Taxa de desemprego aumenta ligeiramente em maio para 6,5%
Maio trouxe uma subida de 0,1 pontos percentuais da taxa de desemprego (tanto face ao mês anterior, como em comparação com o mesmo mês de 2023). É um sinal de que o mercado continua estável.
O mercado de trabalho português continua a dar sinais de estabilidade. De acordo com os dados divulgados esta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), em maio a população empregada “manteve-se praticamente inalterada”, enquanto a taxa de desemprego aumentou muito ligeiramente.
“A taxa de desemprego situou-se em 6,5%, valor superior em 0,1 pontos percentuais ao de abril de 202 e ao de maio de 2023″, adianta o gabinete de estatísticas, no destaque publicado esta manhã.
No total, no quinto mês do ano havia 351 mil pessoas desempregadas em Portugal, mais 2,4% do que em abril e mais 3,9% do que há um ano, acrescenta o INE.
Por outro lado, a taxa de emprego fixou-se em 64,2% em maio, abaixo do verificado no mês anterior e do registado no período homólogo. Em causa estão, contudo, recuos muito ligeiros, de 0,1 pontos percentuais e 0,2 pontos percentuais, respetivamente.
Quanto ao número absoluto de indivíduos com trabalho em Portugal, o INE nota que esse universo ficou “praticamente inalterado em relação ao mês anterior”, ainda que tenha aumentado 1,3% face ao registado há um ano: no total, 5.016,6 mil pessoas tinham emprego em maio. Esse é terceiro valor mais elevado da última década, depois de depois de abril de 2024 (5 016,9 mil) e de março do mesmo ano (5 022,9 mil), realça o gabinete de estatísticas.
Com base nestas trajetórias do emprego e do desemprego, maio foi sinónimo de um aumento em cadeia e em termos homólogos da população ativa, que totalizou 5.376,6 mil indivíduos.
“No caso da população ativa, tal resultou do acréscimo da população desempregada, uma vez que a população empregada se manteve praticamente inalterada”, é explicado no destaque estatístico publicado esta manhã.
Já a população inativa (2.443,4 mil) “manteve-se praticamente inalterada em relação ao mês anterior e aumentou em relação a um ano antes (1,9%)”.
Essa estabilidade em cadeia é resultado, convém explicar, do “equilíbrio” entre o decréscimo de 5,6% dos inativos disponíveis para trabalhar, mas que não procuram emprego, o acréscimo de 0,1% dos outros inativos e a subida de 7,9% dos inativos que procuram emprego, mas não estão disponíveis para abraçar uma nova oportunidade.
O INE dá conta anda que a taxa de subutilização do trabalho situou-se em 11,1%, “o mesmo valor de abril de 2024, mas inferior ao de maio de 2023 (0,6 pontos percentuais)”.
A subutilização do trabalho agrega não só população desempregada e o subemprego de trabalhadores a tempo parcial, mas também os inativos à procura de emprego, mas não disponíveis, e os inativos disponíveis, mas que não procuram emprego.
Atualizada às 11h28
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