Portuguesa CIN entra no top 10 dos fabricantes europeus de tintas e vernizes após subir vendas para 395 milhões

Com receitas de 395 milhões de euros em 2023 e 1.639 trabalhadores em mais de 15 países, o grupo da Maia ascende uma posição no ranking europeu de fabricantes de tintas e revestimentos.

A CIN subiu uma posição no ranking europeu de fabricantes de tintas e revestimentos, ocupando agora a 10.ª posição. A nível mundial, a CIN ocupa a 36ª posição. O grupo da Maia, líder nacional desde 1992 e na Península Ibérica desde 1995, faturou 395 milhões de euros em 2023 e emprega 1.639 pessoas em mais de 15 países.

A listagem industrial elaborada anualmente pela publicação especializada European Coatings Journal mostra que sete das 25 empresas analisadas alcançaram um volume de negócios inferior em termos homólogos, incluindo a líder Akzo Nobel.

Pelo contrário, no ano passado, a CIN aumentou as vendas em 1,6% para 395 milhões de euros. A edição de 2023 é liderada pela holandesa Akzo Nobel (10.668 milhões de euros), seguido da alemã Basf (4.390 milhões) e da norueguesa Jotun (2.789 milhões) a fechar o top três.

Em 2023, a presença internacional dos produtos CIN abrangeu infraestruturas como o Copenhagen Light Rail Ring 3 Project, o Museu do Prado e a Estação Atocha em Madrid, o Tren Metropolitano de Santo Domingo na República Dominicana, o mobiliário urbano dos novos sanitários para os Jogos Olímpicos de Paris, a nova fábrica da Estrella Galicia em Espanha ou a ampliação da fábrica da Chanel, em França.

A CIN soma dez fábricas localizadas em Portugal, Itália, Espanha, França, Angola e Moçambique, contando atualmente com uma capacidade instalada de 150 mil toneladas. A operação é ainda apoiada por 14 centros de armazenamento e distribuição – equivalente a mais de 150 mil metros quadrados de área.

João Serrenho, CEO da CINRicardo Castelo/ECO

Presente nos quatro principais segmentos de mercado (construção civil, indústria, proteção anticorrosiva e yachting and marine), a CIN tem presença direta em Portugal, Espanha, França, Itália, Polónia, Angola, Moçambique, África do Sul e México, exportando para vários mercados da Europa Central, América Latina e África.

Entretanto, a Câmara do Comércio e Indústria (CCIP) distinguiu a CIN com o prémio Internacionalização do Ano. Uma distinção que, assinala João Luís Serrenho, vice-presidente da CIN, “espelha a consolidação da marca além-fronteiras, como resultado de um investimento contínuo em inovação, rigor e excelência”.

“Características que têm permitido à CIN posicionar-se de forma sólida no cenário internacional, relembrando o seu legado centenário e a sua experiência em múltiplos segmentos de mercado”, acrescenta o gestor, citado no mesmo comunicado enviado esta terça-feira às redações.

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Há um novo mapa interativo onde pode consultar as urgências disponíveis

Dados são "atualizadas de hora a hora" e os cidadãos podem pesquisar "por tipologia de urgência, região, unidade local de saúde e por unidade" para saberem os hospitais mais próximos acessíveis.

A partir desta terça-feira, o portal do Serviço Nacional de Saúde (SNS) passa a disponibilizar uma página interativa para que os cidadãos possam consultar os serviços de urgência abertos e fechados ao exterior e respetivos horários de norte a sul do país.

Os dados são “atualizadas de hora a hora” e, com esta ferramenta, os cidadãos podem pesquisar “por tipologia de urgência, por região, por unidade local de saúde e por unidade de saúde” para saberem os hospitais mais próximos que estão acessíveis.

Esta nova funcionalidade já tinha sido prometida pelo Governo quando foi anunciado que os mapas das urgências voltariam a ser publicados no site do SNS. “Esta ferramenta integra, de forma automática, os horários das urgências que constam do SIIP – Sistema Integrado de Informação de Prestadores, para os próximos sete dias” e pode ser consultada aqui, adianta a direção executiva do SNS, em comunicado.

A informação que consta nesta página interativa é “obtida a partir da plataforma onde os hospitais carregam e atualizam de forma permanente as suas escalas de pessoal para as urgências”, a mesma utilizada e na referenciação na Linha SNS 24. Deste modo, os cidadãos podem pesquisar “por tipologia de urgência, por região, por unidade local de saúde e por unidade de saúde” para saberem “quais os “hospitais mais próximos e que estão acessíveis”.

“Os dados serão atualizados de hora a hora, fornecendo aos utentes, de forma transparente e inovadora, a resposta de cada hospital e do SNS em matéria de urgência hospitalar”, acrescenta o organismo liderado por António Gandra d’Almeida, recordando que “que o plano assistencial para o Verão está a ser cumprido, nomeadamente ao nível das urgências de obstetrícia/ginecologia, que na região de Lisboa e Vale do Tejo estão a funcionar em rede”.

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Construtora DST ganha contrato de cinco milhões para instalar PJ em antiga escola do Algarve

A requalificação da antiga escola de saúde da Universidade do Algarve fica concluída em setembro e será a nova morada da Polícia Judiciária de Faro.

A construtora bracarense DST ganhou a adjudicação de um contrato de 4,8 milhões de euros para requalificar todo o edifício e zona envolvente da antiga escola de saúde da Universidade do Algarve, para onde se deslocará a diretoria sul de Faro da Polícia Judiciária (PJ) em setembro.

“Atualmente, as instalações da PJ resumem-se a um conjunto de edifícios habitacionais, dentro das muralhas da cidade, cuja funcionalidade já se perdeu há décadas, pelo que ficarão muito em breve mais centralizados, com mais espaço, instalações novas e com melhores condições de trabalho”, explica Bruno Martins, diretor de produção da DST.

Em comunicado, a construtora adianta que a “intervenção da arquitetura tem como principal objetivo providenciar as bases e o enquadramento para a renovação integral das instalações do edifício, nomeadamente no que se refere ao sistema de AVAC, instalações elétricas e telecomunicações, para as quais a DST conta com o apoio da DTE, a empresa de instalações especiais do Grupo”.

A DST Solar vai ficar encarregue de cobrir o parque de estacionamento exterior com painéis solares, bem como a respetiva cobertura, possibilitando a autonomia energética do edifício.

O grupo bracarense DST fatura 587 milhões de euros e emprega 3.356 pessoas.

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Programa europeu convoca PME portuguesas para missões empresariais ao Japão e Coreia do Sul

Programa europeu vai permitir a participação de 1.000 empresas inovadoras em 20 missões empresariais e em feiras, até 2027, com vista a reforçar as relações comerciais com estes mercados.

A Ásia vai ficar mais perto para as pequenas e médias empresas (PME) portuguesas, que vão contar com a ajuda da União Europeia para se promoverem no Japão e na República da Coreia. Lançado pela União Europeia em colaboração com a Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa (CCIP), o programa “EU Business Hub – Japão e República da Coreia” pretende levar, até 2027, 1.000 empresas inovadoras da região dos setores das tecnologias verdes e sustentáveis, soluções digitais e saúde e equipamentos médicos a estes dois mercados, num total de 20 missões empresariais e feiras.

As missões serão divididas pelos dois países – 10 missões empresariais no Japão e 10 na República da Coreia – ao longo dos próximos quatro anos, permitindo, em cada missão, a um grupo de 50 empresas inovadoras da UE beneficiar de um acompanhamento empresarial abrangente e personalizado, que inclui serviços de consultoria e coaching para adquirir, ou aprofundar, os seus conhecimentos sobre a cultura empresarial nestes mercados, adianta a CCIP em comunicado.

Os principais objetivos do programa, assim como os serviços oferecidos, serão explorados num evento organizado no salão nobre da CCIP, em Lisboa, no próximo dia 9 de julho.

O programa EU Business Hub – Japão e República da Coreia financia 10 missões empresariais ao Japão e outras 10 à República da Coreia com 50 empresas cada, ao longo dos próximos quatro anos, para apoiar a exportação para estes dois mercados asiáticos.

A participação nestas missões — nas quais as empresas se podem candidatar através do site do programa e cujas despesas de participação nas missões ou feiras são totalmente
cobertas pelo projeto, com exceção dos voos e de eventuais despesas administrativas — será uma oportunidade para estabelecer contactos com potenciais parceiros através da participação em sessões de matchmaking B2B, aceder a análises setoriais aprofundadas e, ainda, obter apoio com serviços de tradução, refere o mesmo comunicado.

“O programa EU Business Hub é um instrumento importante, pois neste sentido: ajudará as nossas PME e as nossas empresas a aproveitarem as oportunidades oferecidas pelo Acordo de Comércio Livre entre a UE e a República da Coreia e as parcerias Verde e Digital. Sendo a UE o terceiro parceiro comercial da Coreia e o primeiro investidor estrangeiro, este programa de matchmaking reforçará definitivamente a nossa ação externa em relação às PME e às start-ups na República da Coreia”, explicou a embaixadora da União Europeia na República
da Coreia, Maria Castillo-Fernandez, referindo-se à participação neste mercado asiático.

Já no que se refere ao Japão, o embaixador da UE, Jean-Eric Paquet, referiu que “enquanto segundo maior parceiro comercial da UE na Ásia, o Japão apresenta um mercado lucrativo para as PME europeias, prevendo-se que a sua resiliente economia sustente um crescimento de 1% do PIB para além de 2023, impulsionado principalmente pela procura interna robusta, oferecendo
amplas oportunidades para as empresas da UE aproveitarem”.

Enquanto segundo maior parceiro comercial da UE na Ásia, o Japão apresenta um mercado lucrativo para as PME europeias, prevendo-se que a sua resiliente economia sustente um crescimento de 1% do PIB para além de 2023.

Jean-Eric Paquet

Embaixador da UE no Japão

“O programa EU Business Hub fornece às empresas da UE apoio prático para a entrada no mercado, posicionando as missões empresariais como parte de uma estratégia mais ampla para a expansão global, estabelecendo as bases para o crescimento sustentado nos dinâmicos mercados asiáticos”, remata o embaixador europeu no Japão.

O programa EU Business Hub – Japão e República da Coreia, financiado pela União Europeia, visa reforçar as atividades de exportação e investimento das empresas da UE e promover cadeias de valor mais resilientes, sustentáveis e tecnologicamente avançadas com ambos os mercados.

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Lufthansa vai cobrar até 72 euros por bilhete para cobrir custos com “requisitos ambientais”

Grupo alemão afirma que "não será capaz de arcar sozinho com os custos adicionais crescentes que resultam de requisitos regulatórios nos próximos anos".

A Lufthansa anunciou esta terça-feira que vai passar a cobrar um valor extra de entre 1 e 72 euros por bilhete para “cobrir parte dos custos adicionais crescentes devido aos requisitos ambientais regulatórios”.

A “Sobretaxa de Custo Ambiental” será aplicada às passagens aéreas emitidas a partir de 26 de junho e aplica-se a voos com partida a partir de 1 de janeiro de 2025, informa a companhia aérea alemã em comunicado. A decisão abrange todos os voos operados pelas companhias aéreas do grupo com origem nos 27 países da União Europeia, Reino Unido, Noruega e Suíça. O valor será discriminado na informação do preço do bilhete.

Além da Lufthansa, o grupo inclui ainda a Austrian Airlines, Brussels Airlines, Eurowings ou Discover Airlines.

O grupo alemão salienta que “investe milhares de milhões em novas tecnologias todos os anos e trabalha em conjunto com parceiros em inovações que ajudam a tornar o voo mais sustentável” e que “tem apoiado ativamente a investigação científica sobre clima”.

“No entanto, o grupo não será capaz de arcar sozinho com os custos adicionais crescentes que resultam dos requisitos regulatórios nos próximos anos. Parte desses custos esperados para o ano de 2025 agora serão cobertos pela nova Sobretaxa de Custo Ambiental”, justifica.

A Lufthansa aponta que a partir de 1 de janeiro terá de incluir 2% de Combustível de Aviação Sustentável (SAF, na sigla em inglês), que é produzido a partir de resíduos de óleo de origem orgânica (como óleo alimentar usado), por imposição das regras europeias. Cita ainda impacto dos ajustamentos ao Sistema de Comércio de Emissões (ETS) e outros custos ambientais como a Compensação das Emissões de Carbono da Aviação Internacional (CORSIA).

O custo do SAF é muito mais elevado do que o do querosene e a percentagem que terá de ser incorporada vai aumentar nas próximas décadas. Sobe para 6% a partir de 2030, para 20% a partir de 2035 e para 70% a partir de 2050. “Para o Grupo Lufthansa isto irá levar a custos adicionais na casa dos milhares de milhões no futuro”, aponta a companhia aérea.

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Abreu Advogados assessora Testo na operação de implementação da primeira fábrica em Portugal

A equipa que assessorou a Testo foi liderada por Rui Peixoto Duarte, sócio, e contou com o apoio do associado sénior Rui Cardinal Carvalho e do associado Diogo Adegas dos Santos.

A Abreu Advogados assessorou o grupo alemão Testo, líder mundial na área de soluções de medição portáteis e estacionárias, na operação de construção da primeira fábrica em Portugal, na zona industrial de Albergaria-a-Velha. Esta operação diz respeito ao investimento nas instalações industriais de 25 milhões de euros, num empreendimento industrial que terá uma área de 21 mil metros quadrados e irá contribuir para a criação de cerca de 500 postos de trabalho na região.

A Abreu Advogados assessorou o Grupo Testo nas diversas questões relacionadas com a instalação da fábrica em Portugal, nomeadamente, mas não só. Também na elaboração e negociação de um Contrato de Construção com o respetivo Empreiteiro, a elaboração e negociação do Contrato de Coordenação e Fiscalização com o Supervisor da Obra, bem como a assistência jurídica ao longo do desenvolvimento do projeto e outras questões societárias relacionadas com a subsidiária local.

A equipa da Abreu Advogados que assessorou a Testo foi liderada por Rui Peixoto Duarte, Sócio, e contou com o apoio do Associado Sénior Rui Cardinal Carvalho e do Associado Diogo Adegas dos Santos.

O Grupo Testo, com sede em Titisee-Neustadt, na Alemanha, é líder global na área de soluções de medição portáteis e estacionárias. Com mais de 3.700 trabalhadores, com mais de 37 subsidiárias e 80 distribuidores em todo o mundo, criando dispositivos de medição de alta precisão e soluções inovadoras para a gestão de dados de medição do futuro.

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Bastonária promove inquérito à advocacia, 21 anos depois do último

Nos seus quase 100 anos de existência, a Ordem dos Advogados realizou três inquéritos à profissão, em 1972, 1985 e 2003, numa altura em que eram apenas 21 871 inscritos.

O Conselho Geral da Ordem dos Advogados (OA) – liderado pela bastonária Fernanda de Almeida Pinheiro – acaba de promover um novo Inquérito à advocacia portuguesa, para conhecer o perfil dos advogados de hoje, “as suas necessidades, preocupações, o modo como exercem a profissão, como veem a Ordem dos Advogados e a Justiça, e que desafios consideram mais relevantes para o futuro da profissão”, segundo explicou o Conselho Geral em comunicado.

O Inquérito é conduzido por uma equipa multidisciplinar de investigação do ISPA (Instituto Universitário), coordenada por António Caetano, também coordenador do último Inquérito.

“É nossa intenção chegar ao retrato da Advocacia Portuguesa, através da sua caracterização social, económica, demográfica e profissional, realizada por uma equipa multidisciplinar, independente e habilitada para o efeito, e identificar os valores que constituem o ADN da Advocacia e os que reforçam a identidade de cada um e de todos advogados, assim como os desafios que têm pela frente e esperam ver concretizados”, segundo o mesmo comunicado.

Fernanda de Almeida Pinheiro, bastonária da Ordem dos Advogados, em entrevista ao ECO/Advocatus - 15ABR24
Fernanda de Almeida Pinheiro, bastonária da Ordem dos Advogados, em entrevista ao ECO/AdvocatusHugo Amaral/ECO

Nos seus quase 100 anos de existência a Ordem dos Advogados realizou três inquéritos à profissão, em 1972, 1985 e 2003. Volvidos 20 anos desde o último Inquérito aos Advogados Portugueses, numa altura que eram apenas 21 871 inscritos. Atualmente são quase 37 mil advogados inscritos.

Retrato da classe em 2023

O número de advogados inscritos na Ordem dos Advogados voltou a subir em 2023. Segundo os dados divulgados pela Direção-Geral da Política de Justiça (DGPJ) do Ministério da Justiça, existem atualmente 40.065 advogados, mais 1.261 do que em 2022, um novo recorde.

Dos 40.065 advogados contabilizados em Portugal em 2023, mais da maioria são do sexo feminino, totalizando cerca de 57%, ou seja 22.852 advogadas, outro recorde. Já advogados do sexo masculino foram contabilizados 17.213, ou seja cerca de 43% da classe.

No que concerne ao número de estagiários, em 2023 existiam 3.431, ou seja, cerca de 8,6% dos advogados inscritos. Um ligeiro aumento face a 2023, em que estavam inscritos 3.372. Também entre os estagiários o sexo feminino impera com 2.248 advogadas face aos 1.183 advogados.

Ao longo dos últimos anos este número tem vindo a crescer, verificando-se apenas sete quebras no número de advogados inscritos nos anos de 1988, 1991, 1996, 2002, 2007, 2009 e 2020. A maior quebra foi em 2007, em que estavam registados 22.345 advogados face aos 25.716 em 2006, ou seja, um decréscimo de 3.371. Mas esta descida teve uma razão: decorria o bastonato de Marinho e Pinto e por alguns meses desse ano houve suspensão de inscrição de advogados estagiários.

Quanto ao género, foi no ano de 2006 que pela primeira vez exerceram advocacia mais mulheres do que homens. Nesse ano contabilizaram-se 12.996 advogadas face aos 12.720 profissionais do sexo masculino. Desde então que o sexo feminino tem dominado a classe, com exceção do ano de 2008. Recorde-se que a advocacia esteve durante vários anos restringida às mulheres e só em 1918 é que viram assegurado o seu direito de acesso à profissão.

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Bruxelas acusa Microsoft de violar práticas anticoncorrenciais ao agrupar o Teams aos programas Office

Comissão Europeia defende que são necessárias mais alterações na conduta da Microsoft para restaurar a concorrência. Em causa está a distribuição do Teams nos pacotes Office.

A Comissão Europeia considerou esta terça-feira que a Microsoft violou as regras anti-concorrenciais da União Europeia (UE) ao agrupar o Teams aos programas Office, considerando que as alterações feitas pela gigante norte-americana são insuficientes.

“A Comissão Europeia informou a Microsoft sobre a sua opinião preliminar de que a Microsoft violou as regras anti-trust da UE ao vincular o seu produto de comunicação e colaboração Teams às suas populares aplicações de produtividade incluídas nos seus pacotes para empresas Office 365 e Microsoft 365”, refere o executivo comunitário, em comunicado.

Bruxelas abriu o processo de investigação em julho de 2023, tendo posteriormente a Microsoft introduzido mudanças na forma como distribui o Teams, começando a oferecer alguns pacotes sem o programa. Contudo, “a Comissão considera preliminarmente que estas alterações são insuficientes para responder às suas preocupações e que são necessárias mais alterações na conduta da Microsoft para restaurar a concorrência”.

A Comissão Europeia “está preocupada com o facto de, pelo menos desde abril de 2019, a Microsoft estar a vincular o Teams às suas principais aplicações de produtividade SaaS”.

“Em particular, a Comissão está preocupada com o facto de a Microsoft poder ter concedido ao Teams uma vantagem de distribuição ao não dar aos clientes a opção de adquirir ou não acesso ao Teams quando subscrevem as suas aplicações de produtividade SaaS”, aponta. Acrescentando que “a conduta pode ter impedido as equipas rivais de competir e, por sua vez, de inovar, em detrimento dos clientes do Espaço Económico Europeu”.

O envio de uma comunicação de objeções não prejudica o resultado de uma investigação. A Comissão abriu a investigação na sequência de uma reclamação da Slack Technologies, detida atualmente pela Salesforce.

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Ministério Público pede (mais um) adiamento do prazo da acusação a Mexia

O ECO sabe que o Ministério Público vai pedir, mais uma vez, a prorrogação do prazo, que terminaria a 1 de julho. A investigação do processo dos CMEC já dura há 12 anos. 

A acusação de António Mexia, João Manso Neto, João Conceição e Manuel Pinho vai ser adiada. O ECO sabe que o Ministério Público vai pedir, mais uma vez, a prorrogação do prazo, que terminaria a 1 de julho. A investigação do processo dos CMEC já dura há 12 anos.

Isto porque, na sequência de um despacho do juiz Nuno Dias Costa, que ordenou a destruição de vários emails do processo, as defesas alegaram que essas comunicações contaminaram outras provas recolhidas posteriormente.

Segundo avança a Visão, os advogados de António Mexia, Manso Neto e João Conceição elencaram uma série de factos que também devem ser retirados do processo. Enquanto Nuno Dias Costa não decidir, o Ministério Público não irá acusar, sob pena de utilizar prova que, entretanto, foi retirada.

O ECO/Advocatus questionou o gabinete da PGR, Lucília Gago, no sentido de saber se o prazo de 1 de julho seria cumprido ou se haveria um pedido de prorrogação, mas não obteve qualquer resposta. Mas fonte ligada ao processo garante que estes requerimentos das defesas dos arguidos impedem uma acusação, pois o juiz de instrução criminal ainda vai ter de decidir sobre os factos que devem ser retirados do processo.

Esta é a terceira vez que o DCIAP vai pedir a prorrogação do prazo no caso EDP/CMEC. Já o tinha feito a 30 de abril e a 15 de março, em que pedia mais 50 dias para decidir se acusava os arguidos.

Logo em abril, os advogados de defesa de António Mexia e João Manso Neto pediam à Procuradoria-Geral da República que esclarecesse se os magistrados do caso EDP/CMEC , Carlos Casimiro e Hugo Neto, iam mesmo insistir em deduzir uma acusação ou se pediram uma nova prorrogação do prazo.

Em causa estão as decisões, quer do Supremo Tribunal de Justiça (STJ), quer do juiz de instrução, que declararam nulos os emails apreendidos na investigação, mas que o MP insiste em usar como prova. Os advogados invocam a nulidade dos emails decretada pelo juiz de instrução a 17 de abril. Dizem então os advogados João Medeiros, Rui Costa Pereira e Inês Almeida Costa que – caso o faça – “o Ministério Público estaria dolosamente a frustrar e a violar, em toda a medida processual útil, uma decisão judicial a que deve obediência”.

Defendendo que “seria mesmo – e por isso não queremos acreditar que seja ou possa vir a ser – um golpe de Estado judiciário, através do qual o Ministério Público, achando-se acima de decisões jurisdicionais e lançando mão de manobras que, se acaso proviessem das defesas, seriam taxadas, no mínimo, como inadmissível chicana, agiria como se decisões não houvesse, que há, ou que não estivesse obrigado a cumpri-las, como está, Assim, aliás, pouco ou nada contribuindo para o prestígio da justiça em geral e do Ministério Público – prestígio, de resto, como é sabido, que bem preciso é, sempre, e agora em particular”.

Dizendo que, caso o MP o faça, estará a incorrer numa série de “ilícitos disciplinares”, bem como num crime de violação de correspondência e de prevaricação.

Dias antes, os advogados de João Conceição – Rui Patrício e Tiago Geraldo – enviaram um requerimento ao juiz de instrução do processo, alertando que, caso o MP insista em usar os emails considerados inválidos como prova para a acusação, estará a cometer o crime de desobediência à lei, de violação de correspondência e de prevaricação.

A 18 de abril, o juiz de instrução Nuno Dias Costa decidiu que a principal prova recolhida no caso do processo EDP/CMEC não é válida, já que a apreensão de emails tinha de ser feita com autorização de um juiz de instrução e não meramente por iniciativa do MP, como aconteceu. Assim, ordenou a destruição de centenas de milhares de emails apreendidos na sede de EDP, em junho de 2017, relativos a comunicações entre Mexia e Manso Neto.

Assim, o juiz de instrução ordenou a destruição da totalidade dos emails apreendidos em junho de 2017 na sede da EDP, discordando dos argumentos invocados pelo MP e recusou o pedido do MP para declarar a validade da utilização desses emails, socorrendo-se da decisão do STJ. O juiz ordena, assim, “a destruição de qualquer cópia digital ou impressão que conste do processo relativa aos 3.277 emails que foram objeto do despacho judicial”, mas também a destruição de “qualquer cópia digital ou impressão que conste do processo relativa aos restantes emails apreendidos aquando da apreensão daqueles 3.277”. E terão de ser os arguidos a dizer que emails consideram que têm de ser destruídos.

O que é o processo dos CMEC?

Foi há quase 12 anos que se deu a abertura de inquérito deste processo. O foco da investigação centrava-se nas suspeitas de favorecimento do Governo, na altura de José Sócrates, à EDP.

Com o decorrer da investigação, várias outras suspeitas foram nascendo, como a dos subornos superiores a cinco milhões de euros de Ricardo Salgado, ex-líder do BES, a Manuel Pinho, à data ministro da Economia de Sócrates. O processo acabou por ser dividido em dois: este relativo a Pinho, Manso Neto e Mexia, ainda sem acusação; e o segundo relativo a Pinho e Ricardo Salgado, ex-líder do BES, cujo julgamento já terminou e em que ambos foram condenados.

O caso está relacionado com os CMEC (Custos para a Manutenção do Equilíbrio Contratual) e o eventual favorecimento da EDP, no qual Mexia e Manso Neto são suspeitos de corrupção e participação económica em negócio para a manutenção das rendas excessivas, no qual, segundo o Ministério Público, terão corrompido o ex-ministro da Economia Manuel Pinho e o ex-secretário de Estado da Energia Artur Trindade. Em causa estão benefícios de mais de 1,2 mil milhões de euros alegadamente concedidos por Manuel Pinho à EDP, entre outubro de 2006 e junho de 2012.

Mexia foi constituído arguido a 2 de junho de 2017, na sequência de buscas à EDP. Tal como Manso Neto, antigo administrador da elétrica, é suspeito de quatros crimes de corrupção ativa e de alegados subornos ao antigo ministro Manuel Pinho (Governo Sócrates), ao ex-diretor-geral da Energia Miguel Barreto e a João Conceição, antigo consultor de Pinho no Ministério da Economia e atual administrador da REN.

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Município de Braga prevê investimento de 3,8 milhões de euros no próximo ano letivo

Fornecimento de refeições escolares, oferta de manuais escolares no privado e atividades de animação e apoio à família estão na lista de investimentos autárquicos para o ano letivo 2024/2025.

A Câmara Municipal de Braga vai investir no ano letivo 2024/2025 um total de 3,8 milhões de euros no fornecimento de refeições escolares ao 1.º ciclo e pré-escolar, assim como em atividades de animação e apoio à família na educação pré-escolar. Além de gastar 60 mil euros na oferta de manuais escolares aos alunos do 1.º ciclo do privado do concelho.

Estas medidas vão esta quarta-feira a deliberação da reunião do executivo municipal. Em cima da mesa vai estar a proposta para o estabelecimento de protocolos com cada um dos agrupamentos de escolas, bem como com as diferentes entidades promotoras e parceiras para estas respostas socioeducativas.

Manuais escolares

No que respeita às refeições escolares, cada aluno paga 1,46 euros por refeição, com exceção dos estudantes abrangidos pelo 2.º escalão, que desembolsam 0,73 euros cada, sendo gratuito os beneficiários do 1.º escalão.

O executivo vai ainda analisar uma proposta para oferta dos cadernos de fichas escolares, que complementam os respetivos manuais escolares, a 6.200 alunos do 1.º ciclo do ensino básico da rede pública do concelho. A medida exige um investimento na ordem dos 230 mil euros e vai englobar os cadernos de atividades de língua portuguesa, matemática, estudo do meio para os quatro anos do 1.º ciclo, e Inglês para o 3.º e 4.º anos de escolaridade.

Neste caso, a autarquia conta com a parceria com a Associação Empresarial de Braga. Esta medida visa ainda contribuir para a dinamização do comércio local, nomeadamente as livrarias do concelho.

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Lucro da Infraestruturas de Portugal dispara no primeiro trimestre. Investimento foi metade do previsto

A Infraestruturas de Portugal fechou o primeiro trimestre com um lucro de 36,8 milhões de euros, mais 280% do que no período homólogo.

A Infraestruturas de Portugal (IP) registou um lucro de 36,8 milhões de euros no primeiro trimestre, soma que representa um aumento de 280% face ao mesmo período do ano passado. O investimento cresceu para 100 milhões de euros, mas ficou muito longe da meta orçamentada.

A IP investiu 100 milhões de euros nos primeiros três meses do ano, “o que representa um aumento de 4% face ao período homólogo de 2023 e uma execução de 50% face ao previsto para primeiro trimestre de 2024“, nota a empresa no relatório de execução orçamental.

A empresa liderada por Miguel Cruz salienta que forma executados 13,9 milhões em relação aos investimentos incluídos no PRR Rodoviário, mais 6,6 milhões de euros do que no período homólogo de 2023. Segundo o relatório, o indicador agregado de investimentos estratégicos foi cumprido a 65%, ficando aquém da meta de 85%.

Quantos aos resultados do primeiro trimestre, estes beneficiaram do ligeiro crescimento nas vendas e serviços prestados, que aumentaram 3,1% para os 284,5 milhões de euros. Número que ficou, ainda assim, aquém do previsto no orçamento para este ano, onde se previa uma receita de 300,5 milhões.

Impacto positivo teve também o aumento das indemnizações compensatórias recebidas, que totalizaram 22,4 milhões de euros, mais 62,4% do que no período homólogo. O montante orçamentado era, no entanto, de 32,7 milhões.

As despesas com fornecimentos e serviços externos encolheram 1,69%, com a redução de 5,8% nos encargos com a conservação, reparação e segurança da rede rodoviária a mais do que compensar o acréscimo de 11,2% na rede ferroviária. Já os gastos com pessoal aumentaram 6%, ficando, no entanto, abaixo dos 41,5 milhões previstos no Plano de Atividades e Orçamento.

O resultado operacional cresceu 31,5% para 76,6 milhões, beneficiando ainda da redução de 9,3 milhões nos gastos/reversões de depreciação e amortização, que somaram 58,7 milhões. Ficou, no entanto, 28,6 milhões abaixo do orçamentado. A dívida da empresa liderada por Miguel Cruz recuou 159 milhões face a 31 de março de 2023, para 3.845,9 milhões, o que se deveu “às amortizações dos empréstimos do BEI”.

A empresa pública teve prejuízos de 18,8 milhões de euros em 2023. O volume de negócios foi de 1.201 milhões de euros, mais 30 milhões de euros do que em 2022.

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Mais 25 radares de velocidade entram em funcionamento a 6 de julho. Saiba onde vão ser instalados

  • Lusa
  • 25 Junho 2024

Oliveira de Azeméis, Santa Maria da Feira, Vila Nova de Gaia, Albufeira, Coimbra, Évora, Cascais, Loures e Porto estão entre os locais onde vão ser instalados os novos radares.

O Sistema Nacional de Controlo de Velocidade (SINCRO) vai ganhar 25 novos radares no dia 6 de julho, que se juntam aos 98 já existentes, anunciou a Autoridade Nacional para a Segurança Rodoviária (ANSR).

Em comunicado, a ANSR explica que, dos 25 novos Locais de Controlo de Velocidade (LCV), 14 são de velocidade instantânea e 11 de velocidade média.

Entre outros locais, os radares vão ser instalados no IC2 (Oliveira de Azeméis, distrito de Aveiro), A29 (Santa Maria da Feira, em Aveiro, e Vila Nova de Gaia, no Porto), IC1 (Santana da Serra, concelho de Ourique, distrito de Beja), IP3 (Coimbra), EN18 (Évora), EN 125 (Albufeira, Faro), EN 6-7 (Carcavelos e Parede, em Cascais), IC17 (Loures), A43 (Campanhã, Porto) e no IC1 (Poceirão e Marateca, em Palmela-Alcácer do Sal).

A ANSR explica que os locais dos novos radares (37 instalados em setembro de 2023 e 25 a 6 de julho) foram selecionados com base no excesso de velocidade registada naqueles locais, que se revelou relevante para a sinistralidade grave. Nestes locais, nos últimos cinco anos, perderam a vida 115 pessoas, uma média de 23 vítimas mortais por ano.

Relativamente aos 37 radares que entraram em funcionamento em setembro de 2023, nos locais onde foram instalados as autoridades registaram três vítimas mortais, um valor que a ANSR diz ser “substancialmente inferior” à média dos últimos cinco anos.

No total do sistema SINCRO, a funcionar há oito anos, verificou-se uma “redução significativa” da sinistralidade nos locais onde foram instalados os radares: menos 36% de acidentes com vítimas, menos 74% de vítimas mortais, menos 44% de feridos graves e menos 36% de feridos leves.

A ANSR recorda ainda que, nos locais onde foram instalados os novos radares registou-se, face às medições efetuadas antes da sua instalação, “uma redução média muito expressiva no número de veículos em excesso de velocidade” (cerca de 90%), tendo as maiores reduções sido verificadas nos trechos abrangidos pelos radares localizados na EN101 em Guimarães, na EN206 em Fafe, no IC2 em Coimbra, no IP7 (Eixo Norte Sul) em Lisboa e no IC17 (CRIL) em Odivelas.

A instalação destes radares permitiu aumentar o número de veículos fiscalizados. Nos primeiros cinco meses deste ano, em todo o sistema SINCRO, foram fiscalizados 92.402.878 veículos, 1,8 vezes mais do que os 51.461.809 fiscalizados em igual período do ano passado.

Na nota, a ANSR lembra que tem adotado uma política de total transparência na localização dos radares, divulgando antecipadamente os locais de instalação destes equipamentos, “maximizando a capacidade dos radares para salvar vidas, nomeadamente através da adoção de comportamentos adequados ao volante”.

A este respeito, refere que a taxa de infração (nº de infrações/n.º de veículos fiscalizados) dos radares foi sempre reduzida — quando comparada com outros radares não publicitados –, com 0,55% em 2018, o que representa menos de seis veículos por cada 1.000 fiscalizados. Esta taxa continuou a baixar e, nos primeiros cinco meses de 2024, chegou aos 0,29%.

“A redução da sinistralidade, a redução de 90% no número de veículos em excesso de velocidade nos locais abrangidos pelos radares, a duplicação do número dos veículos fiscalizados e a redução para metade da taxa de infração demonstram de forma inequívoca a eficácia dos radares do SINCRO contribuindo para o grande objetivo de salvar vidas”, acrescenta a ANSR.

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