Português Carlos Tavares vai sair da liderança da Stellantis e reformar-se em 2026

  • Lusa e ECO
  • 8:07

Construtora automóvel já iniciou a escolha do sucessor de Carlos Tavares. Tarefa atribuída a um comité especial presidido por John Elkann deverá estar concluído no último trimestre do próximo ano.

A construtora automóvel Stellantis anunciou que o presidente executivo, o português Carlos Tavares, vai sair do grupo e reformar-se em 2026. Em comunicado, indicou ainda uma série de mudanças nos quadros superiores do grupo com efeito imediato.

O diretor de operações na China, Doug Ostermann, foi nomeado para o cargo de diretor financeiro, em substituição de Nathalie Knight, que vai deixar o grupo, que resultado da fusão da Peugeot-Citroën e da Fiat-Chrysler em 2021.

Para “simplificar e melhorar o desempenho da organização num ambiente global turbulento”, a companhia franco-italiana-americana decidiu proceder a “alterações organizacionais específicas que vão produzir efeitos imediatos na equipa de gestão”, referiu na mesma nota.

O objetivo é “voltar a centrar a empresa nas principais prioridades operacionais e enfrentar com determinação os desafios globais que se colocam ao setor automóvel”.

O responsável português tinha já indicado em outubro, durante uma visita à fábrica histórica da Peugeot em Sochaux (leste de França), que podia reformar-se em janeiro de 2026. “Em 2026, a pessoa que responde às vossas perguntas terá 68 anos, o que é uma idade razoável para se reformar. É essa a opção”, disse aos jornalistas.

Carlos Tavares tem estado sob forte pressão nas últimas semanas após uma forte revisão em baixa das perspetivas da empresa, mas o ainda CEO da Stellantis mostra-se confiante na capacidade da construtora automóvel em superar as atuais dificuldades operacionais antes do final do seu mandato em 2026.

Na semana passada, o gestor português mostrou-se também confiante de que irá manter-se à frente do grupo automóvel que juntou as companhias PSA – Peugeot/Citroën e o grupo Fiat/Chrysler, apesar das fortes pressões em sentido contrário. “Pretendo honrar os termos do meu mandato e penso que o conselho de administração partilha desta visão”, referiu.

No entanto, a empresa acrescentou que já deu formalmente início à escolha de sucessor, tarefa atribuída a um comité especial do Conselho de Administração presidido por John Elkann, num processo que deverá estar concluído no quarto trimestre do próximo ano.

O grupo, que integra 14 marcas, como Peugeot, Citroën, Fiat, Dodge e Opel, anunciou a 30 de setembro uma revisão significativa das suas projeções financeiras para 2024. Antecipa uma margem operacional de apenas 5,5% a 7%, uma queda acentuada face à anterior expectativa de dois dígitos. Esta revisão reflete decisões para ampliar significativamente as ações corretivas sobre problemas de desempenho do mercado norte-americano, bem como a deterioração da dinâmica da indústria global.

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