EDP Renováveis aumenta produção de energia em 5% até setembro
A EDPR adicionou 1,3 GW de capacidade renovável nos primeiros nove meses do ano, atingindo um portefólio total de 16,8 GW.
A EDP Renováveis aumentou a sua produção de energia renovável a “um ritmo moderado” de 5% nos primeiros nove meses do ano, adianta a empresa em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
“A produção renovável da EDPR cresceu a um ritmo moderado de 5% nos nove meses de 2024 [para 26,5TWh] em linha com o primeiro semestre de 2024, atenuado por (1) concentração de comissionamento de nova capacidade no final do 4T24, (2) recursos eólicos abaixo da média de LP, essencialmente no Brasil, e (3) perdas relacionadas com restrições, principalmente nos EUA e Espanha”, explica a empresa no comunicado com os dados operacionais até setembro.
Segundo a empresa, “estes fatores foram parcialmente compensados por uma evolução do preço médio de venda melhor do que esperada.”
Em termos de capacidade instalada, a EDPR adicionou 1,3 GW de capacidade renovável nos primeiros nove meses do ano, atingindo um portefólio total de 16,8 GW.
A evolução da capacidade instalada até setembro inclui o impacto de 3 transações de rotação de ativos. “No primeiro trimestre de 24, uma transação nos EUA para a venda de uma participação de 80% num portefólio solar de 0,3 GW e outra no Canadá com venda de 80% num projeto eólico de 0,3 GW. No 2T24, a venda de 100% de um projeto eólico de 0,2 GW em Itália”, refere o documento.
Rotação de ativos com impacto nos resultados do 4.º trimestre
A empresa de renováveis adianta ainda que continuou com os programas de rotação de ativos. Em agosto, EDPR assinou um acordo de rotação de ativos com a Polónia para um portefólio solar de 184 MW e eólico de 26 MW em operação e um portefólio solar de 30 MW em construção, uma trasação que deverá gerar um encaixe de rotação de ativos de 300 milhões de euros no 4.º trimestre.
Já em outubro, a “EDPR anunciou a conclusão da recompra de uma participação de 49% de um portefólio eólico de 1 GW na Europa, pelo valor total de €0,58MM, com impacto positivo no resultado líquido a partir de 4T24″, acrescenta a empresa. No final de setembro, a empresa tinha 4,1 GW em construção. A EDPR irá divulgar os resultados dos primeiros nove meses no próximo dia 6 de novembro.
Produção hídrica da EDP aumenta 56% nos primeiros nove meses deste ano
Já a produção hídrica do grupo EDP aumentou 52% nos primeiros nove meses deste ano, em relação ao período homólogo, para 13,6 terawatts hora (TWh), em outro comunicado publicado pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). Na nota, em que deu conta dos dados operacionais previsionais do período em análise, a EDP disse que, até setembro, “as energias renováveis representaram 97% da produção total de eletricidade da EDP, totalizando 40,5 TWh, um aumento de 18% face ao mesmo período de 2023, refletindo o forte compromisso da EDP com a transição energética”.
Segundo a EDP, a produção hídrica “aumentou 52% face ao período homólogo, para 13,6 TWh, 2,8 TWh acima do esperado para o período na Península Ibérica, suportada por elevados volumes de afluência” nos primeiros nove meses deste ano, com uma “produção hídrica em Portugal 33% acima da média histórica vs. 21% abaixo da média” nos primeiros nove meses de 2023.
Segundo a EDP, “no final de setembro, os níveis dos reservatórios hídricos em Portugal situavam-se nos 61%, o que, apesar de abaixo dos níveis em setembro de 2023, encontra-se +11 p.p. [pontos percentuais] acima da média histórica para este período do ano”. Segundo o comunicado, “a produção eólica e solar aumentou 6%, suportada pelo aumento de 78% na produção solar face ao período homólogo, resultado do forte crescimento da capacidade instalada, representando 75% do total das adições dos últimos 12 meses”.
Já “o peso da energia solar no portefólio de produção de eletricidade aumentou de 6% nos 9M23 [primeiros nove meses de 2023] para 10% nos 9M24 [primeiros nove meses de 2024]”. Por sua vez, “a produção eólica diminuiu 2% face ao período homólogo, impactada essencialmente pela América do Sul, uma vez que a melhoria dos recursos eólicos nos EUA e na Europa foi mitigada pelos menores recursos eólicos no Brasil e pelas três transações de rotação de ativos em Espanha, Polónia e Brasil”, concluídas no segundo semestre de 2023.
“A produção térmica baixou 77%, -97% no carvão e -63% no gás, devido aos menores fatores de utilização de capacidade térmica na Península Ibérica suportados pela venda de 80% da central a carvão de Pecém no Brasil e da nova parceria 50/50 na termoelétrica de Aboño em Espanha (-1.6 GW), refletindo o compromisso da EDP de ser coal free até 2025”, destacou.
Segundo a EDP, “na atividade de comercialização, na Península Ibérica o volume de eletricidade comercializado diminuiu 9% em termos homólogos, refletindo principalmente a diminuição de volumes vendidos a clientes empresariais em Espanha e a diminuição do número de clientes em Portugal”, sendo que, no gás, “os volumes vendidos diminuíram 12% em relação ao período homólogo”.
No Brasil, a eletricidade distribuída “registou um aumento de 10% face ao período homólogo, devido às elevadas temperaturas e ao aumento de 2% no número de clientes ligados à rede face aos 9M23 [primeiros nove meses de 2023]”, sendo que, na distribuição de eletricidade na Península Ibérica, a eletricidade distribuída aumentou 2% face aos 9M23 e o número de clientes ligados à rede aumentou 1% face aos 9M23”.
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