Contas públicas com excedente de 2,8% até setembro. É inferior aos 3,3% de há um ano
Miranda Sarmento conseguiu um excedente de 2,8% nos nove primeiros meses do ano, segundo os dados divulgados esta segunda-feira pelo INE. Abaixo do registado em igual período do ano passado (3,3%).
O saldo das Administrações Públicas foi positivo nos nove primeiros meses ano. O excedente das contas públicas representou 2,8% do Produto Interno Bruto (PIB) até setembro, o que corresponde a um valor abaixo do registado em igual período do ano passado (3,3%).
Segundo os dados divulgados esta segunda-feira pelo INE, o saldo do setor das Administrações Públicas diminuiu 0,2 pontos percentuais, fixando-se a capacidade líquida de financiamento em 1% do PIB no ano terminado no terceiro trimestre de 2024. A motivar esta ligeira contração esteve o aumento da despesa (2,1%) superior ao aumento da receita (1,5%).
“Considerando os valores trimestrais e não o ano acabado no trimestre, o saldo das Administrações Públicas no terceiro trimestre de 2024 atingiu 4.344 milhões de euros, correspondendo a 6% do PIB (7,3% no período homólogo), verificando-se aumento homólogos de 5,4% da receita e de 8,7% da despesa”, refere o organismo de estatística nacional.
No que diz respeito às sociedades não financeiras (empresas), o saldo foi menos negativo, acabando por mais do que compensar a redução dos saldos dos restantes setores da economia. A sua necessidade de financiamento fixou-se em 4,5% do PIB (menos 0,2 pontos percentuais do que no trimestre anterior).
Por sua vez, o saldo das famílias aumentou 0,6 pontos percentuais [p.p.] em cadeia, para os 4,1% do PIB, no trimestre que vai de julho a setembro de 2024.
Os dados do INE divulgados esta manhã são em contabilidade nacional, aquela que é utilizada nas comparações internacionais e que interessa a Bruxelas, diferente da contabilidade pública apurada mensalmente pela Direção-Geral do Orçamento.
Como evoluiu a poupança?
A poupança bruta da economia aumentou 1,8%. No terceiro trimestre deste ano, a poupança bruta representou 21,3% do PIB, mais 0,1 pontos percentuais em cadeia e mais 0,7 pontos percentuais em termos homólogos). Já as famílias portuguesas pouparam mais 8,4% devido ao aumento de 2,3% do rendimento disponível, que foi superior ao crescimento do consumo privado (1,6%).
“O aumento da poupança superou o crescimento de 0,3% da Formação Bruta de Capital, resultando na melhoria
da capacidade de financiamento da economia em 0,2 p.p., para 2,6% do PIB no terceiro trimestre”, explicou o INE, no relatório publicado esta segunda-feira.
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