Barcelos lidera subida do preço das casas. Matosinhos e Coimbra têm as maiores descidas

Valores da habitação aceleram em metade dos maiores municípios. Preço mediano de alojamentos familiares transacionados em Portugal regista crescimento homólogo de 6,6% no segundo trimestre.

Os preços das casas voltaram a crescer no segundo trimestre do ano. Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), “ocorreu uma aceleração dos preços da habitação em 12 dos 24 municípios com mais de 100 mil habitantes“. Barcelos liderou a subida, enquanto Matosinhos e Coimbra registaram uma desaceleração homóloga.

“No 2.º trimestre de 2024, o preço mediano de alojamentos familiares transacionados em Portugal foi 1.736 €/m2, representando um acréscimo de 5,6% em relação ao 1.º trimestre de 2024 e de 6,6% relativamente ao trimestre homólogo“, refere o INE, acrescentando que a taxa homóloga ficou acima da registada no trimestre anterior, que se situou em 5%.

Entre os maiores 24 municípios, Barcelos liderou a subida de preços, tendo apresentado o maior acréscimo, de 16,6 pontos percentuais (p.p.), enquanto Matosinhos (-17,6 p.p.) e Coimbra (-15,9 p.p.) registaram as maiores descidas face a igual período do ano passado. Já o município do Porto registou um decréscimo de 4,8 p.p. e o de Lisboa um acréscimo de 0,1 p.p.

O INE destaca ainda que todos os municípios com mais de 100 mil habitantes da Grande Lisboa, Península de Setúbal e Área Metropolitana do Porto, com exceção de Santa Maria da Feira e Gondomar, registaram preços medianos de habitação superiores ao valor nacional. “Deste conjunto de 17 municípios, nove apresentaram taxas de variação homóloga superiores à nacional (6,6%), destacando-se Odivelas com 15%”, refere o mesmo relatório.

Loures, com uma desaceleração homóloga de 2,2%, foi o único município deste grupo a apresentar um decréscimo relativamente ao trimestre homólogo.

Os municípios de Lisboa, Cascais e Oeiras continuam a apresentar os preços da habitação mais elevados, com uma avaliação média de 4.367 euros por metro quadrado, 3.994 €/m2 e 3.360 €/m2, respetivamente.

Estrangeiros puxam pelos preços

As transações com compradores estrangeiros continuam a puxar pelos preços da habitação em Portugal. No 2.º trimestre de 2024, o valor mediano de alojamentos familiares transacionados em Portugal envolvendo compradores com domicílio fiscal no estrangeiro foi 2.454 €/m2 (mais 1,9% do que no trimestre homólogo) e o das transações envolvendo compradores com domicílio fiscal em território nacional foi 1.702 €/m2 (mais 7,2% do que no trimestre homólogo).

As cinco sub-regiões com preços medianos da habitação mais elevados – Grande Lisboa, Algarve, Região Autónoma da Madeira, Península de Setúbal e Área Metropolitana do Porto – apresentaram também os valores mais elevados em ambas as categorias de domicílio fiscal do comprador (território nacional e estrangeiro).

“As sub-regiões com preços medianos da habitação mais elevados apresentaram também os valores mais elevados envolvendo compradores com domicílio fiscal no estrangeiro e em território nacional: Grande Lisboa (4.958 €/m2 e 2.749 €/m2, respetivamente), Algarve (3.242 €/m2 e 2.600 €/m2), Região Autónoma da Madeira (2.808 €/m2 e 2.000 €/m2), Península de Setúbal (2.333 €/m2 e 2.041 €/m2) e Área Metropolitana do Porto (2.960 €/m2 e 1.930 €/m2)”, refere o INE.

Nas sub-regiões Grande Lisboa e Área Metropolitana do Porto, o preço mediano (€/m2) das transações efetuadas por compradores com domicílio fiscal no estrangeiro superou em 80,4% e 53,4% o preço das transações por compradores com domicílio fiscal em território nacional.

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