Empresas pagam propinas de alunos que entrem em engenharia de recursos energéticos no Técnico
Departamento de Engenharia de Recursos Minerais e Energéticos conseguiu que empresas dos setores dos minérios, das rochas ornamentais e de tecnologia financiem a totalidade das propinas destes alunos.
Numa altura em que há escassez de trabalhadores, e em que o país tem mesmo de levar a cabo a transição energética e digital, as empresas portuguesas do setor da energia e dos minerais juntaram-se para assumir a totalidade dos custos das propinas dos alunos que sejam colocados na licenciatura de Engenharia de Minas e Recursos Energéticos do Instituto Superior Técnico, em Lisboa.
“As propinas de todos os estudantes que entrarem na licenciatura de Engenharia de Minas e Recursos Energéticos do Instituto Superior Técnico no ano letivo de 2024-2025 vão ser pagas pela indústria, libertando os alunos deste encargo“, informa a referida instituição de ensino superior, numa nota enviada esta quinta-feira às redações.
A única condição para os alunos é conhecerem a empresa, através de um estágio de uma semana, foi detalhado ao ECO. De notar também que, segundo a Direção-Geral do Ensino Superior, há 20 vagas para o curso em causa.
Esta operação tem quatro grandes objetivos, de acordo com o Técnico. Por um lado, visa aumentar o número de engenheiros na área e dar resposta às necessidades das empresas nacionais e internacionais.
Por outro lado, pretende atrair mais talento para os cursos deste departamento do Técnico. Além disso, esta operação foi pensada para “responder a desafios societais, como a transição energética imposta pelas alterações climáticas e a transição digital”.
“Os desafios da transição energética e da transição digital são tão globais, e a falta de engenheiros na área é tão sentida em todo o mundo, que as empresas do setor da energia e dos minerais em Portugal decidiram assumir a totalidade dos custos das propinas de todos os alunos de 1º ano colocados nesta licenciatura no ano letivo 2024-2025”, afirma, assim, Amélia Dionísio, vice-presidente do Departamento de Engenharia de Recursos Minerais e Energéticos (DER).
A mesma acrescenta que algumas empresas patrocinadoras mostraram mesmo abertura para pagar as propinas de toda a licenciatura aos alunos. “Primeiro, vamos tentar encontrar condições para tornar essa possibilidade acessível a todos os alunos da licenciatura: se tal não for possível, iremos atribuir esse benefício aos alunos de maior mérito académico”, explica Amélia Dionísio.
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