Católica prevê crescimento do PIB de 1,7% no segundo trimestre
Economistas do Lisbon Forecasting Lab estimam um crescimento da economia portuguesa de 1,7% no segundo trimestre e uma taxa de 1,8% para a globalidade do ano.
O NECEP – Católica Lisbon Forecasting Lab estima um crescimento da economia portuguesa de 1,7% em termos homólogos e em cadeia de 0,3% no segundo trimestre deste ano, de acordo com a nota divulgada esta quarta-feira.
O grupo de economistas da Católica está mais otimista sobre a evolução da economia portuguesa na globalidade do ano, com uma revisão em alta de 0,3 pontos percentuais (pp.) face à anterior previsão, para 1,8%. A melhoria resulta do crescimento acima do esperado registado no primeiro trimestre (1,5% em termos homólogos e 0,8% em cadeia) e do previsto para o segundo trimestre do ano.
“Os fatores determinantes continuam a ser as elevadas taxas de juro e a fragilidade da atividade económica na zona euro, em particular na Alemanha e França“, apontam. O NECEP destaca que o investimento recuou no primeiro trimestre e as exportações perderam o fulgor do ano passado, “pelo que é difícil que a economia portuguesa continue a surpreender pela positiva como tem acontecido ao longo dos últimos trimestres”.
Aponta ainda para um crescimento de 1,9% em 2025 e 2% em 2026, “refletindo o regresso ao crescimento potencial histórico da economia portuguesa no final do horizonte de projeção, altura em que o impacto positivo da recuperação pós-pandémica e os efeitos adversos da inflação elevada e da subida dos juros se poderão ter dissipado”.
Os economistas da Católica apontam que, no curto prazo, “os riscos de instabilidade para a economia europeia e o sistema financeiro resultam de vários casos de incerteza política, nomeadamente em França, onde a orientação de um novo Governo em termos de política orçamental ainda não é clara”.
“Em termos globais, as atenções viram-se agora para o resultado das eleições americanas de novembro que poderão ter impacto relevante na gestão da economia mundial. Os riscos geopolíticos mantêm-se elevados, sem fim à vista para os principais conflitos armados”, indicam.
O ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, está mais otimista sobre o crescimento da economia portuguesa e estima agora uma taxa acima de 2% este ano e o próximo. “Os números que temos indicam que, quer em 2024, quer em 2025, teremos um crescimento superior a 2% em termos reais”, disse esta quarta-feira na audição regimental na Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública (COFAP).
A previsão do Executivo foi, assim, revista em alta face às previsões iniciais de 1,5% para este ano e 1,9% para 2025, inscritas pelo Governo no Programa de Estabilidade (num cenário de políticas invariantes). A previsão para este ano alinha com a do Banco de Portugal (BdP) e com a do Fundo Monetário Internacional (FMI), também de 2%.
O Conselho de Finanças Públicas (CFP) aponta para uma taxa de 1,6%, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) de 1,6% e a Comissão Europeia de 1,7%.
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