Exportações de componentes automóveis voltam a cair 4,4% em setembro
Dados da AFIA mostram que no acumulado do ano, as exportações para o mercado europeu registaram uma queda de 4,6% face ao mesmo período de 2023.
As exportações de componentes para automóveis caíram 4,4% em setembro, quando comparado com o mesmo período do ano anterior, atingindo os 1.000 milhões de euros, segundo os dados divulgados esta terça-feira pela Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel (AFIA). Embora o resultado permaneça negativo, ainda assim, a queda é menos acentuada do que a registada no mês de agosto (-5,4%).
O valor das exportações de componentes automóveis em setembro representou 14,7% no total das exportações de bens transacionáveis de Portugal. A associação liderada por José Couto recorda que “embora as exportações de componentes automóveis tenham sofrido uma erosão no ano em curso, continuam a ter um peso significativo nas exportações nacionais”.
No que respeita ao acumulado até setembro, as exportações de componentes automóveis atingiram cerca de 8.800 milhões de euros, o que corresponde a uma diminuição de 3,9% face ao período homólogo de 2023. Dados da AFIA mostram ainda que no terceiro trimestre, que inclui os meses de julho a setembro, o setor registou um declínio de 2,7% face ao mesmo período do ano anterior.
Este ligeiro abrandamento na queda pode indicar uma esperança na estabilização do mercado, embora o setor continue a enfrentar desafios significativos num contexto económico global complicado.
A Europa continua a ser o principal destino das exportações portuguesas de componentes automóveis, representando 88,5% das vendas internacionais. No acumulado de 2024, as exportações para o mercado europeu registaram uma queda de 4,6% face ao mesmo período de 2023. Espanha mantém-se como o maior comprador, absorvendo 28% dos componentes fabricados em Portugal, seguida pela Alemanha (23,9%) e França (8,2%).
Por fim, a AFIA destaca que embora as exportações de setembro tenham caído 4,4%, esta redução é menos pronunciada do que a verificada em agosto, altura em que se verificou uma diminuição de 5,4%. “Este ligeiro abrandamento na queda pode indicar uma esperança na estabilização do mercado, embora o setor continue a enfrentar desafios significativos num contexto económico global complicado”, conclui.
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