prisional e o corpo da guarda prisional não tem tempo para esperar para resolver os problemas. Agradecíamos que a senhora ministra marcasse o mais rápido possível a reunião para debater assuntos sérios que envolvem a vida de pessoas que estão preocupados com o sistema prisional e com a segurança das cadeias portuguesas”, disse Frederico Morais.
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