Cinco ativos que estão a cavalgar a febre das criptomoedas
A maré alta nas criptomoedas este ano está a fazer subir o valor de muitos outros ativos, incluindo fundos, tecnológicas, corretoras cripto e empresas de mineração. Conheça alguns.
Menos de um mês depois de ter quebrado a barreira dos 100 mil dólares, a bitcoin iniciou esta semana a bater novos recordes. A popular moeda virtual ultrapassou os 107 mil dólares, com o mercado das criptomoedas cada vez mais perto dos 3,8 biliões.
Os investidores especulam que o 2025 será um ano pródigo para os criptoativos, depois de Donald Trump, um antigo crítico reconvertido em apoiante, ter sido reeleito Presidente dos EUA. Desde 5 de novembro, dia em que se realizaram as eleições, a bitcoin acumula ganhos superiores a 50%.
Apesar de ser uma subida considerável, que alcança os 150% no acumulado do ano, na verdade, a bitcoin está longe de ser a campeã das subidas em 2024. A Mantra, outro criptoativo, já valorizou mais de 6.750% desde o princípio do ano. Existem ainda outros ativos que estão a disparar à boleia das criptomoedas.
iShares Bitcoin Trust ETF
A escalada do preço da bitcoin não começou só em novembro. As criptomoedas já estavam a viver um bom momento desde janeiro, mês em que a Securities and Exchange Commission (SEC), o regulador norte-americano dos mercados de capitais, deu luz verde aos primeiros fundos cotados na bolsa com exposição direta à bitcoin (ETF).
Entre os ETF de bitcoin criados este ano, o iShares Bitcoin Trust ETF, da BlackRock, conhecido pelo ticker “IBIT”, apresenta-se como “o produto de bitcoin negociado em bolsa mais transacionado desde o seu lançamento”. É também, de acordo com a plataforma de preços CoinMarketCap, aquele que tem o maior valor de mercado.
Atualmente, o IBIT, que se diferencia de outros ETF por investir diretamente em bitcoins, e não através de instrumentos derivados, detém quase 540 mil unidades da criptomoeda, avaliadas em perto de 55 mil milhões de dólares. Desde que começou a negociar a 11 de janeiro, este fundo já valorizou mais de 115%.
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MicroStrategy
Michael Saylor, 59 anos, é um conhecido adepto das criptomoedas. E a MicroStrategy, a empresa de software que ajudou a fundar em 1989, é um grande investidor institucional de bitcoin, numa estratégia que se iniciou em 2020.
Ao longo dos últimos quatro anos, a empresa tem dispendido milhares de milhões de dólares a comprar bitcoins, detendo no seu balanço, segundo os dados mais atualizados, 423.650 unidades avaliadas em mais de 45 mil milhões de dólares, o equivalente a cerca de 2% de todas as moedas no mercado.
Depois da escalada do preço da bitcoin este ano, e perante a elevada exposição da empresa à criptomoeda, o preço das ações da MicroStrategy já subiu mais de 530% este ano.
A empresa também recebeu outra boa notícia esta semana: as suas ações passarão a integrar o índice Nasdaq 100, colocando-a no radar dos fundos de índice. Estes, por sua vez, ganham uma exposição indireta à criptomoeda.
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Semler Scientific
O nome pode ser desconhecido para muitos, mas a Semler Scientific, uma tecnológica do setor da saúde, tem chamado a atenção este ano pela sua estratégia de investimento em bitcoins.
Sob o comando de Doug Murphy-Chutorian, a empresa iniciou em maio um plano de aquisição desta criptomoeda, declarando no seu site que “acredita que a bitcoin é uma reserva de valor de confiança e um investimento apelativo”. “A sua escassez e oferta finita fazem dela uma potencial proteção contra a inflação e um ativo de refúgio perante a instabilidade global”, acrescenta.
No dia 16 de dezembro, a Semler Scientific anunciou num comunicado que já detém 2.084 bitcoins, adquiridas ao longo dos últimos meses por um montante total de 168,6 milhões de dólares e a um preço médio, incluindo comissões e outras taxas, de 80.916 dólares cada uma. Estas bitcoins estarão a valer quase 223 milhões de dólares ao preço de mercado atual.
Com esta estratégia, e também graças a outros desenvolvimentos operacionais, as ações desta empresa de tecnologias para o setor da saúde acumulam ganhos de mais de 68% na bolsa.
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Hut 8
A bitcoin necessita de uma extensa rede de computadores ligados para poder funcionar. São eles que validam as transações na blockchain em troca de uma recompensa paga em criptomoeda. Se nos primórdios da bitcoin um computador portátil bastava, hoje em dia a rede é mantida por grandes armazéns cheios de computadores de alto desempenho com elevados consumos energéticos.
Algumas empresas cotadas em bolsa dedicam-se a essa atividade, como é o caso da Hut 8. Esta empresa de infraestrutura tecnológica é também um dos maiores mineradores de bitcoin cotados, e um dos que mais valorizou ao longo deste ano. Os respetivos títulos listados no Nasdaq entraram em 2024 a valer 13,34 dólares e mais do que duplicaram de valor, estando próximos dos 30 dólares.
Liderada por Asher Genoot desde fevereiro, a Hut 8 minera bitcoins em quatro localizações no continente americano, incluindo duas em Alberta, no Canadá, e outras duas nos EUA, em Niagara Falls e no Texas.
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Coinbase
Longe vão também os tempos em que o acesso ao mercado cripto era complexo e exclusivo para os mais entendidos. Tal como hoje existem plataformas de negociação de ações simplificadas para investidores de retalho, há também um nome que se destaca entre as plataformas de compra e venda de criptomoedas. Esse nome é o da Coinbase.
A Coinbase é uma corretora de criptomoedas com presença mundial, incluindo em Portugal, e uma das mais usadas pelos pequenos investidores. A empresa gera receitas através das comissões cobradas nas transações e tem beneficiado noutros momentos de alta do mercado.
Depois de em 2023 ter visto as suas ações crescerem 391%, a empresa tem prolongado esses ganhos em 2024, com um avanço acumulado de cerca de 81%. Mas apesar destes dois anos de sucesso bolsista, a Coinbase também tem sido penalizada quando há grandes quedas no valor dos criptoativos. Em 2022, ano marcado pelo colapso da concorrente FTX, a Coinbase afundou 86% em bolsa.
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