Moody’s atribui rating de Ba3 a obrigações que TAP pretende emitir
Agência americana considera que a nova emissão de obrigações que a companhia pretende realizar é "neutra" em termos de classificação de crédito.
A Moody’s atribuiu esta terça-feira um rating de Ba3 à emissão de 350 milhões de euros em obrigações que a transportadora pretende colocar no mercado. A classificação é a mesma já atribuída à companhia aérea.
“A TAP responde às próximas necessidades de refinanciamento com a transação proposta, enquanto os seus indicadores de crédito permanecerão praticamente inalterados. Não esperamos uma mudança significativa nos custos de juros da empresa, mas vemos um risco de aumento dos títulos propostos”, afirma a nota da Moody’s, acrescentando que considera “que a transação é neutra em termos de crédito“.
A companhia aérea anunciou na segunda-feira a intenção de emitir e vender títulos no montante global de 350 milhões de euros, com maturidade em 2029. A Moody’s antecipa que o financiamento será usado para “refinanciar 375 milhões em obrigações [que chegam à maturidade em dezembro] e 76 milhões em empréstimos bancários.
A Moody’s reviu em alta o rating da TAP em julho, para Ba3, um nível considerado de elevado risco. Já depois da decisão, a companhia aérea apresentou os resultados do primeiro semestre, que a agência americana considera que, “de um modo geral, foram ao encontro das expectativas”.
“A empresa conseguiu aumentar a receita em 3% na primeira metade de 2024 em comparação com o mesmo período em 2023, com base num maior número de passageiros e rendimentos ligeiramente superiores”, destaca a Moody’s.
“No entanto, os custos de pessoal mais elevados devido a novos acordos coletivos de trabalho, bem como custos pontuais com pessoal, levaram a sua rentabilidade, medida pela margem EBIT ajustada da Moody’s, a diminuir para 10,5% face aos 11,5% nos últimos 12 meses até junho de 2024”, nota a agência. A rentabilidade “mantém-se estruturalmente mais elevada em comparação com o período pré-pandemia, devido a várias medidas implementadas”, acrescenta.
A Moody’s espera que o rácio entre a dívida líquida e o EBITDA se mantenha abaixo de 4 vezes nos próximos 12 a 18 meses e destaca o “perfil de liquidez muito mais robusto“, com 1,2 mil milhões de euros no balanço, o que compara com 426 milhões em 2019.
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