Crescimento da dívida acelera 3% nas empresas e 1,5% nas famílias
O endividamento do setor público diminuiu 3,6 mil milhões em julho, de acordo com dados do Banco de Portugal. Crescimento está a acelerar nas empresas e famílias.
O endividamento público diminuiu em 3,6 mil milhões em julho face ao mês anterior, o equivalente a um recuo de 1%. Já nas famílias e empresas o crescimento da dívida está a acelerar, mostram os dados revelados esta sexta-feira pelo Banco de Portugal.
O endividamento do setor privado aumentou em mil milhões de euros, “resultado do aumento do endividamento das empresas privadas, de 0,7 mil milhões de euros, maioritariamente perante o exterior, e do endividamento dos particulares, de 0,3 mil milhões de euros, junto do setor financeiro”, indica o regulador da banca.
Esta é uma tendência que se tem vindo a evidenciar nos últimos meses. No caso das empresas, a dívida cresceu pelo terceiro mês consecutivo, enquanto nas famílias foi já a quinta subida.
Face a julho de 2023, o endividamento cresceu 3% nas empresas, o ritmo mais elevado desde dezembro de 2022, e 1,5% nas famílias, o que não acontecia desde abril. O Banco de Portugal observa que “o endividamento das empresas privadas e dos particulares tem vindo a acelerar desde o final de 2023“.
Em sentido contrário, a dívida do Estado recuou em 3,6 mil milhões em relação a junho. Face ao mesmo mês do ano passado, a dívida do Estado encolheu 2,38 milhões de euros ou 0,65%. Uma evolução que se deveu “sobretudo à redução das responsabilidades do Tesouro em depósitos e à amortização líquida de títulos de dívida pública”.
Tudo somado, “o endividamento do setor não financeiro (administrações públicas, empresas e particulares) diminuiu 2,5 mil milhões de euros, para 808,8 mil milhões de euros”.
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