Dia Internacional e Noite dos Museus com centenas atividades hoje em todo o país

  • Lusa
  • 18 Maio 2024

Mais de 300 atividades, na maioria de acesso gratuito, assinalam o Dia Internacional e a Noite dos Museus, com concertos e visitas orientadas em dezenas de entidades pelo país.

Mais de 300 atividades, na maioria de acesso gratuito, vão assinalar este sábado o Dia Internacional e a Noite dos Museus, com concertos e visitas orientadas em dezenas de entidades pelo país, segundo a Museus e Monumentos de Portugal. Celebrado tradicionalmente a 18 de maio desde 1997 para reforçar os laços dos museus com a sociedade, através de várias atividades culturais, o dia internacional terá este ano como lema “Museus, Educação e Investigação”, segundo o ‘site’ do Conselho Internacional de Museus (ICOM, na sigla em inglês), promotor do evento a nível mundial.

Com base neste tema, a empresa pública Museus e Monumentos de Portugal (MMP) lançou o desafio aos 38 museus e monumentos nacionais, e aos 169 espaços museológicos que integram a Rede Portuguesa de Museus para se associarem a estas comemorações, promovendo dezenas de atividades em todo o país, incluindo várias atividades dedicadas a famílias.

Visitas guiadas e temáticas a exposições, às reservas de alguns museus, espetáculos de teatro, dança, circo e música, oficinas, palestras, entre outras iniciativas, na maioria gratuitas, para todos os públicos, compõem um programa geral que somava 334 atividades registadas, envolvendo mais de sete dezenas de museus e monumentos de todo o território nacional, segundo um comunicado da MMP divulgado na quarta-feira.

Este ano, o Dia Internacional dos Museus coincide com a Noite Europeia dos Museus, criada em 2005, que permite aos visitantes usufruir destes espaços em período noturno, e participarem nas múltiplas atividades programadas, que podem ser consultadas em https://dim.museusemonumentospt.pt/, em permanente atualização.

De acordo com a MMP, a entrada nos 38 museus, monumentos e palácios nacionais da sua tutela é gratuita.

Neste dia, a ministra da Cultura, Dalila Rodrigues, vai assinalar os 20 anos da reabertura do Museu Nacional Grão Vasco, em Viseu, que dirigiu, e onde vai fazer uma intervenção de “apresentação de novas políticas culturais: classificação, aquisição e circulação de obras de arte; autonomia dos museus e democratização do acesso à cultura; estudo, classificação e reabilitação do Fontelo”, segundo a agenda da governante.

No Norte, no Mosteiro de Leça do Balio, sede da Fundação Livraria Lello, será exposta, pela primeira vez ao público, a obra “Descida da Cruz”, do pintor português Domingos Sequeira (1768-1837), que seguirá para o Museu Nacional de Soares dos Reis, para exposição a partir de 01 de junho.

Em Guimarães, o Centro Internacional das Artes José de Guimarães vai inaugurar a exposição “Problemas do Primitivismo — A Partir de Portugal”, com curadoria de Marta Mestre e Mariana Pinto dos Santos, seguindo-se, noite dentro, o programa “antimuseu”, a cargo da Revolve, com Croatian Amor, DJ Lynce, DJ Veludo, Miguel Pedro, oqbqbo e Vanity Productions.

Gerardo Rodrigues ao piano marcará o Dia Internacional dos Museus e a Noite Europeia dos Museus no Museu José Malhoa, nas Caldas da Rainha, e no Museu Nacional de Conímbriga decorrerá uma apresentação de comunicações no âmbito de trabalhos de mestrado e doutoramento desenvolvidos naquele museu.

Em Coimbra, o museu municipal organiza a visita guiada dramatizada “O Guarda chaves sobe à Torre de Almedina”, às 11:00, destinada ao público em geral e a crianças com mais de 6 anos, mediante inscrição prévia, segundo o programa geral.

No distrito de Leiria, o Mosteiro de Alcobaça irá apresentar um ateliê intitulado “Uma viagem pelo tempo: como é ser monge?”, pelas 10:30, para dar a conhecer uma parte importante do monumento – o Scriptorium – onde os monges copistas produziam códices, os livros medievais.

Em Lisboa, o Museu Nacional de Arte Antiga vai organizar, especialmente para famílias, uma visita-jogo relativa ao “Retrato de um artista: a arte de Domingos Sequeira”, enquanto durante a Noite Europeia de Museus, às 21:30, no antigo ateliê do pintor José Malhoa, na Casa-Museu Anastácio Gonçalves, decorrerá “Uma soirée musical e literária do início do século XX”, pelo Movimento Patrimonial para a Música Portuguesa.

Em Lisboa, o Museu Nacional de Arte Antiga vai organizar, especialmente para famílias, uma visita-jogo relativa ao “Retrato de um artista: a arte de Domingos Sequeira”, enquanto durante a Noite Europeia de Museus, às 21:30, no antigo ateliê do pintor José Malhoa, na Casa-Museu Anastácio Gonçalves, decorrerá “Uma soirée musical e literária do início do século XX”, pelo Movimento Patrimonial para a Música Portuguesa.

Ainda na capital, o Museu Nacional de Etnologia vai organizar visitas guiadas às “Galerias da Amazónia”, entre as 19:00 e as 20:00, em cujas reservas visitáveis, o público em geral tem acesso às coleções relativas às culturas amazónicas com mais de 1.700 objetos que as constituem, representando um total de 37 povos indígenas.

Por seu turno, o Museu Rainha D. Leonor, em Beja, organizará o “Museu na Rua” através de oficinas e, no Funchal, no Museu Quinta das Cruzes, terá lugar um baile oitocentista.

Anualmente, mais de 40 mil museus de todo o mundo participaram no Dia Internacional dos Museus, segundo o ICOM, organizando programações que envolvem, entre outras, visitas guiadas, lançamento de livros, recriações históricas e conferências.

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Maior escrutínio à política do BCE une esquerdas e afasta liberais no debate das europeias

Num confronto em que a esquerdas voltaram a estar em maioria no debate, salários, valorização da economia e as taxas de juro estiveram no centro da discussão.

Depois de dois debates com enfoque na defesa, alargamento e imigração, os cabeças de lista da CDU (coligação que junta PCP e os Verdes), do Bloco e Esquerda, do Livre e da Iniciativa Liberal centraram-se nas questões económicas da União Europeia, naquele que foi terceiro “debate quadrangular” das eleições europeias, o mais aceso até agora.

Salários, moeda única, e taxas de juro foram os temas principais do debate entre João Oliveira (que fez a sua estreia), Catarina Martins, João Cotrim de Figueiredo e Francisco Paupério.

IL de fora do apelo por um “maior escrutínio” ao BCE

Tanto o Livre como o Bloco de Esquerda e o PCP defendem que o Banco Central Europeu (BCE) deve ser alvo de um maior escrutínio face às decisões que toma relativamente à política monetária no bloco europeu, nomeadamente, ao nível do ritmo de evolução das taxas de juro, que só deverão começar a descer, pela primeira vez desde 2019, em julho.

“Quando se diz que o BCE é independente, é independente de quem?”, começou por questionar Catarina Martins, que acusou a instituição liderada por Christine Lagarde de responder ao “sistema financeiro” e de “penalizar as famílias” com a subida das taxas de juro.

“[O BCE] salva bancos, apoia os bancos contra as famílias”, acusou a bloquista, que defende que o Parlamento Europeu deve ter a capacidade de emitir um “parecer vinculativo no mandato do BCE” para garantir que há “escrutínio democrático”.

O cabeça de lista do Livre também subscreve uma maior capacidade de escrutínio do Parlamento Europeu face à atuação do BCE, referindo, a título de exemplo, que os 27 comissários europeus “estão dispostos a responder” perante o hemiciclo antes do início dos seus mandatos.

Com o BCE devia ser igual“, defendeu Francisco Paupério, sublinhando que, embora o banco europeu tenha um mandato secundário social e ambiental, não o tem exercido “nesse sentido”.

Na mesma linha surge João Oliveira que apelou a um maior “controlo democrático” de instituições como o BCE que devem, acima de tudo, “servir o povo”, sobretudo em alturas de maior pressão inflacionista, tal como aquela que o bloco europeu tem vivido no último ano.

João Cotrim de Figueiredo rejeitou as posições defendidas pelos três partidos de esquerda, defendendo que o BCE mantém-se “independente e com mandatos claros” e que, à semelhança de outros bancos centrais, a instituição europeia definiu como “objetivo sério manter a inflação controlada”.

“Não defendo as políticas monetárias do BCE [subidas das taxas de juro], mas, no dia em que o BCE perder a independência, ficará nas mãos dos poderes eleitorais. É o fim das condições de prosperidade da União Europeia”, alertou o cabeça de lista da Iniciativa Liberal.

Partidos concordam com maiores salários mas diferem nas políticas

Depois de ter reiterado que “Portugal deve preparar políticas” para uma saída da moeda única, sob o argumento de que se “tem tornado num obstáculo ao desenvolvimento do país”, o cabeça de lista da CDU defendeu que Portugal deve ter maiores salários, dizendo que rendimentos mais saltos “devem ser critérios de desenvolvimento” de qualquer Estado-membro na União Europeia. No entanto, não esclareceu sobre que moeda viria em substituição do Euro caso a proposta fosse levada a avante no Parlamento Europeu.

O euro não é uma fatalidade. Escudo? Não queremos andar para trás, queremos andar para a frente“, explicou João Oliveira.

Recordando que o PCP propõe um “pacto” no qual defende a “valorização do trabalho e dos salários”, o candidato comunista salientou que as negociações entre sindicatos e patrões desempenham um papel fundamental no alcance deste objetivo, defendendo, por isso, um maior poder sindicalista nas empresas. “Sem uma economia qualificada não conseguimos ter salários mais elevados”, disse.

Também o Livre defende um papel reforçado dos trabalhadores nas empresas, sugerindo que estes devem ter representação nos Conselhos de Administração. Mas acima de tudo, Francisco Paupério diz que o partido é a favor de um salário mínimo europeu — ajustado conforme a realidade de cada país — e que, no caso de Portugal, seria o equivalente a “80% do salário mínimo de Espanha”, que neste momento está acima dos 1.000 euros.

João Cotrim de Figueiredo foi o maior (e único) crítico da proposta de saída do euro da CDU entre os debatentes, tendo pressionado o cabeça de lista comunista a esclarecer se o partido é a favor da saída da UE e a explicar de que forma seria conduzida essa saída do euro. A resposta não chegou, e as críticas continuaram.

“A única forma de aumentar salários é ter uma economia que cresça e que crie empregos com qualificação”, afirmou o cabeça de lista da Iniciativa Liberal. “Uma evolução salarial por decreto não tem impacto na economia. [Essas propostas] são o típico de propostas para aumentar a despesa e não de fazer crescer a economia“, retorquiu.

Já Catarina Martins, que também se diz a favor do aumento dos salários, não acompanhou nenhuma das propostas dos candidatos nesta matéria, mas criticou a sugestão do Livre, admitindo ter “muitas dúvidas” quanto à sua eficácia, isto depois de no último debate ter convidado o partido a integrar a Esquerda Europeia ao invés dos Verdes no Parlamento Europeu. “É um debate sobre o qual é preciso ter algum cuidado”, disse a cabeça de lista do BE.

Para a bloquista, a chave para o crescimento da economia e da valorização salarial passa por um maior “investimento público em setores estratégicos”, desde logo aqueles ligados à “transição verde e justa”.

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Moody’s mantém rating de Portugal e vê risco de novas eleições no final deste ano

Agência de notação financeira decidiu manter o rating da República, meses depois de ter elevado a notação portuguesa em dois níveis para o patamar "A3".

A Moody’s decidiu manter o rating de Portugal no nível “A3” com perspetiva estável, na sequência da avaliação que tinha marcada para esta sexta-feira. No entanto, a agência de notação financeira considera que os riscos de novas eleições antecipadas ainda este ano “são elevados”, afirma num comunicado.

No dia 17 de novembro de 2023, a Moody’s subiu o rating da dívida portuguesa em dois níveis, de “Baa2” para “A3”. A perspetiva passou de positiva a estável e, para esta sexta-feira, os analistas contactados pela Lusa não esperavam nenhuma alteração, embora admitissem uma possível melhoria do outlook.

Feita essa avaliação periódica, a Moody’s considera que muitos dos pressupostos sobre Portugal se mantêm. Contudo, indica que “as eleições antecipadas em março de 2024 não resultaram numa clara maioria governativa”, pelo que “os riscos de novas eleições antecipadas no final de 2024 são elevados”.

A Moody’s também entende que o rating da dívida portuguesa pode ser afetado negativamente pela exposição às alterações climáticas, bem como no caso de a NATO acabar diretamente envolvida na guerra entre a Rússia e a Ucrânia — algo que, ainda assim, considera ser “improvável”.

Ainda assim, a notação atribuída ao país assenta na sua economia “competitiva e diversificada”, níveis “relativamente elevados” de riqueza e de solidez institucional. Os principais desafios para a Moody’s permanecem o “rácio ainda alto de dívida pública” em comparação com os pares, apesar de elogiar a trajetória de queda do endividamento português.

Para a Moody’s, nos seis meses desde que subiu a notação portuguesa, a evolução do país tem sido “geralmente consistente” com as suas expectativas, nomeadamente o crescimento de 2,3% do PIB real em 2023, muito acima da média europeia de 0,4%. A Moody’s antecipa, assim, um crescimento de 1,8% em 2024 e 1,9% em 2025.

A agência admite ainda que o excedente orçamental de 1,2% do PIB em 2023 ficou “ligeiramente acima” da sua projeção de 0,9% e que a descida do rácio de dívida face ao PIB para menos de 100% aconteceu “mais cedo” do que o previsto.

A Moody’s, que tem nova avaliação a Portugal marcada para 15 de novembro, sublinha ainda que a notação do país poderá beneficiar de um crescimento económico mais acentuado do que o esperado, o que poderia ocorrer no caso de uma “implementação mais eficaz dos projetos de investimento e das reformas macroeconómicas” previstas no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

A próxima agência de notação financeira a pronunciar-se sobre Portugal será a DBRS no dia 19 de julho. Entre as outras principais agências, a Standard & Poor’s avalia a dívida soberana portuguesa em “A-” com perspetiva positiva; a Fitch em “A-” com perspetiva ‘estável’; e a DBRS em “A” com perspetiva estável.

(Notícia atualizada pela última vez às 22h50)

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PS à frente da AD nas intenções de voto para as europeias

  • ECO
  • 17 Maio 2024

PS lidera as intenções de voto com uma distância ligeira da coligação que junta PSD, CDS-PP e PPM. À esquerda, os socialistas seriam os únicos a conseguir eleger eurodeputados.

O PS lidera a mais recente sondagem a três semanas das eleições europeias, conquistando 25% das intenções de voto, enquanto a Aliança Democrática (coligação que junta PSD, CDS-PP e PPM) surge em segundo lugar, com 23% dos votos. Já o Chega aparece na terceira posição, alcançando 7%, mais um ponto percentual do que a Iniciativa Liberal.

Assim, o PS poderá ser o único partido da ala da esquerda a conseguir eleger eurodeputados, segundo a sondagem realizada pela IPESPE Duplimétrica para a CNN Portugal. Nem o Bloco de Esquerda, nem o Livre, nem a CDU conseguem mais do que 2% das intenções de votos, situando-se ainda longe dos cerca de 4,7% necessários para eleger.

Segundo a CNN Portugal, esta sondagem decorreu entre os dias 6 a 13 de maio de 2024 e foram realizadas 800 entrevistas. A margem de erro máxima para o total da amostra é de 3,5 pontos percentuais, para um grau de confiança de 95,45%. A taxa de resposta foi de 59,97%.

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FC Porto multado em 1,5 milhões de euros pela UEFA

  • Lusa
  • 17 Maio 2024

FC Porto e Vitória de Guimarães arriscam ficar fora das competições europeias de futebol, por incumprimento do fair play financeiro da UEFA. Dragões foram multados em 1,5 milhões de euros.

O FC Porto e Vitória de Guimarães arriscam ficar fora das competições europeias de futebol por incumprimento do fair play financeiro da UEFA. O organismo informou esta sexta-feira que multou ainda o Sporting de Braga.

Os ‘dragões’ foram multados em 1,5 milhões de euros e exclusão das competições europeias por uma época, com pena suspensa por dois anos, tal como os vimaranenses, sob probatório de uma temporada e multados em 200 mil euros, enquanto os bracarenses foram punidos com 40 mil euros.

Estes três clubes portugueses integram uma lista de 13 emblemas sobre os quais foram impostas medidas disciplinares por terem dívidas em atraso, segundo o comunicado divulgado hoje, dando conta da avaliação de não dívida definida nos regulamentos de licenciamento de clubes e sustentabilidade financeira da UEFA, por parte do órgão de controlo financeiro do organismo (CFCB).

FC Porto, Vitória de Guimarães e Sporting de Braga foram dos 11 clubes que não recorreram das decisões disciplinares, tendo em conta os três momentos de avaliação, em julho e outubro de 2023 e em janeiro de 2024, ficando, segundo a UEFA, evidente que, em março último, não iriam cumprir os requisitos para participar nas competições europeias de clubes.

Ainda de acordo com a UEFA, aos 11 clubes, que “não recorreram da decisão da CFCB, foram aplicadas as multas por terem contas a pagar em atraso e/ou declaração incorreta de informações de contas a pagar”.

O FC Porto foi o clube mais penalizado, com uma multa de um milhão e meio de euros, o Vitória de Guimarães de 200 mil euros e o Sporting de Braga de 40 mil euros, ainda de acordo com o comunicado de hoje da UEFA, detalhando que estes valores consideraram os valores vencidos na época 2023/24, bem como as agravantes e atenuantes.

Mais uma vez segundo a UEFA, por reincidência, por dívidas vencidas há mais de 90 dias durante a época e ou por incumprimentos dos critérios de licenciamento dos clubes, o FC Porto e o Vitória de Guimarães foram punidos com suspensão das competições europeias, com pena suspensa, por uma época, na próxima edição que se apurarem (ou seja, 2025/26, 2026/27 e 2027/28).

Para o FC Porto, a exclusão fica suspensa por um período probatório de duas épocas e só será aplicada caso o clube não cumpra os requisitos de solvência nas épocas 2024/25 e 2025/26“, lê-se no referido comunicado, ao passo que para os vitorianos “a exclusão fica suspensa por um período probatório de uma época e só será aplicada se o clube não cumprir os requisitos de solvência na época 2024/25”.

CSKA Sófia (Bul), Dinamo Tbilisi (Geo), Partizan Belgrado (Ser), Galatasaray (Tur), Betis (Esp), Ordabasy Shymkent (Caz), Riga FC (Let) e FK Auda (Let) foram os clubes que aceitaram as multas impostas, enquanto Adana Demirspor (Tur) e FC Shakhtyor (Biel) foram os emblemas que recorreram, tendo a instância de apelo confirmado os castigos de afastamento das competições europeias por um ano, assim como uma multa de aproximadamente um milhão de euros ao clube bielorrusso.

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Há 346 trabalhos em shortlist no Festival CCP

  • + M
  • 17 Maio 2024

Os vencedores são revelados no dia 24 de maio, na Gala 26º Entrega de Prémios CCP, que se realiza no espaço da antiga Fábrica do Pão, no Beato Innovation District, em Lisboa.

Após dois dias de votação, já estão escolhidos os trabalhos que passaram à shortlist na 26.ª edição do Festival CCP. Habilitados agora a receber ouro, prata ou bronze estão 346 projetos, de um total de 933 trabalhos a concurso.

Em Publicidade há 63 finalistas (34% de 185 inscrições), em Design 80 finalistas (40% de 200 inscrições) e em Digital 71 finalistas (44% de 162 inscrições). Na categoria Experiências de Marca passaram a finalistas 27 trabalhos (31% de 88 inscrições) e em Craft em Publicidade 73 (33% de 220 inscrições). Criatividade em Meios tem 23 finalistas (44% de 52 inscrições) e Integração e Inovação nove finalistas (35% de 26 inscrições).

Todos os trabalhos em shortlist podem ser vistos aqui.

A Semana Criativa de Lisboa arranca esta sexta-feira, dia em que é lançado o Folha em Branco de 2024 que homenageia o publicitário Hugo Veiga. Segue-se a conversa “Presidentes ao palco”, com Diogo Anahory, co-fundador e diretor criativo da DJ, Filipe Mesquita, co-fundador e diretor criativo da This is Pacifica, Filipa Caldeira, partner da Uzer Consulting, Dani Ribeiro, CCO da WMcCann Brasil, Inês Fonseca, head of marketing da Johnnie Walker Iberia, e Marco Martins, realizador, encenador e co-fundador da Ministério dos Filmes e da Arena Ensemble, os presidentes das sete categorias a concurso.

Os vencedores da 26ª edição do Festival CCP são revelados no dia 24 de maio, na gala que se realiza no espaço da antiga Fábrica do Pão, no Beato Innovation District, em Lisboa.

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⛽ Preços dos combustíveis voltam a baixar esta segunda-feira

A partir de segunda-feira, quando for abastecer, deverá pagar 1,550 euros por litro de gasóleo simples e 1,746 euros por litro de gasolina simples 95.

Os preços dos combustíveis vão voltar a descer no início da próxima semana. O gasóleo, o combustível mais usado em Portugal, deverá descer 1,5 cêntimos, enquanto a redução na gasolina será de um cêntimo, segundo o Automóvel Clube de Portugal.

Quando for abastecer, deverá passar a pagar 1,550 euros por litro de gasóleo simples e 1,746 euros por litro de gasolina simples 95, tendo em conta os valores médios praticados nas bombas à segunda-feira, divulgados pela Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG). É necessário recuar a 24 de julho para encontrar valores mais baixos por litro de diesel e a 18 de março, no caso da gasolina.

Estes valores já têm em conta os descontos aplicados pelas gasolineiras e a revisão das medidas fiscais temporárias para ajudar a mitigar o aumento dos preços dos combustíveis. A redução de impostos determinada pelas medidas atualmente em vigor é de 25 cêntimos por litro de gasóleo e de 26 cêntimos por litro de gasolina.

Os preços podem ainda sofrer alterações para ter em conta o fecho das cotações do petróleo brent à sexta-feira e o comportamento do mercado cambial. Mas também porque os preços finais resultam da média dos valores praticados por todas as gasolineiras. É ainda de recordar que os preços cobrados ao consumidor final podem variar consoante o posto de abastecimento.

Esta semana, os preços do gasóleo desceram meio cêntimo e os da gasolina três cêntimos, tal como antecipado por fonte do setor.

O preço do brent, que serve de referência para o mercado europeu, está a cair 0,68% esta sexta-feira, para os 83,84 dólares por barril, e caminha para o primeiro ganho semanal em três semanas, de 1%, à boleia da melhoria dos indicadores económicos da China e dos Estados Unidos que reforçam as esperanças de um aumento da procura por ouro negro.

Para Tamas Varga, da corretora petrolífera PVM, embora os indicadores da China e mais um ataque à refinaria russa Tuapse, após um ataque de drones ucranianos na região de Krasnodar, estejam a impulsionar os preços, o petróleo ainda não conseguiu uma recuperação convincente da queda recente. “A falta de entusiasmo explícito, provavelmente, resulta da procura fraca do produto reduzindo as margens de refinação”, disse o analista, citado pela Reuters.

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Sonaecom quintuplica lucros no primeiro trimestre

  • Lusa
  • 17 Maio 2024

Empresa que é acionista da Nos e dona do Público praticamente multiplicou os lucros por cinco no primeiro trimestre em comparação com o desempenho do ano anterior.

A Sonaecom registou no primeiro trimestre lucros de 25,5 milhões de euros, um valor cerca de cinco vezes superior aos 5,2 milhões de euros obtidos no período homólogo, segundo um comunicado ao mercado.

Na nota, divulgada através da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a empresa diz que este resultado se deve “à evolução quer do resultado direto, quer do resultado indireto”.

No período em análise, o volume de negócios consolidado atingiu os 3,9 milhões de euros, representando uma redução de 2,3% quando comparado com o período homólogo. “Esta evolução negativa foi impulsionada quer pela área de Media quer pela Bright Pixel”, destacou.

Já o EBITDA (resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações) alcançou os 20,7 milhões de euros, indicou, “um valor significativamente superior” ao registado no primeiro trimestre de 2023, de 6,5 milhões de euros, “devido à evolução positiva da contribuição das empresas consolidadas pelo método de equivalência patrimonial”.

Segundo a Sonaecom, “a contribuição das empresas consolidadas pelo método de equivalência patrimonial aumentou de 7,9 milhões de euros para 23,5 milhões de euros, devido quer ao aumento da participação da Sonaecom na Nos”, atualmente nos 37,37% face aos 26,07% no período homólogo, bem como “ao ganho extraordinário registado na Nos decorrente da decisão favorável do Tribunal relativamente aos casos de impugnação judicial sobre a Taxa de Atividade cobrada pela Anacom”.

De acordo com a informação divulgada pela empresa, o resultado direto registou um aumento para os 22,4 milhões de euros, face aos 7,8 milhões de euros do período homólogo, “explicado pelo maior nível de EBITDA”. Já o resultado indireto registou o valor positivo de 3,1 milhões de euros no período em análise, destacou, “maioritariamente justificado por impactos positivos da evolução das taxas de câmbio e por ajustes ao justo valor de alguns ativos do portefólio da Bright Pixel”.

Entre os negócios da Sonaecom conta-se o jornal Público, sendo que, segundo a empresa, durante o primeiro trimestre deste ano, “e apesar do crescimento das receitas provenientes de conteúdos e de subscrições, a menor contribuição da publicidade traduziu-se num ligeiro decréscimo de 1% das receitas e numa evolução negativa da rentabilidade” face ao período homólogo.

Num outro comunicado, a Sonaecom avança ainda que o Conselho de Administração designou Ângelo Paupério como presidente. Foram também designadas as secretárias da sociedade e a representante para as relações com o mercado.

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Autoeuropa garante 100% do salário e subsídio de turno a trabalhadores em lay-off

  • Lusa
  • 17 Maio 2024

O pagamento completo é assegurado através de um "complemento da contribuição retributiva legal a 80% da remuneração base, com os restantes 20% a serem compensados com down days (banco de horas)".

Os trabalhadores da Autoeuropa em layoff nas paragens previstas para junho e julho, no âmbito de uma reestruturação para produção de novos modelos e descarbonização da fábrica, vão receber 100% do salário e subsídio de turno, foi esta sexta-feira anunciado.

Segundo um comunicado da administração da fábrica de automóveis da Volkswagen em Palmela, no distrito de Setúbal, a empresa e a Comissão de Trabalhadores (CT) acordaram o pagamento de um “complemento da contribuição retributiva legal a 80% da remuneração base, com os restantes 20% a serem compensados com down days (banco de horas)“, que, como consta do Acordo de Empresa (AE), também são pagos na íntegra pela Autoeuropa.

Estas paragens de produção serão essenciais para iniciar um conjunto de investimentos cruciais para a produção de modelos futuros, assim como para a descarbonização da Volkswagen Autoeuropa, tendo em vista a redução do seu impacto ambiental, adaptação tecnológica e cumprimento das normas ambientais”, lê-se no comunicado.

A empresa diz ainda que se trata do “primeiro passo para que a Volkswagen Autoeuropa reduza em cerca de 85% as emissões de CO2, alinhando-se desta forma com a estratégia Zero ImpactFactory do Grupo Volkswagen”.

A Autoeuropa tinha informado a CT, no passado dia 9 de maio, de que pretendia avançar com conversações para a aplicação do lay off num período de oito dias no mês de junho e de 13 dias no mês de julho, no âmbito da estratégia de modernização e descarbonização da fábrica de Palmela.

Como recorda o coordenador da CT, Rogério Nogueira, aquele órgão representativo dos trabalhadores advertiu, desde logo, a empresa, de que não iria aceitar penalizações salariais.

“A Comissão de Trabalhadores, com este entendimento, atingiu o principal objetivo que sempre defendeu, de garantir os 100% do salário dos trabalhadores. Tendo em conta o contexto da aplicação deste lay off, uma reestruturação da fábrica, nunca iríamos aceitar cortes nos salários”, disse à agência Lusa Rogério Nogueira.

De acordo com um comunicado interno da CT, que também foi divulgado esta sexta-feira, o pagamento do salário e subsídio de turno aos trabalhadores em lay off, será assegurado com o pagamento de 46,6% do salário e subsídio de turno pela Segurança Social, e de 33,4% pela empresa, sendo os restantes 20% compensados através de down days, que, na prática, também são pagos pela Autoeuropa.

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Regulação excessiva pode pôr em causa estratégias de sustentabilidade

  • ECO
  • 17 Maio 2024

Cláudia Falcão, responsável pelas relação com os investidores da Jerónimo Martins, alerta ainda que o excesso de regulação pode impedir o crescimento de empresas de menor dimensão.

Cláudia Falcão, representante para as relações com os investidores da Jerónimo Martins.Hugo Amaral/ECO

Cláudia Falcão, responsável pela relação com os investidores da Jerónimo Martins, volta a estar nomeada para o prémio de melhor IRO nos Investor Relations and Governance Awards, da consultora Deloitte. Em resposta por escrito ao ECO alerta que as exigências regulatórias trazem custos significativos e, se levadas longe demais, podem “pôr em risco o ritmo de implementação das estratégias de ESG”.

A evolução da política monetária e o crescente risco geopolítico têm contribuído para uma maior volatilidade nos mercados financeiros. Que desafios coloca este contexto à gestão da relação com os investidores?

Um contexto mais volátil e difícil de prever, não apenas ao nível dos mercados financeiros, mas também ao nível da economia real, exige que as equipas de Investor Relations (IR) se tornem proativamente mais disponíveis para falar com os investidores sobre os desenvolvimentos que observam nos mercados em que estão presentes.

As empresas que operam em contacto com os consumidores têm acesso privilegiado aos sinais emitidos pela economia real. Ao partilhar esta sensibilidade contribuem para uma maior transparência em relação aos desenvolvimentos observados nos mercados e, embora não seja possível eliminar o risco que advém de uma maior volatilidade, podem certamente somar informação com valor para a comunidade de investidores.

Considera que as crescentes exigências regulatórias e de compliance são necessárias ou a sua complexidade é um entrave à atração de capital e ao desenvolvimento dos mercados?

Tem havido, e perspetiva-se que continue a haver, um aumento significativo de regulamentação e das exigências de relato em matérias de ESG, com vários standards de reporting a ganharem forma nas mais diversas áreas de responsabilidade corporativa.

Se é certo que muitas destas medidas contribuíram para que os desenvolvimentos a nível das estratégias de sustentabilidade dos vários agentes económicos se tornassem mensuráveis e comparáveis, é também inegável que acresce muita complexidade à atividade de reporting das empresas, a que se associa um crescimento significativo dos custos.

Seria fundamental, à luz das exigências que se espera que continuem a aumentar, perceber até que ponto este esforço pode pôr em risco o ritmo de implementação das próprias estratégias de ESG no sentido em que as empresas abrangidas por estes requisitos irão – no curto-prazo – orientar os seus esforços para o reporting e para a gestão necessária para acomodar as necessidades regulatórias. Por outro lado, estas exigências poderão também revelar-se como constrangimentos significativos ao desenvolvimento da actividade económica de empresas de menor dimensão, que não têm ainda os seus processos preparados para dar resposta às alterações regulatórias e para reportar esta informação, nos formatos exigidos, aos seus clientes ou aos mercados.

Que impacto pode vir a ter a inteligência artificial no trabalho de um responsável pela relação com os investidores?

Ferramentas de IA desenvolvidas à medida para a área de IR e que garantam a segurança da informação, podem, sob supervisão, simplificar tarefas mais rotineiras de preparação de relatórios e composição ou melhoria de textos, deixando mais tempo para a equipa se centrar em análises mais estratégicas.

Como é que os temas do ESG já estão a mudar o papel dos IRO e vão fazê-lo no futuro?

Uma empresa que tenha uma visão de longo prazo, incorpora necessariamente as dimensões de ESG na sua estratégia. Estas fazem naturalmente parte da sua comunicação com o mercado de capitais e estão presentes na informação que é divulgada aos investidores.

Esta já é a realidade hoje. Dependendo da complexidade dos temas, que no caso de ESG pode ser elevada do ponto de vista técnico e regulatório, o IRO deve trabalhar em estreita colaboração com os especialistas de ESG da sua empresa, como forma de permitir que os investidores tenham acesso a esclarecimentos cabais em determinadas temáticas.

Se, no passado, muitas das interlocuções de ESG apenas aconteciam em reuniões com analistas especialistas nestas matérias, hoje o mais frequente é que as próprias apresentações de resultados financeiros abordem projetos de ESG, já que são parte integrante da estratégia das empresas.

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IP quer lançar terceira PPP do TGV Lisboa-Galiza em janeiro de 2026

  • Lusa
  • 17 Maio 2024

O concurso público para o lote 1 (Porto-Oiã) da primeira fase foi lançado em janeiro, e o do lote dois (Oiã-Soure) (previsto para junho) é lançado em julho. A ligação a Lisboa avançará em 2026.

A Infraestruturas de Portugal (IP) quer lançar a terceira parceria público-privada (PPP) da linha de alta velocidade Lisboa – Galiza, entre Soure e Carregado, em janeiro de 2026, disse esta sexta-feira um responsável da empresa pública, em Valongo.

“No terceiro [concurso], que será a terceira parceria [público-privada], entre Soure e Carregado, estamos neste momento a fechar os estudos prévios para os colocar em avaliação de impacte ambiental, e o objetivo é lançar o concurso em janeiro de 2026”, disse João Pereira Fernandes, da Direção de Empreendimentos da IP.

O responsável da IP falava na conferência “Desafios da Alta Velocidade”, que decorreu em Ermesinde (concelho de Valongo, distrito do Porto), no âmbito da Entrelinhas – Festa do Ferroviário, organizada pela Câmara de Valongo e que decorre até domingo.

A calendarização da IP está desenhada de forma a permitir “a denominada fase 1, que inclui a PPP 1 [Porto – Oiã] e PPP 2 [Oiã – Soure] prontos em 2030”, e a PPP 3, com mais de 120 quilómetros, “pronta em 2032”.

O prazo para serem apresentadas propostas para o primeiro troço da linha de alta velocidade, entre Porto e Oiã (Aveiro), foi dilatado de junho para julho. A data prevista para serem apresentadas propostas ao concurso público para a concessão da linha ferroviária de alta velocidade entre Porto (Campanhã) e Oiã (Oliveira do Bairro, distrito de Aveiro) passou de 13 de junho para 2 de julho.

O procedimento tem um valor de 1,66 mil milhões de euros, a que se podem somar 480 milhões de euros de fundos europeus, perfazendo assim 2,14 mil milhões de euros.

A linha de alta velocidade Lisboa-Porto deverá ligar as duas principais cidades do país numa hora e 15 minutos, com paragens possíveis em Gaia, Aveiro, Coimbra e Leiria. O percurso Porto-Vigo está estimado em 50 minutos.

A primeira fase (Porto-Soure) da linha de alta velocidade em Portugal deverá estar pronta em 2030, estando previsto que a segunda fase (Soure-Carregado) se complete em 2032, com ligação a Lisboa assegurada via Linha do Norte.

O concurso público para o lote 1 (Porto-Oiã) da primeira fase foi lançado em janeiro, e o do lote dois (Oiã-Soure) deverá ser lançado em julho. A ligação a Lisboa avançará em 2026.

Já a ligação do Porto a Vigo, na Galiza (Espanha), para depois de 2030, terá estações no Aeroporto Francisco Sá Carneiro, Braga, Ponte de Lima e Valença (distrito de Viana do Castelo).

No total, segundo o anterior Governo, os custos do investimento no eixo Lisboa-Valença rondam os sete a oito mil milhões de euros.

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Tribunal de Contas pede mais transparência nos apoios das autarquias aos lares

Tribunal recomenda aos municípios de Cascais, Castro Marim, Matosinhos, Ourém, Paços de Ferreira e Ribeira de Pena que aprovem regulamentos para os apoios aos lares, promovendo a transparência.

Há municípios que não definem antecipadamente a estratégia e as medidas de concessão de subvenções ou benefícios sociais para os lares, “sendo que os apoios vão sendo prestados de forma casuística e à medida dos pedidos efetuados pelas futuras entidades beneficiárias”, alerta o Tribunal de Contas (TdC) num relatório divulgado esta sexta-feira. Por isso, o TdC recomenda ao Governo a criação de um regime jurídico que discipline a atribuição destes apoios dados pelas autarquias aos lares de modo a haver mais transparência e assegurar o princípio da concorrência.

No relatório “Acompanhamento das medidas municipais de apoio a Idosos – o caso das Estruturas Residenciais Para Idosos (ERPI)” — os lares — as maiores chamadas de atenção são para os municípios de Cascais, Castro Marim, Matosinhos, Ourém, Paços de Ferreira e Ribeira de Pena, que não têm um regulamento que discipline a atribuição de benefícios ou subvenções. Por isso mesmo, o TdC recomenda a estas câmaras que aprovem regulamentos municipais de concessão desses apoios de modo a haver mais transparência e a assegurar o princípio da concorrência.

O TdC pede ainda ao Governo e à Assembleia da República (AR) que “avaliem a introdução no ordenamento jurídico de disposições que vinculem as autarquias locais à produção de normas regulamentares sobre a gestão do seu património imobiliário do domínio privado, no sentido de serem previstos procedimentos que garantam a aplicação dos princípios da igualdade, imparcialidade, concorrência e boa administração”. Até porque, neste documento o TdC aponta falhas aos municípios: “não há regulamentos que disciplinem aspetos fundamentais da gestão, utilização e administração do património imobiliário municipal, de acordo com os princípios prescritos no Regime Jurídico do Património Imobiliário Público”.

Neste ponto, as visadas do TdC são as autarquias de Cascais e Matosinhos, às quais recomenda a elaboração de um regulamento que discipline aspetos fundamentais da gestão, utilização e administração do seu património imobiliário privado, designadamente quanto à aquisição, alienação, arrendamento e cedência de imóveis.

O TdC entende que é preciso pôr ordem, tendo ainda em conta a “inexistência no ordenamento jurídico nacional de um regime que contemple os aspetos nucleares da prestação e controlo das subvenções públicas concedidas pelas autarquias locais”.

Não há regulamentos que disciplinem aspetos fundamentais da gestão, utilização e administração do património imobiliário municipal, de acordo com os princípios prescritos no Regime Jurídico do Património Imobiliário Público.

Tribunal de Contas

Aliás, aponta o tribunal, “na maioria dos casos analisados, a construção de novas ERPI [lares], que foi apoiada pelas autarquias não se encontrava prevista nos planos de ação produzidos no âmbito da rede social”. Mais ainda, há câmaras que não aprovaram nem implementaram regulamentos de concessão de subvenções ou benefícios públicos, o que “dificulta a sua fundamentação e conduz a uma maior discricionariedade na tomada de decisão, em claro prejuízo para os princípios da prossecução do interesse público, imparcialidade, proporcionalidade, boa administração e transparência”.

Além das recomendações aos municípios de Cascais, Castro Marim, Matosinhos, Ourém, Paços de Ferreira e Ribeira de Pena para aprovarem regulamentos de concessão de subvenções ou benefícios públicos, o TdC deixa mais indicações a estas e a outras câmaras do país. Sugere, por isso, aos municípios de Cascais, Castro Marim, Matosinhos, Ourém, Paços de Ferreira, Ponte de Sor e Ribeira de Pena que revejam os diversos instrumentos de controlo, visando uma melhor articulação.

Os reparos não ficam por aqui. As autarquias de Castro Marim, Maia, Mértola, Ourém, Ponte de Sor, Ribeira de Pena e Trofa devem atualizar os códigos de conduta em consonância com as disposições constantes no Regime Geral de Prevenção da Corrupção (RGPC).

Aos municípios de Cascais, Castro Marim, Maia, Matosinhos, Mértola, Ourém, Paços de Ferreira, Ponte de Sor, Ribeira de Pena e Trofa o tribunal pede que mantenham um registo de interesses próprio e acessível através da sua página da internet relativo aos titulares dos seus órgãos e aos dirigentes dos seus serviços.

Por fim, o tribunal diz que é preciso haver “um controlo efetivo sobre os apoios, benefícios ou subvenções concedidos localmente às entidades responsáveis pela prossecução de respostas sociais a idosos, garantindo que na sua atribuição e concretização são respeitados os princípios gerais da atividade administrativa, assim como o princípio da transparência e demais regras aplicáveis”.

Para a elaboração deste relatório o TdC analisou, entre 2021 e 2022, a intervenção das autarquias no âmbito da resposta social ERPI, focando-se nos casos de apoio financeiro ou cedência de terrenos a entidades que prestam essa valência, ou, ainda, casos em que as próprias autarquias promoveram diretamente a construção de instalações.

O TdC alerta que “o processo em curso de descentralização de competências traz, por isso, ‘novas exigências’ para os municípios ao nível do diagnóstico e planeamento articulado da rede de serviços e equipamentos sociais e ‘uma nova obrigação’ de elaboração, atualização e divulgação da Carta Social Municipal”.

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