Ainda só foi gasto 5% do PRR para combate à seca no Algarve. Governo promete acelerar execução

"Não basta ter os investimentos no papel", avisa António Leitão Amaro. Executivo alivia cortes ao consumo e disponibiliza verba extra de 103 milhões de euros para combater seca na região algarvia.

O Governo aprovou esta sexta-feira em Conselhos de Ministros um conjunto de medidas para combater a escassez de água, com foco no Algarve. Além de dar “luz verde” ao já anunciado alívio de cortes ao consumo, assim como à disponibilização de uma verba extra de 103 milhões de euros para responder à seca, o Governo garante que irá acelerar a execução dos fundos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) que foram destinados ao combate à seca na região e que, calcula, têm atualmente uma taxa de execução de apenas 5%.

Em conferência de imprensa, o ministro da presidência, António Leitão Amaro, indicou que foram aprovados três grupos de medidas para o combate à escassez de água no Algarve durante a reunião do Executivo.

Um dos grupos prevê a aceleração dos investimentos no âmbito do PRR para combater a escassez de água na região, pois “não basta ter os investimentos no papel“, assinalou, revelando que a taxa de cumprimento está de momento nos 5%. “Vai ser adotado um conjunto de medidas para acelerar a realização desses investimentos”.

Além disso, irá existir “algum alívio” nas medidas de restrição sobre diferentes tipos de consumo. Isto porque “havendo situação de seca é necessário haver restrições, mas têm de ser proporcionais para serem compreendidas e aceites”. Há três semanas, numa visita ao Algarve, o primeiro-ministro, Luís Montenegro, e a ministra do Ambiente, Maria da Graça Carvalho, avançaram que os cortes de 25% que estão em vigor para a agricultura descerão para os 13%, exatamente a mesma fasquia que é colocada agora para os cortes no setor do turismo (que estava nos 15%). Finalmente, os cortes para o consumo urbano caem de 15% para 10%.

Mesmo que não chova mais este ano, nem mais uma gota, haverá água, garantidamente, para um ano de consumo urbano.

António Leitão Amaro

Ministro da Presidência

Mesmo que não chova mais este ano, nem mais uma gota, haverá água, garantidamente, para um ano de consumo urbano“, rematou António Leitão Amaro. Ainda assim, de dois em dois meses, os cortes serão reavaliados. E o próximo momento de avaliação será em agosto.

Em segundo lugar, confirmou que serão disponibilizados mais 103 milhões de euros para investir em soluções para a escassez de água no Algarve, que somam aos 237 milhões de euros que o Governo anterior tinha destinado a este fim no âmbito do PRR. Avançarão investimentos na redução de perdas de água na rede urbana e num adutor que facilitará a atividade agrícola entre Silves e Portimão, exemplificou o ministro da Presidência.

 

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