Euronext procura atrair investidores para empresas nacionais

  • ECO
  • 19 Junho 2024

O "Portugal Capital Markets Day 2024" organizado pela Euronext e a AEM contará com a presença de 20 empresas nacionais e 40 investidores de vários países, para promover as potencialidades de Portugal.

O mercado de capitais tem sido particularmente procurado este ano por empresas para se financiarem. Segundo dados recolhidos pelo ECO junto da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), até ao final da primeira semana de junho foram angariados quase 2.400 milhões de euros através de emissões obrigacionistas por parte de empresas nacionais com capital aberto, quase tanto quanto o montante alcançado em 2022 e 2023 juntos.

No entanto, Isabel Ucha, presidente da Euronext Lisboa, destaca a necessidade de “aumentar a atenção dos investidores e dos stakeholders sobre as nossas empresas e a nossa bolsa”, desde logo por “a economia portuguesa estar a viver um momento positivo em comparação com outras economias com alguns setores a apresentar dinâmicas muito interessantes que merecem ser conhecidos.”

É com base neste objetivo que a Euronext e a Associação de Empresas Emitentes de Valores Cotados em Mercado (AEM) vão promover o “Portugal Capital Markets Day 2024” nos dias 27 e 28 de junho, para juntar empresas e investidores através de encontros bilaterais e da realização de uma conferência centrada nas principais oportunidades e tendências de investimento na economia nacional e nas empresas portugueses.

Esta iniciativa contará com a participação de 20 empresas cotadas (todas associadas da AEM e membros do índice PSI e PSI Geral) e com a presença de 40 investidores de Espanha, Bélgica, Países Baixos, França, Índia, EUA e Portugal em representação de fundos de pensões, sociedades gestoras e bancos de investimento. Segundo Abel Sequeira Ferreira, diretor executivo da AEM, além das 100 reuniões já agendadas entre os investidores e os representantes das empresas, estarão presente “outras empresas que participarão em reuniões informais”.

Sob o lema “Invest in Portugal – Insights on an Economy in Transformation”, que contará com o ECO como media partner, a conferência terá lugar no Centro de Congressos de Lisboa a 28 de junho e visa destacar as oportunidades de investimento em Portugal, de acordo com um estudo desenvolvido desde há um ano por Ricardo Reis, professor da Universidade Católica, que será apresentado no evento e que apontará as potencialidades de cinco setores de atividade: infraestruturas, energia, saúde, turismo e agroindústria.

O “Portugal Capital Markets Day 2024” terá como convidados de honra e oradores o ministro da Economia e o ministro das Finanças, e ainda contará com a presença do presidente da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.

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Freguesias de Peniche contra central voltaica de 5,6 milhões de euros

  • Lusa
  • 19 Junho 2024

Juntas de Peniche constestam construção de central voltaica num terreno que é Reserva Ecológica Nacional e "de especial sensibilidade paisagística e natural".

Três juntas de freguesias de Peniche manifestaram-se, esta quarta-feira, contra a instalação de uma central voltaica no concelho, considerando que o projeto de 5,6 milhões de euros tem impactos paisagísticos negativos.

Em causa está um projeto licenciado pela Câmara Municipal de Peniche, no distrito de Leiria, para a instalação de uma central voltaica em 13 hectares de terreno na freguesia da Atouguia da Baleia.

Numa posição conjunta divulgada esta quarta-feira, as juntas de freguesia de Atouguia da Baleia, Ferrel e Peniche manifestam-se contra o projeto, “tendo em conta a sua grande dimensão e o local sensível onde se prevê que seja instalado: o istmo de Peniche”.

Em comunicado, as três autarquias contestam não ter sido realizada uma “avaliação da afetação do património paisagístico”, dado tratar-se de “um local que representa uma paisagem singular para quem entra e sai da cidade de Peniche ou para quem se dirige às praias de Supertubos ou do Baleal, referências nacionais e internacionais”.

É do mais elementar bom senso que este projeto seja pensado para outro local e que seja recusada a construção naquele terreno, que é Reserva Ecológica Nacional e de especial sensibilidade paisagística e natural por corresponder ao istmo de Peniche.

Juntas de Freguesia de de Atouguia da Baleia, Ferrel e Peniche

De acordo com as juntas, os 13 hectares de terreno da freguesia da Atouguia da Baleia, onde se pretende instalar quase 18 mil módulos fotovoltaicos, “são a porta de entrada e de saída” dos visitantes da cidade e das praias de Peniche, que serão confrontados com “um bloco negro cintilante de cada vez que passam entre a rotunda de Porto de Lobos e a de Supertubos, ou entre a rotunda de Nossa Senhora da Boa Viagem e o Baleal”.

As juntas alegam ainda que existe um “impacto adicional para quem circule na estrada com construção prevista no PDM [Plano Diretor Municipal] entre Porto de Lobos e a estrada Peniche-Baleal ou mesmo a inviabilização da pretensão de construção dessa estrada”.

“É do mais elementar bom senso que este projeto seja pensado para outro local e que seja recusada a construção naquele terreno, que é Reserva Ecológica Nacional e de especial sensibilidade paisagística e natural por corresponder ao istmo de Peniche”, lê-se na nota das juntas, que insistem na “clara oposição” à instalação do projeto que consideram “uma verdadeira cicatriz negra que manchará a beleza natural” do concelho.

A central fotovoltaica representa um investimento de 5,6 milhões de euros, promovido pela Hyperion Renewables para instalar oito Unidades de Pequena Produção com uma potência de 8000 quilowatt com recurso a energia solar, segundo a memória descritiva do projeto a que a Lusa teve acesso.

Os quase 18 mil módulos fotovoltaicos vão produzir 16 gigawatts/hora por ano, o equivalente ao consumo de quase oito mil habitações, evitando a emissão de mais de nove mil toneladas de dióxido de carbono para a atmosfera em comparação com a mesma quantidade de eletricidade produzida a partir do gás natural ou do carvão.

O projeto insere-se em área de Reserva Ecológica Nacional, mas a sua implantação é considerada compatível com os objetivos de proteção ecológica e ambiental e de prevenção e redução de riscos naturais.

Segundo os promotores, os impactos negativos do projeto são temporários e pouco relevantes ao nível da geologia, solos, clima, qualidade do ar, sistema hidrogeológico e recursos hídricos, ecossistemas e resíduos.

A Agência Portuguesa do Ambiente, a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo e a empresa Infraestruturas de Portugal deram parecer favorável.

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PS pede apreciação parlamentar do decreto-lei que revogou manifestações de interesse

Garantindo não ter intenções de "repor" a atribuição de visto sem contrato de trabalho, o PS submeteu um pedido de apreciação do decreto-lei do Governo que revogou as manifestações de interesse.

O PS submeteu na Assembleia da República um pedido de apreciação do decreto-lei do Governo que revogou as manifestações de interesse. De acordo com o deputado Pedro Delgado Alves, a intenção do partido não é “repor” os termos anteriormente em vigor, e nos quais eram concedidos vistos de trabalho aos imigrantes sem necessidade de contrato de trabalho, mas sim promover uma “reflexão alargada sobre como garantir um regime transitório” para os processos que estão atualmente em curso.

“Olhamos para a revogação da manifestação de interesse aprovada pelo Governo com preocupação”, afirmou o socialista na Assembleia da República, sublinhando que o pedido de apreciação parlamentar foi submetido durante a sessão plenária desta quarta-feira.

A revogação das manifestações de interesse foi uma das 41 medidas apresentadas pelo Governo, a 3 de junho, para dar resposta ao elevado fluxo migratório e aos mais de 400 mil processos pendentes na Agência para Integração, Migrações e Asilo (AIMA).

O decreto-lei que revoga as manifestações de interesse foi enviado ao Palácio de Belém e promulgado no próprio dia pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa. No entanto, o plano deixou frisado que a medida “poderá ser seguida de uma revisão da lei em sede parlamentar” se assim for requerido pela Assembleia da República. Segundo o Governo, esta decisão permitirá a “sanação permanente de entradas irregulares” em território nacional.

Na mesma sessão plenária, o Bloco de Esquerda apresentou um projeto-lei que reintroduz a lei da manifestação de interesse, por considerar que a sua revogação é “uma forma de promoção da imigração clandestina”. No entanto, a proposta foi chumbada com os votos contra do PSD, CDS-PP, Chega e Iniciativa Liberal. PS absteve-se e as restantes bancadas votaram a favor.

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Banco polaco do BCP conclui plano de recuperação com rácios de capital “em níveis seguros”

Bank Millennium lançou há dois anos um plano de recuperação de capital depois dos problemas com as moratórias e os créditos em francos suíços.

O banco polaco do BCP deu por concluído o plano de recuperação que lançou há dois anos, depois dos problemas registados com as moratórias e os créditos em francos suíços, apresentando rácios de capital “em níveis seguros”.

“As medidas lançadas em 2022-2024 tornaram possível aumentar os rácios de capital para níveis seguros. Não foi preciso aos acionistas que recapitalizassem o banco”, refere a instituição liderada por João Bras Jorge, chairman do Bank Millennium, detido em 50,01% pelo BCP.

Segundo o Bank Millennium, a conclusão do plano de recuperação foi possível graças “às medidas de melhoria da rentabilidade, ao baixo custo do risco, à acumulação de lucros, às operações de titularização e de venda, bem como à alteração da estrutura e reversão parcial das valorizações negativas dos títulos de dívida em carteira”.

Todos os principais pressupostos foram alcançados, na opinião do conselho de administração”, refere o banco.

Em particular, acrescenta o Bank Millennium, “todos os rácios definidos no plano atingiram níveis seguros”. “A rentabilidade e os resultados financeiros do banco melhoraram permanentemente, os rácios de capital foram restaurados para níveis que excedem significativamente os requisitos regulamentares mínimos e o banco e o grupo cumprem os requisitos MREL, incluindo os requisitos combinados de buffer”, detalha.

João Brás Jorge refere que a saída do plano de recuperação “representa um novo começo para um maior crescimento empresarial e desenvolvimento do banco”.

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3,6 milhões de telespectadores assistiram à estreia de Portugal no Euro 2024

  • + M
  • 19 Junho 2024

Acompanhe as audiências de todos os jogos do Euro 2024, numa análise da agência de meios Dentsu/Carat para o +M/ECO, e confira os resultados desportivos.

O Portugal x Chéquia, transmitido esta terça-feira pela SIC e pela Sport TV, foi acompanhado por 3,6 milhões de telespectadores. De acordo com a análise elabora pela Dentsu/Carat para o +M, a SIC registou uma audiência média de 3,4 milhões de telespectadores (35.3% aud. média) com 62,3% share. Na Sportv1, cerca de 101 mil telespectadores acompanharam a transmissão.

O pontapé de saída do Europeu foi dado com o Alemanha x Escócia, jogo inaugural que registou uma audiência média de 1,6 milhões de telespectadores a ver o jogo na RTP1 e Sportv1. Todos os jogos deste evento terão transmissão garantida na SportTV1 ou Sportv2, com os canais RTP1, SIC ou TVI a assegurarem algumas das transmissões em simultâneo.

O Sérvia x Inglaterra, com transmissão em simultâneo na TVI e SportTV, registou uma audiência média de 1,5 milhões de telespectadores, tendo o Espanha X Croácia captado 877 mil telespectadores.

No conjunto das 12 transmissões é registada uma tipologia de audiência maioritariamente masculina, com 58% dos telespectadores vs. 42% de feminino. A maior concentração de audiência (55%) regista-se acima dos 55 anos.

10 milhões de telespectadores acompanharam até ao momento os cinco dias de Mundial. Portugal, Chéquia, Áustria, França, Alemanha e Escócia, Inglaterra e Sérvia captaram até agora as maiores audiências do Europeu.

Audiência Jogo a Jogo – 1ª Fase

Aud. Média (Nr. Indivíduos) = Somatório das audiências dos canais onde foi efetuada a transmissão
Canais Sport TV, audiências recolhidas na faixa horária da transmissão
Audiência: Total dia; Universo (4+ anos)
Fonte: CAEM TV / Yumi

 

Audiência Jogo a Jogo – 1ªFase e Audiência Acumulada

 

 

Audiência Fase a Fase

Audiência por seleção

Jogos e Resultados – 1ª Fase

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Circulação restituída em ambos os sentidos na Avenida da Boavista

  • Lusa
  • 19 Junho 2024

Já é possível circular nas duas vias em ambos os sentidos na Avenida da Boavista (Porto) e a poucos dias das festividades do São João.

A circulação rodoviária da Avenida da Boavista foi restituída em ambos os sentidos, informou esta quarta-feira a Metro do Porto, acrescentando que os trabalhos da empreitada do metrobus permanecem no corredor central e na Avenida do Marechal Gomes da Costa.

Numa publicação no site, a Metro do Porto afirma que “a normalidade na Avenida da Boavista foi restituída, durante o dia de ontem [terça-feira], à população portuense na sua plenitude e antes das festas de São João, conforme havia sido prometido“.

Segundo a transportadora, a Avenida da Boavista “não só ficou desimpedida de constrangimentos de obra, como foi devolvida com uma série de melhorias”, como novos passeios, sistema de semaforização, sinalização e iluminação.

A normalidade na Avenida da Boavista foi restituída, durante o dia de ontem [terça-feira], à população portuense na sua plenitude e antes das festas de São João, conforme havia sido prometido.

Metro do Porto

A circulação rodoviária entre a rotunda da Boavista e a interceção com a Avenida Marechal Gomes da Costa foi restituída nas duas vias, em ambos os sentidos, continuando a Metro do Porto a trabalhar no corredor central da avenida e na Avenida Marechal Gomes da Costa, nomeadamente na construção das sete estações do metrobus (Casa da Música, Guerra Junqueiro, Bessa, Pinheiro Manso, Serralves, João de Barros e Império).

Durante os últimos 16 meses, a circulação sofreu diversos impedimentos e alterações de trânsito devido à obra do metrobus, que ligará a Casa da Música à Praça do Império.

O prazo para a conclusão da obra de conceção e construção do metrobus’do Porto tem como data limite 23 de agosto e o primeiro veículo a hidrogénio deverá chegar entre o final de setembro e início de outubro, segundo a Metro do Porto.

A partir desta quarta-feira, também o acesso à rotunda através da avenida foi retomado, avança a metro.

Ilustração do veículo do metrobBus sobre a atual Avenida da Boavista.

As condicionantes à circulação na rotunda (Praça Mouzinho de Albuquerque) permanecem até sábado, indicou à Lusa fonte da Metro, acrescentando que a própria rotunda fica desimpedida no dia 20 de julho, no âmbito da empreitada da Linha Rosa, que ligará São Bento à Casa da Música.

Aquando da apresentação do programa das festividades do São João, o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, adiantou que o município estava a tentar distribuir os empresários das diversões que ficariam na Boavista por outras zonas da cidade e a estudar a possibilidade de instalar a roda gigante noutro local.

“Temos pena do que se passa na rotunda da Boavista (…) Foi-nos anunciado que tudo aquilo iria estar desimpedido no início do mês, mas basta lá passar para perceber que não vai ser assim”, afirmou Rui Moreira.

Ao contrário de outros anos, a rotunda da Boavista não tem a habitual zona de diversões “devido a constrangimentos logísticos” das obras da Metro do Porto.

“A Metro tem-nos surpreendido sempre com o facto de as previsões não baterem certo de qualquer maneira”, referiu então o autarca, defendendo, no entanto, que a cidade tem de viver com os constrangimentos das obras. “Não podemos fazer disso também um drama; a cidade do Porto vai festejar o São João condignamente”, referiu.

Questionado sobre o que aconteceria aos empresários de equipamentos de diversão da Boavista, Rui Moreira afirmou que o município está a tentar distribuí-los por outras zonas da cidade, assim como a estudar a possibilidade de instalar a roda gigante noutro local da cidade.

“Estamos a pensar se a conseguimos instalar e onde, não é evidente. De resto, vamos conseguir certamente contentar os empresários, mas não é fácil a substituição de sítio, sobretudo para a roda gigante”, referiu, dizendo que os empresários estão “muito desapontados” por não se instalarem na Boavista.

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Algarve ultrapassa Norte no ranking digital

Norte e Alentejo sofrem uma queda neste ranking digital da Universidade do Minho, que assinala cada vez mais assimetrias regionais no país. Lisboa continua a liderar a uma grande distância.

Continuam a registar-se “enormes” assimetrias na construção da Sociedade da Informação em Portugal, com o Algarve a destronar o Norte na terceira posição do ranking digital, de acordo com o Índice Digital Regional (IDR) 2023, elaborado pela Universidade do Minho.

Depois de tantos anos e de muitos milhões de euros de Fundos Estruturais aplicados na coesão e na convergência territoriais; depois de tantos alertas e reflexões coletivos para a necessidade de um maior equilíbrio e equidade no desenvolvimento regional, a verdade é que, em aspetos tão relevantes que caracterizam a Sociedade da Informação, as assimetrias regionais vão persistindo e até, em alguns casos, vão-se agravando”, afirma Luís Miguel Ferreira, coautor do estudo do IDR, ao ECO/Local Online.

Também se regista uma queda do Alentejo para a sexta posição, sendo ultrapassado pela Região Autónoma da Madeira, que sobe para o quinto lugar. Já a Área Metropolitana de Lisboa (AML) continua a liderar a uma grande distância das restantes regiões do país, seguida do Centro, de acordo com o mesmo estudo. A última posição é ocupada pela Região Autónoma dos Açores, tal como aconteceu nas cinco edições anteriores do IDR.

Em aspetos tão relevantes que caracterizam a Sociedade da Informação, as assimetrias regionais vão persistindo e até, em alguns casos, vão-se agravando.

Luís Miguel Ferreira

Coautor do estudo do Índice Digital Regional 2023 da Universidade do Minho

“A AML, face à média das regiões NUTS II portuguesas, continua a registar um desempenho de enorme supremacia, evidenciando as significativas assimetrias regionais na construção da Sociedade de Informação em Portugal, ainda que a distância tenha vindo a diminuir com pouca expressão”, refere este investigador do Gávea – Observatório da Sociedade da Informação da Universidade do Minho.

Tal como se pode verificar, a única região que regista uma queda na pontuação final em relação à edição anterior foi a região do Alentejo (-9,6%). As restantes regiões registaram subidas: a maior foi protagonizada pelo Algarve (+44,3%), seguido da RA Madeira (+40,3,%), RA Açores (+39,4%), Norte (+17,4%), Centro (+13,4%) e AM Lisboa (+8,7%), a única região com uma subida abaixo da média nacional de 13,1%.

Nos quatro subíndices que constituem o IDR (contexto, infraestrutura, utilização e impacto), a AML posiciona-se sempre na liderança — tendência verificada desde a primeira edição do índice. Pela primeira vez, a região do Algarve supera a AML no subíndice infraestrutura” e ultrapassa a média nacional no subíndice utilização, de acordo com este estudo. É precisamente neste subíndice que se verifica a maior variação de posicionamento com a região do Alentejo a cair três posições.

Índice Digital Regional (IDR) 2023 publicado pela Universidade do Minho
Índice Digital Regional (IDR) 2023 publicado pela Universidade do Minho19 junho, 2023

Ainda assim, a AML é a única região do país a registar um desempenho acima da média nacional nos subíndices contexto e impacto.

Luís Miguel Ferreira assinala que “continua a verificar-se uma tendência de grande distanciamento da região da Área Metropolitana de Lisboa em relação às restantes regiões portuguesas, o que confirma a crónica existência de enormes assimetrias regionais na construção da Sociedade da Informação em Portugal, tal como acontece, aliás, noutras áreas do desenvolvimento do nosso país”.

O IDR é um instrumento criado pela Universidade do Minho através do Gávea – Observatório da Sociedade da Informação, no âmbito do doutoramento de Luís Miguel Ferreira, sob a orientação do Professor Luís Amaral. Visa “compreender a realidade da Sociedade da Informação nas sete regiões NUTS II portuguesas, comparando-as e contrastando-as“, detalha o investigador.

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Viseu Dão Lafões quer atrair mais visitantes ao território no verão

  • Lusa
  • 19 Junho 2024

Com o mote "Viseu Dão Lafões, é onde apetece estar", o objetivo é atrair milhares de turistas ao território. A campanha será levada ao festival de verão NOS Alive, em Lisboa.

Gastronomia e vinhos, termalismo e turismo de natureza são alguns dos chamarizes usados pela Comunidade Intermunicipal (CIM) Viseu Dão Lafões para atrair portugueses e estrangeiros a este território durante o próximo verão.

Com o mote “Viseu Dão Lafões, é onde apetece estar”, a campanha apresentada esta quarta-feira pela CIM pretende mobilizar milhares de pessoas para visitarem e conhecerem o território, com uma aposta especial nos jovens.

Nesse âmbito, a campanha será levada ao festival de verão NOS Alive, no Passeio Marítimo de Algés, em Lisboa, e estará “muito assente nas redes sociais, no digital”, explicou aos jornalistas o secretário executivo da CIM, Nuno Martinho.

“O NOS Alive é um festival que tem uma atração mediática muito grande. São mais de 210 mil pessoas em três dias, de mais de 90 nacionalidades”, frisou o responsável, acrescentando que, além da divulgação feita num stand, as ofertas da região serão também mostradas nos ecrãs antes de cada espetáculo.

Outra novidade da campanha de verão é o lançamento de uma aplicação móvel que incluirá toda a oferta turística presente no sítio da Internet Visit Viseu Dão Lafões.

“Temos todas as condições para que, no verão, todos os caminhos venham dar a Viseu Dão Lafões”, considerou Nuno Martinho, acrescentando que as expectativas são boas, até porque a região já ultrapassou o número de dormidas comparativamente ao ano antes da pandemia da Covid-19.

Temos todas as condições para que, no verão, todos os caminhos venham dar a Viseu Dão Lafões.

Nuno Martinho

Secretário executivo da Comunidade Intermunicipal (CIM) Viseu Dão Lafões

Segundo o secretário executivo da CIM, no último ano foram inaugurados na região seis hotéis, “quase todos de quatro e cinco estrelas“, notando-se “uma pujança muito grande em todos os concelhos” também no que respeita a projetos de alojamento local, de turismo em espaço rural e de restauração.

O responsável avançou aos jornalistas que a CIM está a trabalhar “numa plataforma analítica de inteligência territorial” que, futuramente, permitirá saber que tipo de turistas frequenta a região Viseu Dão Lafões, o seu nível etário, nacionalidade e o dinheiro que gasta.

Nuno Martinho sublinhou ainda que a estratégia da CIM para o verão assenta “sempre numa lógica de complementaridade e nunca numa lógica de sobreposição”, para que haja ganhos de escala e os turistas possam circular entre os vários concelhos.

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Instituto de Gestão Financeira da Educação “alvo de fraude” de 2,5 milhões. Presidente pede a demissão

Em causa, três transferências bancárias do IGeFE para pagar a uma empresa de serviços informáticos, tendo as verbas sido transferidas para o IBAN de outra entidade. Presidente demitiu-se.

O presidente do conselho diretivo do Instituto de Gestão Financeira da Educação (IGeFE), José Manuel Passos, apresentou esta quarta-feira a demissão, na sequência de uma “fraude que envolve a transferência de verbas que ascendem a 2,5 milhões de euros”, que já está a ser investigada pelas autoridades, anunciou o Ministério da Educação, Ciência e Inovação. O pedido já foi aceite pelo ministro da tutela, Fernando Alexandre.

Em causa estão “três transferências bancárias” feitas este mês para “pagamento a uma empresa que presta serviços informáticos, tendo as verbas sido transferidas para um IBAN de uma outra entidade”, explica o Ministério num comunicado. “Tendo-se apercebido que a empresa que tinha prestado os serviços não estava a receber os pagamentos, o IGeFE apresentou de imediato uma denúncia à Polícia Judiciária, que se encontra a investigar o caso”, acrescenta.

Perante este caso, e para “preservar a credibilidade e prestígio institucional” do IGeFE, o presidente do conselho diretivo apresentou esta quarta-feira a sua demissão ao ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre, que já foi aceite. “Foram ainda afastados outros dirigentes com responsabilidades neste processo”, indica a referida nota.

O IGeFE tem por missão garantir a programação, a gestão financeira e o planeamento estratégico e operacional do Ministério da Educação. Licenciado em economia pelo Instituto Superior de Economia da Universidade Técnica de Lisboa, mestre em Matemática Aplicada à Economia e à Gestão pelo Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade Técnica de Lisboa e doutorado Economia pela Universidade de Bristol, José Manuel Passos dirigia este instituto desde 2013, altura em que tinha a designação de Direção-Geral de Planeamento e Gestão Financeira.

Até à nomeação de um novo presidente do conselho diretivo do instituto, “mantêm-se em funções o vice-presidente e o vogal”, acrescenta o Governo, indicando ainda que o ministro Fernando Alexandre “ordenou a abertura de um inquérito interno”.

Não se conhecem mais detalhes sobre a alegada “fraude” divulgada pelo Ministério da Educação. Mas, em abril, o Centro Nacional de Cibersegurança (CNCS) alertou que está em curso em Portugal uma campanha fraudulenta em que os burlões solicitam pagamentos às organizações, “fazendo-se passar”, por exemplo, pelo diretor executivo ou por um fornecedor, com “pedidos, tipicamente, de natureza financeira a colaboradores”.

(Notícia atualizada às 19h52 para referir que o presidente demissionário já desempenhava a função de diretor na antiga Direção-Geral de Planeamento e Gestão Financeira desde 2013)

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Diogo Costa, guarda-redes da seleção, é agora embaixador da BMcar

  • + M
  • 19 Junho 2024

Diogo Costa, guarda-redes da seleção nacional de futebol e do Futebol Clube do Porto, assinou enquanto embaixador da BMcar.

A BMcar, concessionária das marcas BMW e MINI, apostou em Diogo Costa, guarda-redes da seleção nacional de futebol, enquanto seu embaixador.

“Estamos extremamente satisfeitos por ter o Diogo Costa como nosso embaixador. O Diogo não é apenas um atleta de excelência, mas também uma pessoa que espelha os valores que a BMcar tanto preza. A sua dedicação e paixão pelo que faz são evidentes em cada jogo e treino, e essas são qualidades que admiramos profundamente”, diz Pedro Rodrigues, CEO da BMcar, citado em comunicado.

Estamos confiantes de que será uma excelente representação dos nossos valores e estamos ansiosos para ver esta parceria crescer e prosperar“, acrescenta.

Já Diogo Costa, que é também responsável por defender a baliza do Futebol Clube do Porto, refere que é com “enorme orgulho” que aceitou o desafio do concessionário das marcas do BMW Group para ser seu embaixador e assinar contrato com a equipa da BMcar.

Tenho uma grande paixão por automóveis e aprecio a qualidade e inovação que a BMcar oferece. É uma das melhores referências a nível nacional e estou entusiasmado por representar uma marca que partilha os mesmos valores de excelência e dedicação”, diz o internacional português.

Recentemente, o selecionador nacional, Roberto Martínez, também alinhou enquanto embaixador da Carclasse.

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Governo quer rever contrato de concessão da RTP. Ministro defende “modernização tecnológica” da Lusa

  • Lusa
  • 19 Junho 2024

Pedro Duarte disse que existe a "intenção" de rever o contrato de concessão da RTP, "atrasado há muitos anos". O governante defendeu também que o Estado deve ser "inequivocamente maioritário" na Lusa.

O ministro dos Assuntos Parlamentares disse esta quarta-feira que é uma “RTP para o futuro” que quer ajudar a construir, nomeadamente com a revisão do Contrato de Concessão, preparada para “a terceira e quarta década do século XXI“. Pedro Duarte falava na comissão parlamentar de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto, no âmbito da audição regimental.

A nível da RTP “temos a intenção de renovar, rever o Contrato de Concessão de Serviço Público, algo que está atrasado há muitos anos“, apontou. “O mundo em 2015 era muito diferente do que é hoje”, sublinhou o governante, já que, por exemplo, os hábitos de consumo das novas gerações se alterou profundamente durante este período.

Esta revisão é o instrumento “que temos no Governo para impulsionarmos que a RTP dê um salto de modernização e de atualização para os tempos em que vivemos”.

Nesse sentido, “o que nós queremos e vai ser a nossa ferramenta com o Contrato de Concessão, é termos uma RTP de facto para a terceira e quarta década do século XXI. É uma RTP para o futuro que queremos ajudar a construir”, concluiu o governante.

Já sobre a Lusa, Pedro Duarte defendeu que “há necessidade de modernização tecnológica”, à semelhança do que acontece no setor, acrescentando que o Estado deve ser “inequivocamente maioritário” na estrutura acionista da agência de notícias.

O governante elencou alguns princípios, destacando o primeiro: “Queremos uma Lusa em que o Estado seja inequivocamente majoritário no seu capital“.

O ministro salientou que não há mais nenhuma agência de notícias em Portugal e “aí o Estado tem de estar”, trata-se do “último reduto” perante as ameaças que hoje existem em termos de desinformação, informações que não são corretas e rigorosas.

O Estado tem de garantir que há uma agência de notícias nacional“, a qual tem uma “credibilidade muito grande”, o que se traduz num “ativo excelente, tal como a RTP“, que é preciso “preservar e potenciar”, prosseguiu.

Além disso, “há uma necessidade de modernização tecnológica, é uma necessidade“, e a “Lusa não é diferente” em termos de precisar disso, afirmou Pedro Duarte. “Também vamos ter que olhar para esta vertente”, rematou.

Também segundo declarações do ministro citadas num comunicado do Sindicato de Jornalistas divulgado esta quarta-feira, Pedro Duarte considera a compra das ações da Lusa detidas pela Global Media Group (GMG) “uma prioridade absoluta”, mas alerta que o Estado “não pode pagar mais do que o preço justo”.

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Plano de ação de apoio aos media estará fechado “até final do ano”, diz Pedro Duarte

  • Lusa
  • 19 Junho 2024

"Temos intenção de ter esse plano de ação nos próximos meses preparado para ser discutido e apresentado publicamente", afirmou o ministro dos Assuntos Parlamentares.

O ministro dos Assuntos Parlamentares afirmou esta quarta-feira que o plano de ação de apoio aos media estará fechado “até ao final do ano” e admitiu que no caso da questão acionista da Lusa poderá haver “novidades nas próximas semanas”.

Pedro Duarte falava na comissão parlamentar de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto, no âmbito da audição regimental. Questionado sobre quando é que terá pronto o plano de ação de apoio aos media, o governante foi perentório: “Sendo prudentes, queremos ter o plano fechado até ao final do ano“.

O Governo não quer um documento fechado, mas que seja diversificado, sendo que Pedro Duarte admitiu que o plano até pode ficar preparado antes do final do ano.

O ministro afirmou que o plano vai ter medidas “de caráter muito diversificado” para poder ser eficaz e será apresentado nos “próximos meses”. “Vamos apresentar um plano de ação (…) de apoio aos media, acho que precisamos de ter um plano desta natureza”, disse o governante, na sua intervenção inicial, referindo estar numa “fase muita intensa” de ouvir todos os intervenientes do setor.

Essencialmente a ouvir todos os agentes do mercado, desde os próprios órgãos de comunicação social e a sua gestão aos jornalistas através dos seus representantes” e às entidades representativas do setor de várias naturezas, quer local e regional, incluindo os media tutelados pelo Estado como a RTP e a Lusa.

“Temos recolhido muitos contributos e estamos a trabalhar nestas medidas que vão ser de caráter muito diversificado” porque é um plano que tem de “atuar por várias áreas para poder ser eficaz“, sublinhou.

E “temos intenção de ter esse plano de ação nos próximos meses preparado para ser discutido e apresentado publicamente”, rematou.

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