Número de trabalhadores em lay-off mais do que triplica em julho
Número de trabalhadores em lay-off disparou em julho e já é três vezes mais do que se registava há um ano. Regime é atribuído a empresas em crise e implica suspensão de contrato ou redução de horário.
O número de trabalhadores abrangidos pelo regime de lay-off disparou em julho, depois de ter estado vários meses consecutivos a cair. De acordo com os dados divulgados esta terça-feira pelo Gabinete de Estratégia e Planeamento (GEP) do Ministério do Trabalho, quase 13 mil trabalhadores viram o contrato de trabalho suspenso ou o horário reduzido, mais 222,1% do que há um ano.
“Em julho de 2024, o número total de situações de lay-off com compensação retributiva (concessão normal, de acordo com o previsto no Código do Trabalho) foi de 12.927“, lê-se na síntese de informação estatística divulgada esta tarde.
Face a junho, deu-se um salto de 79,6%, isto é, mais 5.731 foram abrangidos por este regime. Já em comparação com julho de 2023, deu-se um disparo de 222,1%, ou seja, há agora mais 8.914 trabalhadores em lay-off do que há um ano.
“O regime de redução de horário de trabalho foi atribuído a 6.791 pessoas“, é detalhado na nota divulgada. Olhando só para esta modalidade de lay-off, julho foi, então, sinónimo de um aumento em cadeia de 62,9% dos trabalhadores abrangidos e de uma subida de 152,1% face ao período homólogo.
“No caso do regime por suspensão temporária, o número de prestações foi de 6.136, tendo ocorrido um acréscimo de 102,8% processamentos em termos mensais e um acréscimo de 365,2% dos processamentos em termos homólogos”, acrescenta a síntese publicada pelo GEP.
Os economistas têm ligado, convém explicar, a trajetória do lay-off ao abrandamento da economia, o que tem prejudicado as exportações e colocado pressão nos empregadores, nomeadamente, da indústria.
De notar ainda que, ainda assim, o número de empresas em lay-off caiu face ao mês anterior. Estas prestações foram processadas a 398 empregadores, menos 20 do que em junho. Já face a julho de 2023, houve um aumento de 102 empresas.
Quer se diminua o horário, quer se suspenda o contrato de trabalho, o trabalhador tem sempre direito ao salário, embora com cortes. E a entidade empregadora recebe apoio da Segurança Social para o pagamento desse vencimento. O lay-off está disponível para as empresas em crise.
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