Marcelo Rebelo de Sousa só irá à ilha da Madeira depois do fogo ser extinto
O chefe de Estado garante que está a "acompanhar de longe" a situação na ilha mas enquanto o fogo estiver ativo, "não faz sentido ir lá".
O Presidente da República adiantou esta sexta-feira que não vai à Madeira enquanto o incêndio que deflagrou a 14 de agosto estiver ativo e a ser combatido, para não ser uma “fonte de complicação”.
“Não irei à Madeira enquanto durar este processo de resposta aos incêndios e antes de o senhor representante da República na Madeira falar com as instituições e considerar que é adequado eu ir lá”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa à margem de uma visita à Feira do Livro do Porto que abriu hoje portas ao público.
Garantindo estar a “acompanhar de longe” a situação naquela ilha, o Chefe de Estado explicou que, enquanto o fogo estiver ativo, “não faz sentido ir lá”. E acrescentou: “Noutros tempos intervinha enquanto duravam as operações de resposta aos incêndios, mas a Proteção Civil disse que os políticos eram indesejáveis, eram uma fonte de complicação até estar concluído o processo e, portanto, eu passei a respeitar isso”.
O incêndio rural na ilha da Madeira deflagrou no dia 14 de agosto, nas serras do município da Ribeira Brava, propagando-se progressivamente aos concelhos de Câmara de Lobos, Ponta do Sol e, através do Pico Ruivo, Santana. As autoridades deram indicação a perto de 200 pessoas para saírem das suas habitações por precaução e disponibilizaram equipamentos públicos de acolhimento, mas muitos moradores já regressaram, à exceção dos da Fajã das Galinhas, em Câmara de Lobos.
O combate às chamas tem sido dificultado pelo vento e pelas temperaturas elevadas, mas não há registo de destruição de casas ou de infraestruturas essenciais. Alguns bombeiros receberam assistência por exaustão ou ferimentos ligeiros, não havendo mais feridos.
Dados do Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais apontam para mais de 5.002 hectares de área ardida. A Polícia Judiciária está a investigar as causas do incêndio, mas o presidente do executivo madeirense, Miguel Albuquerque, disse tratar-se de fogo posto.
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