Marsh regista crescimento de riscos cibernéticos na Europa em 2023
Dos sinistros cibernéticos, que vão desde paralisação involuntária de programas essenciais ao funcionamento até à violação de dados, a maioria são relacionados com atos maliciosos.
A Marsh registou, com base nas queixas apresentadas pelos seus clientes, uma subida de 1% dos sinistros cibernéticos na Europa em 2023, em termos homólogos. Segundo o que o responsável pela área de ciberriscos da Marsh Portugal, Luís Rodrigues de Sousa, foram registados cerca de 400 sinistros no ano passado.
As instituições financeiras foram as que registaram mais sinistros, que representaram 21% do total, segundo o relatório da Marsh ‘The changing face of cyber claims in Europe”. De seguida, os setores com mais sinistros foram o da comunicação, media e tecnologia (17%), serviços profissionais (13%), industrial (9%), e saúde (7%).
Entre os sinistros cibernéticos, são mais aqueles relacionados com atos maliciosos do que aqueles que não são. Nesse sentido, aqueles relacionados com ransomware ou extorsão contabilizaram 25% do total, seguidos pela violação de dados (19%) e interrupção da rede (10%).
Estes sinistros têm revelado uma tendência de crescimento desde 2016. Por isso as empresas e agentes públicos têm procurado tornar-se mais resilientes. Daí que em 2023 “era menos provável que as organizações pagassem um resgate num incidente de extorsão, num contexto de reforço geral da sua ciber-resiliência”.
“A Marsh registou também um crescimento no número de apólices colocadas em 2023, que excedeu o aumento das participações. Este facto inverteu uma tendência recente em que o aumento das notificações tinha ultrapassado o crescimento das apólices subscritas.”, assinalou a companhia.
Não obstante a tendência do crescimento dos sinistros cibernéticos, o número total de queixas de 2023 e 2022 foram ambos inferiores ao registado em 2021. A Marsh assinala que para tal contribuíram as ações dos governos e empresas para se tornarem mais resilientes face ao risco cibernético.
Primeiro semestre de 2024 com 70% dos casos de 2023
Os dados do primeiro semestre de 2024 mostram que este também deverá ser um ano que acompanhará a tendência de crescimento de sinistros cibernéticos. As 280 participações registadas nesse período representam cerca de 70% do total de participações recebidas em 2023.
“Os incidentes mais comuns incluem engenharia social, phishing e falsificação de identidade, seguidos de infiltração nos sistemas, ransomware e violação de dados.”, lê-se no relatório.
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