“Desafiem-se constantemente.” Os conselhos dos diretores das escolas de economia para os novos alunos
Nova SBE, FEP e EEG do Minho são as três faculdades que conseguiram as melhores notas nos cursos de Economia e de Gestão. Em declarações ao ECO, diretores deixam conselhos aos novos alunos.
As licenciaturas de Economia e Gestão da Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa (Nova SBE), da Faculdade de Economia da Universidade do Porto (FEP) e da Universidade do Minho conseguiram as melhores notas do país, no concurso nacional de acesso ao ensino superior.
Mil alunos ficaram colocados nesses cursos, aos quais os diretores das escolas referidas recomendam agora que aproveitem os próximos anos para se desafiarem constantemente, mas também para estabelecerem contactos e “relações fortes com colegas e docentes”, já que essa rede será útil ao longo da vida profissional.
“Aproveitem as oportunidades de networking, participem em eventos académicos, conferências e workshops, e não hesitem em procurar mentoria junto dos professores, que estão sempre disponíveis para apoiar o vosso desenvolvimento”, aconselha o diretor da FEP, em declarações ao ECO.
O dean recomenda, assim, que os novos alunos estabeleçam fortes relações com colegas e docentes, já que essa rede é “um dos maiores ativos não só durante o tempo na faculdade, mas também ao longo da vida profissional”.
Apela também que os novos alunos participem ativamente nas aulas e nas atividades extracurriculares, e deixa uma outra nota: a vida académica não se resume apenas ao estudo, pelo é importante que os alunos também invistam noutras atividades, como o desporto e as associações estudantis. “Encorajo-vos a desafiarem-se constantemente“, atira o dean.
Na Faculdade de Economia da Universidade do Porto (FEP), a nota do último aluno colocado na licenciatura de Economia foi de 17,83 valores, a segunda mais alta do país e 0,53 valores acima do verificado no ano letivo anterior.
No curso de Gestão, a nota do último colocado foi de 18,35 valores, tendo sido a mais alta do país e representando uma melhoria de 0,45 pontos percentuais face ao anterior.
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Fonte: DGES
Confrontado com estes números, o dean, Óscar Afonso, defende que o aumento das notas de acesso reflete uma “valorização das áreas de estudo ligadas à Economia e Gestão por parte dos estudantes e das famílias, conscientes das oportunidades que estas formações podem oferecer no atual contexto económico”.
“A subida das notas de entrada é um indicador claro de que os estudantes mais qualificados e ambiciosos reconhecem o valor da formação oferecida pela FEP e estão dispostos a competir pelos lugares disponíveis”, sublinha o responsável, que promete continuar a investir no corpo docente, na inovação pedagógica e na internacionalização da oferta formativa para que esta escola consiga potencialmente ultrapassar a Nova SBE na Economia.
Óscar Afonso salienta, por outro lado, que esta subida das notas dos últimos colocados traduz-se “numa vantagem significativa para toda a comunidade académica”.
A presença de estudantes com elevadas capacidades intelectuais e um forte compromisso com o sucesso académico eleva o padrão geral das atividades académicas e de investigação.
“Um corpo estudantil mais forte e motivado contribui para um ambiente de estudo mais dinâmico e enriquecedor, onde a troca de ideias e a partilha de conhecimentos são potenciadas. Além disso, a presença de estudantes com elevadas capacidades intelectuais e um forte compromisso com o sucesso académico eleva o padrão geral das atividades académicas e de investigação“, entende.
Do Porto para Lisboa, na primeira fase do concurso de acesso ao ensino superior, a nota do último aluno colocado na licenciatura em Economia da Nova SBE foi de 18 valores, a mais alta do país, e 0,65 valores acima do último ano. No curso de Gestão, a nota de entrada foi de 18,3 valores, a segunda mais alta do país, e 0,45 pontos percentuais cima do último ano.
Em reação, o dean dessa escola adianta que vê esses resultados como um “reflexo da qualidade dos alunos que estão a ser admitidos“.
“Por outro lado, este aumento significa que houve excelentes candidatos aos nossos cursos que não puderam ser admitidos, o que certamente provoca muita frustração. Imagine-se um aluno candidato a Gestão com média de candidatura de 18,25 e que não é admitido, apesar de existirem 295 vagas e de ser a maior licenciatura em gestão de Portugal”, observa Pedro Oliveira.
Quanto a conselhos para os novos alunos, o diretor indica: “recomendamos sempre que os novos alunos decidam a forma e o espírito com que querem abraçar os próximos anos, aproveitando a experiência para dar o melhor de si enquanto aprendem mais sobre si próprios — profissional e pessoalmente — num ambiente seguro e orientados por dedicados professores e staff“.
Abra horizontes e não fique satisfeito com o que lhe oferecemos. Exija mais. Desafie-nos, tanto quanto o vamos desafiar.
Já no caso do presidente da Escola de Economia e Gestão da Universidade do Minho, a recomendação é a de que os novos alunos “abram os horizontes e não fiquem satisfeitos” com aquilo que lhes será oferecido na faculdade. “Exija mais. Desafie-nos tanto quanto o vamos desafiar“, apela Luís Aguiar-Conraria.
Na primeira fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior, a nota do último colocado na licenciatura de Economia da Universidade do Minho foi de 17,22 valores, mais 0,46 valores do que no anterior.
Já na licenciatura de Gestão, a última nota foi de 17,68 valores, mais 0,5 valores do que no ano letivo passado. Em ambas as áreas, esta escola ocupou o terceiro lugar do pódio.
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Fonte: DGES
“São, obviamente, resultados que nos agradam. O facto de termos a preferência dos melhores alunos do ensino secundário indica que somos uma escola altamente prestigiada“, reage o presidente da Escola de Economia e Gestão, que adianta que a subida das notas terá resultado, em princípio, de um mix de dois fatores: uma subida geral das médias e um aumento da preferência dos alunos pelos cursos desta faculdade.
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