Pacote de mobilidade verde vai custar 115 milhões até 2025

O Conselho de Ministros aprovou um pacote de mobilidade que inclui medidas como o alargamento do passe gratuito, o passe ferroviário verde e o incentivo à aquisição de elétricos. Conheça as medidas.

O Governo apresentou, esta sexta-feira, um pacote de oito medidas para a mobilidade verde, que representam um investimento de 115 milhões de euros até 2025. Neste pacote incluem-se medidas como o alargamento do passe gratuito, o passe ferroviário verde e o incentivo à aquisição de elétricos.

O anúncio destas medidas foi feito na conferência de imprensa, após o Conselho de Ministros, realizado no Entroncamento, focado na mobilidade sustentável e na transição energética. A medida mais dispendiosa do pacote de Mobilidade Verde de Passageiros é o passe gratuito para jovens estudantes vai passar a aplicar-se a todos os jovens até aos 23 anos de idade, uma despesa anual de 40 milhões de euros.

Segue-se o apoio para a aquisição de veículos elétricos, de 20 milhões de euros. Este apoio vai comparticipar 4.000 euros por veículo, sendo que estes podem ir apenas até aos 38.500 euros.

A criação do passe ferroviário verde, o passe de 20 euros que dá acesso a vários dos comboios nacionais, vai custar 18,9 milhões de euros por ano ao Governo, na forma de uma compensação entregue via contrato de serviço público.

Um pouco abaixo desta fasquia está o custo do Circula.pt, que vai alargar a cobertura do passe social, de forma a abranger 2,5 vezes mais cidadãos: está orçado em 17 milhões de euros por ano.

É criado também um fundo para o serviço público de transportes, com uma dotação de 10 milhões de euros, que se destina a apoiar medidas de descarbonização, digitalização e uso da inteligência artificial, informação e comunicação ao passageiro e promoção da mobilidade verde.

Os planos de mobilidade urbana sustentável preveem ainda um apoio de 3 milhões de euros para municípios, para os poderem desenvolver. Já a digitalização da mobilidade, que passa por melhorar as plataformas de bilhética dos diferentes operadores e “melhorar a experiência” da utilização do transporte público, custa 2,7 milhões de euros. Também na fasquia dos 3 milhões está orçada a implementação da Estratégia Nacional de Mobilidade Ativa, que prevê a aceleração da construção de ciclovias e aquisição de bicicletas pela administração pública, com um teto de 200 mil euros em 2024.

O transporte de mercadorias, por outro lado, arrecada um total de 55 milhões de euros, cuja medida mais dispendiosa é o apoio ao transporte ferroviário de mercadorias.

(Notícia em atualização)

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