Japoneses compram negócio de papel da Inapa em França por 25 milhões

As negociações com a Japan Pulp and Paper Co. (JPP) para a venda de 100% do negócio de papel da Inapa em França (Inapa France e a participada JJ Loos) chegaram a bom porto, tendo esta sexta-feira sido assinado o contrato por um valor fixo de 25 milhões de euros, de acordo com um comunicado enviado à CMVM.

A distribuidora de papel, que se apresentou à insolvência a 29 de julho, nota que o preço apenas pode ser reduzido se até à conclusão efetiva da transação se verificarem transferências de fundos ou ativos das empresas-alvo em benefício da Inapa IPG ou de partes relacionadas, como pagamentos de dividendos ou outras distribuições e entregas de ativos.

Na mesma nota refere ainda que a consumação da transmissão das ações está sujeita a três condições, a cumprir até 1 de fevereiro de 2025: autorização para a operação no quadro europeu relativo a subvenções estrangeiras que distorcem o mercado interno; serem libertadas garantias e outros ónus incidentes sobre ativos e ações das empresas-alvo que tenham sido dados em garantia de dívidas do grupo da Inapa IPG ou de partes relacionadas, com exceção das empresas-alvo; e aprovação da transação pela comissão de credores.

A assembleia de credores da Inapa realizada a 27 de setembro em Sintra tinha dado um prazo de 30 dias para negociação exclusiva com a JPP para esta potencial transação, sendo que os votos foram os mesmos. Esta proposta foi aprovada na altura pela grande maioria dos credores, tendo apenas um voto contra e a abstenção do Santander, Bankinter e April.

Aprovado na mesma reunião, o outro negócio relativo à venda da subsidiária Inapa Packaging SAS à francesa Next Pack SAS, foi concretizado na semana passada por 20 milhões de euros. Essa transação, realizada através da Europackaging, uma subsidiária da Inapa IPG, incluiu também a venda indireta das empresas SEMAQ – Societé D’Emballage et de Manutention D’Aquitaine e Embaltec SAS.

As ações da Inapa IPG serão excluídas da Euronext Lisbon a partir de 29 de outubro de 2024. Num comunicado ao mercado feito na quarta-feira, a empresa explicou que a decisão da Euronext se deve ao facto de a empresa ter sido declarada insolvente.