Inapa adia divulgação de contas do primeiro semestre para depois de Assembleia de Credores

A empresa, que está em processo de falência, adiou a apresentação dos resultados do primeiro semestre para lá do dia 27 de setembro, o dia marcado para a realização da Assembleia de Credores.

A Inapa, considerada insolvente no início de agosto e cujo processo foi entregue ao administrador Bruno Costa Pereira, comunicou que não vai apresentar as contas do primeiro semestre no dia 27 de setembro, adiando a divulgação de resultados para depois da Assembleia de Credores, agendada para o mesmo dia. A nova data será anunciada em outubro, adiantou a empresa em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

A empresa justifica esta alteração no calendário financeiro com o facto da “Inapa IPG ter sido declarada insolvente e, nesse âmbito, de estar agendada para o dia 27 de Setembro de 2024 uma Assembleia de Credores para apreciação do relatório de insolvência e deliberação sobre aspetos determinantes para futuro da Inapa IPG”.

Considera-se por isso de maior importância e transparência para com o mercado, que a referida divulgação ocorra em momento ulterior à Assembleia de Credores, depois de devidamente refletidos os impactos das deliberações nas demonstrações financeiras”, justifica o comunicado.

A distribuidora de papel informou ainda que, “face aos constrangimentos resultantes da situação de insolvência, o Plano para a Igualdade de Género 2025 não será divulgado no dia 13 de Setembro de 2024, conforme havia sido anunciado no calendário financeiro apresentado no dia 3 de Janeiro de 2024″. Tal como nos resultados, a empresa deixa a decisão sobre quando divulgar este relatório para a Assembleia de Credores.

“A elaboração do Plano para a Igualdade de Género 2025 será reavaliada posteriormente à Assembleia de Credores, e caso aplicável, devidamente comunicada”, explica.

A empresa entregou o seu pedido de insolvência no dia 29 de julho, depois de ter comunicado no dia 21 de julho que o colapso na Alemanha era inevitável, uma vez que não conseguiu aprovação da Parpública, o seu maior acionista, para uma injeção de emergência de 12 milhões de euros, o teria repercussão na atividade da holding, puxando-a também para a falência.

(Notícia atualizada às 17h40)

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