Banco de Inglaterra mantém taxas de juro inalteradas

Ao contrário da Reserva Federal dos EUA, que cortou os juros em 50 pontos base esta quarta-feira, a autoridade monetária liderada por Andrew Bailey manteve a sua taxa de juro em 5%.

Depois de ter anunciado o primeiro corte de juros em mais de quatro anos na reunião de agosto, o Comité de Política Monetária do Banco de Inglaterra decidiu manter a sua taxa de juros inalterada na reunião desta quinta-feira, anunciou a entidade.

A taxa de juro da libra esterlina manteve-se em 5%, depois do Banco de Inglaterra ter anunciado no mês passado a primeira descida da sua taxa de juros em mais de quatro anos.

A decisão para manter os juros foi tomada por uma larga maioria, com oito membros a favor e apenas um contra, segundo o comunicado do Banco de Inglaterra, que adianta que apenas um membro preferia que tivesse sido decidida uma descida dos juros de 25 pontos base, para 4,75%.

 

A entidade aprovou ainda por unanimidade a redução do “stock” de dívida britânica, para efeitos de política monetária, em 100 milhões de libras nos próximos 12 meses, para um total de 558 mil milhões de libras.

Esta manutenção dos juros surge um dia depois de a Reserva Federal dos Estados Unidos ter anunciado um corte da taxa dos fundos federais de 50 pontos base para um intervalo entre 4,75%-5% e sinalizado que deverá decidir mais uma descida semelhante até ao final do ano, naquela que foi a primeira descida em mais de quatro anos.

Ao contrário do BCE, que baixou juros pela primeira vez em julho, e da própria Fed, com este corte “jumbo”, o Banco de Inglaterra tem optado por manter uma política mais cautelosa, determinado em trazer a taxa de inflação de volta aos 2%.

No comunicado com a decisão sobre as taxas de juros, o Banco de Inglaterra nota que a inflação anual situou-se em 2,2% em agosto e a expectativa é que suba até 2,5% até ao final do ano, o que leva a autoridade monetária a defender que se mantém adequada uma remoção gradual das políticas mais restritivas.

“A política monetária terá de continuar a ser restritiva durante um período suficientemente longo até que os riscos de a inflação regressar de forma sustentável ao objetivo de 2% no médio prazo se dissipem ainda mais”, justifica o Banco de Inglaterra.

(Notícia atualizada às 12:55)

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