EY Portugal e Evercore assessoram suecos da Boliden na compra da mina Neves-Corvo
A aquisição à Lundin Mining contou com assessores financeiros portugueses, nomeadamente os sócios João Vaz, que fez a 'due diligence' financeira, e Jaime Rocha, a cargo da diligência fiscal.
A consultora EY Portugal e o banco de investimento Evercore prestaram assessoria financeira aos suecos da Boliden no processo de aquisição da Somincor — que explora a mina de Neves-Corvo — e da mina Zinkgruvan, na Suécia. A transação, que estava a ser finalizada desde meados de novembro, teve também o apoio de um escritório de advogados internacional (Vinge), além da Morais Leitão e Uría.
A compra à empresa sueco-canadiana Lundin Mining contou com o trabalho de assessores financeiros portugueses da EY, nomeadamente João Vaz, que fez a due diligence financeira, Jaime Rocha, a cargo da fiscal, Ana Sousa, António Pires Alves, João Rodrigues, Mafalda Andrade, Margarida Santos Pereira e Tiago Rolim, que fizeram a due diligence à Somincor, apoio à elaboração do contrato de compra e venda (SPA – Sales and Purchase Agreement) e estruturação fiscal.
A equipa de M&A da sociedade Vinge foi liderada por Ulrich Ziche e constituída por Maria Dahlin Kolvik, Egil Svensson e Helena Liljenberg (M&A), Johan Cederblad (Ambiente), Niclas Winnberg (Imobiliário), Emil Lindwall e Louisa Fagarasan (Laboral), Victor Ericsson (Fiscal), Mario Saad (Societário) e Johanna Engström (Apoio às Transações), enquanto o grupo de Mercado de Capitais foi encabeçado por Jesper Schönbeck e composta por Amanda Knutsson, Joel Wahlberg, Joel Magnusson e Adrian Filipovic.
No início da semana passada, a Boliden assinou um acordo para adquirir a Somincor, concessionária da mina de Neves-Corvo, e a Zinkgruvan por um preço inicial de 1,3 mil milhões de dólares (cerca de 1,2 mil milhões de euros) mais um pagamento de até 150 milhões de dólares (na ordem dos 143 milhões de euros) em contrapartidas sob determinadas condições contratuais.
O comprador estima que a produção de concentrado de zinco e cobre aumentará de 35% para 70% da capacidade de fundição de zinco e de 30% para 40% da capacidade de fundição de cobre, de acordo com a informação veiculada aquando do negócio. Ademais, é expectável que também a produção de metais aumente nas minas (95% para zinco e 43% para cobre em relação a 2023).
Já a contribuição do EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) das minas de Neves-Corvo e Zinkgruvan, nos próximos cinco anos, está prevista entre 300 milhões e 350 milhões de dólares anuais (286-334 milhões de euros).
“A anexação de duas minas de zinco e cobre geradoras de fluxo de caixa em Portugal e na Suécia tem uma forte lógica industrial, bem como um ajuste estratégico. Otimizar essas unidades bem-investidas, bem como desenvolver o mix de alimentação para as fundições que temos criará valor no curto e longo prazo para as nossas áreas de negócios. No futuro, também teremos maiores oportunidades de desenvolvimento para exploração próxima à mina nessas regiões de mineração atrativas”, referiu o presidente e CEO da Boliden, Mikael Staffas.
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