Morreu ex-procuradora-geral da República Joana Marques Vidal
A ex-procuradora-geral da República estava há várias semanas em coma no Hospital de São João do Porto. Tinha 68 anos.
Faleceu esta terça-feira Joana Marques Vidal aos 68 anos, avança o Observador. A ex-procuradora-geral da República estava há várias semanas em coma, após ser operada por causa de uma doença cancerígena, tendo sofrido uma septicemia, no Hospital de São João do Porto.
O corpo da antiga magistrada vai estar em câmara ardente esta quarta-feira das 14h às 22h na freguesia de Pedaçães, concelho de Águeda. As cerimónias fúnebres decorrerão em Aveiro, onde será cremada.
Nascida em Coimbra, Joana Marques Vidal iniciou o seu percurso enquanto magistrada do Ministério Público em 1979. Em 2012, o Presidente da República Aníbal Cavaco Silva nomeou-a para o cargo de procuradora-geral da República, onde permaneceu até 2018. Em novembro de 2018, iniciou funções no gabinete do Ministério Público junto do Tribunal Constitucional.
A ex-procuradora geral da República foi condecorada em outubro de 2018 pelo Presidente da República, com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Cristo.
Em comunicado, o Ministério e a ministra da Justiça lamentaram a morte da antiga magistrada. “É com profundo respeito que o Ministério da Justiça lamenta a morte de Joana Marques Vidal, magistrada notável e antiga Procuradora-Geral da República“, lê-se.
A ministra da Justiça, Rita Alarcão Júdice afirma “juntar-se aos que vão sentir a sua falta e aos que lhe prestam tributo pelo seu caráter, retidão e dedicação à Justiça”. “Joana Marques Vidal será sempre merecedora da nossa homenagem, admiração e gratidão”, refere.
Também o Presidente da República lamentou a morte da ex-procuradora-geral da República, sublinhando o seu “relevante” papel na sociedade portuguesa, como jurista “ilustre”, magistrada com “profundas preocupações sociais” e funções de liderança, nomeadamente enquanto procuradora-geral da República.
“Granjeou o respeito e o apoio de pares, subordinados e da sociedade em geral, nunca deixando de se dedicar a uma pedagogia democrática, com destaque para a participação cívica e a defesa dos direitos fundamentais, neles avultando o papel da mulher e a defesa dos mais frágeis e discriminados”, lê-se na nota publicada no site da presidência.
O primeiro-ministro Luís Montenegro escreveu na rede social X que foi com “profundo pesar” que recebeu a notícia da morte de Joana Marques Vidal. “Magistrada notável, cuja vida de serviço ao Estado teve como corolário o mandato como procuradora-geral da República, cargo que desempenhou com rigor, imparcialidade e excelência assinaláveis. Em meu nome e do Governo expresso as mais sentidas condolências à sua família”, lê-se.
(Notícia atualizada às 17h34)
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