André Villa-Boas é o novo presidente do Futebol Clube do Porto

O candidato ganhou em todas as 44 mesas de votação no Estádio do Dragão, destronando assim o ainda presidente Jorge Nuno Pinto da Costa, na liderança do clube dos dragões há 42 anos.

André Villas Boas é o novo líder do Futebol Clube do Porto (FCP). O candidato ganhou em todas as 44 mesas de votação no Estádio do Dragão, destronando assim o ainda presidente Jorge Nuno Pinto da Costa, na liderança do clube dos dragões há 42 anos.

Luís André de de Pina Cabral e Villas-Boas nasceu no Porto, tem 46 anos e foi considerado em janeiro de 2011 como o quarto melhor treinador de futebol do mundo num ranking anual publicado pela IFFHS, ficando atrás de Pep Guardiola, José Mourinho e Alex Ferguson.

Numa entrevista à TSF, a 21 de abril, Villas-Boas considerou que o atual treinador dos dragões Sérgio Conceição encaixa “em absoluto” no perfil desejado para liderar a equipa principal. Porém, o atual treinador apoiou Pinto da Costa nestas eleições, embora não oficialmente.

André Villas-Boas enfrentou Pinto da Costa e Nuno Lobo nas eleições para os órgãos sociais dos vice-campeões nacionais de futebol, tendo em vista um 16.º mandato seguido no quadriénio 2024-2028.

Os dois principais concorrentes à vitória eram Pinto da Costa, que lidera o clube há 42 anos, e o ex-treinador de futebol André Villas-Boas, que na época 2010/2011 levou o FC Porto à conquista de uma Supertaça Cândido de Oliveira, um Campeonato Nacional, uma Liga Europa e uma Taça de Portugal. Jorge Nuno Pinto da Costa, com 86 anos, é o dirigente com mais títulos e longevidade do futebol mundial, ou pela primeira viragem de poder desde 1982.

Agora, no centro da estratégia do próximo líder do FC Porto estará uma gestão desportiva eficaz com uma estratégia financeira que permita equilibrar a ambição dentro das quatro linhas com a sustentabilidade económica do clube.

Entre as 09:00 e as 20:00, no Estádio do Dragão, no Porto, os associados votaram para o 33.º líder da história ‘azul e branca’, numa fase em que o clube está longe das glórias do passado, com o clube já arredado matematicamente da luta pelo primeiro lugar do Campeonato. No campo financeiro, os números permanecem bicudos há vários anos seguidos, como resultado de um passivo demasiado elevado para os ativos que o clube apresenta e que desde 2016 colocam a SAD azul e branca num nível de falência técnica.

Mais de 26 mil associados do FC Porto votaram até ao fecho das urnas nas eleições aos órgãos sociais do clube, que estiveram perto de triplicar o anterior recorde de participação fixado em 1988, anunciaram este sábado os ‘dragões’.

Pinto da Costa, de 86 anos, foi diversas vezes eleito de forma isolada, mas enfrentou oposição nas urnas pela quarta vez – e segunda seguida com dois adversários -, perante uma contestação sem precedentes à sua gestão desportiva, financeira ou infraestrutural.

O empresário e professor Nuno Lobo (lista C) voltou a concorrer à sucessão do presidente do FC Porto (A), quatro anos depois de ter sido o terceiro e último candidato mais votado.

O treinador do FC Porto, André Villas-Boas e o presidente do FC Porto, Pinto da Costa, durante a apresentação oficial de Villas-Boas no estádio do Dragão, no Porto, em 4 de junho de 2010. Villas-Boas assinou um contrato de dois anos. JOSE COELHO/LUSAJOSE COELHO/LUSA

Essas três listas disputavam a direção, a Mesa da Assembleia Geral e o Conselho Fiscal e Disciplinar, com Nuno Lobo a abdicar da corrida ao Conselho Superior, que volta a incluir um movimento autónomo liderado pelo advogado e professor Miguel Brás da Cunha (D).

Uma campanha tensa, agravada pelo mau momento do atual terceiro colocado da I Liga, deixa à vista um novo recorde de participação, que perdura desde 1988, quando 10.731 sócios votaram no primeiro de dois êxitos de Pinto da Costa sobre José Martins Soares. A renumeração do cartão de associado é condição obrigatória para votar e pode ser feita durante o dia até ao fecho das urnas, deixando incerta a dimensão do universo eleitoral.

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Urnas no FC Porto encerram com participação recorde superior a 26 mil associados

  • Lusa
  • 27 Abril 2024

Mais de 26 mil associados do FC Porto votaram até ao fecho das urnas nas eleições aos órgãos sociais do clube, que estiveram perto de triplicar o anterior recorde de participação fixado em 1988.

Mais de 26 mil associados do FC Porto votaram até ao fecho das urnas nas eleições aos órgãos sociais do clube, que estiveram perto de triplicar o anterior recorde de participação fixado em 1988, anunciaram este sábado os ‘dragões’.

Numa nota publicada no seu sítio oficial, o emblema ‘azul e branco’ especificou a estimativa de afluência total no sufrágio, que decorreu entre as 09:00 e as 20:00, no Estádio do Dragão, no Porto.

Já durante a tarde, o FC Porto havia confirmado a ultrapassagem da marca registada em 1988, quando 10.731 associados votaram no primeiro de dois êxitos de Pinto da Costa sobre José Martins Soares.

Por volta das 20:00, o perímetro que demarcava o Estádio do Dragão foi encerrado, mas os sócios que ainda se encontravam na fila à hora de fecho puderam votar, levando as urnas a encerrarem em definitivo cerca de meia hora depois.

O recorde de afluência em eleições dos órgãos sociais de clubes portugueses continua a pertencer ao Benfica, que contabilizou 40.115 em 2021, aquando da primeira eleição do atual presidente ‘encarnado’ Rui Costa.

As eleições dos órgãos sociais do FC Porto para o quadriénio 2024-2028 são disputadas por três candidaturas, lideradas pelo atual presidente Pinto da Costa (lista A), André Villas-Boas (B), antigo treinador da equipa de futebol, e Nuno Lobo (C), empresário e professor, incluindo ainda uma lista independente ao Conselho Superior comandada por Miguel Brás da Cunha (D).

Pinto da Costa é o 33.º líder máximo da história ‘azul e branca’ e tenta alcançar um 16.º mandato consecutivo, numa altura em que soma 42 anos seguidos de presidência, detendo o estatuto de dirigente com mais títulos e longevidade do futebol mundial.

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Economia russa cresce mais que o previsto apesar da guerra sustentada pelo petróleo

  • Lusa
  • 27 Abril 2024

A economia russa cresceu 5,4% no 1º trimestre deste ano face ao mesmo período de 2023, informou o Ministério do Desenvolvimento Económico, que reviu em alta as previsões de crescimento para 2024.

A economia russa cresceu 5,4% no primeiro trimestre deste ano face ao mesmo período de 2023, informou o Ministério do Desenvolvimento Económico, que reviu em alta as previsões de crescimento para este ano.

O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), que tinha atingido 4,8% em janeiro e 7,6% em fevereiro, desacelerou para 4,2% em março, segundo o relatório do ministério. O Ministério da Economia melhorou as previsões de crescimento de 2,3% para 2,8%, enquanto o Banco Central russo elevou as suas de um intervalo entre 1 e 2% para 2,5 a 3,5%.

O Presidente russo, Vladimir Putin, tinha estimado um crescimento do PIB superior a 3% em 2024, o terceiro ano da guerra com a Ucrânia.

“O estado atual da economia permite-nos melhorar as nossas previsões para o seu desenvolvimento. Muitos especialistas falam de um crescimento do PIB russo superior a 3% este ano”, afirmou Putin que presidiu a uma reunião governamental sobre o estado da economia e as perspetivas de desenvolvimento nos próximos seis anos.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) elevou, recentemente, a previsão de crescimento da Rússia em seis décimos de ponto percentual, para 3,2%, graças ao desempenho positivo das suas exportações de petróleo.

O FMI considera que a economia russa fortaleceu-se porque os volumes de exportação de petróleo permaneceram estáveis devido ao comércio estabelecido com países não alinhados com as sanções ocidentais.

No início de abril, o primeiro-ministro russo, Mikhail Mishustin, sublinhou que o PIB tinha crescido 3,6% no ano passado, apesar do aumento das pressões externas, aludindo às sanções ocidentais impostas devido à guerra lançada por Moscovo na Ucrânia.

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Governo rejeita qualquer reparação pelo passado colonial

  • Lusa
  • 27 Abril 2024

"Não esteve e não está em causa nenhum processo ou programa de ações específicas com esse propósito”, refere o executivo, na linha dos governos anteriores.

O Governo afirmou que “não esteve e não está em causa nenhum processo ou programa de ações específicas com o propósito” de reparação pelo passado colonial português e defendeu que se pautará “pela mesma linha” de executivos anteriores.

“A propósito da questão da reparação a esses Estados e aos seus povos pelo passado colonial do Estado português, importa sublinhar que o Governo atual se pauta pela mesma linha dos Governos anteriores. Não esteve e não está em causa nenhum processo ou programa de ações específicas com esse propósito”, refere o executivo, em comunicado da Presidência do Conselho de Ministros.

No texto, o executivo PSD/CDS-PP sublinha que “o Estado português, através dos seus órgãos de soberania – designadamente, do Presidente da República e do Governo -, tem tido gestos e programas de cooperação de reconhecimento da verdade histórica com isenção e imparcialidade”.

O Presidente da República defendeu que Portugal deve liderar o processo de assumir e reparar as consequências do período do colonialismo e sugeriu como exemplo o perdão de dívidas, cooperação e financiamento.

À margem da inauguração do Museu Nacional da Resistência e da Liberdade, em Peniche, Marcelo Rebelo de Sousa foi instado a esclarecer declarações feitas na terça-feira, durante um jantar com correspondentes estrangeiros em Portugal, no afirmou que Portugal deve “assumir a responsabilidade total” pelo que fez no período colonial e “pagar os custos” e que mereceram críticas do Chega, IL e CDS-PP.

Instado a esclarecer recentes declarações suas sobre a matéria, o Presidente da República sublinhou que, ao longo da sua presidência, tem defendido que Portugal tem de “liderar o processo” em diálogo com esses países.

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Quer um ‘viral’ para a sua marca? Más notícias, provavelmente não vai acontecer<span class='tag--premium'>premium</span>

Não há fórmulas mágicas para os fazer e quando acontece não se controla. São assim os virais, uma espécie rara em publicidade.

  Este artigo integra a quarta edição do ECO magazine, que pode comprar aqui. E se de repente lhe perguntarem se se recorda de algum anúncio a uma estante? Era de que marca, lembra-se? Acertou, falamos daquele outdoor que promovia uma estante do Ikea “Boa para guardar livros. Ou 75.800€”, o montante em dinheiro apreendido ao chefe de gabinete de António Costa, Vítor Escária. Passado meses, é provável que ainda se recorde e é fácil perceber porquê. Para além de na altura ter inundado as redes sociais com opiniões contra e outras a favor, foram dezenas as marcas que aproveitaram o anúncio da Ikea para comunicar nas redes sociais, num verdadeiro exemplo de real-time marketing. Não é todos os dias que acontece. Aliás, como diz Nuno Cardoso, partner e chief creative officerda Nossa, “ com

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Agricultura pode ter menos impacto no ambiente se usar conhecimento científico disponível, diz ministra

  • Lusa
  • 27 Abril 2024

Graça Carvalho falava na abertura da 13.ª edição da Universidade Europa, uma iniciativa de formação política que reúne cerca de 70 jovens na Curia (Aveiro).

A ministra do Ambiente e Energia defendeu que a agricultura pode ter menos impacto ambiental se usar “todo o conhecimento científico disponível” e atribuiu as altas emissões dos transportes em Portugal ao “completo abandono da ferrovia”.

Graça Carvalho falava na abertura da 13.ª edição da Universidade Europa, uma iniciativa de formação política que reúne cerca de 70 jovens na Curia (Aveiro), contando no domingo com intervenções do primeiro-ministro e líder do PSD, Luís Montenegro, e do cabeça de lista às europeias da AD (coligação que juntará PSD, CDS-PP e PPM), Sebastião Bugalho.

Num painel dedicado ao ambiente e clima, que contou também com a intervenção da eurodeputada Lídia Pereira, a ministra do Ambiente e Energia foi questionada sobre o impacto na agricultura portuguesa das cada vez maiores exigências da União Europeia.

“Tem de ser feito um trabalho para modernizar e introduzir novas tecnologias nos diferentes setores. Muito foi feito já na indústria, está a ser feito nos transportes, um esforço semelhante tem de ser feito na agricultura. A agricultura pode ter um menor impacto no ambiente do que tem, se utilizar todo o conhecimento cientifico disponível”, disse Graça Carvalho.

A ex-eurodeputada salientou que a prioridade do financiamento europeu para a agricultura vai ser precisamente esse: “Usar o conhecimento para menor impacto, porque é possível ter menor impacto”, disse.

A eurodeputada Lídia Pereira – a única “repetente” da lista do PSD em 2019 para as europeias de 09 de junho – admitiu que está a ser pedido um grande esforço aos agricultores, mas salientou que “não encontrou nenhum” que não esteja preocupado com o impacto das alterações climáticas.

Quanto ao passado recente neste setor, a ministra considerou que “Portugal tem feito um esforço meritório nas energias renováveis”, mas apontou domínios onde o país está “francamente mal”.

“Temos 38% das emissões na área do transportes, quando a média europeia é de 28% – isto muito devido ao facto ao termos um completo abandono, ou muito abandono da ferrovia”, afirmou, prometendo que irá trabalhar com o atual ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, nesta área.

Ouras prioridades apontadas pela ministra passam pela redução da pobreza energética – alertando que terá de haver um “grande investimento privado e público” na melhoria da eficiência dos edifícios -, aumentar as taxas de reciclagem e melhorar a gestão da água, área em que assumiu “uma situação complicada”, com parte do Algarve e Alentejo já em situação de escassez permanente.

“A primeira política é tentar reduzir o consumo, com o envolvimento das pessoas, reduzir as perdas e usar água residual reciclada por exemplo nos campos de golfe, jardins”, disse.

A este propósito, comprometeu-se em continuar o projeto do anterior Governo da dessalinizadora do Algarve, já com concurso aberto – “esperamos em breve tê-la a funcionar” – e em aproveitar “as barragens que existem e estão ainda subaproveitadas”.

“Têm de ser a primeira prioridade e só depois de tudo isto pensar em coisas novas”, afirmou.

As duas oradoras defenderam o compromisso da União Europeia na luta contra as alterações climáticas, frisando que o continente europeu produz 7% das emissões com efeitos de estufa (era 14% em 2009), contra quase 27% da China, a salientaram a importância das negociações internacionais.

“Temos de liderar pelo exemplo, ninguém nos vai acompanhar se não o fizermos”, afirmou a ministra, comprometendo-se com uma forte presença portuguesa na próxima cimeira do clima, em Baku, em novembro, apesar de confessar ser “um bocadinho estranho” a realização deste evento “num sítio onde cheira a petróleo por todo o lado”.

“Não nos vai impedir de lá estar e fazer a nossa negociação e apelar a que os outros façam um esforço pelo menos equivalente”, afirmou.

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Marcelo invoca separação de poderes e recusa comentar sugestão de Aguiar-Branco para ouvir PGR

  • Lusa
  • 27 Abril 2024

O presidente da Assembleia da República Aguiar-Branco fez saber, esta sexta-feira, que a PGR, Lucília Gago, deve ir ao Parlamento dar explicações sobre os processos que provocaram crises políticas.

O Presidente da República recusou comentar declarações do presidente da Assembleia da República a pedir esclarecimentos da Procuradora-Geral da República no Parlamento, invocando a separação de poderes.

“É uma questão própria da vida da Assembleia da República, o presidente da Assembleia da República faz essa sugestão interna na Assembleia da República e o Presidente da República não pode comentar”, respondeu Marcelo Rebelo de Sousa aos jornalistas.

O Presidente da República, que falava à margem da inauguração do Museu Nacional da Resistência e da Liberdade, em Peniche, invocou “a separação de poderes” para não comentar. Marcelo Rebelo de Sousa acrescentou que a sua função é “respeitar a autonomia do Ministério Público”.

O presidente da Assembleia da República José Pedro Aguiar-Branco fez saber, esta sexta-feira, que a Procuradora-Geral da República, Lucília Gago, deve ir ao Parlamento dar explicações sobre os processos que provocaram crises políticas, referindo-se implicitamente à Operação Influencer e às suspeitas de corrupção na Madeira. Em declarações à Antena 1, José Pedro Aguiar-Branco disse que Lucília Gago deveria falar para “que não se crie um clima de suspeição”.

“Qualquer um de nós não quer acreditar que haja uma conduta premeditada para à esquerda ou à direita provocar um determinado facto político por via de um investigação criminal, mas a verdade é que ninguém vive sozinho no mundo e é preciso ser explicado, porque se for explicado e se a situação ao ser explicada torna claro que a suspeição não existe, eu acho que estamos a contribuir para que esses dois mundos convivam de uma forma mais saudável para a democracia”, disse.

Quer a Operação Influencer, quer a alegada corrupção na Madeira resultaram nas demissões de António Costa, ex-primeiro ministro e de Miguel Albuquerque, líder do executivo regional da Madeira. Perante estas declarações, o PCP, Livre e PAN defenderam essa audição da PGR no Parlamento, hipótese que o Chega considerou inadequada.

Contactada pelo ECO/Advocatus, fonte do gabinete de Lucília Gago não deu qualquer resposta relativamente à disponibilidade da PGR em ir ao Parlamento.

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📹 Países onde mais subiram os preços das casas em 2023

A Turquia lidera a lista de países onde o preço médio das casas mais subiu no ano passado, com um aumento de mais de 75% face a 2022.

A lista de países onde o preço da habitação mais subiu em 2023 é liderada pela Turquia, que, fruto da elevada taxa de inflação no país, teve um crescimento de 75,5%.

Entre os 56 países analisados pela Knight Frank, consultora imobiliária especializada no segmento de luxo, Portugal surge no 18.º lugar, tendo registado um aumento do preço médio das casas acima de 5% no último ano, lado a lado com Espanha.

http://videos.sapo.pt/GMpdKaikYNrgiI2avOj3

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“Não há condições políticas” para o regresso do Serviço Militar Obrigatório, diz ministro da Defesa

  • Lusa
  • 27 Abril 2024

O ministro da Defesa defendeu que o serviço militar poderia ser uma alternativa para jovens que cometem pequenos delitos em vez de serem colocados em instituições.

O ministro da Defesa defendeu que o serviço militar poderia ser uma alternativa para jovens que cometem pequenos delitos em vez de serem colocados em instituições que, “na maior parte dos casos, só funcionam como uma escola de crime para a vida”
O ministro da Defesa Nacional admitiu que “hoje não há condições políticas” para voltar a impor o Serviço Militar Obrigatório (SMO), sugerindo que os jovens que optem pelas Forças Armadas tenham melhores condições de entrada na universidade ou função pública.

Num jantar-conferência 13.ª edição da Universidade Europa, uma iniciativa de formação política do PSD, Nuno Melo defendeu ainda que o serviço militar poderia ser uma alternativa para jovens que cometem pequenos delitos em vez de serem colocados em instituições que, “na maior parte dos casos, só funcionam como uma escola de crime para a vida”.

“Quantos destes jovens é que, se em vez de estarem institucionalizados sem nenhumas condições, pudessem cumprir um serviço militar, ter oportunidade de um exercício de formação, de autoridade, de valores, não poderiam ser mais tarde cidadãos muito melhores e simplesmente não lhes foi dada essa oportunidade?”, questionou.

Quer na sua intervenção inicial, quer na resposta às perguntas dos “alunos” desta iniciativa de formação política, o ministro da Defesa rejeitou o regresso de uma obrigatoriedade do serviço militar.

“Nós não precisamos de um Serviço Militar Obrigatório, não há sequer neste momento condições políticas para impor um SMO. Mas há um conjunto de possibilidades que passam por situações já experimentadas noutros países, como a Suécia”, disse.

Nuno Melo exemplificou que “um ano de experiência militar voluntária” que, no final, pudesse dar aos jovens “mais facilidade em entrar numa universidade” ou em “integrar a função pública em determinadas áreas” poderia ser “uma forma” dos que que gostassem da vida militar acabarem por celebrar um contrato com as Forças Armadas.

“Temos é de criar condições para que os jovens possam ter esta opção que tem de ser atrativa e nós vamos tentar fazê-lo”, afirmou, apelando até aos cerca de 70 jovens presentes na Universidade Europa que “façam essa experiência”.

“Ajudem a mostrar a um país inteiro que as Forças Armadas não são uma coisa do passado, mas a nossa identidade. Garanto-lhes que muitos de vós iriam gostar”, reforçou.

Num jantar com o tema “A UE da Defesa e da Segurança”, o ministro alertou ainda para o que considerou ser uma injustiça no tratamento dado aos militares quando combatem incêndios.

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Fundos europeus. Maldição ou bênção?<span class='tag--premium'>premium</span>

Uma aspirina que esconde os sintomas da doença ou um instrumento estratégico para desenvolver o país. As opiniões dividem-se sobre o impacto dos fundos europeus.

Este artigo integra a quinta edição do ECO magazine, que pode comprar aqui. Os fundos europeus são uma maldição? Para Nuno Palma a resposta é sim. “As instituições em Portugal são demasiado frágeis, as políticas demasiado pobres e o capital humano demasiado baixo para que os fundos possam ser bem utilizados”, justifica o economista. O problema não é de incompetência de um Governo em particular.“Os próximos governos também não vão usar bem os fundos. O problema é muito mais profundo do que quem está no poder. Os partidos gostam de dizer que os outros é que usaram mal. Não acredito minimamente nessas conversas tribais e clubísticas de uns a dizer mal dos outros”, desabafa Nuno Palma. O economista, que recentemente editou o livro “As causas do atraso português”, compara a dependência de

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Advogado do caso EDP alerta juiz: se MP insistir em usar emails nulos, estão a cometer vários crimes

Juiz considerou que os emails apreendidos - a principal prova do caso EDP/CMEC - são inválidos. Mas MP insiste em usar os mesmos na acusação. Advogado de João Conceição envia requerimento.

O advogado de João Conceição, um dos arguidos do caso EDP/CMEC – processo que envolve ainda António Mexia e João Manso Neto – enviou um requerimento ao juiz de instrução do processo, alertando que, caso o Ministério Pùblico (MP) insista em usar os emails considerados inválidos como prova para a acusação, estará a cometer o crime de desobediência à lei, de violação de correspondência e de prevaricação.

Os advogados da Morais Leitão, Rui Patrício e Tiago Geraldo, que representam João Conceição, administrador da REN e antigo consultor do ex-ministro Manuel Pinho, entregaram um requerimento ao juiz de instrução Nuno Dias Costa para que este tome de forma urgente “medidas processuais adequadas e necessárias” para evitar a inclusão desses emails no despacho de acusação que deve ser conhecido na terça-feira.

Segundo o requerimento enviado ao juiz de instrução Nuno Dias Costa – avançado pela Sábado mas a que o ECO/Advocatus teve acesso – os advogados pediram que o magistrado informe os procuradores do DCIAP titulares do processo de que incorrerão num crime de desobediência caso decidam ignorar a decisão do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) e um despacho do próprio magistrado judicial que os impediu os emails apreendidos sem autorização a João Manso Neto. E que, se tal acontecesse o país estaria perante um “golpe de Estado judiciário”.

Segundo o requerimento enviado na sexta-feira, a defesa de João Conceição para numa eventual desobediência do Ministério Público (MP) à lei “estaria dolosamente a frustrar e a violar (…) uma decisão judicial a que deve obediência”. Os advogados falam ainda da prática do crime de violação de correspondência e de prevaricação.

Rui Patrício, sócio da Morais Leitão, em entrevista ao ECO/Advocatus - 09FEV24
Rui Patrício, sócio da Morais Leitão, em entrevista ao ECO/AdvocatusHugo Amaral/ECO

Tal como o ECO avançou, o MP insiste e vai mesmo avançar com uma acusação. No dia 18 de abril, o juiz de instrução Nuno Dias Costa decidiu que a principal prova recolhida no caso do processo EDP/CMEC não é válida, já que a apreensão de emails tinha de ser feita com autorização de um juiz de instrução e não meramente por iniciativa do MP, como aconteceu. Assim, ordenou a destruição de centenas de milhares de emails apreendidos na sede de EDP, em junho de 2017, relativos a comunicações entre Mexia e Manso Neto.

Mas o MP insiste e, segundo garantiu fonte do DCIAP ao ECO/Advocatus, vai usar na mesma esses emails e formular uma acusação até terça-feira, 30 de abril. Já o gabinete de Lucília Gago, a fonte oficial do MP, não respondeu em tempo útil.

“Não obstante o Tribunal da Relação de Lisboa tenha decidido por acórdão de 2021 que os 3.277 emails que constituíram objeto do despacho judicial de agosto de 2020 podem valer como prova neste processo, o Supremo Tribunal de Justiça, através do Acórdão n.º 10/2023, entendeu o contrário, revogando aquele acórdão, o que determina a proibição de tais emails valerem como prova, havendo neste momento, apenas, que retirar consequências materiais em face do decidido, nomeadamente sobre a permanência no processo dos emails apreendidos”, explica o juiz de instrução Nuno Dias Costa, referindo-se ao acórdão de fixação de jurisprudência de outubro de 2023 que declarou a apreensão dos emails inválida.

Assim, o juiz de instrução ordenou a destruição da totalidade dos emails apreendidos em junho de 2017 na sede da EDP, discorda dos argumentos invocados pelo MP e recusa o pedido do MP para declarar a validade da utilização desses emails, socorrendo-se da decisão do STJ. O juiz ordena, assim, “a destruição de qualquer cópia digital ou impressão que conste do processo relativa aos 3.277 emails que foram objeto do despacho judicial”, mas também a destruição de “qualquer cópia digital ou impressão que conste do processo relativa aos restantes emails apreendidos aquando da apreensão daqueles 3.277”. E terão de ser os arguidos a dizer que emails consideram que têm de ser destruídos.

O Caso EDP/CMEC acabou por levar em dezembro de 2022 à acusação do ex-ministro Manuel Pinho, da mulher Alexandra Pinho, e do ex-banqueiro Ricardo Salgado por factos não relacionados com a empresa e os CMEC. O inquérito foi entretanto separado e António Mexia e João Manso Neto são suspeitos dos crimes de corrupção e participação económica em negócio, enquanto João Conceição é suspeito de corrupção passiva.

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Marcelo volta ao tema: “Temos de liderar as reparações às ex-colónias”

Marcelo Rebelo de Sousa volta a falar no tema, depois de ter sido umas das críticas feitas nos discursos dos 50 anos do 25 de abril, de vários partidos.

“Sempre achei que pedir desculpa é a solução fácil. Não podemos pôr para debaixo do tapete as reparações às ex-colónias”. As palavras são do Presidente da República – na inauguração do Museu da Resistência e Liberdade – que não esquece o assunto e volta a falar sobre as reparações históricas que acredita que Portugal deve às ex-colónias.

Marcelo defendeu que ao longo dos últimos 50 anos se têm vindo a desenvolver várias formas de reparação e que esta deve ser ajustada ao contexto de cada país. Mas reiterou: Portugal deve assumir a sua História, no que tem de bom e de mau, e liderar este processo.

“Assume-me a responsabilidade por aquilo que de bom e de mau aconteceu no império e depois tiram-se consequências”. Entre essas consequências, “abordei a questão das reparações”, que acabou por estar no centro da polémica. Marcelo Rebelo de Sousa referia-se às polémicas declarações proferidas durante uma conversa informal com jornalistas estrangeiros, há três dias.

Nesse encontro, o Presidente da República português afirmou que Portugal tem “de pagar os custos” do seu colonialismo. “Há ações que não foram punidas e os responsáveis não foram presos? Há bens que foram saqueados e não foram devolvidos? Vamos ver como podemos reparar isto”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa.

As declarações foram recebidas com críticas por parte de vários partidos, tendo o tema marcado parte dos discursos proferidos nas celebrações dos 50 anos do 25 de Abril.

Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da RepúblicaJOSÉ SENA GOULÃO/EPA

Segundo o Presidente, “a reparação é uma realidade que já começou há 50 anos e as pessoas não têm noção de como começou. Quando nós em Cahora Bassa perdoámos uma parte da dívida de Moçambique, isso é uma forma de reparação. Quando nós encabeçamos os países que perdoam parte de dívidas a ex-colónias ou as convertemos, como aconteceu em Cabo Verde, essa é uma forma de reparação. Quando nós demos aos nacionais de língua oficial portuguesa um estatuto de mobilidade, isso é uma forma de reparação. Toda a nossa cooperação no domínio do ensino e da cultura foi, durante 50 anos, além de uma construção do presente e do futuro, uma forma de reparação”, listou o Presidente da República.

“Houve coisas boas, coisas más, e não se pode assumir só o bom sem o mau ou o mau sem o bom. Assumir” o que aconteceu durante o colonialismo deve significar retirar consequências, defende, em dois casos: “Massacres”, que é um “ato criminoso” de maior responsabilidade do que uma guerra, e “bens”, “uma questão muito tratada noutros países”.

“Para mim há um ponto muito importante, e que tem marcado muito a minha Presidência: é que não podemos meter isto para baixo do tapete ou dentro da gaveta”, argumenta o Presidente. “Temos obrigação de pilotar, de liderar, este processo”, sob pena de Portugal “mais dia menos dia” ter de lidar, como outros países, com uma “perda da capacidade de diálogo” com as ex-colónias. Para Marcelo, é importante “assumir o nosso império colonial no bom e no mau”. O tema é “sensível” mas tem de ser “assumido” e não pode ser “omitido”.

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