Marcelo dramatiza que “a única solução boa é o Orçamento ser viabilizado”
Presidente da república está “realisticamente otimista” quanto à aprovação do Orçamento e avisa que governar em duodécimos ou marcar eleições antecipadas “não são boas soluções”.
Marcelo Rebelo de Sousa disse esta quarta-feira que continua “realisticamente otimista” quanto à aprovação do Orçamento do Estado para 2025, sublinhando que a viabilização da proposta a apresentar pelo Governo é “a única solução boa”. “Portanto, trabalho nessa solução”, acrescentou.
Questionado pelos jornalistas, em Lisboa, sobre se irá dissolver a Assembleia da República e marcar eleições legislativas antecipadas, caso o documento não seja viabilizado com a abstenção do PS, o Presidente da República insistiu que “todas as outras soluções não são boas soluções”.
“Já disse que [a aprovação do OE] é a solução que está em cima da mesa. Há passos que vão ser dados e penso que vão ser bem dados. Vai haver o que é necessário para o OE ser votado” favoravelmente, confia o chefe de Estado, que falava à margem do Congresso da Ordem dos Psicólogos.
Luís Montenegro já afastou a possibilidade de governar em duodécimos caso o Orçamento seja chumbado. Este regime implicaria governar com os tetos de despesa do atual Orçamento, desenhado em 2023 ainda pelo governo socialista liderado por António Costa.
Concorda o chefe de Estado com o primeiro-ministro? “Tinha dito isso uns dias antes, mas disse-o dentro do pressuposto que o que se pretende é ter um novo Orçamento. Esse é o único cenário bom nesta situação do mundo e da Europa”, sustentou Marcelo Rebelo de Sousa.
Sobre a reunião de sexta-feira entre Luís Montenegro e Pedro Nuno Santos, em que o governante disse esta tarde esperar uma “aproximação de posições” com o líder socialista, o Presidente da República diz “[manter] especial expectativa quanto a haver Orçamento”. “E continuo assim. Acredito que vai haver Orçamento”, completou.
E por que é que desta vez, ao contrário do que fez há um ano, não esclarece desde já se marca eleições no cenário de chumbo? “Porque neste caso encontro razões maiores do que noutras circunstâncias para haver OE. Nas outras circunstâncias também era fundamental haver OE, mas havia razões de peso em vários sentidos contra isso. Aqui não há. O mundo está mais complicado do que estava naquela altura e a situação económica internacional é pior do que era. Há neste momento condições europeias e mundiais que significam que o OE é mais importante do que era noutros momentos”, respondeu.
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