i-charging, Bloq.it e Coverflex… estas são as tecnológicas portuguesas de crescimento mais rápido
Veronica Orvalho, da Didimo, foi distinguida na categoria “Women in Leadership” no "Technology Fast 50 Portugal", da Deloitte.
A i-charging, a Bloq.it e a Coverflex são as tecnológicas portuguesas de crescimento mais rápido, segundo o ranking “Technology Fast 50 Portugal”, da Deloitte. Na edição deste ano, as 50 empresas vencedoras alcançaram um volume de negócios agregado de 520 milhões de euros, representando uma média de 120 mil euros por colaborador e uma produtividade média por colaborador de 70 mil euros.
Entre as 50 tecnológicas de crescimento mais rápido, cerca de metade (23) repetem presença face ao ranking do ano passado, liderado pela unicórnio Sword Health, com 27 novas entradas.
“O número [de repetições] parece-me normal. Temos que ver que são percentagens de crescimento muito elevadas. Temos entidades que multiplicam muito mais do que dez vezes o seu volume de negócios em apenas três anos e, portanto, é natural que essas entidades, durante alguns anos, permaneçam no ranking“, considera Pedro Brás da Silva, partner da Deloitte, em entrevista ao ECO, quando instado a comentar o ranking.
“Resulta da própria dinâmica e da forma como este ranking mede o crescimento. Essa fotografia permite dizer que as empresas que atingiram esse sucesso, estão com um crescimento muito forte e é normal que se prolongue para mais um, dois, três anos. Depois, quando ficam muito grandes, continuam a crescer a bons ritmos, mas como o ranking mede uma percentagem, é muito mais difícil para uma empresa com um volume de negócios de 50 milhões de euros, dois ou três anos depois faturar 200 ou mil milhões de euros. A multiplicação é possível nos primeiros anos”, continua o responsável.
Crescimento médio acima de 260%
Metade das 50 empresas registou um crescimento superior a 260% desde 2020. A i-charging, com um crescimento de 65.881%, lidera a tabela, seguindo-se a Bloq.it (+32.351%), com a Coverflex, a assinalar um crescimento de 10.534%, a fechar o top 50.
Este ano, as empresas vencedoras alcançaram um volume de negócios agregado de 520 milhões de euros — em 2020, o volume de negócios agregado destas empresas era de 150 milhões de euros —, representando uma média de 120 mil euros por colaborador e uma produtividade média por colaborador de 70 mil Euros. Mais de metade (65%) do volume de negócios resulta das exportações, reforçando o cariz global dos negócios distinguidos.
“O peso do setor tecnológico em Portugal em função do PIB ainda não está na média europeia e há áreas que podem ser trabalhadas para que cada vez tenhamos empresas tecnológicas mais fortes”, afirma o Pedro Brás da Silva, em entrevista ao ECO.
Mas mostra-se otimista com a evolução. “Das 55 empresas distinguidas no ranking, 36% têm na sua equipa fundadora pessoas que fizeram investigação e 18% das empresas têm doutorados na sua equipa fundadora. O que já é um dado interessante e que mostra que esse caminho está a ser percorrido”, destaca o partner da Deloitte.
Lisboa acolhe a maioria
No que respeita à localização das empresas vencedoras, a maioria das empresas concentra-se em Lisboa (21) e no Norte, com Porto (19), Braga (4) e Aveiro (1), sendo Castelo Branco (2) o único distrito do interior representado.
As empresas do ranking têm, em média, 11 anos de atividade, havendo 31 empresas com 10 anos ou menos, sendo as mais novas as três primeiras colocadas na tabela, todas com cinco anos, detalha a consultora.
Veronica Orvalho vence em “Women in Leadership”
Além das 50 empresas do ranking, foram ainda distinguidas cinco empresas em diversas categorias.
A PeekMed, Promptly e Rauva venceram na categoria “Rising Stars”, avaliada em parceria com a Startup Portugal.
A Critical Manufacturing destaca-se na categoria “Market Catalyst Award”, enquanto a Portugal Ventures, sociedade de capital de risco do Banco Português de Fomento, venceu a categoria “Venture ChampionAward”; a Miles in the Sky venceu a categoria “Impact Award”.
Veronica Orvalho, fundadora da Didimo, foi distinguida na categoria “Women in Leadership”. No ano passado esse reconhecimento foi atribuído à Daniela Braga.
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