“Não se trata de um incidente de segurança ou ciberataque”, diz CEO da CrowdStrike. Garante que problema está corrigido
CEO da CrowdStrike esclarece que falha informática global causada pela sua empresa não é um ciberataque, e que já isolou e corrigiu o problema. As ações da CrowdStrike recuperam de uma queda de 20%.
George Kurtz, CEO e fundador da gigante de cibersegurança CrowdStrike, recorreu à rede social X (anterior Twitter) para esclarecer a falha informática massiva criada pela sua empresa que afetou sistemas Windows em todo o mundo, causando perturbações em diversos setores, desde a banca até à aviação.
Numa declaração publicada na sua conta do X, Kurtz afirmou que “a CrowdStrike está a trabalhar ativamente com os clientes afetados por um defeito encontrado numa única atualização de conteúdo para sistemas Windows”. Esta afirmação vem na sequência de relatos generalizados de ecrãs azuis (BSOD) em computadores Windows, que deixaram empresas e organizações em dificuldades operacionais.
O CEO fez questão de sublinhar que “os sistemas Mac e Linux não foram afetados” e, mais importante ainda, que “não se trata de um incidente de segurança ou ciberataque”.
Tweet from @George_Kurtz
Kurtz assegurou ainda que a empresa já identificou e isolou o problema, afirmando que a CrowdStrike o está a corrigir. No entanto, a extensão total do impacto ainda está por determinar, com relatos de perturbações em bancos, companhias aéreas e até mesmo emissoras de televisão em vários países.
Para gerir a crise, a CrowdStrike está a direcionar os clientes para o seu portal de suporte, com Kurtz a afirmar que a empresa “continuará a fornecer atualizações completas e contínuas no nosso site”.
O CEO também aconselhou as organizações a “garantirem que estão a comunicar com representantes da CrowdStrike através de canais oficiais”, numa tentativa de evitar possíveis confusões ou desinformação durante este período crítico.
Numa demonstração de compromisso com a resolução da situação, Kurtz assegurou ainda que “a nossa equipa está totalmente mobilizada para garantir a segurança e estabilidade dos clientes da CrowdStrike.”
Esta falha surge como um golpe significativo para a CrowdStrike, uma empresa que se orgulha de fornecer “proteção de última geração para endpoints, inteligência de ameaças e serviços”, como se lê na página da internet da empresa.
Fundada por Kurtz em 2011, a empresa tem sido uma força dominante no setor de cibersegurança, com uma valorização de mercado que ultrapassou os 6,6 mil milhões de dólares após a sua oferta pública inicial em 2019.
Esta sexta-feira, as ações da empresa estão a deslizar cerca de 14% antes da abertura do mercado, depois de já terem ensaiado uma queda acima dos 20%.
Assine o ECO Premium
No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.
De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.
Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.
Comentários ({{ total }})
“Não se trata de um incidente de segurança ou ciberataque”, diz CEO da CrowdStrike. Garante que problema está corrigido
{{ noCommentsLabel }}