Trabalhadores do parque industrial temem consequências de paragens e lay-off na Autoeuropa
Em meados deste mês, a administração da fábrica de Palmela anunciou duas paragens de produção temporárias, com aplicação do lay-off, num período de oito dias em junho e de 13 dias em julho.
As Comissões de Trabalhadores do parque industrial da Autoeuropa estão preocupadas com as consequências das paragens de produção e do recurso ao lay-off da fábrica de automóveis de Palmela para as duas dezenas de empresas fornecedoras.
“O recurso ao lay-off [na Autoeuropa] deixa-nos mais preocupados com a incerteza de como as empresas fornecedoras reagirão a esta forma de paragem de produção“, lê-se num comunicado divulgado pela Coordenadora das Comissões de Trabalhadores do parque industrial da Autoeuropa, em Palmela, no distrito de Setúbal, que se reúnem na terça-feira.
A administração da fábrica de automóveis Volkswagen/Autoeuropa anunciou no passado dia 9 de maio a intenção de fazer duas paragens de produção temporárias, com aplicação do lay-off, num período de oito dias no mês de junho e de 13 dias no mês de julho, devido a uma reestruturação para a descarbonização da fábrica.
No comunicado, a coordenadora recorda que as anteriores paragens de produção, em que a administração da Autoeuropa recorreu ao lay-off, afetaram principalmente trabalhadores temporários e contratados a termo, que viram o seu vínculo contratual terminar e que foram colocados no desemprego.
A coordenadora refere ainda que, durante as anteriores paragens de produção na Autoeuropa, os trabalhadores de empresas do parque industrial sofreram quebras de rendimento de 5%, 10% ou mesmo de 33%, que, neste último caso, significa uma redução de um terço do salário nos dias de paragem.
A reunião das comissões de trabalhadores das empresas do Parque Industrial da Autoeuropa está marcada para as 8h30 da próxima terça-feira, dia 21 de maio.
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