⛽ Mudança nos apoios aos combustíveis dita subida da gasolina para a semana

A partir de segunda-feira, quando for abastecer, deverá pagar 1,526 euros por litro de gasóleo simples e 1,647 euros por litro de gasolina simples 95.

Os preços dos combustíveis vão ter comportamentos diferentes na próxima semana. A gasolina deverá subir meio cêntimo e o gasóleo, o combustível mais usado em Portugal, não deverá sofrer alterações, avançou ao ECO fonte do mercado. Mas os condutores não vão sentir na bomba as descidas que estavam previstas, porque o Executivo voltou a mexer na taxa de carbono, aproximando-a do valor que deveria ter caso não houvesse congelamento para ajudar a mitigar o impacto da subida dos preços dos combustíveis.

O Governo voltou a reduzir o apoio aos combustíveis através da taxa de carbono. Na segunda-feira entrou em vigor uma nova taxa de carbono de 74,429 euros/tonelada de CO2, que compara com a taxa de 83,524 euros que seria aplicável em 2024 caso não existisse qualquer congelamento. Mas, a partir de sábado, a taxa volta a ser agravada agora para 81 euros por tonelada. O que se traduz num agravamento da taxa de carbono de 1,5 cêntimos por litro no caso da gasolina e de 1,6 cêntimos por litro no gasóleo.

O impacto da atualização da taxa no preço de venda ao público foi de dois cêntimos no gasóleo e 1,8 cêntimos na gasolina, já com o IVA incluído”, explicou ao ECO fonte do mercado. “O impacto acumulado no PVP desde 26 de agosto, data da primeira atualização, foi de 7,5 cêntimos no gasóleo e 6,9 cêntimos na gasolina (IVA incluído)”, acrescentou a mesma fonte.

Assim, quando for abastecer, deverá passar a pagar 1,526 euros por litro de gasóleo simples e 1,647 euros por litro de gasolina simples 95, tendo em conta os valores médios praticados nas bombas à segunda-feira, divulgados pela Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG).

Estes valores já têm em conta os descontos aplicados pelas gasolineiras e a revisão das medidas fiscais temporárias para ajudar a mitigar o aumento dos preços dos combustíveis.

Os preços podem ainda sofrer alterações para ter em conta o fecho das cotações do petróleo brent à sexta-feira e o comportamento do mercado cambial. Mas também porque os preços finais resultam da média dos valores praticados por todas as gasolineiras. Além disso, os preços cobrados ao consumidor final podem variar consoante o posto de abastecimento.

Esta semana, os preços do gasóleo desceram 0,4 cêntimos e os da gasolina 2,8 cêntimos uma descida inferior ao previsto tendo em conta as alterações à fiscalidade introduzidas na segunda-feira.

O preço do brent, que serve de referência para o mercado europeu, está a subir 0,46% para cerca 72,56 dólares por barril esta sexta-feira, suportado por preocupações com a oferta decorrentes do impacto do furacão Francine no Golfo do México, nos EUA, e prepara-se para registar o primeiro ganho em cinco semanas, isto apesar de na terça-feira ter descido para um nível inferior a 70 dólares, pela primeira vez desde finais de 2021.

O furacão interrompeu mais de 730 mil barris por dia, ou seja 42% da produção de petróleo bruto na região. Apesar disso, persiste uma tendência negativa para o petróleo devido às preocupações com o abrandamento da procura nos principais mercados. A AIE destacou a desaceleração do crescimento da procura mundial de petróleo, particularmente devido ao abrandamento da economia chinesa, e previu um potencial excedente de oferta em 2024, mesmo que a OPEP+ mantenha os seus cortes de produção.

No início da semana, dados revelaram que as importações de petróleo bruto da China, de janeiro a agosto face ao mesmo período do ano passado, desceram 3,1%. Nos EUA, as preocupações com a procura também aumentaram, com os stocks de petróleo e combustível a aumentarem na semana passada.

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