Claudio Sforza nomeado novo presidente executivo do Grupo Benetton

  • Lusa
  • 19 Junho 2024

Claudio Sforza terá a difícil tarefa de reequilibrar as contas e substituir Massimo Renon, que tem sido publicamente criticado pelo cofundador Luciano Benetton.

Os acionistas do Grupo Benetton nomearam, em assembleia-geral, o novo Conselho de Administração composto por Christian Coco, como presidente, Andrea Pezzangora e Claudio Sforza, órgão que depois escolheu este último para presidente executivo da empresa, foi hoje anunciado.

Claudio Sforza terá a difícil tarefa de reequilibrar as contas e substituir Massimo Renon, que tem sido publicamente criticado pelo cofundador Luciano Benetton, disseram fontes próximas da empresa à Afp.

As mesmas fontes referem que Sforza, um “gestor com reconhecida experiência financeira e industrial”, terá a pesada tarefa de “gerir a reorganização e o relançamento da empresa”.

Nascido em 1957, o novo presidente executivo (CEO) ocupou cargos de direção em vários grandes grupos italianos. Foi diretor-geral da empresa de jogos Gamenet e diretor financeiro do grupo de serviços postais Poste Italiane.

Luciano Benetton, de 89 anos, anunciou em 25 de maio a intenção de abandonar o cargo de presidente do grupo familiar italiano, acusando o seu diretor executivo de deixar “um buraco de 100 milhões de euros” após quatro anos à frente da famosa marca de vestuário.

No entanto, os números adotados pelo Conselho de Administração da Benetton em 28 de maio revelaram-se ainda piores do que as previsões.

A Benetton viu o seu prejuízo líquido quase triplicar para 230 milhões de euros em 2023, depois de 81 milhões de euros já negativos em 2022. Este resultado deve-se, em particular, a perdas por imparidade de 150 milhões de euros.

Desde 2013, a Benetton acumulou perdas de mais de 1.000 milhões de euros. As vendas da Benetton foram de 1.090 milhões de euros, praticamente inalteradas em relação a 2022. O grupo também registou um prejuízo operacional (Ebit) de 113 milhões de euros.

A holding familiar Edizione pretende apoiar “o plano de reorganização e recuperação do Grupo Benetton, investindo 260 milhões de euros nos próximos anos”, tendo já investido 350 milhões de euros nos três anos anteriores.

Em 25 de maio, Luciano Benetton criticou Renon por ter arruinado as contas do grupo.

“Confiei nele e enganei-me. Fui traído no verdadeiro sentido da palavra. Há alguns meses, apercebi-me de que algo estava errado e que a imagem do grupo que a direção nos apresentava nas reuniões do Conselho de Administração não era real”, declarou numa entrevista ao Corriere della Sera.

Fundada em 1965, no nordeste de Itália, por quatro irmãos e uma irmã, a Benetton era inicialmente conhecida pelos seus macacões de lã macios e de cores variadas.

O sucesso da marca “United Colors of Benetton” foi crescendo, atingindo proporções mundiais entre 1982 e 2000 com as impressionantes campanhas publicitárias do fotógrafo Oliviero Toscani.

Mas a marca passou depois por momentos mais difíceis e continuou a declinar, por não ter conseguido inovar face à “fast fashion”, uma tendência marcada pela rápida renovação das roupas.

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Turismo do Porto e Norte prevê crescimento no verão mas com abrandamento face a 2023

  • Lusa
  • 19 Junho 2024

Luís Pedro Martins acredita que, apesar das guerras e das crises económicas, o turismo vai continuar a crescer em termos de hóspedes e de dormidas no verão, mas não ao mesmo ritmo de 2023.

O presidente da Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP), Luís Pedro Martins, avançou esta quarta-feira à Lusa que o turismo na região deverá continuar a crescer este verão, mas com abrandamento face a 2023.

Em entrevista telefónica à agência Lusa, o presidente da TPNP, Luís Pedro Martins, disse acreditar que, apesar das guerras e das crises económicas vividas no mundo, o turismo vá continuar a crescer em termos de hóspedes e de dormidas no verão, que começa na quinta-feira, mas salvaguarda que não será ao ritmo de 2023.

“Apesar das circunstâncias aparentemente continuarem a não ser as mais favoráveis, a verdade é que a nossa perspetiva é de continuar a crescer. Eventualmente não ao ritmo de anos anteriores, nomeadamente do último ano [2023], em que crescemos cerca de 15% nos vários indicadores. Provavelmente, agora com um crescimento [percentual] menor em número de hóspedes e em número de dormidas, mas a perspetiva é a de continuarmos a crescer”, declarou.

O presidente da TPNP acrescentou que, para este ano, prevê que a região Norte ultrapasse a barreira dos 7,5 milhões de hóspedes. “Queremos passar agora em 2024 a barreira dos sete milhões de hóspedes. Na verdade, gostaríamos de a passar pelo menos em meio milhão de hóspedes”, disse, acrescentando que também espera que seja ultrapassada a barreira dos “13 milhões de dormidas de forma confortável” e que, acima de tudo, aumentem os proveitos”.

Para crescer em proveitos, o presidente da TPNP referiu que é preciso que a região Norte continua a crescer em mercados estratégicos de alto rendimento, que estão associados a mercados de longa distância, como por exemplo o “mercado americano”, o “mercado canadiano” e o “mercado brasileiro”. Dados do primeiro quadrimestre de 2024 indicam que a região continua a crescer nos mercados dos EUA e Canadá (ambos acima dos 25%), bem como no mercado Brasil.

Em declarações à Lusa, fonte oficial do Hotel The Yeatman, localizado em Vila Nova de Gaia (Porto), avançou esta quarta-feira que as previsões de ocupação para os meses de julho e agosto estão “em linha com 2023”. No caso de setembro, as previsões são boas estando muito acima das do ano anterior.

Do mesmo grupo hoteleiro do The Yeatman, na unidade no Douro, o The Vintage House, as previsões para os meses de julho e agosto apresentam-se “ligeiramente abaixo comparativamente com a ocupação homóloga”. Em setembro, mês em que tradicionalmente ocorre a vindima, a procura “já superou as expectativas” e, comparativamente, ao ano de 2023, os “números apresentam-se muito acima” para o mês homólogo de 2024.

No Hotel Neya Porto, as taxas de ocupação estão acima de 85% para os meses de junho, julho, agosto e setembro, confirmou esta quarta-feira fonte daquela unidade hoteleira. “Comparativamente ao ano de 2023, não sentimos oscilação na procura e as perspetivas são de uma temporada melhor que a do verão passado. Ainda que não impacte naqueles que são os resultados esperados, percebemos que os clientes estão a fazer as suas reservas um pouco mais last minute (última hora) do que no ano passado”, disse a diretora de operações no Neya Porto Hotel.

Segundo Cláudia Abreu, uma das justificações para uma taxa de ocupação acima dos 85% será o “conceito diferenciador de sustentabilidade, mas também com a “localização privilegiada em pleno coração da cidade” e outras comodidades.

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Excedente externo da economia portuguesa sobe para 3.300 milhões até abril

  • Lusa
  • 19 Junho 2024

O aumento da capacidade de financiamento da economia portuguesa nos primeiros quatro meses de 2024 levou a um saldo positivo da balança financeira de 3.283 milhões de euros, revela ainda o BdP.

A economia portuguesa apresentou um excedente externo de 3.300 milhões de euros até abril, o que compara com o excedente de 500 milhões de euros do mesmo período de 2023, divulgou esta quarta-feira o Banco de Portugal (BdP).

Segundo o banco central, esta evolução reflete a diminuição em 463 milhões de euros do défice da balança de bens, para o qual contribuiu tanto o aumento das exportações (em 237 milhões de euros ou 0,9%) como a diminuição das importações (em -227 milhões de euros ou -0,7%) e o aumento do excedente da balança de serviços, de 827 milhões de euros, justificado sobretudo pelo incremento de 660 milhões de euros do saldo de viagens e turismo.

O excedente externo até abril resultou ainda da diminuição do défice da balança de rendimento primário (de 1.437 milhões de euros, devido tanto à maior atribuição aos beneficiários finais de fundos recebidos da União Europeia na forma de subsídios como ao aumento dos rendimentos de investimento recebidos do exterior), da diminuição do excedente da balança de rendimento secundário (de 119 milhões de euros) e do aumento do excedente da balança de capital (de 195 milhões de euros), devido principalmente a uma maior atribuição aos beneficiários finais de fundos recebidos da União Europeia com vista ao investimento.

O aumento da capacidade de financiamento da economia portuguesa nos primeiros quatro meses de 2024 levou a um saldo positivo da balança financeira de 3.283 milhões de euros.

Este saldo refletiu o aumento dos ativos financeiros sobre o exterior, de 17.160 milhões de euros, “resultante maioritariamente do investimento de bancos e das administrações públicas em títulos de dívida emitidos por não residentes (6.751 e 3.416 milhões de euros, respetivamente), do aumento de ativos em numerário e depósitos do banco central e de bancos (1.056 e 1.007 milhões de euros, respetivamente), e ainda do acréscimo dos empréstimos concedidos por sociedades não financeiras a entidades intragrupo não residentes (2.019 milhões de euros)”.

Traduziu ainda o crescimento dos passivos, de 13.877 milhões de euros, “devido, sobretudo, ao aumento de títulos de dívida detidos por não residentes, emitidos pelas administrações públicas e pelos bancos (8.683 e 2.699 milhões de euros, respetivamente), aos empréstimos obtidos pelas administrações públicas (2.029 milhões de euros), ao aumento dos depósitos de não residentes nos bancos nacionais (3.488 milhões de euros), e ao investimento direto em instrumentos de capital de sociedades não financeiras (2.452 milhões de euros).

Estes aumentos foram parcialmente compensados pela redução dos passivos em depósitos do banco central (4.666 milhões de euros).

Até abril, os setores que mais contribuíram para a variação positiva dos ativos líquidos de Portugal perante o resto do mundo foram o banco central (4.055 milhões de euros), as outras instituições financeiras monetárias (1.368 milhões de euros), as sociedades de seguros e fundos de pensões (954 milhões de euros), as sociedades não financeiras (704 milhões de euros), as instituições financeiras não monetárias exceto sociedades de seguros e fundos de pensões (562 milhões de euros) e os particulares (419 milhões de euros).

Já as administrações públicas apresentaram variações negativas dos seus ativos líquidos, de 4.779 milhões de euros. Considerando apenas o mês de abril, o saldo das balanças corrente e de capital foi de 1.089 milhões de euros, o que corresponde a um aumento de 1.205 milhões de euros face ao período homólogo, detalha o BdP.

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Comissão Europeia apresenta orçamento de 199,7 mil milhões para a UE em 2025

  • Lusa
  • 19 Junho 2024

A Comissão Europeia propôs um orçamento anual da União Europeia de 199,7 mil milhões de euros para 2025, com a maior fatia (53,8 mil milhões) para a Política Agrícola Comum.

A Comissão Europeia propôs esta quarta-feira um orçamento anual da União Europeia (UE) de 199,7 mil milhões de euros para 2025, com a maior fatia (53,8 mil milhões) para a Política Agrícola Comum (PAC).

O orçamento proposto será complementado por um montante estimado em 72 mil milhões de euros de desembolsos ao abrigo do NextGenerationEU, um instrumento financeiro criado na sequência da pandemia da Covid-19.

Segundo um comunicado do executivo comunitário, os maiores compromissos de despesa são destinados a prioridades como a PAC, com uma verba de 53,8 mil milhões de euros, a que acrescem 900 milhões para o fundo das pescas, para ajudar o setor a gerir a crise em que se encontra, seguindo-se um montante de 49,2 mil milhões de euros para o desenvolvimento regional e coesão.

A ajuda externa, nomeadamente as políticas de vizinhança e de desenvolvimento, deverão receber 16,3 mil milhões de euros, sendo uma parcela de 1,9 mil milhões de euros destinada a ajuda humanitária.

Para auxiliar a Ucrânia, estão destinados mais 4,3 mil milhões de euros em subvenções, complementados por 10,9 mil milhões de euros em empréstimos.

No que respeita à política de migrações, o executivo comunitário propõe uma verba de 2,7 mil milhões de euros para proteção das fronteiras externas e outra de 2,1 mil milhões de euros destinados a ajudar migrantes e requerentes de asilo na UE.

A dotação financeira hoje apresentada inclui as alterações previstas na revisão intercalar do Quadro Financeiro Plurianual (QFP) 2021-2027, em fevereiro de 2024 e tem de ser aprovada até ao final do ano.

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Novobanco e Serralves regressam com prémio de fotografia contemporânea “novobanco Revelação”

  • + M
  • 19 Junho 2024

O prémio atribuído divide-se entre o valor pecuniário e uma exposição no Museu de Serralves. Será também editada por Serralves uma publicação monográfica sobre o trabalho vencedor.

Depois do interregno provocado pela pandemia, o novobanco e a Fundação de Serralves retomaram a parceria com o lançamento de uma nova edição do prémio de fotografia contemporânea “novobanco Revelação”.

Esta que é a 16.ª edição do concurso e que visa “incentivar a criação artística de jovens talentos que se dedicam à fotografia“, conta com algumas mudanças “que contribuem para a sua internacionalização e melhor adequação à realidade, considerando as tendências recentes que têm vindo a marcar este tipo de prémios”, refere-se em nota de imprensa.

Neste sentido, o artista vencedor é agora diretamente selecionado pela direção artística do Museu de Serralves, composta Philippe Vergne (diretor)), Inês Grosso (curadora-chefe) e Ricardo Nicolau (curador e adjunto da direção).

Esta seleção é feita “tendo em conta as práticas fotográficas mais inovadoras em Portugal e internacionalmente, partindo de vários portfolios de jovens fotógrafos assinalados por artistas e académicos ligados à fotografia, e alternando, a cada edição, entre um nome nacional e um estrangeiro”, refere-se em nota de imprensa.

O prémio atribuído divide-se entre o valor pecuniário e uma exposição no Museu de Serralves, na qual o artista escolhido terá oportunidade de apresentar um projeto inédito, contando com o apoio das equipas do novobanco e do Museu de Serralves, em termos de planeamento, produção e comunicação.

Será também editada por Serralves uma publicação monográfica sobre o trabalho apresentado do artista vencedor, naquela que pretende ser uma nova série de livros associada ao prémio.

“A implementação de uma iniciativa global de arte contemporânea com o objetivo de descobrir, reconhecer e apoiar uma nova geração de artistas que trabalham com fotografia, confirma a vocação de Serralves para revelar artistas portugueses e internacionais com o mesmo destaque e visibilidade”, lê-se em nota de imprensa.

Para o novobanco, a Fotografia é um dos pilares estratégicos do seu compromisso cultural para com a sociedade, promovendo e partilhando atividades e patrimónios culturais de forma transversal, bem como incrementando a criação artística, em particular na fotografia“, refere-se na mesma nota.

A instituição bancária tem “uma das mais importantes coleções corporativas de arte contemporânea do mundo”, disponível para visita ao público, composta por mais de mil obras de 300 artistas de várias gerações e nacionalidades.

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Ex-diretor da indiana Tata Steel é o novo CEO da Cimpor Portugal

Cevat Mert tem um envelope de 270 milhões de euros até 2030 para fazer investimentos de caráter ambiental e responsabilidade social, com vista a atingir a neutralidade carbónica até 2050.

Cevat Mert, novo CEO da Cimpor para Portugal e Cabo Verde

A Cimpor tem um novo CEO. A cimenteira, que foi comprada este ano pela Taiwan Cement Corporation, apontou Cevat Mert, antigo diretor comercial da indiana Tata Steel para a Europa Central e Oriental, como o novo líder para Portugal e Cabo Verde.

Cevat Mert ficará responsável por prosseguir prosseguir os esforços da empresa para responder às exigências de sustentabilidade do setor, tendo um envelope de 270 milhões de euros até 2030 para investimentos com objetivo de atingir a neutralidade carbónica até 2050.

Cevat Mert é formado em Engenharia e “conta com uma destacada experiência internacional”, refere a Cimpor em comunicado enviado às redações. O novo líder do negócio da Cimpor em Portugal conta com uma experiência de mais de 24 anos na Tata Steel Europe, onde ocupava até agora o cargo de diretor comercial para a Europa Central e Oriental, em Londres.

A cimenteira destaca que o novo CEO “junta-se à Cimpor Portugal e Cabo Verde num momento marcado pelo crescimento do grupo a nível internacional e pela adaptação às exigências de sustentabilidade do setor”, refere o mesmo documento.

Segundo a Cimpor, a nomeação de Cevat Mert “é um importante passo para dar continuidade à execução do Plano Estratégico da Cimpor que tem por objetivo atingir a neutralidade carbónica até 2050, apoiado numa série de investimentos de caráter ambiental e responsabilidade social que somarão até 2030, 270 milhões de euros”.

Dos investimentos anunciados contam-se, entre outros, a substituição de combustíveis fósseis por uma variedade de combustíveis alternativos, a reconversão de linhas de produção para uma maior aposta em argilas calcinadas e o recurso a energia fotovoltaica.

A atualização das fábricas da Cimpor é uma “estratégia indispensável”, com a empresa a destacar o investimento de 121 milhões na fábrica de Alhandra, anunciado em maio deste ano, e que, através da modernização de infraestruturas como fornos e moinhos, bem como da aposta na utilização de energias renováveis, permitirá agilizar processos e reduzir significativamente o impacto da sua atividade.

“É fundamental caminhar rumo à sustentabilidade sem esquecer o papel que a Cimpor tem a nível nacional em termos de impacto económico e de criação de emprego. O nosso objetivo é diminuir a nossa pegada ambiental enquanto reforçamos o papel participativo da Cimpor nas comunidades locais em torno dos nossos centros e no envolvimento em projetos de responsabilidade social que beneficiam diretamente as regiões em que nos encontramos”, explica o novo CEO Cevat Mert.

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Cortes previstos na agricultura biológica serão pagos integralmente em julho

Até ao fim do mês de junho será pago um valor suplementar de 30 milhões na ajuda ao rendimento base dos agricultores, onde cada beneficiário receberá mais cerca de 11% face ao previsto.

O Ministério da Agricultura e Pescas anunciou esta quarta-feira que os cortes que estavam projetados na agricultura biológica e na produção integrada serão pagos em julho, com verbas do Orçamento do Estado.

“Nos pagamentos de junho, no ecorregime agricultura biológica, em vez do corte de 35% inicialmente anunciado, haverá uma redução do corte para 21,5%”, anunciou o ministério liderado por José Manuel Fernandes. “Na produção integrada o corte de 25% será reduzido para 13,5%”. Depois, “em julho, os cortes serão integralmente compensados através de auxílios de Estado”, acrescenta a mesma nota.

“Até ao fim do mês de junho será ainda pago um valor suplementar de 30 milhões de euros na ajuda ao rendimento base dos agricultores, onde cada beneficiário receberá mais cerca de 11% em relação ao que estava previsto”, revela ainda o Ministério da Agricultura, especificando que esta medida abrange mais de 74 mil beneficiários.

Os agricultores sofreram um corte de 35% nos apoios às medidas agroambientais porque o Governo de António Costa inscreveu uma área muito pequena para reconversão da agricultura normal em biológica, no âmbito do Plano Estratégico da Política Agrícola Comum (PEPAC). A ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes inscreveu no PEPAC apenas dez mil hectares para área de reconversão para agricultura biológica. Uma redução que os agricultores classificaram como drástica e incompreensível, já que, anteriormente, a área prevista era de 460 mil hectares.

A Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) na altura denunciou os erros de programação e alertou para a necessidade de o Governo alterar a proposta feita.

O Ministério da Economia avança ainda que os pagamentos referentes ao Pedido Único de 2023 estão “a ser executados conforme o calendário publicado pelo IFAP”. “Foi possível antecipar parte do pagamento associado dos cereais que foram pagos em maio quando inicialmente estavam previstos para junho”, acrescenta o mesmo comunicado.

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Empresa de outsourcing está a recrutar 400 trabalhadores com “competências linguísticas”

Manpower TBO está à procura de 400 trabalhadores com "competências linguísticas". Tanto podem ser profissionais que já vivem em Portugal, como que estejam interessados em imigrar, indica empresa.

A empresa de outsourcing Manpower está a recrutar 400 trabalhadores para as áreas de revisão de conteúdos, apoio ao cliente e apoio técnico. As posições exigem fluência em idiomas como inglês, francês, alemão, espanhol e holandês, e destinam-se a quem tenha, pelo menos, o 12.º ano.

“A Manpower TBO, líder em soluções de outsourcing e BPO [business process outsoucing], tem 400 vagas disponíveis nas áreas de revisão de conteúdos, apoio ao cliente e apoio técnico. Estas posições são destinadas não só a quem já vive em Portugal, mas também a perfis que pretendam vir trabalhar para o país“, anunciou esta quarta-feira a empresa, numa nota enviada às redações.

Ou seja, estas vagas destinam-se a portugueses com competências linguísticas, imigrantes que queiram vir para Portugal ou até emigrantes que queiram regressar ao país, detalha a Manpower, que acrescenta que os candidatos devem ter interesse em comunicação, redes sociais, Internet, novas tecnologias ou gaming.

Importa explicar que os profissionais que foram selecionados terão formação inicial, para que “possam adquirir ou desenvolver as suas competências digitais“.

“Num momento em que o setor tecnológico se encontra em forte e constante crescimento, estas vagas possibilitam aos candidatos posicionarem-se na fronteira da inovação digital, embarcando numa carreira com alcance internacional e integrando uma equipa multicultural e global“, sublinha a Manpower.

De notar ainda que os profissionais escolhidos “serão integrados em operações consolidadas, no serviço a multinacionais tecnológicas, comprometidas com iniciativas de ESG, e que contam com mais de 300.000 trabalhadores em mais de 40 países”. As posições poderão ser desempenhadas em Braga ou no Porto, sendo que algumas funções poderão ser exercidas em regime remoto.

As candidaturas podem ser feitas online.

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IL quer auditoria transversal da IGF a todas as saídas com indemnização no Estado

A Iniciativa Liberal vai apresentar uma resolução no Parlamento a recomendar ao Governo uma auditoria às indemnizações pagas a dirigentes no setor empresarial do Estado nas últimas duas décadas.

A Iniciativa Liberal vai apresentar uma resolução no Parlamento a solicitar ao Governo que solicite “uma auditoria abrangente da IGF que avalie todas as saídas com direito a indemnização”. Pedido surge na sequência da polémica indemnização de 79 mil euros recebida pela atual secretária de Estado da Mobilidade, Cristina Dias, quando em 2015 saiu da CP para a Autoridade da Mobilidade e Transportes.

Na exposição de motivos que acompanha o projeto de resolução, o partido começa por apontar que durante o caso da saída de Alexandra Reis da TAP foi questionado se existiriam outras situações similares, mas “não foram dados passos adicionais no sentido de averiguar realmente a quantidade e profundidade de casos em que possam ter ocorrido indemnizações dúbias ou mesmo ilegais, permanecendo uma sombra sobre estes mecanismos de compensação dos dirigentes de cargos públicos”.

Refere depois o caso de Cristina Dias. “Uma demonstração desse sentimento de desconfiança é o mais recente caso da indemnização de Cristina Pinto Dias, atual secretária de Estado da Mobilidade, atribuída em 2015 pela Comboios de Portugal (CP), onde era vice-presidente da empresa, no dia anterior à sua nomeação como vogal da Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT) e saída de funções da CP”.

A resolução visa, por isso, “solicitar à Inspeção-Geral da Finanças que realize uma auditoria transversal a toda a Administração Pública para fazer o levantamento das situações de saída de cargos de gestão pública, nos termos e desde a entrada em vigor da Lei n.º 2/2004 e do Decreto-Lei n.º 71/2007, nomeadamente, avaliando a legalidade dessas indemnizações em casos de passagem direta de um cargo de gestão pública para outro, identificando as datas, cargos, montantes, entidades e personalidades envolvidas”.

Ao contrário de todas as outras empresas, há uma situação nas empresas públicas que nos parece em tudo condenável. Os quadros da CP e eventualmente de outras empresas públicas além de receberem o seu salário ainda recebem uma espécie de PPR informal, em que quando decidem sair da empresa têm à espera umas dezenas de milhares de euros de bónus“, afirmou o deputado Carlos Guimarães Pinto em declarações aos jornalistas.

“No caso da CP foram mais de 400 pessoas a receberem este bónus na sua saída, incluindo a secretária de Estado da Mobilidade, mas precisamos de perceber se houve mais casos semelhantes noutras empresas. Nas ultimas duas décadas quantas pessoas dentro das empresas públicas saindo por mutuo acordo receberam e quanto é que receberam e se isto é uma prática reiterada”, questionou o deputado. “Se isto acontece na CP não será surpreendente que haja muito mais casos noutras empresas“, disse.

Em vez de os programas de rescisão mútua serem para poupar dinheiro ao Estado, servem para o aposto: para dar um salário adicional a quadros destas empresas. É uma forma absolutamente má de tratar os dinheiros públicos e por isso iremos pedir à IGF para perceber a dimensão destes bónus“, justificou.

Carlos Guimarães Pinto foi questionado sobre as semelhanças entre o caso de Cristina Dias e o de Alexandra Reis. “Há questões que são paralelas e outras diferentes. A questão que é paralela é que temos uma responsável política que optou por receber uma indemnização quando optou por sair de uma empresa, e que sendo legal ou não há questões éticas claras. Há uma diferença. No caso de Alexandra Reis havia um conflito com a CEO que queria que ela saísse. Neste caso nem isso. A administração não a tinha [Cristina Dias] como uma pessoa incompetente, tinha-a como pessoa competente e mesmo assim saiu por mútuo acordo”, respondeu.

O deputado da Iniciativa Liberal não defendeu a demissão da secretária de Estado, considerando que “não há questões sobre a sua competência”, mas “fica fragilizada”.

(notícia atualizada às 13h45)

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PS aponta “falta de moralidade, transparência e ética” a Cristina Dias. Caso “mais grave” que o de Alexandra Reis

Socialistas aconselham Governo a "avaliar se há condições para a senhora secretária de Estado [da Mobilidade] se manter em funções, para se manter a gerir dinheiros públicos".

O PS considera que a saída da atual secretária de Estado da Mobilidade da CP com uma indemnização de 79 mil euros constitui um “tratamento de favor” e de questionável legalidade. Defende, por isso, que o Governo deve avaliar a continuidade de Cristina Dias no cargo.

“Penso que é o momento certo para a senhora secretário de Estado, para o senhor ministro e para o Governo por inteiro, inclusive o primeiro-ministro, avaliarem se há condições para a senhora secretária de Estado se manter em funções, para se manter a gerir dinheiros públicos e se podemos confiar na transparência, ética e moral da senhora secretária de Estado”, afirmou o deputado Pedro Coimbra, em declarações após a audição da secretária de Estado na Comissão de Economia.

“Não temos nenhuma dúvida quanto à falta de moralidade, quanto à falta de transparência e quanto à falta de ética do processo”, acrescentou. “Em pouco tempo viu-lhe atribuída uma indemnização de quase 80 mil euros, e tudo isto num processo tratado de forma muito rápida, com um conselho de administração convocado de forma extraordinária, com um pedido de indemnização deferido de forma muito rápida, sem parecer jurídico”, argumentou o deputado socialista.

“O PS levanta muitas dúvidas quanto à legalidade de todo esse processo e tem a certeza absoluta quanto ao tratamento de favor e ‘via verde’ que foi aberta para a senhora secretária de Estado receber esta indemnização em tempo recorde”, acrescentou.

Cristina Dias rejeitou qualquer favorecimento durante a audição que decorreu esta manhã. “Abdiquei de um emprego seguro e de uma carreira na CP de 18 anos para um mandato único e irrepetível numa entidade reguladora”, apontou. Garantiu também que o seu processo de saída e a indemnização que recebeu seguiram os trâmites normais na empresa.

“A minha saída dos quadros da CP era obrigatória por lei. Não havia figura de licença sem vencimento. Apenas um mecanismo de saída voluntária”, sublinhou. O acordo de saída “não correspondeu a negociação entre a CP e a técnica [Cristina Dias] ou entre o Governo e a técnica”, garantiu, acrescentando que seguiu “um processo análogo ao de outras centenas de trabalhadores” da empresa de comboios. “Não houve negociação, não houve regatear, o valor [da indemnização] decorre de uma tabela de Excel que existia desde 2010 e o cálculo foi automático”, disse.

A secretária de Estado da Mobilidade vincou ainda que na Autoridade da Mobilidade e dos Transportes serviu cinco governos de PS e PSD e “nunca em momento algum” a forma como saiu da CP foi “problema ou obstáculo”, questionando a motivação do PS.

Pedro Coimbra considerou o caso de Cristina Dias mais grave do que o de Alexandra Reis, que saiu da TAP com uma indemnização bruta de 500 mil euros, que a Inspeção Geral de Finanças considerou parcialmente ilegal. O caso levou à demissão da CEO da TAP, do então ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, e da própria Alexandra Reis, que era secretária de Estado do Tesouro quando o pagamento foi noticiado.

“O caso da Alexandra Reis já foi avaliado pelos portugueses e teve consequências políticas. Este caso envolve montantes diferentes, mas tem uma gravidade maior porque aqui há uma falta de transparência e uma ‘via verde’ para atribuição de uma indemnização e um favorecimento da senhora secretária de Estado”, concluiu o deputado socialista.

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Bruxelas avisa Portugal que plano orçamental de médio prazo é para entregar em “tempo útil”

Bruxelas alerta que plano orçamental estrutural é para ser entregue a tempo e horas. Executivo comunitário avisa sobre necessidade de uma trajetória sustentável das contas públicas a médio prazo.

A Comissão Europeia recomenda que Portugal apresente o plano estrutural orçamental de médio prazo em “tempo útil” e limite o crescimento da despesa líquida em 2025 a uma taxa consistente com a colocação da dívida pública numa trajetória descendente a médio prazo.

Os avisos integram as recomendações específicas por país, divulgadas esta quarta-feira pelo executivo comunitário, associadas à avaliação dos desequilíbrios macroeconómicos dos Estados-Membros. Para 2024 e 2025, Bruxelas recomenda que Portugal apresente “o plano orçamental-estrutural de médio prazo em tempo útil”.

Para a Comissão Europeia, é essencial que, em linha com os requisitos do reformado Pacto de Estabilidade e Crescimento, o país limite “o crescimento da despesa líquida em 2025 a uma taxa consistente com a colocação da dívida das administrações públicas numa trajetória plausivelmente descendente a médio prazo e respeitando os 3% de valor de referência do Tratado sobre o défice do PIB”.

Em causa está o novo quadro das regras europeias, no qual cada Estado-Membro terá de apresentar um plano orçamental estrutural de médio prazo, com um período temporal de quatro ou cinco anos, que inclui os seus compromissos em matéria orçamental, de reformas e de investimento.

O plano deverá incluir, entre outros indicadores, a previsão de despesa líquida primária do país, que terá um peso importante na avaliação de Bruxelas, uma vez que permitirá avaliar se o país está em linha com o objetivo de redução da dívida pública e sustentabilidade das contas públicas.

A Comissão Europeia insta também Portugal a reduzir as medidas de apoio energético de emergência antes do inverno de 2024/2025, bem como melhorar a eficácia do sistema fiscal, nomeadamente reforçando a eficiência da sua administração e reduzindo os encargos administrativos associados.

Tomar medidas para garantir a sustentabilidade orçamental a médio prazo do sistema de pensões é outras das recomendações para Portugal, bem como fortalecer a capacidade de gestão administrativa dos fundo europeus, acelerar os investimentos e manter o momentum de implementação de reformas.

Neste sentido, o país deve responder “a atrasos” de forma a permitir a implementação efetiva e contínua do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), incluindo do REPower EU, assegurando as reformas e investimentos até agosto de 2026.

Para a Comissão, é ainda necessário que o país continue a apostar em medidas relativas aos riscos ambientais e às alterações climáticas, que considere a estratégia europeia para aumentar a competitividade e que aumente a capacidade da gestão hidroelétrica e de transmissão de eletricidade.

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Holding da família Mota investe quase 400 mil euros para reforçar na Mota-Engil

A Mota Gestão e Participações esteve no mercado a comprar ações da construtora nos dias 14 e 17 de junho. Aquisição ocorre num momento de fraqueza das ações, que afundam perto de 40% desde março.

A holding da família Mota investiu perto de 400 mil euros para comprar 114.500 ações da construtora, aproveitando a forte correção da empresa desde os máximos de março para reforçar a sua posição no capital.

A Mota Gestão e Participações, SGPS adquiriu um total de 114.500 ações da Mota-Engil, em duas operações realizadas nos dias 14 e 17 de junho, informou a empresa em comunicado enviado esta quarta-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

O maior lote de ações (57.500) foi comprado na sessão de 14 de junho, por um preço médio de 3,439 euros, o que perfaz um investimento de 197,7 mil euros. Os outros 57.000 títulos foram adquiridos na sessão desta segunda-feira, com um preço médio de 3,476 euros, num investimento de 198 mil euros. Entre as duas operações, a holding da família gastou 395.874,5 euros para reforçar a sua posição na construtora.

Estas compras ocorrem num momento marcado pela correção das ações, com os donos da empresa a darem um sinal de confiança na evolução dos títulos. A Mota-Engil desce 39,6% desde os máximos de 4,81 euros, registados no início de março. No acumulado do ano, a companhia nortenha perde perto de 12%, apesar de ter vindo a anunciar a adjudicação de vários contratos.

A 6 de junho anunciou um novo contrato de 135 milhões de euros no Brasil. Na divulgação de resultados do primeiro trimestre de 2024, que revelaram um crescimento de 54% para 20 milhões de euros, a Mota-Engil destacou um “novo recorde da carteira de encomendas”, com 14 mil milhões de euros. Segundo o grupo, 2,6 mil milhões de contratos foram adjudicados no primeiro trimestre deste ano, sobretudo de engenharia e construção em África.

Após a aquisição destes dois blocos de ações, a Mota Gestão e Participações, SGPS, S.A. passou a ser titular de 117.942.148 ações representativas do capital social da Mota-Engil, correspondentes a 38,45% do seu capital social.

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