KKR já tem 78,9% da Greenvolt e avança com OPA sobre as restantes ações
Depois de concluir a compra das ações dos sete acionistas de referência da Greenvolt, a KKR lança uma OPA obrigatória para adquirir o restante capital da empresa liderada por Manso Neto.
Os norte-americanos da Kohlberg Kravis Roberts (KKR), através da sociedade GVK Omega, concluíram a compra das ações dos sete principais acionistas da Greenvolt, que controlavam 60,86% do capital da empresa, e avançam agora com uma oferta pública de aquisição (OPA) obrigatória sobre as restantes ações. No total, direta e indiretamente, a KKR detém 78,9% a contar com os 18,04% da posição da Mediobanca, mandatada para comprar no mercado os títulos da energética liderada por João Manso Neto.
A GVK Omega lança assim “uma oferta pública geral e obrigatória de aquisição da totalidade das ações correspondentes ao capital social da Greenvolt”, lê-se no comunicado publicado no site da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). A contrapartida oferecida é de 8,30 euros por ação, “a ser paga em dinheiro”, um valor acima dos 7,3 euros fixado pela EY na qualidade de perito independente.
Como a KKR passou a barreira dos 50% na Greenvolt com a compra, oficializada esta sexta-feira, das posições dos acionistas de referência da energética – Actium Capital, Caderno Azul, Livrefluxo, Promendo Investimentos, V-Ridium Holding Limited, KWE Partners Ltd. e a 1 Thing Investments –, a OPA que era voluntária passa a obrigatória sobre o restante capital nas mãos dos acionistas minoritários. O prémio, de acordo com o comunicado à CMVM, é de 13,7% face ao preço mínimo determinado pela EY.
Se no final deste processo, a KKR detiver 90% ou mais da empresa, as ações da Greenvolt serão excluídas da “admissão à negociação no
mercado regulamentado com efeitos imediatos”, refere também a nota. O intermediário financeiro da operação é o Banco Santander.
A oferta de compra voluntária da Greenvolt foi lançada em 21 de dezembro do ano passado pelo fundo de investimento em infraestruturas Gamma Lux, com sede no Luxemburgo e gerido pela KKR, tendo, entretanto, sido constituída, já este ano, a sociedade GVK Omega, com sede em Lisboa, para realizar a operação.
Em 19 de janeiro, o Conselho de Administração da Greenvolt considerou “justo” o valor oferecido pela KKR na oferta de compra do grupo português de energias renováveis, sustentando que capital acionista adicional permitirá “acelerar o plano de negócios”.
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